quinta-feira, 30 de abril de 2015

COPA DO BRASIL 2015 – 2ª FASE – CAPIVARIANO X BOTAFOGO


Capivariano 1 x 2 Botafogo – Arena Capivari, Capivari (SP)

Daniel Carvalho marca em seu retorno após aposentadoria e reservas do Botafogo vencem Capivariano. Triunfo por 2 a 1, porém,  não elimina o jogo de volta.

Independentemente da vitória, é de se criticar a decisão preguiçosa da comissão técnica do Botafogo de não mandar a Capivari nem seus titulares nem o treinador René Simões. Uma comissão que se preze deve ter bem detalhada as informações físicas do elenco, e, assim, saber qual jogador precisa ser poupado. Poupar todo mundo é atestado de trabalho preguiçoso. Feita a crítica, vamos ao jogo.

Mesmo com time repleto de reservas, o Botafogo foi bem sucedido na repetição da estratégia que tem se tornado uma de suas maiores forças: pressionar o adversário nos primeiros minutos da partida. Foi assim, com bastante intensidade, que o Bota conseguiu um punhado de escanteios em poucos minutos. E foi assim, também, que inaugurou o placar, aos 9, quando uma boa trama pela direita terminou com certeira conclusão de Sassá.

Um misto de satisfação pela vantagem e desentrosamento fez com que o Botafogo não mais conseguisse se aproximar da meta capivariana até o fim da primeira etapa, exceção feita de um lançamento do Airton que encontrou Henrique impedido. E como o Capivariano esbarrava aqui e acolá em suas visíveis limitações técnicas, o jogo chegou ao intervalo com apenas o lance do gol a se destacar.

Com poucos minutos da segunda etapa já se via que o bate-papo no intervalo havia feito bem aos anfitriões. Não que o Capivariano tivesse voltado de forma avassaladora, longe disso, mas já era capaz de sair a bola pelo chão, de acionar o lateral-direito Oliveira e de alçar bolas na área. E foi justamente pelo alto, em cobrança de córner, que o zagueiro Marllon subiu mais alto que todos os alvinegros e, aos 30, igualou o escore.

A esta altura, o meia Daniel Carvalho, até alguns dias atrás um ex-jogador, já estava em campo. Não vinha lá muito bem, diga-se de passagem, porém foi esperto e categórico o suficiente para aproveitar a paçocada do veteraníssimo Amaral, tabelar com Gegê e, aos 39, decretar a vitória botafoguense.

Capivariano: Douglas; Oliveira, Marllon, Fernando Lombardi e Pedro Henrique; Amaral, Wigor, Everton Dias (Francis) e Kleiton (George); Rodolfo e Romão (Willian Favoni). Técnico: Evandro de Souza.

Botafogo: Renan; Diego, Emerson, Allison e Jean; Andreazzi e Airton (Dierson); Gegê, Diego Jardel (Daniel Carvalho) e Sassá ; Henrique (Tássio). Técnico: Alfredo Montesso.

domingo, 26 de abril de 2015

CAMPEONATO CARIOCA 2015 – FINAL – VASCO X BOTAFOGO


Vasco 1 x 0 Botafogo – Maracanã, Rio de Janeiro (RJ)

Rafael Silva marca nos acréscimos, Vasco vence Botafogo e fica a um empate de reconquistar o Carioca após 12 anos.

Se a primeira partida decisiva do Carioca tivesse que ser definida em uma única palavra, esta seria alternância. Sim, amigos, alternância, pois o equilibrado e agitado clássico apresentou uma troca constante de controle das ações ofensivas, que ora eram criadas por pés vascaínos, ora por pés botafoguenses.

Assim como fizera diante do Fluminense, na volta das semifinais, o Botafogo começou a partida cheio de ímpeto, e, logo na sua primeira ação, com menos de um minuto, viu Bill acertar o travessão. Porém, se contra o Flu a pressão botafoguense durou meia hora, o Vasco precisou de menos tempo para se organizar e encaixar a marcação.

Comandado por um participativo Julio dos Santos, que quase marcou um belo gol aos 18, e com Dagoberto e Madson confiantes, o Cruz-Maltino se fez mais presente no campo de ataque a partir do minuto 15 e pode-se dizer que terminou a etapa inicial como o time mais ousado, mesmo sem ter dado muito trabalho ao arqueiro Renan.

