terça-feira, 31 de maio de 2011

PAPO CABEÇA - O PODER DO BARCELONA

Em análises futebolísticas, estou ao lado da tese de que a qualidade de uma equipe é resultado do somatório de quatro estruturas com igual relevância: física, técnica, tática e psicológica. Quando a deficiência em uma destas estruturas é tamanha que consegue ofuscar a positividade das outras três, dificilmente a equipe escapará do caminho da derrota. Porém, quando as quatro estruturas funcionam harmonicamente e em conjunção, as portas para a vitória se escancaram.

É nesta tese rapidamente resumida no primeiro parágrafo que encontro a explicação para tamanha superioridade apresentada pelo Barcelona na reta final da Champions League, particularmente nos massacres sobre o Manchester United e o Real Madrid. Não restam dúvidas de que, em termos de estrutura técnica, o Barcelona beira a perfeição. A capacidade de trocar passes apresentada por praticamente todos na equipe, com destaque para o cerebral Xavi, além da presença de um Lionel Messi cada vez mais imparável, são os principais responsáveis pelo Barça já estar com seu lugar garantido na galeria de grandes expoentes do futebol-arte. No entanto, a técnica por si só não seria capaz de tornar este Barcelona tão poderoso.

Vocês se lembram com quantos minutos o treinador Pep Guardiola começou a realizar suas substituições na final da Champions League contra o Manchester United? Foi aos 40 minutos do 2º tempo. E as fez somente para esfriar a partida e homenagear o capitão Puyol, que contundido não tinha condições de jogo. Se quisesse, Guardiola poderia ter atuado com o mesmo onze durante os 90 minutos e não teria tido um pingo de problemas. Convenhamos, não é qualquer time que possui estrutura física suficiente para atuar - e dominar o adversário – durante os 90 minutos de uma decisão da competição mais disputada do “Velho Continente”.

Com certeza o amigo já ouviu a frase que diz que “ganhar é difícil, mas se manter no topo é ainda mais”. Se realizarmos uma rápida retrospectiva, vamos nos lembrar que na temporada 2008/2009, o Barcelona levantou nada menos do que seis canecos e que, neste ano de 2011, além da Champions League, conquistou também o Tricampeonato Espanhol. Em uma análise mais profunda, podemos nos lembrar de que em 2008, Puyol, Xavi e Iniesta estiveram em campo na vitória sobre a Alemanha que deu a Eurocopa para a Seleção Espanhola. E nada menos do que sete dos onze titulares da "Fúria" Campeã do Mundo de 2010 fazem parte, hoje, do Barcelona. A presença de uma qualificada estrutura psicológica, responsável por manter os jogadores focados na conquista de títulos que exigem os mais diversos sacrifícios, é imprescindível em uma equipe multicampeã. E o Barça, como não poderia deixar de ser, a possui no mais alto nível.

Por fim, a estrutura tática. Já escutei algumas vezes a afirmação de que Pep Guardiola não tem papel destacado neste Barcelona. Algo semelhante ao que dizem sobre o papel de Zagallo na Seleção Brasileira Campeã Mundial em 1970. Os que afirmam isto sobre o Guardiola deveriam observar melhor as funções desempenhadas pelo Messi de hoje e compará-las com as do início da carreira do argentino. Amigos, o Messi de hoje, que atua centralizado no ataque e possui liberdade para recuar e iniciar suas imparáveis arrancadas, nada tem a ver com aquele Messi que tinha seu futebol restrito ao flanco direito do campo. E é lógico que o Guardiola tem méritos nesta modificação! Além do mais, este Barcelona ainda conta com um entrosamento de outro mundo entre seus jogadores, o que faz com que cada um saiba extamente a sua função e, o mais assustador, a função dos companheiros.

Desde o tratamento dado às divisões de base até a política de contratação de jogadores, este Barcelona tem demais a ensinar para muitos clubes de futebol no planeta bola. E aquele que, a meu ver, é o mais precioso ensinamento que este sensacional Barça pode passar é o de que uma equipe vitoriosa não pode ter vazios estruturais. As partes técnica, física, psicológica e tática devem ser cuidadas com a mesma intensidade.

segunda-feira, 30 de maio de 2011

BIBLIOTECA DO FUTEBOLA

Este "Imigração e Futebol - O caso Palestra Itália" é um relevante documento histórico. O autor José Renato de Campos Araújo conta, com o detalhismo quantitativo de uma tese universitária, a relação entre a imigração de italianos para São Paulo e a fundação do Palestra Itália, o hoje conhecidíssimo Palmeiras. Boa leitura para os que curtem a história do Brasil, em geral, e do futebol, em particular.

Imigração e Futebol - O caso Palestra Itália
Autor: José Renato de Campos Araújo
Editora: Sumaré/FAPESP

domingo, 29 de maio de 2011

CAMPEONATO BRASILEIRO 2011 - 2ª RODADA








RESULTADOS
Botafogo 1 x 0 Santos
Internacional 0 x 1 Ceará
Avaí 1 x 3 Atlético Mineiro
São Paulo 1 x 0 Figueirense
Corinthians 2 x 1 Coritiba
Bahia 3 x 3 Flamengo
Atlético Parananese 0 x 1 Grêmio
Cruzeiro 1 x 1 Palmeiras
Vasco 3 x 0 América Mineiro
Atlético Goianiense 0 x 1 Fluminense

ARTILHEIRO
3 GOLS
Bernardo (Vasco)
2 GOLS
Bottineli (Flamengo)
Jobson (Bahia)
Leonardo Silva (Atlético Mineiro)
Lucas (São Paulo)
Magno Alves (Atlético Mineiro)
Ronaldinho (Flamengo)

Atlético Goianiense 0 x 1 Fluminense – Serra Dourada, Goiânia (GO)

Longe de uma grande atuação, o Fluminense venceu o Atlético Goianiense pelo placar mínimo e conquistou os seus primeiros pontos no Brasileirão. O destaque tricolor foi Deco, que correu, marcou, deu bons passes e cobrou o córner que originou o gol da vitória.

Depois de bater o Coritiba em pleno Couto Pereira na estréia da competição, o Atlético Goianiense entrou em campo na expectativa de uma segunda vitória. Para isso, o treinador PC Gusmão, que ano passado teve um início de Brasileirão avassalador com o Ceará, organizou a equipe no 4-3-1-2, com: Márcio, Adriano, Gilson, Anderson e Thiago Feltri; Ramalho, Agenor e Pituca; Vitor Júnior; Felipe e Marcão. Pelo lado do Fluminense, no jogo que marcou a despedida do treinador interino Enderson Moreira, a mais de dois meses no cargo, a expectativa era de recuperar os pontos perdidos em casa no jogo contra o São Paulo. Escalado em um 4-2-2-2, o Flu veio para o jogo com: Ricardo Berna; Mariano, Gum, Leandro Euzébio e Júlio Cezar; Edinho e Valencia; Conca e Deco; Rodriguinho e Fred.

Com certa autoridade, o Atlético iniciou o duelo com boas trocas de passes e total domínio da posse de bola, o que deixou o Fluminense um pouco perdido. No entanto, aos 12 minutos, em uma prova de que no futebol atual a bola parada é de suma importância, Deco bateu escanteio no primeiro pau, Valencia desviou e Leandro Euzébio livre, leve e solto só teve o trabalho de empurrar a redonda para o fundo das redes. À primeira vista, a vantagem no placar fez bem ao Flu, que poderia ter ampliado o escore em arremates do Conca e do Mariano, ambos aos 21 minutos. Porém, não foi o que ocorreu e a equipe goiana logo passou a dominar as ações ofensivas.

Durante a segunda metade do 1º tempo e até o minuto 30 da etapa final, o Fluminense se preocupou apenas em se defender. Com jogadores do quilate de Deco, Conca e Fred, o Tricolor poderia ter adotado uma estratégia diferente para aproveitar a vitória parcial. Já o Atlético, como não poderia deixar de ser, aproveitou o recuo excesivo do rival e partiu em busca do empate, esbarrando, porém, nas próprias limitações técnicas. As únicas tramas ofensivas de destaque foram iniciadas pelo Vitor Júnior, mas não chegaram a levar perigo real à meta defendida Ricardo Berna. O centroavante Marcão, para se ter uma idéia, só arriscou o primeiro chute nos acréscimos.

Nos últimos 15 minutos da partida, o Flu se fez um pouco mais presente no campo ofensivo e, com isso, encontrou mais facilidade para garantir os três pontos. O Fluminense como um todo e, particularmente, o argentino Conca, ainda estão muito longe do futebol apresentado na campanha vitoriosa de 2010. Contudo, esta vitória fora de casa tem bastante importância no sentido de acalmar um pouco os ânimos nas Laranjeiras e preparar um melhor o terreno para a chegada do Abel Braga.

TRÊS TOQUES!

- A última semana havia começado da pior maneira possível para o torcedor botafoguense, com uma péssima atuação e a consequente derrota para o Palmeiras. Porém, o vento trocou de lado durante a semana e, depois de anunciar a ótima contratação do volante Renato, o “Glorioso” venceu os reservas do Santos no sábado e conquistou seus primeiros pontos no Brasileirão.

- Se existiam dúvidas sobre a qualidade do elenco vascaíno para o restante da temporada, elas perderam muito de sua força. Com duas convincentes vitórias (3 x 1 sobre o Ceará e 3 x 0 sobre o América Mineiro), o “Expressinho”, time comandado pelo artilheiro do torneio, Bernardo, e cujo único titular é o goleiro Fernando Prass, alcançou, simplesmente, a liderança do Brasileirão – ao lado do Atlético Mineiro.

- Em um duelo onde os renegados foram destaques, Flamengo e Bahia fizeram um animado confronto em Pituaçu. Pelo lado rubro negro, o sempre contestado Egídio teve aquela que foi, sem dúvidas, sua melhor atuação no ano. Além de uma atuação irretocável defensivamente, Egídio havia marcado o gol que dava a vitória parcial de 3 x 2 para o Flamengo. No entanto, aos 44 minutos do 2º tempo, o atacante Jobson, recentemente descartado por Atlético Mineiro e Botafogo, marcou seu segundo na partida e selou o empate.

NO CLICK DA GALERA


Rafael "Pagode" e Rubens felizes da vida em São Januário!

sábado, 28 de maio de 2011

UEFA CHAMPIONS LEAGUE 2011 - FINAL - BARCELONA X MANCHESTER UNITED

Barcelona 3 x 1 Manchester United – Wembley, Londres (ING)

Simplesmente espetacular! Com uma superioridade incomum para uma decisão de UEFA Champions League, o Barcelona deu um show de bola, massacrou o Manchester United no lendário estádio de Wembley e conquistou o seu quarto caneco da principal competição interclubes do “Velho Continente”.

