domingo, 28 de junho de 2015

CAMPEONATO BRASILEIRO 2015 – 9ª RODADA – VASCO X FLAMENGO


Vasco 1 x 0 Flamengo – Arena Pantanal, Cuiabá (MT)

Com gol de Riascos, Vasco vence Flamengo em clássico de nível técnico tenebroso, mas, assim como o rival, permanece na zona da degola.

Atuações precárias, resultados pífios, elencos de nível técnico paupérrimo, times perdidos taticamente... Tudo que Vasco e Flamengo apresentaram desde o início do Campeonato Brasileiro se fez presente no horroroso clássico realizado na Arena Pantanal. Porém, amigos, convenhamos que esperar que cruz-maltinos e rubro-negros esbanjassem categoria e dinamismo seria, no mínimo, inocência.

Sem sequer um pingo de rigor, a única jogada refinada de todo o clássico foi tramada pelo Vasco, aos 15 minutos da etapa inicial, quando Madson passou como um carro de Formula 1 pelo encalhado Anderson Pico e cruzou forte para Riascos, de peixão, fazer aquele que seria o único tento do confronto.

A vantagem no placar, fez com que o Vasco passasse a desprezar a posse de bola e a deixasse com o Flamengo. O problema foi que como os rubro-negros também possuem certa aversão à redonda, o jogo se tornou um circo dos horrores, com alternância de bicos para onde o nariz apontava e erros de passes proibidos até em escolinhas de futebol não gratuitas.

O cenário era o seguinte: o Vasco não queria a bola de maneira alguma, e o Flamengo, forçado a tê-la em seus pés, não tinha a mínima ideia do que fazer com ela. A cada alteração de Cristóvão Borges, o Rubro-Negro ganhava algumas doses pequenas de intensidade ofensiva, mas nada que fosse o suficiente para superar as minimamente sólidas duas linhas de quatro vascaínas e as ótimas atuações pelo alto dos zagueiros Anderson Salles e Rodrigo, este último o melhor jogador em campo.

Para não dizer que o Flamengo não criou nada em sua pressão ínfima, Alan Patrick, aos 34 do segundo tempo, após cobrança de escanteio, obrigou Charles a realizar sua única defesa em todo o jogo. Pelo passado recente, pelo momento atual e pelas expectativas futuras, Vasco e Flamengo só podem mesmo pensar na conquista dos três pontos. Assim, melhor para o Cruz-Maltino, que pelo menos ganhou um canudo para respirar debaixo d’água...

Vasco: Charles; Madson, Anderson Salles, Rodrigo e Christiano; Guiñazu, Serginho, Jhon Cley (Rafael Silva) e Julio Cesar; Riascos (Thalles) e Gilberto (Lucas). Técnico: Celso Roth.

Flamengo: César; Luiz Antônio, Wallace, Samir e Anderson Pico (Alan Patrick); Jonas, Márcio Araújo e Canteros; Everton (Paulinho), Emerson Sheik e Eduardo da Silva (Marcelo Cirino). Técnico: Cristóvão Borges.

sábado, 27 de junho de 2015

COPA AMÉRICA 2015 – QUARTAS DE FINAL – BRASIL X PARAGUAI


Brasil 1 (3) x (4) 1 Paraguai – Estádio Ester Roa Rebolledo, Concepción (Chile)

Com um futebolzinho de deixar o torcedor envergonhado, Brasil volta a cair nos pênaltis diante do Paraguai e dá adeus à Copa América.

A patética campanha brasileira na Copa América foi encerrada com chave de latão de lixo. Foram 90 minutos e mais acréscimos de um futebol incapaz de dominar em momento algum um Paraguai sem medo de ser feliz. Inclusive quando inaugurou o placar com Robinho, aos 14 minutos da etapa inicial, o Brasil se via acuado diante da marcação adiantada e confiante do Paraguai.