O intervalo fez um bem enorme ao Botafogo, que voltou mais ligado e por pouco não foi às redes aos 7, novamente em finalização de Bill. Percebendo a queda vascaína, Doriva lançou mão de Bernardo e Rafael Silva. E acertou em cheio. Aos 15, Bernardo cruzou e Julio dos Santos, de cuca, tirou tinta do poste. No minuto seguinte, Rafael Silva fez o mesmo em arremate longo.

Depois de retomar as rédeas do clássico, o Vasco viveu bons 15 minutos, até Doriva sacar Julio dos Santos, colocar Thalles e abrir o meio-campo cruz-maltino. Rápido no gatilho, o Bota logo se aproveitou da desorganização do rival e cresceu. Cresceu tanto que criou chances de gol com Pimpão, Gilberto e Willian Arão, que, aos 41, acertou o travessão.

Ainda havia tempo, porém, para mais uma alternância no clássico. Já nos acréscimos, aos 46, depois de o Bota viver seu melhor momento na partida, Bernardo cobrou falta na área, ninguém de General Severiano cortou, e Rafael Silva, de primeira, fez um a zero para o Vasco, que, agora, joga por um empate para ser campeão.

Vasco: Martín Silva; Madson, Luan, Rodrigo e Christiano; Serginho e Guiñazu; Julio dos Santos (Thalles), Marcinho (Rafael Silva) e Dagoberto (Bernardo); Gilberto. Técnico: Doriva.

Botafogo: Renan; Gilberto, Renan Fonseca, Diego Giaretta e Carleto; Marcelo Mattos, Willian Arão, Gegê (Tomas Bastos) e Fernandes; Rodrigo Pimpão (Sassá) e Bill. Técnico: René Simões.

quinta-feira, 23 de abril de 2015

COPA LIBERTADORES 2015 – FASE DE GRUPOS – ATLÉTICO MINEIRO X COLO-COLO



Atlético Mineiro 2 x 0 Colo-Colo – Independência, Belo Horizonte (MG)

Atlético Mineiro honra a fama de time das reviravoltas, bate o Colo-Colo por 2 a 0 e avança à fase mata-mata da Libertadores.

Ronaldinho, Réver e Jô, alguns pilares dos memoráveis retornos na gloriosa Libertadores de 2013, não estavam em campo. Marcos Rocha, Leonardo Silva e Diego Tardelli, essenciais nas missões quase impossíveis da Copa do Brasil de 2014, também não enfrentaram o Colo-Colo. No entanto, se os jogadores não eram os mesmos, o Atlético Mineiro deixou claro que espírito de “eu acredito” forjado nos últimos anos segue firme e forte.

Na etapa inicial, que alternou muita chuva e chuva demais, o Galo não deu paz à retaguarda chilena. Rafael Carioca e Dátolo arredondaram as saídas de bola, Patric e Luan fizeram o inferno pelo flanco direito, e Lucas Pratto deu uma aula de como ser um centroavante. Porém, para classificar os primeiros 45 minutos atleticanos como impecáveis faltou mais precisão nas conclusões, pois das seis oportunidades de gols criadas, o Galo transformou apenas uma em bola na rede: aos 18, Patric avançou pelo meio e rolou para o mortal Pratto abrir o escore.

A sensação era a de que se voltasse do intervalo com o mesmo ritmo, o Atlético não tardaria a conseguir o placar de dois a zero que necessitava. Mas a verdade é que o Galo começou o segundo tempo de forma claudicante e permitiu até que o Colo-Colo trocasse os chutões para frente por transições mais conscientes. Os lances incisivos de antes não mais apareciam, e o caminhar do relógio começava a atazanar os atleticanos em campo e nas arquibancadas.

Aos 20, porém, veio a chance de ouro: pênalti do goleiro Garcés sobre o incansável Luan. Porém, o ouro era fajuto: Guilherme desperdiçou a cobrança. O temor da passagem do tempo voltava a incomodar, mas se tem time no Brasil que não se desespera diante deste incômodo, este time é o Atlético. Aos 34, Rafael Carioca acertou um chute milagroso de fora da área e fez o gol salvador. Faltava segurar 10 minutos de pressão. O Atlético segurou e escreveu, no livro de sua história, mais uma página do cada vez mais grosso capítulo das reviravoltas.