Na busca pelo terceiro título europeu nos últimos cinco anos, Pep Guardiola, como era de se esperar, mandou o Barcelona a campo organizado no já costumeiro 4-3-3, com: Valdés, Daniel Alves, Mascherano, Piqué e Abidal; Xavi, Busquets e Iniesta; Villa, Messi e Pedro. Pelo lado do Manchester United, Alex Ferguson também decidiu manter o time que vinha atuando no torneio e os “Red Devils” iniciaram o duelo esquematizados no 4-4-2, com: van der Sar, Fábio, Ferdinand, Vidic e Evra; Valencia, Carrick, Giggs e Park; Rooney e Chicharito.

Nos primeiros minutos após o apito inicial, o Manchester United adiantou o posicionamento e com uma marcação pressão muito eficiente conseguiu impedir o Barcelona de trocar os passes que tanto gosta. No entanto, esta estratégia inglesa não tardou a ir por água abaixo. Comandado pelos passes certeiros do cerebral Xavi e pelas arrancadas do genial Messi, o Barcelona tomou as rédeas da partida e passou a criar uma oportunidade de gol atrás da outra, abrindo o placar aos 26 minutos em assistência precisa e preciosa do Xavi para para o Pedro.

Poucos minutos depois ter buscado a pelota no fundo da própria rede, para ser mais exato aos 33 minutos, o Manchester United conseguiu pela única vez na partida mostrar a força de seu sistema ofensivo quando Rooney arrancou pela direita, tabelou com o Carrick e com o Ryan Giggs e marcou um belíssimo gol. Este empate alcançado ainda no 1º tempo poderia ter dado mais confiança ofensiva para os ingleses, porém não foi o que ocorreu.

Do primeiro ao ultimo giro do relógio após o intervalo, o Barcelona foi superior ao rival. A muralha que foi a retaguarda inglesa durante toda a competição parecia uma muretinha feita com peças de lego diante do poder catalão. Em nenhum momento desta 2ª etapa, van der Sar, que fazia sua última partida como profissional, Vidic e Ferdinand pareceram a defesa que chegou até a decisão sem ter sofrido sequer um gol como visitante. Culpa do Messi, que com seu futebol de outro mundo fez o que quis em campo. Habilidade, velocidade, tranqulidade, precisão, poder de decisão… É tanta qualidade que fica até difícil acreditar que cabe tudo em menos de 1,70m.

Com Messi infernal, os gols catalães surgiram naturalmente. O primeiro foi do próprio argentino, que entre cinco adversarios estáticos e que pareciam com medo de dar o combate arrematou de fora da área e contou com o pulo atrasado do van der Sar para recolocar o Barça na liderança logo aos 8 minutos. Depois, Messi fez um salseiro incrível pela ponta direita e a redonda sobrou com David Villa, que com enorme categoria deu um chute perfeito de fora da área e aposentou de vez o goleiro van der Sar.

Sem um pingo de forças para buscar o resultado, restou ao Manchester esperar o fim do jogo e torcer para o Barça tirar o pé do acelerador, o que para felicidade inglesa foi o que ocorreu. Não importa qual análise for feita neste duelo – física, pscicológica, tática ou técnica – a equipe azul-grená foi assustadoramente superior ao adversário. Prefiro esperar mais para afirmar que este Barcelona é o maior time de todos os tempos, como alguns – muitos – andam dizendo. No entanto, é inegável que está entre os maiores de todos.

¡CONGRATULACIONES, BARCELONA!

quinta-feira, 26 de maio de 2011

UMA IMAGEM...




A "Enciclopédia do Futebol", Nilton Santos, então técnico do Botafogo, persegue furiosamente o Armando Marques, insatisfeito com a atuação do árbitro em um duelo contra o Atlético Mineiro. Foto de José Santos que venceu o Prêmio Esso de 1972.

COPA DO BRASIL 2011 - SEMI FINAL

Avaí 0 x 2 Vasco – Ressacada, Florianópolis (SC)

Tá na final! Com um 1º tempo de encher os olhos e um 2º de grande maturidade, o Vasco bateu o Avaí em plena Ressacada e vai disputar o caneco da Copa do Brasil contra o Coritiba.

Para o duelo que poderia colocar o Avaí como o terceiro clube de Santa Catarina a disputar uma decisão de Copa do Brasil – os outros foram o Campeão Criciúma, em 1991, e o vice Figueirense, em 2007 – o treinador Silas mandou a campo uma equipe organizada no 3-1-4-2, com: Renan; Gustavo Bastos, Cássio e Revson; Marcinho Guerreiro; Romano, Acleisson, Marquinhos e Julinho; Marquinhos Gabriel e Willian. Já o Vasco, que buscava sua segunda final de Copa do Brasil, adentrou o gramado esquematizado no já costumeiro 4-3-1-2, com: Fernando Prass; Allan, Dedé, Anderson Martins e Ramón; Eduardo Costa, Rômulo e Felipe; Diego Souza; Eder Luís e Alecsandro

O Vasco não tinha opção e precisava partir em busca de gols. No entanto, nem o mais otimista cruz-maltino esperava que o time jogasse um 1º tempo de tamanha qualidade. E muito da espetacular atuação vascaína nos primeiros 45 minutos se deve ao gol alcançado logo no início da partida. O relógio marcava apenas 3 minutinhos quando Felipe alçou a pelota na área e o zagueiro avaiano Revson desviou contra o próprio patrimônio. A vitória parcial, que garantia a classificação para a finalíssima, deu ao Vasco a tranquilidade necessária para jogar uma bola redondinha.

Logo após abrir o placar, o Vasco não tirou o pé do acelerador e permaneceu dando trabalho ao ótimo goleiro Renan. A mais poderosa arma vascaína durante os primeiros 15 minutos do duelo foi o Eder Luís, que infernizou o sistema defensivo rival e quase marcou um lindo gol após tabelinha com o Eduardo Costa. Depois deste início explosivo do “Gigante da Colina”, o Avaí até tentou se recuperar na partida e conseguiu criar uma boa oportunidade de empatar o placar com o ala-esquerda Julinho. Porém, o Vasco voltou a engatar a quinta marcha e as chances de gols passaram a surgir com uma naturalidade impressionante. Pela direita com o lateral Allan e com o incansável Eder Luís – que encontrou o Alecsandro livre, leve e solto na área para arrematar por cima do gol – pela esquerda com o Ramón e em chutes longos do Felipe e do Eder Luís, o Vasco era um verdadeiro “Trem-Bala” e as belas tramas logo resultaram no segundo gol. E, amigos, foi um golaço! Alecsandro arrancou por entre a esburacada defesa avaiana e deu um lindo e milimétrico passe para Diego Souza, com enorme categoria, tocar por cima do goleiro Renan. Nem mesmo um bom chute do Julinho na trave acordou o Avaí, e o Vasco ainda poderia ter ampliado o escore em arremates do Allan e do Ramón.

Para a 2ª etapa, o Cruz-maltino tinha uma enorme vantagem, já que o Avaí precisaria virar a partida se quisesse a classificação. Sendo assim, com o regulamento debaixo do braço, o Vasco diminuiu um pouco do ímpeto de antes do intervalo, até porque seria fisicamente impossível mantê-lo, e, mesmo em um ritmo mais lento, ainda conseguiu acertar a trave por duas vezes em menos de 15 minutos, uma em chute do Ramón e falha do Renan e outra após linda jogada do Diego Souza. Ainda está difícil descobrir quem se deu melhor com a chegada de Diego Souza ao Vasco, se o clube ou o jogador. Como a afinidade entre eles foi rápida! Do minuto 15 até o apito final, o confronto apresentou um Vasco com maturidade para controlar a partida e um Avaí tentando, na base do desespero e sem sucesso, arquitetar alguma jogada ofensiva de qualidade. Vale ressaltar aqui o ótimo desempenho do sistema defensivo vascaíno, principalmente o zagueiro Dedé e o volante Eduardo Costa, que facilitou – e muito! – o trabalho do goleiro Fernando Prass. Já nos minutos finais, o Diego Souza ainda resolveu coroar sua grande atuação aplicando um chapéu maravilhoso no Marcinho Guerreiro em um lance que terminou com a arbitragem anulando, por impedimento, o que seria o terceiro gol vascaíno.

O apito final parece ter tirado um peso enorme das costas dos vascaínos, que comemoraram com enorme alegria a classificação para a decisão. E, convenhamos, depois do show de bola que deram na Ressacada eles tinham mesmo que comemorar. Alguns vão dizer que o Vasco ainda não venceu nada, que está apenas na decisão. E eu respondo: estar na decisão é um fato para ser comemorado. Na hora certa, o Ricardo Gomes, que pegou um Vasco com o psicológico em frangalhos e vem fazendo um trabalho notável, saberá devolver ao time a concentração necessária para enfrentar o Coritiba na final.

terça-feira, 24 de maio de 2011

PAPO CABEÇA - QUE VENÇA O ESPORTE!

“No esporte não ha, não pode haver questão de nacionalidade”
O Estado de São Paulo, 16/10/1920

“Quando numa sociedade sportiva, os socios que a ella pertencem se acham revestidos dos seus uniformes, desapparece qualquer distincção de casta”
O Estado de São Paulo, 15/05/1916




Houve um tempo onde no planeta bola existia todo o tipo de segregação. Tomando o Brasil como exemplo, nas primeiras décadas do futebol aqui jogado existiram clubes que nada mais eram do que colônias inglesas, como o São Paulo Athletic Club, do Charles Miller, que era conhecido como British Club ou Clube dos Ingleses, e o Rio Cricket and Athletic Association, do Rio de Janeiro, que da fundação à extinção nunca contou com um brasileiro sequer em seu plantel.

A segregação racial também não ficava de fora, pelo contrário, talvez fosse a mais presente de todas, como espelha a convocação da Seleção Brasileira que disputou o Sul-Americano de 1925. Para o torneio sediado em Buenos Aires, nosso escrete foi intencionalmente convocado para não contar com negros. O onze brasileiro era formado por um mulato e dez brancos. O mulato era Arthur Friedenreich, de olhos verdes e que demorava horas arrumando o cabelo para parecer mais branco.

Além do país de origem e da cor, outro tipo de segregação encontrada aqui no Brasil era a social. O futebol brasileiro era de tamanha forma elitizado, que em meados da década de 10 a Associação Metropolitana de Sports Athleticos (AMSA), entidade que organizava o futebol no Rio de Janeiro, proibiu a participação de operários nos clubes a ela afiliados, em mais uma tentativa de impedir a democratização do esporte.

Apesar de em estádios pelo mundo afora ainda vermos atos racistas com certa frequência, me parecia que a segregação no futebol por parte das instituições que regem o esporte já houvesse sido sepultada. No entanto, eis que em uma recente reunião da Federação Francesa de Futebol (FFF) surge a proposta de limitar a 30% a presença de jovens descendentes de árabes e africanos nas academias de futebol sob o comando da entidade. Até o momento não consegui descobrir o que é mais chocante: a proposta em si ou o fato de ela ter surgido na França, país que conquistou a Copa do Mundo de 1998 com uma equipe que, apesar das críticas da extrema-direita, entrou para a história como exemplo de multirracialidade.