A vantagem no escore até poderia ter feito bem à Seleção, mas este Brasil de Dunga, assim como era o Brasil de Felipão que disputou o Mundial, é incapaz de se impor diante do adversário. Falando em Dunga, vale notar uma opção questionável que demonstra suas deficiências táticas: depois de encher o time com jogadores que preferem os passes curtos, como Daniel Alves, Elias, Willian e Robinho, o treinador passou o primeiro tempo inteiro se esgoelando para a Seleção virar o jogo com lançamentos. Vai entender...

Com 30 minutos do primeiro tempo, o Paraguai percebeu que o Brasil não iria tomar as rédeas da partida, encheu os pulmões de ar e, na base da intensidade, se lançou ao ataque. A postura agressiva começou a dar resultados na etapa final, quando González passou a caprichar nas bolas paradas. Pelo alto, o Paraguai não somente deu um baita trabalho ao Jefferson como foi assim que, aos 24, o cada dia mais desesperado e limitado Thiago Silva meteu intencionalmente a mão na pelota. González, de pênalti, igualou tudo.

Ainda havia tempo para o Brasil se recuperar, mas não havia qualidade técnica, organização tática, força física e tranquilidade psicológica. Depois de passar mais de uma hora metendo o pé na bola ao invés de ter a bola nos pés, o Brasil não trocou o chip, não se aproximou da vitória e quase viu a derrota chegar num contra-ataque paraguaio.

A decisão foi para os pênaltis e, novamente, assim como nas quartas de final de 2012, o Paraguai levou a melhor. A eliminação é triste, mas mais triste é saber que muitos estão aliviados por não precisarem pegar a Argentina. O sete a um deixou marcas...

Brasil: Jefferson; Daniel Alves, Thiago Silva, Miranda e Filipe Luis; Elias, Fernandinho, Willian (Douglas Costa) e Philippe Coutinho; Robinho (Éverton Ribeiro) e Firmino (Diego Tardelli). Técnico: Dunga.

Paraguai: Villar; Bruno Valdez, Paulo da Silva, Aguilar e Píris; Cáceres, Aranda (Martínez), González e Benítez (Romero); Haedo Valdez (Bobadilla) e Santa Cruz. Técnico: Ramón Díaz.

domingo, 21 de junho de 2015

COPA AMÉRICA 2015 – BRASIL X VENEZUELA – FASE DE GRUPOS


Brasil 2 x 1 Venezuela – Estádio Monumental, Santiago (Chile)

Brasil joga para o gasto, vence a Venezuela e se classifica para pegar o Paraguai nas quartas de final da Copa América.

Até o sexto minuto do segundo tempo, quando colocou dois a zero no placar, o Brasil realizava uma partida simples e sem brilho no Monumental de Santiago. Em poucas palavras, fazia o famoso feijão com arroz. Robinho, encarregado da missão de substituir Neymar, mostrou que sua habilidade e tempo de cancha têm muito a ajudar esta seleção carente de protagonistas.  

Robinho se movimentou, bateu córner para Thiago Silva abrir o placar de chapa logo aos 8 da etapa inicial, arriscou chute longo, puxou um bom contra-ataque... O santista provou que não pode ser reserva nesse time do Dunga e, de quebra, deixou a seguinte questão no ar: se jogadores que atuam na China, nos Emirados Árabes e na Ucrânia são convocados, será que o Kaká não poderia tirar um pouco do peso das costas do Neymar?

Ao lado de Robinho, Willian foi quem mais buscou organizar as tramas ofensivas e realizou sua melhor partida na Copa América, com dinamismo, bons passes curtos nos arredores da área venezuelana e uma assistência belíssima para Firmino marcar o segundo gol brasileiro. Apagado e impreciso, Philippe Coutinho deixou a desejar, assim como Elias, que sequer deu as caras no campo de ataque.

Depois de quase uma hora de um futebol suficiente para abrir dois gols de vantagem e impedir que a Venezuela se assanhasse, o Brasil entrou no modo “segurar a vitória”. Aos 22, Dunga trocou Firmino, homem mais avançado do time, pelo zagueiro David Luiz, que entrou improvisado na cabeça da área. Aos 31, Robinho deu lugar Marquinhos, outro zagueiro, que passou a ocupar a lateral direita.