Atlético Mineiro: Victor; Patric, Edcarlos, Jemerson e Douglas Santos; Rafael Carioca e Dátolo; Luan (Danilo Pires), Guilherme (Eduardo) e Carlos (Maicosuel); Pratto. Técnico: Levir Culpi.


Colo-Colo: Garcés; Cáceres, Barroso e Vilches; Fierro, Rodríguez, Baeza, Esteban Pavez e Luis Pavez (Flores); Vecchio (Carvalho); Paredes. Técnico: Héctor Tapia.

domingo, 19 de abril de 2015

CAMPEONATO CARIOCA 2015 – SEMIFINAL – FLAMENGO X VASCO


Flamengo 0 x 1 Vasco – Maracanã, Rio de Janeiro (RJ)

Com gol de pênalti de Gilberto, Vasco vence Flamengo, espanta jejum de onze jogos sem superar o rival e se garante na decisão do Carioca.

Um jogo com mais de 50 faltas e ainda mais chutões para frente jamais poderá ser classificado como bem jogado. O que não quer dizer, porém, que ele não tenha sido tenso e intenso. E isso o tecnicamente fraco clássico entre Flamengo e Vasco foi. Do apito inicial ao final, torcedores rubro-negros e cruz-maltinos sentiram o suor na mão, a respiração presa e o coração apertado característicos dos embates importantes.

O Vasco, pela necessidade da vitória, começou mais em cima, se aproveitando da precisão do Marcinho e da impulsão do Luan para assustar nas bolas paradas. O Flamengo, depois de um início pra lá de tímido, cresceu um pouco quando Everton começou a se deslocar e Alecsandro a ser encontrado. Aos 28, na jogada que mais se aproximou de terminar com a bola no filó em toda a primeira etapa, Everton cruzou e Alecsandro obrigou o uruguaio Martín Silva a uma defesa magnífica.

Depois do minuto 30, porém, o Flamengo voltou a exagerar nas faltas e o Vasco, novamente pelo alto, acabou melhor a etapa inicial. E começou melhor ainda a etapa final, tanto que, com apenas sete minutos, Rafael Silva, de cabeça, e Gilberto, de fora da área, só não foram às redes por causa de duas defesaças do Paulo Victor. Aos 17, porém, o arqueiro rubro-negro não conseguiu evitar o gol vascaíno: Gilberto, tranquilo, converteu a cobrança do pênalti que Wallace cometera sobre Serginho.

O Flamengo, nervoso pela marcação da penalidade e pela não expulsão do Gilberto, que, já amarelado, subiu as escadas para comemorar com sua torcida, demorou a se encontrar depois do gol sofrido. Ou, melhor dizendo, não conseguiu se encontrar até o apito final.

Durante os 30 minutos em que esteve em desvantagem, o Fla apostou apenas no bumba-meu-boi e conseguiu se aproximar do empate em apenas duas oportunidades, ambas com o Gabriel, mas nada que fosse capaz de evitar que o Vasco colocasse fim ao jejum de vitórias e se garantisse na grande final contra o Botafogo.
  
Flamengo: Paulo Victor; Pará, Bressan, Wallace e Anderson Pico; Márcio Araújo, Jonas, Luiz Antônio (Arthur Maia) e Everton (Gabriel); Marcelo (Eduardo da Silva) e Alecsandro. Técnico: Vanderlei Luxemburgo.

Vasco: Martín Silva; Madson, Luan, Rodrigo e Christiano; Serginho e Guiñazu; Julio dos Santos, Marcinho (Dagoberto) e Rafael Silva (Bernardo); Gilberto (Lucas). Técnico: Doriva.

sábado, 18 de abril de 2015

CAMPEONATO CARIOCA 2015 – SEMIFINAL – BOTAFOGO X FLUMINENSE

Botafogo 2 x 1 Fluminense – Estádio Nilton Santos, Rio de Janeiro (RJ)

Botafogo deixa a alma em campo, bate o não menos valente Fluminense por 2 a 1 e se classifica para a decisão do Carioca após vitória na disputa de pênaltis com gol do goleiro Renan.

Os primeiros 25 minutos do Botafogo no Niltão foram de uma intensidade arrepiante. Sufocando os pensadores tricolores e disputando cada bola como se fosse uma entrada de graça em um rodízio de pizzas, o Glorioso deu uma aula de imposição tática e física. O domínio foi tão avassalador neste período que além dos dois gols marcados (Fernandes, aos 5, e Bill, aos 21), o Fogo ainda criou mais duas chances com Rodrigo Pimpão, que, diga-se de passagem, era um espetáculo à parte, com lençóis, voleios, arrancadas...