Creio que ainda esteja viva na cabeça da maioria dos amigos aquela Seleção Francesa que venceu o Brasil na final do Mundial de 1998 com Thuran, Desally e Viera, nascidos, respectivamente, em Guadalupe, Gana e Senegal, além de ninguém menos do que Zinedine Zidane, descendente de argelinos e considerado por muitos o maior futebolista francês de todos os tempos.

Com mais de um século de história, o futebol sempre esteve em contato com ideais políticos e econômicos. No entanto, sempre que a essência do futebol se vê ofuscada por estes ideais citados ele sai derrotado. O maior benefício que o esporte, em geral, e o futebol, em particular, pode trazer para a sociedade é a propagação do conceito de igualdade. No campo, todos os jogadores estão sujeitos às mesmas regras. Nas arquibancadas, os torcedores esquecem suas diferenças, sejam elas quais forem, e, uníssono, cantam por um mesmo objetivo.

Apesar de saber que o preconceito continuará presente, de uma forma ou de outra, no esporte bretão, acredito que esta proposta esdrúxula surgida na França não conseguirá vencer o futebol. Porém, é preciso mais do que somente chutar esta idéia para escanteio. É preciso dar um cartão vermelho para cada um que esteve naquela sala de reunião e defendeu tamanha falta de respeito ao esporte.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

PREMIER LEAGUE 2010/2011 - 38ª RODADA





RESULTADO
Aston Villa 1 - 0 Liverpool
Bolton 0 - 2 Manchester City
Everton 1 - 0 Chelsea
Fulham 2 - 2 Arsenal
Man Utd 4 - 2 Blackpool
Newcastle 3 - 3 West Bromwich
Stoke City 0 - 1 Wigan
Tottenham 2 - 1 Birmingham
West Ham 0 - 3 Sunderland
Wolverhampton 2 - 3 Blackburn

ARTILHEIROS
21 gols
Dimitar Berbatov (Manchester United)
Carlos Tévez (Manchester City)
18 gols
Robin van Persie (Arsenal)

GIRANDO PELA “TERRA DA RAINHA”

A última rodada da Premier League teve início com a briga pelo caneco já definida, afinal o Manchester United havia conquistado o título com antecedência. No entanto, emoção foi o que não faltou na terra da Rainha.

Na parte de baixo da tabela, nada menos do cinco equipes estavam na briga para fugir da degola. Blackpool, Birminghan, Wolverhampton, Wigan e Blackburn entraram em campo para escapar do mesmo destino do West Ham, que já iniciara a rodada rebaixado. O suspense durou até os últimos minutos dos jogos envolvendo estes cinco e o resultado final foi de tristeza para os torcedores do Birmingham e do Blackpool.

Quem também não teve um final feliz foi o clube vermelho da cidade dos Beatles, o Liverpool. Com a derrota dos “Reds” para o Aston Villa e a vitória do Tottenham sobre o Birmingham, a vaga para a a UEFA Europa League terminou com os “Spurs”. Neste momento é imensurável o tamanho do prejuízo econômico, propagandístico e psciológico que terá o Liverpool por ficar fora das principais competições européias na próxima temporada.

“E as vagas para a Champions League?” – o amigo deve estar perguntando. Estas ficaram com o Campeão Manchester United e com a dupla azul Chelsea e Manchester City. Sobre o City, vale destacar que Carlitos Tévez marcou os dois gols da vitória sobre o Bolton e alcançou o Berbatov na artilharia do torneio.


Por fim, o Arsenal, que para variar pecou mais uma vez em um momento decisivo, apenas empatou com o Fulham e terá que disputar a fase classificatória para a Champions League.


E não se esqueçam que o fim da Premier League não é sinônimo do fim do futebol inglês nesta temporada 2010/2011. Neste próximo sábado, o lendário estádio de Wembley receberá Barcelona e Manchester United para a grande decisão da mais importante competição interclubes do “Velho Continente”. Imperdível!

domingo, 22 de maio de 2011

CAMPEONATO BRASILEIRO 2011 - 1ª RODADA




RESULTADOS
Flamengo 4 x 0 Avaí
Ceará 1 x 3 Vasco
Atlético Mineiro 3 x 0 Atlético Paranaense
Santos 1 x 1 Internacional
Palmeiras 1 x 0 Botafogo
Grêmio 1 x 2 Corinthians
Coritiba 0 x 1 Atlético Goianiense
Figueirense 1 x 0 Cruzeiro
Fluminense 0 x 2 São Paulo
América Mineiro 2 x 1 Bahia

ARTILHEIROS
2 GOLS
Bernardo (Vasco)
Magno Alves (Atlético Mineiro)

Palmeiras 1 x 0 Botafogo – Benedito Teixeira, São José do Rio Preto (SP)

Sem poder contar com a dupla de ataque Loco Abreu / Herrera, o Botafogo praticamente não atacou o Palmeiras durante os 90 minutos de jogo e iniciou com derrota o Brasileirão.

Ainda na tentativa de se recompor da chinelada de 6 x 0 que sofreu diante do Coritiba pela Copa do Brasil, o Palmeiras estreou no Campeonato Brasileiro organizado em um 4-4-2. Felipão mandou o seguinte onze à campo: Marcos, João Vítor, Danilo, Thiago Heleno e Gabriel Silva; Márcio Araújo, Marcos Assunção, Tinga e Luan; Kléber e Adriano. Pelo lado do Botafogo, o suspenso Caio Junior apostava todas as suas fichas no retorno do craque Maicosuel e esquematizou a equipe em um 4-4-1-1, com: Jéfferson; Lucas, Antônio Carlos, Fábio Ferreira e Lucas Zen; Thiago Galhardo, Marcelo Mattos, Arévalo Ríos e Cortês, Maicosuel; Caio.

Os primeiros minutos do duelo em São José do Rio Preto foram muito amarrados. Tanto o Botafogo, pela pouca participação do Maicosuel, quanto o Palmeiras, sem uma referência para arquitetar as tramas, encontravam enormes dificuldades ofensivas. Somente a partir do minuto 25 que o Palmeiras conseguiu encontrar uma maneira de fazer o goleiro da Seleção Brasileira Jéfferson trabalhar: as bolas paradas do Marcos Assunção. Até o intervalo do confronto, ou seja, em aproximadamente 20 minutos, Marcos Assunção acertou três tijolos de longa distância e por pouco não abriu o placar. O mais perigoso destes chutes ocorreu já nos acréscimos, quando a redonda explodiu no travessão e o lateral João Vítor quase balançou as redes no rebote. O Botafogo? Somente um daqueles meio cruzamento/meio chute do Maicosuel que triscou na trave.

Sumido nos primeiros 45 minutos, até pelo fato de o Palmeiras não ter conseguido colocá-lo no jogo, o atacante Kléber enfim deu as caras após o intervalo. E o “Gladiador” precisou de pouco tempo para decidir a partida. Se logo aos 6 minutos Kléber deu bom passe para um chute do Patrik que explodiu no Cortês, aos 19 ele deixou o Lucas Zen sem saber onde estava, chamou a responsabilidade da finalização para si e marcou um golaço. Vale dizer que o gol surgiu depois de um passe errado do Marcelo Mattos que o Márcio Araújo aproveitou para iniciar o contra-ataque. Kléber ainda participaria de uma trama ofensiva, aos 26 minutos, que terminou com um arremate para fora do Luan. E este foi o ultimo lance de ataque digno de nota do duelo. Enquanto o Botafogo permaneceu sem ter nem idéia de como poderia produzir uma jogada ofensiva de qualidade, o Palmeiras apenas se preocupou em segurar a vitória, tarefa que não encontrou problemas para conseguir.

A estréia alvinegra no Brasileirão serviu para confirmar que a equipe precisa urgentemente de reforços. Concordo que o Maicosuel tem potencial para voltar a ser um dos melhores jogadores do país, porém o “Mago” não vai conseguir levar este Botafogo nas costas durante as 38 rodadas do torneio. E devemos nos lembrar que o Loco Abreu disputará a Copa América pela Seleção Uruguaia, ou seja, desfalcará o Fogão por um bom tempo.

TRÊS TOQUES!

- Nem mesmo o fato de ter enfrentado um “misto frio” do Avaí, que está com as atenções todas voltadas para o duelo contra o Vasco pela Copa do Brasil, diminui a empolgação do torcedor do Flamengo com a goleada de 4 x 0 obtida. No entanto, a alegria rubro negra não se dá pelo placar elástico conquistado, mas sim pela grande atuação do Ronaldinho Gaúcho. Desde que chegou ao Fla, Ronaldinho ainda estava devendo uma apresentação como esta, ou seja, digna de quem já foi eleito o melhor do mundo por duas vezes. Dos quatro tentos da equipe, Ronaldinho participou diretamente de três deles e ainda deixou sua marca com um golaço. Fora os dribles e passes plasticamente belos que fizeram parte do seu repertório neste sábado. Nota 10 para o R10.

- O Brasileirão só irá terminar em dezembro, e fica muito difícil realizar qualquer previsão neste momento. No entanto, existe um jogador que acredito vai se destacar bastante e brigará para ser o artilheiro do torneio. Falo do luso-brasileiro Liédson, que já começou a competição com um lindo gol de voleio que deu ao Corinthians uma grande vitória sobre o Grêmio no Olímpico.

- No duelo de Tricolores em São Januário, poderia criticar aqui a péssima atuação do Fluminense, uma das piores da equipe no ano, porém prefiro elogiar a apresentação são-paulina. Com Dagoberto e Lucas voando baixo, o Sampa engoliu o adversário e mostrou um futebol bonito de se ver para garantir os três pontos com certa facilidade. Além desta dupla de ataque que deixou o sistema defensivo do Fluminense mais perdido que surdo em bingo, vale destacar também a atuação do volante Casemiro, que defendeu e atacou com enorme eficiência.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

NO CLICK DA GALERA

Hoje o blog está estreando a seção “No Click da Galera”. Neste espaço do FUTEBOLA, teremos fotos dos amigos leitores presentes em estádios, com os amigos na pelada do fim de semana, assitindo a um jogo no barzinho... Conto com a participação de todos. Enviem as fotos para diano_am@yahoo.com.br


Thales, João e Pedro. Só Tricolor gente finíssima!

quinta-feira, 19 de maio de 2011

O BRASILEIRÃO VAI COMEÇAR!!!

Olá amigos do FUTEBOLA!

Neste sábado começa o Brasileirão, o terceiro que o blog acompanhará de perto. Como sempre, estou cheio de expectativa para o início do torneio, na espera de jogos marcantes e do surgimento de grandes revelações. Depois do Flamengo em 2009 e do Fluminense em 2010, será que o caneco permanecerá no Rio de Janeiro?