Desta forma, o Brasil passou os últimos 15 minutos do confronto diante da Venezuela, única seleção sul-americana a jamais participar de uma Copa do Mundo, com quatro zagueiros, dois laterais e dois volantes em campo. E acreditem, ainda foi capaz de sofrer um gol – Miku marcou aos 38 – e levar um pequeno sufoco. Uma apresentação razoável que terminou manchada por um final patético...

Brasil: Jefferson; Daniel Alves, Thiago Silva, Miranda e Filipe Luís; Fernandinho e Elias; Willian e Philippe Coutinho; Robinho e Roberto Firmino. Técnico: Dunga.


Venezuela: Baroja; Rosales, Vizcarrondo, Túñez e Cichero; Rincón, Seijas, Vargas e Guerra; Arango e Rondón. Técnico: Noel Sanvicente.

quinta-feira, 18 de junho de 2015

COPA AMÉRICA 2015 – FASE DE GRUPOS – BRASIL X COLÔMBIA


Brasil 0 x 1 Colômbia – Estádio Monumental, Santiago (Chile)

Sem nenhuma dúvida Neymar fez diante da Colômbia sua pior apresentação com a camisa brasileira desde seus shows na Copa das Confederações de 2013. Irritado, perdido taticamente e com erros técnicos que não condizem com sua habilidade, o camisa dez viveu uma noite tenebrosa. Daí ao ato covarde de culpá-lo pelo revés existe uma distância enorme, até porque o capitão jamais se escondeu na partida. E não se escondeu pelo seguinte motivo: ele não pode se esconder. Diferente de quando atua pelo Barcelona, quando pode se dar ao luxo de perceber que não se encontra em uma jornada inspirada e passar apenas a fazer o simples até o retorno da confiança, no Brasil Neymar sabe que o time nada criará se não for através de seu talento. Como, de fato, não criou.

Nos primeiros 30 minutos, mesmo sem pressionar, foi a Colômbia quem buscou alternativas ofensivas para se aproximar do gol, enquanto o Brasil parecia não ter ideia de como construir uma trama. A maior dedicação ofensiva colombiana deu resultado nos últimos 15 minutos da etapa inicial, quando não somente Murillo abriu o placar como este poderia ter sido ampliado. O Brasil? Apenas uma cabeçada de Neymar. Na segunda etapa, uma mudança de cenário. Por 45 minutos, foi o Brasil quem se lançou ao ataque. E foi de dar dó... Exceto uma finalização por cima do Firmino em jogada que nasceu de uma trapalhada colombiana, a Seleção não criou nada. Nadica de nada.

No fim, venceu uma Colômbia que não foi brilhante, mas foi superior em termos técnicos, táticos, físicos e psicológicos. Sobre o psicológico, vale ressaltar o seguinte: desde o fim da Copa do Mundo, os primeiros comentários sobre a Copa América foram no sentido de que não apenas Argentina e Uruguai dariam a vida contra o Brasil, mas Colômbia e Chile, desejosos de vingança pela eliminação no Mundial, entrariam sedentos diante da Seleção. Após esta derrota, a sensação que fica é a de que a sede da Colômbia não foi levada em conta em nenhum momento da preparação brasileira. Um equívoco do tamanho da nossa dependência do Neymar, que, suspenso, não pega a Venezuela. Como será o amanhã? Responda quem puder.

Brasil: Jefferson; Daniel Alves, Thiago Silva, Miranda e Filipe Luís; Fernandinho, Elias (Diego Tardelli), Fred (Philippe Coutinho) e Willian (Douglas Costa); Neymar e Roberto Firmino. Técnico: Dunga.

Colômbia: Ospina; Zuñiga, Zapata, Murillo e Armero; Sánchez e Valencia (Mejía); Cuadrado e James Rodríguez; Teo Gutiérrez (Bacca) e Falcao Garcia (Ibarbo). Técnico: José Peckerman.

domingo, 14 de junho de 2015

COPA AMÉRICA 2015 – FASE DE GRUPOS – BRASIL X PERU


Brasil 2 x 1 Peru – Estádio Gérman Becker, Temuco (Chile)

Melhor jogador de seleções do planeta, Neymar leva Brasil nas costas na apertada vitória sobre o Peru, na estreia da Copa América.