Somente aos 29, com uma cabeçada na trave do zagueiro Gum, o Fluminense deu sinal de vida. E ganhou vida, pois, a partir deste lance, o Botafogo, por já possuir o placar que necessitava, trocou o ímpeto pelo conservadorismo, enquanto o começou a ter a bola nos pés ao invés de meter os pés na bola.

Ainda antes do intervalo, aos 42, Jean, em pênalti cometido por Renan sobre Kenedy, marcou para o Flu. Porém, foi no segundo tempo que o Tricolor concretizou o domínio da partida. Antes recuado, o Bota estava agora acuado. Acuado por um Fluminense que atacava com tudo. Giovanni avançava, Gerson distribuía, Kenedy arriscava, Robert se movimentava...

A cada giro do relógio o Botafogo se mostrava mais combalido fisicamente, um preço a pagar pelo início intenso e pela bobeada de René Simões, que, aos 20, já havia feito todas suas substituições. Apesar de um bom arremate do Jobson, atacar não estava mais nos planos alvinegros.

No entanto, se é verdade que o Renan não podia piscar diante do volume ofensivo tricolor, também é verdade que o arqueiro botafoguense não precisou realizar sequer uma defesa, até porque, na melhor chance do Flu, Gum voltou a acertar a trave. O Bota não atacava e o Flu não definia. E assim chegou a disputa de pênaltis. E que disputa! Depois de 10 cobranças com oito convertidas para cada lado, Cavalieri jogou a sua na arquibancada e Renan colocou o Bota na final.

Botafogo: Renan; Gilberto, Renan Fonseca, Diego Giaretta e Carleto; Marcelo Mattos, Willian Arão, Elvis (Gegê) e Fernandes (Luis Ricardo); Rodrigo Pimpão (Jobson) e Bill. Técnico: René Simões.

Fluminense: Diego Cavalieri; Wellington Silva, Gum, Marlon e Giovanni (Renato); Jean e Edson; Kenedy, Gerson e Wágner (Robert); Vinícius (Marlone). Técnico: Ricardo Drubscky.

quinta-feira, 16 de abril de 2015

COPA LIBERTADORES 2015 – FASE DE GRUPOS – DANUBIO X SÃO PAULO


Danubio 1 x 2 São Paulo – Luis Fanzini, Montevidéu (Uruguai)

Com direito a falha de Rogério Ceni, um futebol patético e muito sofrimento, São Paulo vence o Danubio e segue dependendo de suas próprias forças para avançar na Libertadores.

Numa opção que o passar dos minutos mostrou ser equivocada, o São Paulo entrou em campo com três volantes (Rodrigo Caio, Hudson e Souza) e um zagueiro, Paulo Miranda, improvisado na lateral-direita. Diante desta escolha, o panorama logo ficou claro: o Sampa só produziria ofensivamente se Ganso, Michel Bastos e Pato chamassem a responsabilidade de criar as ações ofensivas.

Na etapa inicial, como os três estiveram apagados, o São Paulo construiu apenas duas ocasiões de gol: uma tramada pelo próprio trio e finalizada por Pato e uma bola alçada na área pelo Bastos que o zagueiro Pereyra quase fez contra. Fora isso, a apatia foi a palavra símbolo do primeiro tempo tricolor.

O Danubio, por sua vez, mesmo repleto de limitações técnicas, se mostrava bem à vontade em campo. Com a marcação bem encaixada e pronto para aproveitar qualquer bobeada paulista, o Danubio tanto incomodava que o São Paulo a todo instante parava o jogo com faltas. Em uma delas, no início da segunda etapa, Sosa aproveitou rebote de falta cobrada por ele mesmo e acertou um forte, mas defensável, chute de fora da área para fazer um a zero.

Diante da situação desesperadora, Luís Fabiano logo veio a campo, mas foi Pato quem, aos 15, empatou após cruzamento de Michel Bastos. A igualdade, porém, não mudou muito o cenário, que ainda via um Sampa faltoso e apático e um Danubio determinado e confiante. Pelos brasileiros, somente Michel Bastos sabia o que fazer com a redonda, enquanto, pelos uruguaios, Fornaroli fazia fumaça sempre que pegava na pelota.