Como estamos em um período onde muitos clubes ainda buscam reforços e, como sabemos, a temida janela européia pode mudar de vez os rumos do Campeonato, fica bastante difícil fazer previsões no meado de maio. No entanto, não vou deixar de dar os meus palpites. Logo de cara cito o Santos como real candidato ao caneco, o que é perfeitamente compreensível pelo fato de o “Peixe” contar com Muricy Ramalho, Tetracampeão Brasileiro nos últimos 5 anos, e um Neymar a cada dia melhor - isso sem contar a possibilidade de o Ganso permanecer no Alvinegro Praiano.

Um pouco, mas não muito, abaixo do Santos, coloco Cruzeiro, Internacional, Corinthians, Flamengo e Fluminense como candidatos ao título. No entanto, são necessárias ressalvas sobre a dupla Fla-Flu. Para aguentar uma competição de nível nacional, o Flamengo precisa urgentemente de reforços. E não são reforços que viriam somente para compor o elenco, mas sim para assumir a posição de titular. Já o Fluminense, estou o incluindo entre os meus favoritos ao caneco por acreditar no trabalho do Abel Braga e por o Tricolor ter praticamente o mesmo elenco campeão no ano passado.

E Grêmio, Palmeiras, São Paulo, Atlético Mineiro, Botafogo, Vasco? Estariam estes gigantes fora da disputa pelo título? Nunca! Como citei anteriormente, o Brasileirão é um torneio quase impossível de ser previamente analisado. E se o Botafogo conseguir realmente contratar os jogadores que está pensando para auxiliar o craque Maicosuel? E se o Vasco conquistar a Copa do Brasil e o Juninho Pernambucano voltar comendo a bola? Onde iria parar o moral do Gigante da Colina?

De opinião concreta mesmo, tenho a de que, como nos últimos anos, o Campeão só será decidido no final do torneio. E vocês, amigos? Quem acreditam que levantará o caneco do Brasileirão?

COPA DO BRASIL 2011 - SEMI FINAL

Vasco 1 x 1 Avaí – São Januário

Em duelo emocionante, o Vasco saiu atrás no placar e precisou correr até o último giro do ponteiro para buscar um empate que só veio com o pênalti convertido pelo Diego Souza nos acréscimos.

Para a abertura de sua terceira semi final de Copa do Brasil nos últimos quatro anos, o Vasco entrou em campo organizado pelo Ricardo Gomes no já costumeiro 4-3-1-2, com: Fernando Prass; Allan, Dedé, Anderson Martins e Ramón; Fellipe Bastos, Jumar, Felipe; Diego Souza; Eder Luís e Alecsandro. Pelo lado do Avaí, Silas arquitetou a equipe em um 3-1-4-2, com Renan; Gustavo, Bruno e Révison; Marcinho Guerreiro; Felipe, Acleisson, Marquinhos e Julinho; Marquinhos Gabriel e Willian.

Embalado pela torcida, que lotava São Januário, o Vasco iniciou a partida voando baixo e por pouco não abriu o placar pouco após o apito inicial em lance que o Marcinho Guerreiro salvou uma finalização do Diego Souza sobre a linha. E na primeira metade da etapa inicial, o Vasco, liderado pela categoria do Felipe, se manteve mais presente no campo de ataque e criou mais duas oportunidades de gols, uma em arremate longo do próprio Felipe e outra com o Anderson Martins de cabeça. No entanto, o Avaí não se contentou apenas em se defender e arriscou alguns avanços pela esquerda com o Julinho, deixando o torcedor vascaíno com a pulga atrás da orelha. Nos últimos 20 minutos da 1ª etapa, o Avaí conseguiu foi mais bem sucedido em conter o ímpeto cruzmaltino e o jogo diminuiu de volume.

Os primeiros 20 minutos do 2º tempo foram um espelho do mesmo período na etapa inicial, ou seja, o Vasco se mostrou mais presente ofensivamente enquanto o Avaí tentou algumas escapulidas com o ala-esquerda Julinho. Em ordem cronológica, o Vasco teve um chute de fora da área do Diego Souza que passou raspando a trave, um excelente passe do Felipe para o Alecsandro que o goleiro Renan saiu bem do gol e uma espetacular jogada do Diego Souza pela direita que terminou com o Élton – que havia entrado no lugar do Alecsandro havia segundos – finalizando de canela para fora. Depois desta sequência de chances criadas pelo Vasco, o Avaí mostrou que estava vivo obrigando o Fernando Prass a realizar linda defesa em cabeçada do atacante Willian.

No entanto, a prova concreta de que o “Leão” estava vivinho da Silva veio aos 35 minutos, quando ala Julinho, o melhor jogador avaiano em campo ao lado do incansável Marcinho Guerreiro, apareceu mais uma vez pela esquerda, entortou o Allan e bateu cruzado para marcar um golaço. Sofrer um gol em seus domínios era tudo que o Vasco não queria, mas ainda havia tempo para buscar o empate e o “Gigante da Colina” partiu para cima do adversário. Mais na base do abafa do que das tramas bem arquitetadas, o Vasco conseguiu melhorar sua situação para o jogo de volta quando o relógio já estava nos acréscimos, em cobrança de pênalti do Diego Souza, o melhor vascaíno em campo. O lance teve origem com o próprio Diego Souza, que cruzou a pelota para a área e o Gustavo Bastos, diga-se de passagem de maneira muito infantil, puxou o centroavante Élton pela camisa.

É claro que o empate por 1 x 1 não era o resultado esperado pelos torcedores e jogadores vascaínos. No entanto, é mais claro ainda que o confronto não esta definido. O Vasco tem totais condições de realizar uma boa partida em Florianópolis e conquistar a vaga na decisão da Copa do Brasil.

terça-feira, 17 de maio de 2011

PREMIER LEAGUE 2010/2011 - 37ª RODADA





RESULTADOS
Blackburn 1 - 1 Manchester United
Blackpool 4 - 3 Bolton
Sunderland 1 - 3 Wolverhampton
West Bromwich 1 - 0 Everton
Chelsea 2 - 2 Newcastle
Arsenal 1 - 2 Aston Villa
Birmingham 0 - 2 Fulham
Liverpool 0 - 2 Tottenham
Wigan 3 - 2 West Ham
Manchester City 3 - 0 Stoke City

ARTILHEIROS
21 gols
Dimitar Berbatov (Manchester United)
19 gols
Carlos Tévez (Manchester City)
17 gols
Robin van Persie (Arsenal)
Darren Bent (Aston Villa)

MANCHESTER UNITED SE TORNA O MAIOR CAMPEÃO INGLÊS DE TODOS OS TEMPOS

The greatest! O Manchester United empatou com o Blackburn em 1 x 1 e conquistou a Premier League na temporada 2010/2011. O título foi o 19º da história do clube, que ultrapassou o Liverpool e agora é o maior vencedor da “Terra da Rainha”.

Muitos são responsáveis por este histórico triunfo vermelho. Os veteranos van der Sar e Ryan Giggs desafiam o tempo e jogam no mais alto nível do futebol mundial. Wayne Rooney e Hernández se entenderam tão bem dentro das quatro linhas que são um exemplo perfeito de mutualismo, termo científico utilizado para uma relação entre dois seres na qual ambos se beneficiam. Falando em dupla, impossível não destacar a muralha formada por Vidic e Ferdinand, a melhor dupla de zaga do mundo. E ainda tem os gols do artilheiro do torneio Berbatov, as assistências do Nani, a segurança do Carrick, a experiência do Scholes, a consistência do Evra, a impetuosidade dos brasileiros Anderson, Rafael e Fábio, a energia do Park, a agilidade do Valencia… Sem dúvidas é uma equipe de grande qualidade. No entanto, estas qualidades só aparecem e resultam em vitórias pois são maravilhosamente bem utilizadas pelo lendário Sir Alex Ferguson.

Não quero aqui fazer uma retrospectiva sobre a passagem de 25 anos de Alex Ferguson pelo Manchester, até porque o computador poderia ter problemas de memória tamanho o número de páginas que seriam escritas. Meu objetivo é analisar o trabalho atual deste que é, em minha opinião, o melhor técnico do mundo. A cada temporada européia que passa eu fico mais impressionado com a capacidade que Alex Ferguson possui para explorar os pontos fortes do seu elenco e convencer os jogadores a obedecê-lo. Os exemplos são numerosos. Em 2009, ano em que o Manchester perdeu a final da Champions League para o Barcelona, Rooney jogava aberto e auxiliava na marcação dos laterais, deixando Cristiano Ronaldo de centroavante. Hoje, Rooney atua de segundo atacante, atrás do Chicharito Hernández. Desde que acompanho futebol que Ryan Giggs sempre jogou pelos flancos do gramado, mas atualmente o veterano atua centralizado em uma linha de quatro homens de meio-campo. O meia Anderson de volante, o lateral-esquerdo Fabio pela direita, Park em todas as posições do meio-campo possíveis... Ferguson faz o que quer e o Manchester continua brigando por títulos. E que ninguém ouse chamá-lo de Professor Pardal. O que ele faz não é invencionice, é muito conhecimento do material que tem nas mãos. Diria eu que nenhum treinador no mundo conhece tanto os seus jogadores quanto Sir Alex Ferguson.

A conquista do caneco inglês foi importantíssima, até pelo fato de transformar o clube no maior vencedor da história do país. No entanto, este Manchester United versão 2010/2011 pode mais. Pode vencer o Barcelona e pintar o “Velho Continente” de vermelho. A data e o local do confronto estão marcados: dia 28 de maio no estádio de Wembley. Não deixo de ver por nada neste mundo!

segunda-feira, 16 de maio de 2011

DOMINGO DE CAMPEÕES PELO BRASIL

Olá amigos do FUTEBOLA!

O domingo foi recheado de decisões pelo Brasil afora. De Norte a Sul alguns Campeões Estaduais de 2011 foram conhecidos. Muitos torcedores acordaram nesta segunda com o sorriso estampado no rosto, enquanto outros tantos com a cabeça inchada. No entanto, devido ao nosso calendário mais apertado que olho de japonês com sono, as atenções já se voltam para o início do Brasileirão e para as fases finais da Copa do Brasil e da Libertadores. Vamos ver como foram algumas finais por este Brasilzão!

Santos 2 x 1 Corinthians – Vila Belmiro

Sei que muitos possuem a opinião de que o Muricy Ramalho deveria ter poupado seus titulares no Paulistão e priorizado a Libertadores, principalmente depois das contusões do Elano e do Ganso. No entanto, penso diferente. Uma vez o jornalista corintiano Juca Kfouri, ao ser perguntado sobre qual seria sua reação quando o Corinthians fosse Campeão da Libertadores, respondeu que se sentiria tão feliz como quando o Timão conquistou o Campeonato Paulista de 1977 e saiu da longa fila de 23 anos. O Paulistão, assim como outros tradicionais estaduais, ainda merecem muito respeito, apesar dos “engravatados do futebol” criarem regulamentos cada vez mais esdrúxulos. Este Paulista é muito importante para a história do Santos, que alcançou seu quarto Estadual nos últimos seis anos, e também para cada um dos seus jogadores. Ou vocês acham que o fato de o Neymar ter marcado um gol na final do Paulistão, contra o Corinthianse e em uma Vila Belimiro lotada não marcará sua vida?