Nada melhor para um time que não se considera favorito do que um gol nos primeiros minutos, como conseguiu o Peru, aos 2, após trapalhada de David Luiz e Jefferson e finalização de Cueva. E nada melhor para um favorito que sai atrás no placar do que a recuperação rápida, como conseguiu o Brasil com Neymar, que, aos 4, surgiu inexplicavelmente livre dentro da área e empatou de cabeça.

Os 15 minutos que se seguiram após o empate foram de pressão brasileira e de Neymar imparável. O camisa 10 da seleção distribui passes e arremates que por pouco não resultaram na virada. Porém, na metade final do primeiro tempo, o Peru não apenas conseguiu mais espaços para respirar como adquiriu confiança para trocar passes, fazendo com que a partida chegasse ao intervalo com um cenário de equilíbrio.

As atuações apagadas de Willian e Diego Tardelli, responsáveis pela criação ofensiva, ficaram ainda mais evidentes na segunda etapa. Nos 30 primeiros minutos após o intervalo, o único lance brasileiro digno de nota foi um chute longo do Neymar que explodiu no travessão, aos 7. Neste período de meia hora, o Brasil não organizou tramas, não contra-atacou e não teve domínio territorial, visto que o “à vontade” Peru até arriscou a manutenção da posse de bola e uma marcação mais adiantada.

No sólido segundo tempo peruano, vale destacar a facilidade com que o centroavante Guerrero ganhou de David Luiz e de Miranda a briga para dominar os chutões para frente do goleiro Gallere, impedindo, assim, que o Brasil se mantivesse no campo de ataque. Mas voltemos a Neymar, até porque, após os 30, ele voltou a barbarizar. Ele puxou contra-golpe que Douglas Costas desperdiçou, tabelou com Daniel Alves e finalizou a centímetros da meta, e, por fim e no fim, deu uma assistência inacreditável para Douglas Costa decretar a vitória.

Dos nove “melhores momentos” brasileiros, Neymar se fez presente em oito. Daí a sensação de que, hoje, Neymar não é um jogador do Brasil, mas o Brasil é que é a seleção do Neymar.

Brasil: Jefferson; Daniel Alves, David Luiz, Miranda e Filipe Luís; Elias, Fernandinho, Willian (Éverton Ribeiro) e Fred (Roberto Firmino); Neymar e Diego Tardelli (Douglas Costa). Técnico: Dunga.

Peru: Gallese; Advíncula, Zambrano, Ascues e Vargas (Yotún); Ballón, Lobatón, Sánchez e Cueva (Reyna); Farfán (Carrillo) e Guerrero. Técnico: Ricardo Gareca.

quinta-feira, 11 de junho de 2015

AMISTOSOS DA SELEÇÃO BRASILEIRA


Como México e Honduras mais se preocuparam em não fazer feio do que em fazer bonito, bastou ao Brasil sair na frente do placar e tirar a velocidade do jogo para garantir mais duas vitórias e atingir o décimo triunfo em dez jogos na nova Era Dunga. Agora, após o término dos dois últimos amistosos antes da Copa América, cabe a nós buscar a validade destes para a preparação da Seleção, validade esta que é – ou pelos menos deveria ser – mais relevante do que os resultados em si.

O maior benefício que os amistosos poderiam trazer à Seleção seria encaminhar a definição do onze inicial para a Copa América. Com as contusões prévias de Oscar e Luiz Gustavo e a de Danilo, esta já no embate contra os mexicanos, vagas se abriram. Pois bem, amigos, a única certeza em termos de time titular após os dois amistosos é a de que Fernandinho substituirá Luiz Gustavo e formará com Elias a dupla de volantes.

Se Danilo não puder jogar (e parece mesmo que não vai), Fabinho ocupará a lateral-direita ou Marquinhos será improvisado na posição? A vaga de Oscar será ocupada pela criatividade de Philippe Coutinho ou pela dinâmica de Fred? E ainda existe a dúvida principal, que não está relacionada com nenhuma contusão: quem será o comandante de ataque, o letal Diego Tardelli ou o “à vontade” Firmino? Para resolver estas dúvidas, amigos, os amistosos não colaboraram.

