RESULTADOS
Madureira 1 x 0 Vasco
Olaria 2 x 1 Nova Iguaçu
Volta Redonda 0 x 1 Botafogo
Friburguense 4 x 1 Quissamã
Macaé 1 x 3 Flamengo
Duque de Caxias 0 x 1 Audax Rio
Boavista 3 x 2 Resende
Fluminense 2 x 0 Bangu
ARTILHARIA
12 Gols – Hernane (Flamengo)
8 Gols – Charles Chad (Duque de Caxias)
7 Gols – Bernardo (Vasco) e Lodeiro (Botafogo)
Fluminense 2 x 0 Bangu – São Januário, Rio de Janeiro (RJ)
Fluzão faz o suficiente para vencer o Bangu por 2 a 0 e se
garantir na liderança do grupo B da Taça Rio, posição que lhe dá a vantagem do
empate no duelo semifinal contra o Volta Redonda.
Para terminar na ponta do grupo B e evitar um “Clássico Vovô”
logo na semifinal, o Fluminense precisava não só dos três pontos como torcer
contra o Resende. Para fazer sua parte, o Tricolor foi montado pelo Abel Braga
no 4-3-3 com: Ricardo Berna; Wallace, Digão, Anderson e Monzón; Fábio Braga,
Diguinho e Felipe; Rhayner, Samuel e Rafael Sóbis. Longe da boa campanha da
Taça Guanabara, quando conquistou menos pontos apenas que os quatro favoritos,
o Bangu foi em busca de sua primeira vitória na Taça Rio organizado pelo
Alfredo Sampaio no 4-3-2-1 com: Getúlio Vargas; Celsinho, Raphael Azevedo,
Thiago Eleutério e Bruno Santos; Ives, Mayaro e Araruama; Gilmar e Eudes;
Sérgio Júnior.
Pelo onze inicial tricolor – apenas Rafael Sóbis e Rhayner
foram titulares contra o Caracas, último compromisso da Libertadores – era
possível perceber que o duelo contra o Bangu não tirou o sono de Abel Braga nos
últimos dias. Inegável, porém, que era uma partida importante, pois
determinaria se o Flu faria a semifinal com a vantagem do empate contra o Volta
Redonda ou sem vantagem alguma diante do Botafogo. Neste cenário, o Tricolor
precisou de apenas cinco minutinhos para mexer no placar: Sóbis viu Wallace que
deu a Rhayner que completou. Um a zero. Foi a senha para o Fluminense ligar o “modo
banho-maria” e começar a cozinhar a partida. Cozinho tanto, mas tanto, que
irritou até o Abel Braga, o mesmo que mandara a campo uma equipe, digamos,
alternativa.
Inofensivo na etapa inicial, o Bangu ameaçou colocar as
manguinhas de fora após o intervalo, mas sem seu principal destaque no Carioca,
o veloz Hugo, encontrou enormes dificuldades para criar tramas de ataque. E
pior, ainda deixou um vazio na defesa que quase foi aproveitado em
contra-ataque puxado por Rhayner, clareado por Felipe e que Sóbis, aos 19,
acertou a trave. O torcedor tricolor levaria a unha à boca aos 28 minutos,
quando Mayaro e Bernardo obrigaram Ricardo Berna a duas seguidas defesas à queima-roupa,
mas as alterações de Abel Braga – entraram os garotos Eduardo, Fernando e
Biro-Biro – deram mais vida ao Flu. Mais presente no campo ofensivo, o Tricolor
fechou a partida aos 47, em contra-golpe de Biro-Biro e perfeito arremate de
Sóbis.
Constantemente escalado aberto pelos flancos, Rafael Sóbis,
na ausência de Fred, mostrou nos dois últimos jogos que não esqueceu como se
joga próximo à meta rival e é ótima opção para jogar centralizado. Ajudou o
Fluminense a ser líder de seu grupo na Libertadores e na Taça Rio.
CURTINHAS PELO CARIOCÃO!
- Era o “tempo em que Dondom jogava no Andaraí”. Corria o
Carioca de 1937 e o Vasco, sem dó, sapecou 12 a 0 no time da Zona Norte. Reza a
lenda que, revoltado com a falta de misericórdia vascaína, Arubinha, parceiro
de Dondom no Andaraí, enterrou um sapo em São Januário e lançou a praga: o Vasco
ficará 12 anos sem ser Campeão. Não ficou 12, mas nove, e o “Sapo de Arubinha”
se tornou uma das mais folclóricas histórias do nosso futebol. Hoje, mais de 75
anos depois, o Cruz-Maltino sofre uma derrota atrás de outra, vive uma gigante
crise político-administrativa, completa uma década sem vencer o Carioca, vê o
grande ídolo Dedé ir embora, Bernardo se contundir seriamente, Carlos Alberto
envolvido com doping... Será que tem sapo novo em São Januário?
- O artilheiro Hernane é fiel à máxima de Dadá Maravilha que
diz: “Não existe gol feio. Feio é não fazer gol”. No entanto, muitos dos gols
feios do “Brocador” se justificam porque o Flamengo joga feio, obrigando-o a
viver de migalhas. No Cariocão como um todo, Hernane não só é o único
rubro-negro a se salvar como provavelmente será o representante solitário da
Gávea na Seleção do campeonato.
- São mais de quatro anos, desde a Taça Guanabara de 2009 que
o Botafogo não perde para adversários que não Fla, Flu e Vasco. Definitivamente
o Fogão sabe a receita para passar pelo Resende e chegar à decisão da Taça Rio.