Grêmio 2 (4) x (5) 3 Internacional – Olímpico

Depois de serem eliminados nas oitavas de final da Libertadores, os ídolos e treinadores, Renato Gaúcho e Falcão, não estavam nada confortáveis. Eu diria até que o colorado estava com mais pulgas atrás da orelha, pois saiu da Libertadores de uma forma mais traumática e perdeu o primeiro duelo da decisão do Gauchão, ambos no Beira-Rio. Mas como todos sabemos, no planeta bola a linha entre as duras críticas e os elogios é muito tênue, e com a histórica vitória sobre o Grêmio no Olímpico, o Falcão afrouxou – e muito! – a corda que apertava seu pescoço. Saindo do banco de reservas e entrando nas quatro linhas, é impossível na destacar o Leandro Damião nesta vitoriosa campanha vermelha. Com um gol atrás de outro, Damião vem justificando a convocação que recebeu para a Seleção Brasileira recentemente. O futebol brasileiro só tem a ganhar caso o centroavante colorado mantenha o ritmo durante o Brasileirão.

Cruzeiro 2 x 0 Atlético Mineiro – Arena do Jacaré

Se a expectativa para saber se o colorado Leandro Damião continuará voando baixo durante o Brasileiro é grande, o mesmo pode se dizer do cruzeirense Wallyson que está jogando um bolão nesta primeira metade do ano. Em minha opinião, este elenco cruzeirense precisa de mais força em jogos decisivos e convenhamos que vencer o maior rival em uma final é excelente para ganhar esta força. Com a incrível marca de 67 gols em 23 jogos (quase 3 gols por jogo) o Cruzeiro mais uma vez chega forte para o Brasileirão. Já o Atlético Mineiro, precisa fazer de tudo para não perder o cobiçado técnico Dorival Júnior, pois começar um novo trabalho na mesma semana de início do Brasileirão não será nada bom para o Galo.

MAIS CAMPEÕES PELO BRASIL

- Em uma decisão que não contou com clubes de Florianópolis, o Chapecoense, que disputou o torneio como convidado, venceu o Criciúma por 1 x 0 e se sagrou Campeão Catarinense. Foi o quarto título da história do clube de Chapecó.

- Na “Terra de todos os Santos” o Bahia impediu o Pentacampeonato do Vitória. Mas não foi o Bahia Campeão Brasileiro de 1988 e grande rival do Vitória que conseguiu o feito, e sim o Bahia de Feira de Santana, que com o triunfo por 2 x 1 em pleno Barradão conquistou o primeiro título de sua história.

- Bem que o Sport tentou, mas diante de um Arruda lotado – o maior público nacional até o momento com 55 mil pagantes – o Santa Cruz chegou ao título Pernambucano mesmo com a derrota por 1 x 0, já que havia vencido o jogo de ida por 2 x 0. Com a conquista do caneco, o Santa Cruz impediu o Hexacampeonato do “Leão”. Este foi o 25º título do Coral.

- Com dois empates em 1 x 1 em dois jogos diante do Goiás, o Atlético-GO conquistou o Bicampeonato Goiano. Desde que o Vila Nova foi Tetracampeão entre 1977 e 1980, um clube sem ser o Goiás não conquistava dois títulos seguidos no Estado.

- No Candango 2011 o Brasiliense empatou sem gols com o Gama e alcançou seu sétimo título estadual nos últimos oito anos. A nota triste para os torcedores do Brasiliense ficou por conta da declaração do ídolo Iranildo, que anunciou o seu adeus do clube.

sábado, 14 de maio de 2011

MEU CLÁSSICO INESQUECÍVEL!

Olá amigos do FUTEBOLA!

No “Meu Clássico Inesquecível” de hoje o meu amigo e corintiano Osni conta como foi a vitória do Timão sobre o Santos que mais lhe marcou.

13/05/2001 - CORINTHIANS 2 X 1 SANTOS, por Osni

Gol no último minuto leva Timão à final do Paulistão.


Molhado pela chuva forte que caía no Morumbi no início da noite deste domingo, Wanderley Luxemburgo parecia não acreditar no que via. Eram 47min do segundo tempo e o Santos estava muito perto de eliminar a equipe que deixara a penúltima colocação no Paulista para se transformar na sensação do campeonato. Para os santistas, o título aguardado desde 1984 nunca havia estado tão próximo, considerando que, àquela altura, o adversário na decisão era o Botafogo. Foi quando Gil, que substituiu Paulo Nunes no início do segundo tempo, fez ótima jogada pela esquerda, rolou a bola para trás e Ricardinho chutou com precisão para fazer 2 a 1 e levar o Corinthians à decisão contra o Botafogo. O início do jogo foi eletrizante. Os dois times mostravam muito nervosismo, traduzido em lances violentos como o soco dado logo aos 5min por Paulo Almeida na cabeça de Paulo Nunes, ignorado pelo árbitro Sálvio Spínola. Mas a rispidez veio acompanhada de bom futebol, rápido e ofensivo. E, mais do que isso, de dois pênaltis desperdiçados, que esbarraram na trave. O primeiro foi do Santos. Depois de roubar uma bola num erro corintiano, Robert foi derrubado por Otacílio na área. Quem bateu não foi Rincón, como queria o técnico Geninho, mas Dodô. Em disputa pela artilharia do Paulista, o atacante pediu ao colombiano para cobrar, mas mandou a bola na trave. Pouco depois, Ewerthon foi derrubado na área santista por Galván. Desta vez o cobrador oficial do time bateu, mas Marcelinho chutou novamente na trave. A resposta rápida do Corinthians a uma ameaça do Santos se repetiu nos gols. O time de Geninho marcou aos 33min, com Renato, o de Luxemburgo empatou aos 35min, por intermédio de Marcelinho. Os dois times fecharam os seus meio-campos, diminuindo consideravelmente as chances de gols de lado a lado. Era o que o Santos queria e foi assim que aconteceu até o gol de Ricardinho.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

UMA IMAGEM...

Olá amigos do FUTEBOLA!



Esta deve ter doído um pouquinho.

quinta-feira, 12 de maio de 2011

COPA DO BRASIL 2011 - QUARTAS DE FINAL

Ceará 2 x 2 Flamengo – Presidente Vargas, Fortaleza (CE)

Em um duelo empolgante e indefinido até o apito final o Ceará foi buscar uma desvantagem de dois gols no placar e eliminou o Flamengo da Copa do Brasil.

Com uma boa vantagem obtida no jogo do Engenhão, o treinador Vagner Mancini organizou o Ceará em um 4-4-2, com: Fernando Henrique, Boiadeiro, Fabrício, Erivélton e Vicente; Michel, João Marcos, Geraldo e Thiago Humberto; Iarley e Washington. Vale dizer que, diferente da partida no Rio, o Geraldo atuou mais distante dos atacantes e o Thiago Humberto mais aberto pela direita. Pelo lado do Flamengo, Vanderlei Luxemburgo decidiu por Ronaldo Angelim na lateral-esquerda e esquematizou a equipe em um 4-2-2-2, com: Felipe; Léo Moura, Welinton, David Braz e Ronaldo Angelim; Willians e Renato; Thiago Neves e Bottinelli; Ronaldinho e Wanderley.

Necessitando marcar gols para conquistar a classificação, o Flamengo iniciou o duelo voando baixo. Com Bottinelli e Ronaldinho aparecendo mais para o jogo do que nas partidas recentes, Wanderley fazendo bem o papel de pivô, Renato chegando ao ataque e Thiago Neves infernal, o Rubro Negro engoliu o Ceará e chegou aos 2 x 0, que o classificaria, em aproximadamente meia hora. Os gols foram marcados pelo melhor jogador do Fla neste ano, Thiago Neves, sendo o primeiro, aos 19 minutos, após linda assistência do Ronaldinho, e o segundo, aos 28, em jogada individual.

Vendo a vaga na semi final escorrendo por suas mãos, Vagner Mancini sacou o lateral-esquerdo Vicente e colocou o meia Osvaldo. Amigos, nem o mais otimista torcedor do “Vovô” imaginaria que o Osvaldo pudesse entrar tão bem no confronto. Em pouco mais de 15 minutos, Osvaldo driblou, bateu a falta que originou o gol de cabeça do centroavante Washington, sofreu a falta que resultou na expulsão do Ronaldo Angelim e cobrou o córner que terminou com novo gol do Washington.

Nos segundos finais da 1ª etapa, o Flamengo acertaria a trave duas vezes em um mesmo lance, com o Léo Moura e o Wanderley, tendo o centroavante perdido uma chance incrível. O empate sofrido, a expulsão do Ronaldo Angelim e as bolas na trave mexeram com a cabeça dos rubro negros, que após o fim do 1º tempo se envolveram em uma confusão com o árbitro e a polícia que acabou resultando na expulsão do técnico Luxemburgo.

Para a 2ª etapa, o esperado ocorreu, ou seja, um Ceará voltou recuado e tentando explorar nos contra-ataques o fato de ter um homem a mais, enquanto o Flamengo partiu, novamente, em busca da vitória. E, assim como nos primeiros 45 minutos, o duelo continuou eletrizante, com ambas as equipes construindo boas oportunidades de balançar as redes. Nos primeiros 10 minutos o Fla esteve mais perigoso e criou sua melhor jogada em uma arrancada do Ronaldinho que o esforçado Wanderley arrematou em cima do Fernando Henrique. O Ceará voltou a ficar perigoso ofensivamente após mais uma mexida certa do seu treinador, que colocou em campo o veloz Eusébio e tornou os contra-golpes alvinegros mais efetivos. Eusébio também deu trabalho ao Felipe nas finalizações longas.

Foi neste panorama de um Flamengo com mais posse e um Ceará perigoso nos contra-ataques que o goleiro cearense, Fernando Henrique, fez duas defesas difíceis em arremates do Thiago Neves e praticamente garantiu a vaga para o “Vovô”. Nos últimos 15 minutos de jogo, um Flamengo já sem pernas e forçando muito as jogadas tentava desesperadamente a vitória e deixava muitos espaços atrás. Espaços que só não renderam ao Ceará mais um gol pois o Osvaldo finalizou para fora uma linda jogada pela esquerda. Nem mesmo a boa entrada do garoto Negueba no Fla foi suficiente para o time chegar ao barbante.

Depois de abrir 2 x 0 no escore, o Flamengo teve tudo para garantir sua classificação para as semi finais da Copa do Brasil. No entanto, a equipe perdeu a concentração e o foco durante os 15 minutos finais do 1º tempo e não conseguiu mais se recuperar. Méritos para os jogadores cearenses, que não desistiram depois de um início avassalador do Flamengo, e do Vagner Mancini, que soube enxergar o jogo e fazer as alterações necessárias para mudar a cara do jogo.