Somente nos últimos 15 minutos, e mesmo assim na base do bumba-meu-boi, o São Paulo rascunhou algo próximo de uma pressão. A apresentação não mais podia ser salva, mas os três pontos, sim. E a salvação veio já nos acréscimos, novamente pelos pés de Michel Bastos, que levantou a bola na área para Centurión marcar aquele que é o gol mais importante do São Paulo até este momento de 2015.


Danubio: Torgnascioli; Cristian González, Pereyra e Ricca; Graví, Ignácio González, Formiliano (Ghan), Milesi (Viana) e Sosa; Fornaroli e Castro (Silvera). Técnico: Leonardo Ramos.

São Paulo: Rogério Ceni; Paulo Miranda (Centurión), Rafael Tolói, Dória e Reinaldo; Rodrigo Caio (Luis Fabiano), Hudson e Souza; Michel Bastos e Ganso (Lucão); Alexandre Pato. Técnico: Milton Cruz.

domingo, 12 de abril de 2015

CAMPEONATO CARIOCA 2015 – SEMIFINAL – VASCO X FLAMENGO


Vasco 0 x 0 Flamengo – Maracanã, Rio Janeiro (RJ)

Flamengo cria mais no primeiro tempo, Vasco domina o segundo, mas clássico ríspido termina sem gols no Maracanã.

Quando o árbitro João Batista de Arruda puniu apenas com cartão amarelo uma voadora à la Jackie Chan do volante rubro-negro Jonas sobre o atacante Gilberto, abriu-se o precedente para que novas faltas violentas fossem permitidas. E até o apito final, não foram poucas as entradas nada diplomáticas por parte de flamenguistas e vascaínos, tornando o clássico recheado em rasteiras, empurrões, puxões, mãozadas...

Entre uma falta aqui e uma reclamação acolá, o Flamengo, mesmo sem ter maior posse de bola ou domínio territorial, foi quem mais se aproximou de balançar as redes na primeira etapa, principalmente depois que Everton substituiu o imprudente Jonas, logo aos 17. Com Gabriel participativo e aliando visão de jogo com bons passes, o Rubro-Negro criou quatro chances de gols antes do intervalo, mas Alecsandro pecou no posicionamento, Marcelo Cirino nas finalizações e a meta de Martín Silva não foi vazada.

O Vasco, que na etapa inicial havia sido perigoso apenas em bolas paradas, cresceu gradualmente no segundo tempo. De certa forma, as substituições realizadas pelo Doriva foram mais acertadas do que as escolhas feitas pelo Luxemburgo. Enquanto no Fla, Paulinho e Arthur Maia não tornaram os contra-ataques mais poderosos, o Cruz-Maltino cresceu com a entrada de Rafael Silva (intervalo), cresceu mais com a de Dagoberto (aos 16) e cresceu ainda mais com a de Bernardo (aos 30).

Não que o Vasco tenha dominado de forma avassaladora o rival, longe disso, mas foi sólido o suficiente para fazer Paulo Victor trabalhar. E como trabalhou bem o arqueiro rubro-negro. Ele defendeu arremate de Rafael Silva que tinha endereço certo, uma finalização à queima-roupa do Bernardo e até um péssimo recuou de cabeça do próprio companheiro Pará. E assim, o clássico que teve um Flamengo mais perigoso nos primeiros 45 minutos e um Vasco bem mais incisivo nos últimos 45 terminou com um zero a zero que não teve nada de xoxo.  

Vasco: Martín Silva; Madson, Luan, Rodrigo e Christiano; Serginho e Guiñazu, Julio dosSantos (Bernardo), Marcinho (Dagoberto) e Yago (Rafael Silva); Gilberto. Técnico: Doriva.

Flamengo: Paulo Victor; Pará Bressan, Wallace e Anderson Pico; Jonas (Everton), Canteros e Márcio Araújo; Gabriel (Arthur Maia), Marcelo e Alecsandro (Paulinho). Técnico: Vanderlei Luxemburgo.

quinta-feira, 9 de abril de 2015

CAMPEONATO CARIOCA 2015 – 15ª RODADA – MADUREIRA X FLUMINENSE


Madureira 1 x 2 Fluminense – Estádio da Cidadania, Volta Redonda (RJ)

Gol contra aos 44 minutos do segundo tempo faz Fluminense superar Madureira e avançar às semifinais do Campeonato Carioca.

