Sem criar
sequer uma única chance de gol durante 90 minutos, Botafogo perde para o Santos
na Vila e é rebaixado para a Segunda Divisão.
Para não
voltarmos ao início do Brasileiro, podemos dizer que a atuação diante do Santos
ilustra de forma quase perfeita o que foi este tenebroso mês de novembro para o
Botafogo, um mês de seis derrotas em seis jogos e apenas um mísero gol marcado.
Disse de forma quase perfeita pois o futebol jogado pelo Bota na Vila conseguiu
ser ainda pior do que o apresentado nas partidas anteriores.
Absurdamente
superior tecnicamente e sem o peso de um jogo de vida ou morte nas costas, o
Santos não encontrou problemas para se infiltrar pela esburacada, nervosa e
atabalhoada retaguarda alvinegra e construir diversas oportunidades de gols. Atacou
pela direita com o lateral Daniel Guedes, pela esquerda com o lateral Caju e o
ponta Thiago Ribeiro, pelo meio com Robinho e Lucas Lima e por todos os cantos
com o imparável Gabriel.
No primeiro
tempo, foram cinco ótimas chances praianas, com David Braz perdendo da pequena
área, Robinho parando em Jefferson e Gabriel acertando o poste. O massacre seguiu
após o intervalo com mais sete dos chamados “melhores momentos”, mas, nesta
etapa, para a amargura dos botafoguenses, Leandro Damião esteve em campo para transformar
a superiodade santista em gols: o primeiro foi marcado aos 3 minutos e, o
segundo, aos 44.
O Botafogo,
destroçado psicologicamente, desarrumado taticamente e paupérrimo tecnicamente,
não foi capaz de dar trabalho ao goleiro Aranha nem quando se postou recuado e
esperou espaços para contra-atacar, nem quando precisou se abrir mais, nem
quando se lançou à frente de qualquer maneira. Claro que o Botafogo cai para a
Segundona pelo que não fez durante todo o torneio, mas a inoperância ofensiva
nestes últimos jogos foi determinante para que o time não conseguisse
aproveitar as muitas sobrevidas que os adversários lhe deram.
Agora, vivendo
uma hecatombe política, econômica e administrativa, o Glorioso precisará, mais
do que nunca em sua história, do verdadeiro torcedor, pois, sem este, o clube
jamais conseguirá se reerguer das cinzas.
Santos:
Aranha; Daniel Guedes, Edu Dracena, David Braz e Caju; Alison e Renato; Gabriel
(Serginho), Lucas Lima e Thiago Ribeiro (Diego Cardoso); Robinho (Leandro
Damião). Técnico: Enderson Moreira.
Botafogo:
Jefferson; Régis, Dankler, André Bahia e Junior Cesar; Airton, Gabriel, Andreazzi
(Murilo) e Ronny (Gegê); Yuri Mamute e Bruno Corrêa (Maikon). Técnico: Vágner
Mancini.