Muitos esperavam ver um duelo entre Rio de Janeiro e São Paulo, com Flamengo contra Palmeiras, na semi final da Copa do Brasil. Porém, Coritiba e Ceará mostraram competência suficiente para avançar no torneio e farão um confronto interessantíssimo valendo a vaga na grande decisão.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

PREMIER LEAGUE 2010/2011 - 36ª RODADA





RESULTADOS
Aston Villa 1 - 1 Wigan
Bolton 1 - 2 Sunderland
Everton 2 - 1 Manchester City
Newcastle 2 - 1 Birmingham
West Ham 1 - 1 Blackburn
Tottenham 1 - 1 Blackpool
Wolverhampton 3 - 1 West Bromwich
Stoke City 3 - 1 Arsenal
Manchester United 2 - 1 Chelsea
Fulham 2 - 5 Liverpool

ARTILHEIROS

21 gols
Dimitar Berbatov (Manchester United)
19 gols
Carlos Tévez (Manchester City)
16 gols
Robin van Persie (Arsenal)

GIRANDO PELA “TERRA DA RAINHA”

- Naquele que talvez tenha sido o jogo mais importante da Premier League 2010/2011, o Manchester United jogou uma barbaridade na primeira metade do 1o tempo diante do Chelsea, balançou as redes por duas vezes e praticamente garantiu o título inglês da temporada. Durante este período inicial do duelo enquanto os “Blues” estavam completamente perdidos, com destaque negativo para o zagueiro brasileiro David Luiz, o quarteto de meio-campo vermelho formado por Valencia, Carrick, Giggs e Park mandava no jogo. Marcação forte, passes rápidos e certeiros e uma movimentação de deixar qualquer adversário louco foram os ingredientes destes pouco mais de 20 minutos de uma aula de futebol dada pelos comandados de Alex Ferguson e que resultou nos gols do atacante Chicharito e do zagueiro Vidic. Com dois gols de vantagem no placar, o Manchester recuou um pouco mais do que devia, porém mesmo tendo sofrido um gol do Lampard, aos 23 minutos da etapa final, não teve problemas em garantir mais uma vitória – a 17a em 18 jogos.

- O Tottenham entrou no White Hart Lane já sabendo da derrota do Manchester City e poderia, em caso de vitória sobre o Blackpool, 18o colocado, continuar sonhando com a vaga para a próxima Champions League. No entanto, os “Spurs” não passaram de um empate em 1 x 1 e, para deixar seus torcedores ainda mais tristes, viu o excelente Gareth Bale receber uma entrada criminosa que lhe deixará for a de ação até o final desta temporada 2010/2011.

- Se no topo da tabela o Manchester United está com uma das mãos e quatro dedos da outra no caneco, já que precisa de somente um pontinho em seis a disputar, no fundo da classificação a briga promote pegar fogo até os últimos segundos da Premier League. Entre o lanterninha West Ham e o 15o colocado Birmingham existem apenas seis pontos de diferença. Vejam abaixo todos os que lutarão para escapar da degola, lembrando que os três últimos serão rebaixados.


domingo, 8 de maio de 2011

PRÊMIO FUTEBOLA CARIOCÃO 2011





PRÊMIO FUTEBOLA CARIOCÃO 2011 DE MELHOR JOGADOR




1º - THIAGO NEVES (FLAMENGO)


2º - FELIPE (FLAMENGO)


3º - FELIPE (VASCO)




SELEÇÃO FUTEBOLA CARIOCÃO 2011





GOLEIRO – FELIPE (FLAMENGO)
Para levantar o caneco estadual, o Flamengo precisou vencer todos os seus principais rivais na disputa por pênaltis. Contra Botafogo e Fluminense, respectivamente semi final da Taça Guanabara e semi final da Taça Rio, as defesas do goleiro rubro negro na disputa por penalidades foram essenciais para colocar o Fla na decisão. Já contra o Vasco, na final da Taça Rio, Felipe, mesmo sem defender um pênalti, foi de extrema importância, pois nada menos do que três vascaínos bateram suas cobranças para fora, tentando fugir do “Paredão”.

LATERAL-DIREITO – LÉO MOURA (FLAMENGO)
Não importa o esquema escolhido pelo treinador, se com dois ou três zagueiros, não importa o período do ano, se é início ou final de temporada, Leonardo Moura sempre é uma peça fundamental da engrenagem rubro negra. E neste Cariocão não foi diferente. Enquanto muitos culpavam o início da temporada pelas atuações abaixo da media na Taça Guanabara, Léo Moura voava e ajudava o Fla a conquistar importantes resultados. Nem mesmo as constantes mudanças táticas que Luxemburgo implantou na equipe foram capazes de influenciar no grande futebol deste lateral que tem a cara do Flamengo.

ZAGUEIRO-CENTRAL – DEDÉ (VASCO)
No início do Cariocão Dedé estava contaminado pelo péssimo futebol jogado pelo Vasco e não conseguiu repetir as atuações que o colocaram entre os melhores zagueiros do país. Porém, mais claramente depois da chegada do ex-zagueiro e treinador Ricardo Gomes, Dedé voltou a apresentar um futebol seguro e ausente de violência. Sem dúvida o fato de Dedé ter reencontrado o seu futebol foi um dos fatores responsáveis pelo crescimento do Vasco ao longo do torneio.

QUARTO-ZAGUEIRO – ANTÔNIO CARLOS (BOTAFOGO)
Se existe um jogador que se salva da ruim campanha realizada pelo Botafogo no Cariocão este é o zagueiro Antônio Carlos. Não que Antônio Carlos tenha sido uma muralha, afinal o Botafogo sofreu 16 gols durante todo o torneio, mas o Antônio Carlos apresentou um futebol seguro o suficiente para se destacar perante os zagueiros rivais, principalmente os da dupla Fla-Flu, e os das equipes de menor porte. Quem poderia estar ocupando a vaga de Antônio Carlos era o Gustavo, zagueiro do Boavista, porém, depois de realizar uma boa Taça Guanabara, Gustavo decaiu muito e acabou expulso em duas das cinco partidas que disputou na Taça Rio.

LATERAL-ESQUERDO – CORTÊS (NOVA IGUAÇU)
Neste Cariocão onde Flamengo, Fluminense e Botafogo enfrentaram diversos problemas na lateral-esquerda e o vascaíno Ramón passou longe de apresentar o futebol de sua primeira passagem pelo clube, quem mereceu ganhar a vaga na Seleção do Cariocão foi o jovem Cortês, lateral do Nova Iguaçu. Com boas atuações na Taça Guanabara, Côrtes chamou a atenção pelo grande jogo realizado contra o Vasco e, neste deserto de laterais pela esquerda que vive o futebol carioca, conquistou sua vaguinha entre os onze do Cariocão e já está fazendo parte do elenco botafoguense.

PRIMEIRO VOLANTE – WILLIANS (FLAMENGO)
Diferente do que muitos estão falando, eu não acredito que os treinamentos técnicos que Luxemburgo diz estar realizando com o Willians estejam dando resultados. Em minha opinião, o volante rubro negro continua com erros primários de passes. No entanto, sua capacidade de roubar bolas e a disposição que demonstra durante os 90 minutos de jogo são essenciais para o funcionamento do Flamengo. Neste Cariocão, Willians nunca deixou de apresentar um futebol voluntarioso e de disputar cada bola como se fosse uma ceia de natal, e por isso merece estar na Seleção do Cariocão.

SEGUNDO VOLANTE – FELIPE (VASCO)
Ora atuando como meia, ora como volante pela esquerda no 4-3-1-2 organizado por Ricardo Gomes, Felipe foi o cérebro vascaíno durante a campanha da Taça Rio. A atuação que espelha o grande futebol apresentado pelo Felipe ocorreu contra o Bangu, quando o ex-lateral, com um repertório invejável de passes, acabou com o jogo. A experiência e a categoria de Felipe são imprescindíveis para este atual Vasco funcionar.

MEIA OFENSIVO – BERNARDO (VASCO)
Alguns podem criticar a presença do Bernardo na Seleção do Cariocão por dois motivos: os pênaltis perdidos contra o Olaria e o Flamengo, respectivamente na semi final e final da Taça Rio, e pelo fato de o jovem meia ter sido reserva na maior parte da campanha. No entanto, mesmo sem conseguir roubar a vaga de titular do Diego Souza ou de um dos volantes vascaínos, Bernardo foi durante toda a Taça Rio o jogador mais produtivo da equipe. Foram raras as partidas nas quais ele não tenha entrado e colocado fogo no jogo. Bernardo merece – e muito! – a vaga entre os onze da Seleção Estadual.

MEIA OFENSIVO – THIAGO NEVES (FLAMENGO)
Gols contra Botafogo, Fluminense e Vasco, disposição e entrega incomuns para um meia ofensivo, passes e dribles que foram, ao mesmo tempo, plasticamente belos e eficientes, arremates certeiros. Estes são os fatores responsáveis não só por colocar Thiago Neves na Seleção do Cariocão, mas também por lhe dar o PRÊMIO FUTEBOLA CARIOCÃO 2011 de melhor jogador. Quando Thiago Neves chegou ao Flamengo, os torcedores rubro negros ficaram com um pé atrás devido ao seu passado pelo Fluminense e ao período sumido no mundo árabe. Porém, rodada após rodada, Thiago Neves conquistou os torcedores e se tornou um dos pilares do Flamengo-2011. Olho nele, Mano Menezes!

SEGUNDO ATACANTE – RONALDINHO (FLAMENGO)
Diferente dos que estão considerando a passagem de Ronaldinho pelo Flamengo um verdadeiro fiasco, considero que o ex-melhor do mundo teve bastante importância na conquista do Cariocão pelo Rubro Negro. Não que Ronaldinho tenha tido atuações do mais alto nível e dado um show atrás do outro, muito longe disto, porém teve sim algumas boas apresentações que o credenciam para a Seleção do Cariocão. Seu melhor momento no torneio foi, sem dúvidas, o gol do título da Taça Guanabara marcado sobre o Boavista, mas o futebol que mostrou, por exemplo, nas vitórias sobre Olaria e Botafogo, na mesma Taça Guanabara, foi muito bom. Mais pela Taça Guanabara do que pela Taça Rio, Ronaldinho merece estar entre os onze melhores do Cariocão.

CENTROAVANTE – FRED (FLUMINENSE)
As atuações de Fred no início da Taça Guanabara foram tão boas que a mídia – rápida como sempre – começou a pedir para o Mano Menezes convocá-lo. Embalado pela boa fase do seu centroavante, o Flu conseguiu goleadas como o 6 x 2 sobre o Olaria e o 4 x 2 sobre a Cabofriense. No total, Fred marcou nada menos do que nove gols na Taça Guanabara, inclusive o que estava dando a vitória para o Fluminense na semi final do torneio contra o Boavista, em jogo que ele saiu no intervalo por contusão e terminou com a vitória nos pênaltis da equipe de Bacaxá. Pelos gols marcados na Taça Guanabara e por terminar o Carioca como artilheiro – ao lado do botafoguense Loco Abreu – Fred conquistou a vaga de centroavante da Seleção do Cariocão.