Quando Rodrigo Pinho, logo aos 4 minutos, arrematou perigosamente por cima do travessão, criou-se a expectativa de que o Madureira pudesse realizar um primeiro tempo possante como o do último domingo, contra o Botafogo. Expectativa furada, pois logo o Fluminense se encheu de ímpeto, quase abriu o placar com Wágner, aos 10, e criou a expectativa de que pressionaria até conseguir a vitória necessária. Mais uma expectativa furada, pois o Flu logo reduziu o volume ofensivo e deixou o Madureira respirar. Na verdade, deu tanto ar ao Madureira que permitiu que Thiago Cardoso acertasse a trave, aos 19, e Rodrigo Pinho saísse na cara de Cavalieri, aos 40, naqueles que seriam os dois momentos mais agudos de toda a etapa inicial.

Com exceção da curta pressão que o Flu exerceu entre os 5 e 15 minutos, o Madureira viveu um primeiro tempo tranquilo, assim como tranquilo caminhava o segundo, pois o Fluminense tinha enormes dificuldades para se aproximar da meta defendida pelo Jonathan. Foi então que Drubscky lançou mão do meia-atacante Vinícius. Inspirado, Vinícius foi decisivo no gol de Jean, aos 20, e ainda produziu mais duas jogadas perigosas antes de sair por contusão, uma saída que foi um baque tão grande ao Flu quanto o golaço de empate marcado por Rodrigo Lindoso, aos 30.

Com 15 minutos por jogar, o Flu foi para um tudo ou nada que estava com muito mais cara de nada, pois, além da falta de criatividade ofensiva, os buracos defensivos permitiam perigosos contra-golpes do clube suburbano, como um desperdiçado pelo Rodrigo Pinho, aos 33. Tenso, o Flu atacava na base de um por todos e todos por um. Tenso, o Madureira se defendia com unhas, dentes e até com os pés. E quando já se contavam os segundos para o apito final, Giovanni cruzou na área, Jonathan saiu caçando a maior das borboletas, Moisés empurrou a redonda contra o próprio filó, e sábado tem Fluminense e Botafogo no Maracanã.

Madureira: Jonathan; Formiga, Daniel, Thiago Cardoso e Moisés; Gilson, Ryan e Rodrigo Lindoso (Marcelo Tavares); Thiago Galhardo e Camacho (João Carlos); Rodrigo Pinho (Luiz Paulo). Técnico: Toninho Andrade.

Fluminense: Diego Cavalieri; Wellington Silva, Henrique (Marlone), Gum e Giovanni; Marlon, Jean, Wágner (Vinícius) (Lucas Gomes) e Gerson; Kenedy e Walter. Técnico: Ricardo Drubscky.

domingo, 5 de abril de 2015

CAMPEONATO CARIOCA 2015 – 14ª RODADA – FLAMENGO X FLUMINENSE


Flamengo 3 x 0 Fluminense – Maracanã, Rio de Janeiro (RJ)

Flamengo se aproveita de expulsão equivocada de Fred e não encontra problemas para vencer o Fluminense e se manter na ponta da tabela.

Quando, aos 29 minutos do primeiro tempo, o juiz não enxergou falta de Anderson Pico sobre Fred e expulsou o centroavante tricolor por simulação, o placar já apontava um a zero para o Fla e o campo já demonstrava uma superioridade rubro-negra. Superioridade esta que se devia, principalmente, ao trio de volantes Márcio Araújo, Jonas e Luiz Antônio, que marcava forte os tricolores Jean, Edson e Gerson e não deixava o Flu acionar seus homens mais avançados. E mais, além de cumprir bem o papel defensivo, os centrocampistas flamenguistas ainda participavam das ações ofensivas. Aos 8, Luiz Antônio encontrou Marcelo em contra-ataque perigoso, e, aos 17, Jonas chutou de fora da área e Diego Cavalieri aceitou. Um a zero para o Fla.

Logo após a expulsão de Fred, o Rubro-Negro encaixou um ataque pela esquerda e o impedido Alecsandro foi às redes em gol bem anulado pela arbitragem. A impressão era a de que o Flamengo iria se impor pela vantagem numérica, porém, até o apito final, em momento algum o Fla sufocou o rival. Sem a obrigatoriedade da vitória para seguir vivo, o clube das Laranjeiras apenas se resguardava. Já detentor do placar que o mantinha na liderança, o da Gávea não se arriscava. E assim o jogo entrou naquele conhecido banho-maria, e somente quando o Alecsandro inventava uma jogada algo de emoção surgia.