ESCALAÇÃO



1 - FELIPE

2 - LÉO MOURA

3 - DEDÉ

4 - ANTÔNIO CARLOS

5 - WILLIANS

6 - CORTÊS

7 - THIAGO NEVES

8 - FELIPE

9 - FRED

10 - RONALDINHO

11 - BERNARDO



sábado, 7 de maio de 2011

MEU CLÁSSICO INESQUECÍVEL!

Olá amigos do FUTEBOLA!

Não tenho um pingo de dúvida de que o Gre-Nal que vai decidir o Campeonato Gaúcho poderia ser bem mais empolgante, não fossem os tropeços colorado e tricolor na Libertadores. Porém, Gre-Nal é Gre-Nal e sempre terá uma história para contar. Falando em história para contar, vamos ver as lembranças de dois grandes torcedores - o tricolor Juarez e a colorada Clenar - sobre este que é um dos maiores clássicos do Planeta Bola.

Clenar Pereira Vieira - torcedora do Internacional

Ir ao Beira Rio,em dia de clássico greNAL,é viver uma emoção diferente de todas as já vividas em jogos anteriores.
Não dá pra destacar se um greNAL foi melhor ou mais emocionante...
porque a cada clássico,vive-se uma emoção diferente. Ser torcedor colorado em dia de greNAL...
é algo que foge a qualquer lógica ou previsão de que o jogo já esteja decidido antes dos 90 minutos.
Diante de um greNAL, zera-se tudo o que os times tenham ou venham fazendo no campeonato em termos de classificação.
É num greNAL que se vê a qualidade do time....
É num greNAL que se arruma a casa...
É num greNAL que se vê de que lado a gangorra pesa mais...
É num greNAL que se mede uma rivalidade....
GreNAL é um jogo único sem comparação....
Ser torcedor Colorado em dia de greNAL é:
Acordar antes da hora,
Almoçar menos do que sempre faz,
Se mandar cedo para o estádio,
E passar "90"minutos com o coração na mão...
E quando percebe que o adversário está gostando do jogo...
Entoa suas próprias canções, as quais exalta o nome do clube e de ídolos do passado e presente, em incentivo ao time...
GreNAL...para os colorados é...Emoção....Paixão...Loucura....Que transforma sentimento em Religião...É Bom...é Muito Bom...pertencer a Maior e Melhor Torcida do Rio Grande do Sul...

Juarez Guilhon Lucas - torcedor do Grêmio

É difícil escolher o Grenal mais marcante da minha vida como torcedor do Grêmio. Mas depois de puxar um pouco pela memória e rever alguns livros sobre o clássico, finalmente decidi-me: foi o Grenal de 01/05/1963 (há portanto 48 anos, ano em que o Clube sagrou-se bi-campeão, culminando com o hepta-campeonato em 1968), disputado no Olímpico, vencido pelo Tricolor por 4x1, com quatro gols de Marino, que viera do Aimoré de São Leopoldo para o clube da Azenha há pouco tempo e que naquele clássico, jogando como um atacante agudo pela direita, desmontou praticamente sozinho a defesa do Colorado, numa das maiores atuações individuais em Grenais até hoje, passando a ser um verdadeiro terror para o time do Inter e sua torcida nos clássicos dos anos seguintes. Mas, além disso, aquele Gre-Nal marcou-me também por ter sido o primeiro que assisti ao vivo e no Olímpico, pois justo no início daquele ano eu viera do interior do Estado para a capital, estreando em Grenais nos estádios com o pé direito. Realmente, em razão dos fatos citados, aquele Grenal foi um dos que mais me marcou na história dos clássicos.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

BIBLIOTECA DO FUTEBOLA

Não tenho nem um pingo de dúvida em afirmar que este "Vencer ou Morrer" é um dos melhores livros sobre futebol que eu já li em toda minha vida. Nesta obra imperdível, o autor Gilberto Agostino fala da relação do futebol com as duas grandes Guerras, com o nazismo, o fascismo, o socialismo soviético, as ditaduras latinas, o narcotráfico colombiano... É muito assunto interessante em um livro só para quem é fanático por futebol deixar de ler.




Vencer ou Morrer
Autor: Gilberto Agostino
Editora: Mauad

COPA DO BRASIL 2011 - QUARTAS DE FINAL

Atlético Paranaense 2 x 2 Vasco – Arena da Baixada, Curitiba (PR)

Em jogo emocionante e bastante disputado, Atlético Paranaense e Vasco empataram em 2 x 2 na Arena da Baixada. Apesar de ter estado na frente do placar por duas vezes e cedido o empate, o placar não foi de todo ruim para a equipe carioca.

Na busca por ares diferentes dos encontrados no Campeonato Parananese – onde viu um verdeiro passeio do rival Coritiba – o treinador Adílson Batista escalou o Atlético Paranaense em um 4-3-1-2, com: Renan Rocha; Rômulo, Manoel, Rafael Santos e Paulinho; Deivid, Róbston e Paulo Roberto; Paulo Baier; Mádson e Guerrón. Pelo lado do Vasco, que diga-se de passagem também jogava para esquecer o Campeonato Carioca, o técnico Ricardo Gomes mandou à campo o onze que já está na boca dos torcedores cruzmaltinos, ou seja, esquematizado no 4-3-1-2, com: Fernando Prass; Allan, Dedé, Anderson Martins e Ramón; Fellipe Bastos, Rômulo e Felipe; Diego Souza; Eder Luís e Alecsandro.

O apito inicial apresentou um Vasco com um meio-campo mais forte, tanto na armação, com o Felipe e o Diego Souza conseguindo alguns bons passes, quanto na marcação, com destaque para o Rômulo no papel de cão-de-guarda. Concentrando seus ataques pela direita com o Eder Luís, a equipe carioca esteve melhor na primeira metade do 1º tempo, apesar de não ter dado muito trabalho ao goleiro Renan Rocha. A partir dos 25 minutos, o Atlético conseguiu aumentar um pouco o seu volume ofensivo e tirou o grito de “Uhhh” do seu torcedor aos 28 minutos, quando o zagueiro Manoel quase abriu o placar em cabeçada que obrigou o Fernando Prass a realizar grande defesa. No entanto, o Vasco não tardou a voltar a ser mais perigo ofensivamente e, se não conseguiu sacudir o barbante em um tijolo do Alecsandro de fora da área, aos 34 minutos, o fez no minuto seguinte, com o mesmo Alecsandro. Vale destacar a jogada que originou este primeiro gol vascaíno, um sensacional passe do Diego Souza para o Eder Luís arrancar pela direita e assistir o Alecsandro. Na comemoração, Alecsandro imitou as caretas realizadas pelo pai, o também atacante Lela, ídolo do Coritiba nos anos 80 e Campeão Brasileiro de 1985 pelo clube.

Até o final da 1ª etapa, o “Furacão” conseguiria apenas mais uma jogada de bola parada do Paulo Baier para o zagueiro Manoel, mas após o intervalo a produtividade paranaense iria crescer consideravelmente. Para o 2º tempo, Adílson Batista voltou com Branquinho no lugar do Róbston e o Atlético partiu com tudo para o empate. E foram necesesários menos de 10 minutos para o Rubro Negro conseguí-lo, através do equatoriano Guerrón, o melhor atleticano em campo. Assim como a entrada do Branquinho, o empate fez muito bem ao “Furacão”, que se solidificou no campo de ataque e, até o minuto 25, incomodou o Fernando Prass constantemente, com destaques para uma boa finalização do Branquinho e duas do Guerrón.

O Vasco havia se transformado em uma equipe que se preocupava apenas com seu sistema defensivo, como comprova os sumiços do Felipe e do Diego Souza na partida, além do fim da utilização do Eder Luís para os ataques em velocidade. Contudo, mesmo sem estar postado para buscar um gol, o Vasco o conseguiu aos 28 minutos, em um ótimo arremate do Diego Souza. Se havia recuado demasiadamente para segurar o empate, já era de se esperar que o Vasco permaneceria com esta estratégia depois de alcançar o seu segundo gol. Porém, os vascaínos não contavam com um pênalti infantil cometido pelo Ramón sobre o Branquinho, que não pode nunca ser reserva deste “Furacão”. Na cobrança, o veterano Paulo Baier, que havia realizado boa cobrança de falta minutos antes, converteu a penalidade com tranquilidade.

No fim das contas, o resultado em si foi bom para o Vasco, que jogará em São Januário podendo empatar sem gols ou em 1 x 1. Se não repetir a postura excessivamente defensiva apresentada em boa parte da 2ª etapa neste primeiro duelo, o Cruzmaltino tem tudo para avançar às semi finais da Copa do Brasil.

JOGADA RÁPIDA!

Quarta-feira negra para o futebol brasileiro. Cruzeiro, Fluminense, Grêmio e Internacional fizeram vergonha – uns mais, outros muito mais – e a única equipe brasileira que viva na Libertadores é o Santos. E o pior é quando constatamos que os investimentos realizados pelas equipes brasileiras é muito maior do que o das rivais da América do Sul. Ou vocês acham que Once Caldas, Libertad, Universidad Católica e Peñarol pagam aos seus jogadores salários do nível dos recebidos por Montillo, Fred, Conca, D’Alessandro?

terça-feira, 3 de maio de 2011

UEFA CHAMPIONS LEAGUE 2010/2011 - SEMI FINAL

Barcelona 1 x 1 Real Madrid – Camp Nou, Barcelona (ESP)

O Barcelona soube jogar com o regulamento debaixo do braço, empatou com o Real Madrid em 1 x 1 e se garantiu na finalíssima da Champions League, dia 28 de maio, no lendário estádio de Wembley.

Com uma considerável vantagem de dois gols obtida no primeiro duelo, o treinador Pep Guardiola, novamente contando com desfalques na lateral-esquerda, mandou para campo um Barcelona no seu tradicional 4-3-3, com: Valdés; Daniel Alves, Mascherano, Piqué e Puyol; Xavi, Busquets e Iniesta; Pedro, Messi e David Villa. Pelo Real Madrid, que precisava marcar gols de qualquer maneira, o auxiliar Karanka – José Mourinho estava suspenso – organizou, até pelos desfalques por suspensão, um Real Madrid bem diferente dos clássicos anteriores. A equipe merengue iniciou o confronto esquematizada em um 4-2-3-1, com: Casillas; Arbeloa, Albiol, Ricardo Carvalho e Marcelo; Diarra e Xabi Alonso; Di María, Kaká e Cristiano Ronaldo; Higuaín. Vale ressaltar que não foram poucas as vezes que o Xabi Alonso se adiantou, deixando o Diarra como único volante à frente da defesa e o Real organizado em um 4-1-4-1.