Aos 10 da etapa final, Alecgol recebeu de Pará, fintou bem a marcação e justificou o apelido com um belo gol. Em busca de sinal de vida, Drubscky trocou todos os homens de frente do Tricolor, que ganhou um pouquinho de ímpeto e, aos 28, viu Gum obrigar Paulo Victor a realizar sua única defesa difícil. Já no Fla, o negócio era bola no Alecsandro. Aos 40, o atacante voltou a ter um tento bem anulado por impedimento, e, logo depois, aos 43, ele iniciou de maneira magistral um lance que terminou em assistência de Marcelo e gol do garoto Matheus Sávio. Três a zero e estava decretado o placar final.

Flamengo: Paulo Victor; Pará, Bressan, Wallace e Anderson Pico; Jonas (Frauches), Luiz Antônio (Mugni) e Márcio Araújo; Marcelo, Gabriel (Matheus Sávio) e Alecsandro. Técnico: Deivid.

Fluminense: Diego Cavalieri; Wellington, Gum, Marlon e Giovanni; Jean, Edson, Wágner (Vinícius) e Gerson (Marlone); Kenedy (Lucas Gomes) e Fred. Técnico: Ricardo Drubscky.

quarta-feira, 1 de abril de 2015

COPA LIBERTADORES 2015 – FASE DE GRUPOS – SAN LORENZO X SÃO PAULO



San Lorenzo 1 x 0 São Paulo – Nuevo Gasómetro, Buenos Aires (Argentina)

Sem criatividade e poder ofensivo, São Paulo cai diante do San Lorenzo na Argentina e deixa Grupo da Morte em aberto.

Antes de marcar o único gol do embate, o que ocorreria aos 25 minutos da etapa final, o San Lorenzo forçou os ataques pela direita com o  incisivo Buffarini e apostou nas bolas aéreas. Quando em vantagem no placar, porém, os argentinos se posicionaram para contra-atacar e até conseguiram encontrar alguns espaços na intermediária são-paulina.

Assim, se podemos dizer que o San Lorenzo esteve longe de ser avassalador, pelo menos demonstrou um repertório ofensivo com algumas opções. E o São Paulo? Bem, amigos, em 90 minutos o Tricolor foi incapaz de tramar qualquer coisa digna de nota além de um punhado de dribles do esforçado Centurión e de um arremate fraco do Michel Bastos.

Tanto pelo estádio pulsante, como pela necessidade em termos de tabela, não foi nenhuma surpresa a fome com a qual o San Lorenzo iniciou o confronto. Com muita movimentação de Blanco e Romagnoli e uma potência cavalar de Buffarini pela direita, os argentinos foram para cima e se fizeram presentes nos arredores da área defendida pelo Rogério Ceni.

Aos poucos, o São Paulo tentou trocar os chutões pela bola trabalhada e até viveu um período de calmaria na meiúca da etapa inicial, mas este momento durou pouco e os primeiros 45 minutos terminaram com o San Lorenzo novamente mais caliente.

Em momento algum o Sampa conseguiu superar a firmeza dos zagueiros Yepes e Caruzzo ou pegada do volante Mercier, mas vale ressaltar que a segunda etapa caminhava mais tranquila para os tricolores. Justamente por isso o treinador Bauza resolveu mudar a linha de frente anfitriã. E acertou em cheio. Aos 25, Cauteruccio aproveitou bola longa, deu um chapéu humilhante em Tolói e tocou na saída de Ceni. Um golaço!

Agora, o até então paupérrimo São Paulo precisava atacar, criar, pressionar... Ganso, Pato e Michel Bastos tinham 20 minutos para fazer o que não haviam feito em 70. Curto e sem ser grosso, seguiram sem fazer nada e o Sampa volta da Argentina com muitas pulgas atrás da orelha.

San Lorenzo: Torrico; Buffarini, Caruzzo, Yepes e Más; Mercier e Kalinski (Quignon); Mussis (Villalba), Blanco e Romagnoli (Cauteruccio); Matos. Técnico: Edgardo Bauza.

São Paulo: Rogério Ceni; Hudson, Rafael Tolói, Lucão e Reinaldo; Souza (Ewandro) e Denilson; Michel Bastos e Ganso; Alan Kardec (Centurión) e Alexandre Pato. Técnico: Muricy Ramalho.