Desde o apito inicial, como já era de se esperar, o clássico foi quente e muito disputado. Os primeiros 30 minutos foram caracterizados por um Barcelona – como sempre – com maior posse de bola e um Real Madrid que marcava muito forte. A primeira vista, a estratégia dos merengues parecia estar dando certo, já que, neste período de 30 minutos, o Barcelona só conseguira levar perigo ao goleiro Casillas em uma cabeçada do Busquets em jogada de bola parada. No entanto, como o Real Madrid não conseguia arquitetar tramas ofensivas de qualidade, muito pela pouca participação do Kaká e por um improdutivo Di María, foi questão de tempo até o Barcelona começar a criar oportunidades de abrir o placar.

O forte sistema defensivo madrileno teve validade de exatos 30 minutos, pois bastou o ponteiro do relógio ultrapassar esta marca para o Barcelona virar uma máquina de criar chances de gols. A pressão foi enorme, com os catalães construindo uma boa jogada ofensiva atrás da outra. E deve ser destacado que os lances perigosos surgiram por todos os lados, com Daniel Alves pela direita, Messi pelo meio, Villa pela esquerda e em chute longo do Pedro. Por que o jogo foi para o intervalo com o placar mudo? Porque o Casillas é um dos maiores goleiros do planeta.

Para a 2ª etapa, ambas as equipes retornaram com o mesmo onze inicial, porém o Real Madrid voltou com um ímpeto ofensivo que não havia aparecido na metade final do 1º tempo. E em poucos minutos os merengues chegaram ao gol, porém este foi anulado pelo árbitro em um lance que confesso não recordar de já ter visto. Cristiano Ronaldo arrancou pela meiúca e a bola sobrou para o Higuaín empurrar para o fundo das redes. Porém, durante a arrancada, Cristiano Ronaldo foi empurrado pelo Piqué, caiu e acertou as pernas do zagueiro Mascherano, que também foi ao chão. Resultado: o juiz assinalou falta do português e, em minha opinião, se equivocou.

O bom momento inicial do Real Madrid não tardaria a chegar ao fim, pois, aos 8 minutos, Pedro recebeu perfeita assistência de Iniesta e abriu o placar. O gol fez muito bem ao Barça, que começou a trocar passes ao som do “olé” gritado pela sua torcida, em situação semelhante àquela ocorrida em novembro passado, quando os catalães venceram por 5 x 0 em uma das maiores apresentações de futebol já vista. Mas, para a sorte do torcedor madrileno, e devido ao acerto do treinador Karanka (ou seria do Mourinho via telefone?) em sacar Kaká e Higuaín e colocar Özil e Adebayor para dar mais gás à equipe, desta vez o Real Madrid conseguiu quebrar o jogo do rival e ainda empatar a partida. Aos 18 minutos, após bobeada do Pedro na saída de bola e passe do Xabi Alonso, Di María acertou a trave e, no rebote, assistiu Marcelo que sacudiu o filó.

Com o placar empatado, restava ao Barcelona segurar qualquer possibilidade de o Real Madrid voltar a gostar do jogo, feito que foi conseguido através da sensacional qualidade nos passes de Xavi, Iniesta e categórica companhia. Pode-se dizer que do gol do Marcelo, até o apita final, ou seja, nos últimos 30 minutos, o Barcelona nunca esteve perto de perder sua classificação para um esforçado e faltoso Real Madrid.

O saldo geral dos quatro clássicos entre Barça e Real em menos de um mês foi de uma vitória para cada lado e dois empates, com o Barcelona ficando com uma mão e quatro dedos no Campeonato Espanhol e a vaga na decisão da Champions League, enquanto o Real Madrid conquistou a Copa do Rei. Não resta dúvida de que, apesar do equilíbrio nos placares, os torcedores catalães terminaram o período muito mais felizes.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

PREMIER LEAGUE 2010/2011 - 35ª RODADA




RESULTADOS

Blackburn 1 - 0 Bolton
Blackpool 0 - 0 Stoke City
Sunderland 0 - 3 Fulham
West Bromwich 2 - 1 Aston Villa
Wigan 1 - 1 Everton
Chelsea 2 - 1 Tottenham
Birmingham 1 - 1 Wolverhampton
Liverpool 3 - 0 Newcastle
Arsenal 1 - 0 Manchester United
Manchester City 2 - 1 West Ham

ARTILHEIROS

21 gols
Dimitar Berbatov (Manchester United)
19 gols
Carlos Tévez (Manchester City)
15 gols
Darren Bent (Aston Villa)
Robin van Persie (Arsenal)

GIRANDO PELA “TERRA DA RAINHA”

A Premier League voltou a pegar fogo!

No sábado, atuando no Stamford Bridge, o Chelsea contou com a grande ajuda dos bandeirinhas para conquistar uma importantíssima vitória por 2 x 1 sobre o Tottenham. Depois de sair em desvantagem no placar devido a um belo gol do brasileiro Sandro, o Chelsea conseguiu a virada com dois gols irregulares. Primeiro Lampard arrematou de longe, o goleiro brazuca Gomes falhou feio e deixou a pelota passar por debaixo das suas pernas, conseguindo, porém, salvá-la em cima da linha. Todo o esforço do Gomes para se redimir, no entanto, foi em vão, pois o bandeirinha acabou por confirmar o gol de empate do Chelsea. Depois, já perto do apito final, foi a vez do outro auxiliar se equivocar e legalizar o gol da virada azul, marcado por um impedido Kalou.

Já no domingo, o Arsenal conseguiu uma grande vitória sobre o Manchester United e, além de colocar o Chelsea muito perto do topo da tabela, manteve vivo um pouquinho do sonho de ser Campeão Inglês. Diante de um Manchester que não foi nem sombra da equipe que venceu o Schalke 04 no meio da semana passada – até pela ausência do Ryan Giggs – o Arsenal foi melhor durante praticamente todo o duelo e chegou à vitória através de um gol do Ramsey, marcado na 2ª etapa.

Com os resultados da 35ª rodada, o Manchester se encontra somente três pontinhos à frente do Chelsea e, para a alegria dos que acompanham a Premier League, os rivais se enfrentarão no próximo domingo.

domingo, 1 de maio de 2011

FLAMENGO CAMPEÃO CARIOCA DE 2011!

Vasco 0 (1) x (3) 0 Flamengo – Engenhão

Campeão Invicto! O Flamengo derrotou mais um rival nos pênaltis, desta vez o Vasco, e levou a Taça Rio e o Campeonato Carioca em uma só tacada. Foi o 32º título Carioca do Mengão e o 5º conquistado numa campanha sem derrotas.

Para a decisão da Taça Rio, o treinador Ricardo Gomes decidiu por repetir as escalações recentes do Vasco e mandou a equipe para o jogo organizada em um 4-3-1-2, com: Fernando Prass, Allan, Dedé, Anderson Martins e Ramón; Fellipe Bastos, Rômulo e Felipe; Diego Souza; Eder Luís e Alecsandro. Pelo lado do Flamengo, Luxemburgo, que não pôde escalar o Léo Moura mas contou com o retorno do Ronaldinho, novamente alterou a equipe, esquematizando-a em um 4-2-2-2, com: Felipe; Galhardo, Welinton, David Braz e Rodrigo Alvim; Willians e Renato; Bottinelli e Thiago Neves; Ronaldinho e Deivid.

Os 20 primeiros minutos do clássico demonstraram, como já era esperado, um jogo equilibrado e em certo ponto nervoso, com faltas mais ríspidas do que o normal. O Flamengo apresentou, neste período, uma maior posse de bola, enquanto o Vasco uma marcação mais ajustada e ataques mais agudos. De oportunidades de gols apenas um arremate longo para cada lado, com Fellipe Bastos arriscando pelo Vasco e Galhardo pelo Fla.

Após a parada técnica, o Flamengo retornou mais incisivo ofensivamente e em um intervalo menor do que 10 minutos conseguiu criar duas claras chances de abrir o placar. A primeira delas foi em em uma cabeçada do Thiago Neves, após cobrança de falta do Ronaldinho, e a segunda em uma linda trama que contou com a participação de Thiago Neves, Ronaldinho e Deivid e terminou com o Fernando Prass realizando grande defesa em finalização do Bottinelli. Depois deste pequeno período de superioridade rubro negra, o Vasco conseguiu reequilibrar o confronto e voltou a assustar o goleiro Felipe em um arremate longo do seu xará Felipe e uma cabeçada do Diego Souza à queima-roupa.

Para o 2º tempo, tanto Vasco quanto Flamengo retornaram com o mesmo onze inicial e o Rubro Negro só não abriu o placar em uma excelente cobrança de falta do Ronaldinho, logo aos 3 minutos, porque o Fernando Prass é um arqueiro do mais alto nível. Apesar desta grande chance no início da etapa, o Flamengo começou a encontrar grandes dificuldades para arquitetar tramas ofensivas, principalmente pelas ruins atuações que Thiago Neves e Bottineli vinham apresentando. E como o Vasco não tinha nada a ver com os problemas do rival, aproveitou para crescer no jogo e se tornar mais presente no campo de ataque, explorando bem o seu flanco esquerdo. A melhor presença ofensiva vascaína se tranformou em reais possibilidades de gols com a entrada do Bernardo no lugar do Diego Souza, aos 25 minutos. A entrada do atual xodó cruzmaltino deu mais poder à equipe, tanto com a pelota rolando quanto com ela parada.

Alguns segundos após pisar em campo o Bernardo quase sacudiu o barbante e, logo depois, bateu córner que o Dedé cabeceou para fora. O Flamengo só conseguiu voltar a ser produtivo a partir dos 33 minutos, quando Thiago Neves arrematou para fora uma bela assistência do Wanderley. Este lance fez bem ao Fla, que dominou as ações até o apito final chegando a dar trabalho ao Fernando Prass por duas vezes, uma com o Renato e outra com o Thiago Neves.

O placar empatado levou a final para a disputa de pênaltis, um dos pontos mais fortes do Flamengo no Estadual. Com um currículo que contém as recentes vitórias sobre Botafogo e Fluminense em decisão por penalidades, o Flamengo chegou bem mais tranquilo para os arremates. Enquanto os vascaínos Bernardo, Fellipe Bastos e Élton não conseguiram sequer acertar o gol, o Flamengo desperdiçou apenas a cobrança do Fierro e selou a vitória e o título com o Thiago Neves colocando a bola no fundo das redes.

O calendário futebolístico já se encontra no mês de maio, e até o momento o Flamengo não possui uma única derrota. Não estou querendo dizer que o Rubro Negro seja uma equipe perfeita, muito longe disso, porém o caminho para a formação de um grande time começou a ser trilhado da melhor maneira possível: com a conquista de um importante e título.

PARABÉNS, MENGÃO!