Sem dúvidas esta Copa América que se aproxima será repleta de jogos exaustivos em termos físicos e psicológicos para os brasileiros. Não bastassem Argentina e Uruguai, certamente Colômbia e Chile estão sedentos por baterem o Brasil e se vingarem da Copa do Mundo passada. Neste ponto, seria excelente se “México B” e Honduras tivessem exigido da Seleção mais intensidade, pegada, pressão, ímpeto... Porém, o Brasil nada mais teve do que dois amistosos sonolentos com cara e focinho de amistosos.

Assim, após dois jogos preparativos que não prepararam muita coisa, que venha a Copa América mais “carne de pescoço” dos últimos tempos...

domingo, 7 de junho de 2015

CAMPEONATO BRASILEIRO 2015 – 6ª RODADA – FLUMINENSE X SPORT


Fluminense 0 x 0 Sport – Maracanã, Rio de Janeiro (RJ)

Apático, Fluminense aceita ritmo lento imposto pelo Sport e perde chance de entrar no G4 ao apenas empatar sem gols.

Para aqueles que, na parte da tarde, acompanharam a fria segunda etapa da vitória brasileira sobre o México, o primeiro tempo entre Fluminense e Sport, já de noite, no Maracanã, foi tão sonolento quanto. Por 45 minutos, nem tricolores cariocas nem rubro-negros pernambucanos criaram sequer um dos chamados melhores momentos televisivos. Dois foram os motivos desse ritmo “devagar quase parando” no Maraca. O primeiro foi que o Sport demonstrou tranquilidade o suficiente para alongar o máximo possível o tempo de suas trocas de passes, rodando a redonda daqui pra lá sem se aprofundar. O segundo, por sua vez, foi que o Fluminense, em jornada desconcentrada e sem vigor, aceitou passivamente a lentidão imposta por Diego Souza e companhia e não forçou nem as ações ofensivas nem a marcação por pressão.

O Fluminense voltou do intervalo com Magno Alves no lugar do contundido Fred e mais disposição e poder de ataque. Não por causa do Magnata, que mais uma vez esteve apagado, mas porque Giovanni, Gerson e Vinícius trocaram a apatia por ímpeto. Porém, esta vivacidade tricolor durou pouco mais de 10 minutos e rendeu apenas uma boa cabeçada do Antônio Carlos que Danilo Fernandes salvou com a ponta dos dedos. Aos 16, quando Diego Souza arriscou de fora da área e obrigou Diego Cavalieri a realizar difícil defesa, o Sport já havia retomado o controle do meio-campo. Sobre a solidez da meia-cancha pernambucana, vale destacar o bom trabalho dos volantes Wendel e Rithely, que muito marcaram e poucas faltas cometeram.

Quando o embate começou a se aproximar do fim, o Sport perdeu a calma que era seu maior mérito e passou a exagerar nos chutões para frente. Isso, somada a entrada de Marcos Junior, aos 36, deu um pouco mais de força ao Fluminense. Força o suficiente para que o próprio Marcos Junior, aos 42, perdesse, na pequena área, de cabeça, a mais clara chance de gol de todo o confronto. No fim, o placar mudo foi melhor para o Sport, que se mantém no G4 e deixa o Flu fora dele.

Fluminense: Diego Cavalieri; Renato (Wellington Silva), Gum, Antônio Carlos e Giovanni; Edson e Jean; Wágner, Gerson e Vinícius (Marcos Junior); Fred (Magno Alves). Técnico: Enderson Moreira.

Sport: Danilo Fernandes; Samuel Xavier, Matheus Ferraz, Durval e Renê; Rithely, Wendel, Maikon Leite (Rodrigo Mancha) e Neto Moura (Régis); Diego Souza e Mike (Danilo). Técnico: Eduardo Baptista.

quinta-feira, 4 de junho de 2015

CAMPEONATO BRASILEIRO 2015 – 5ª RODADA – VASCO X PONTE PRETA


Vasco 0 x 3 Ponte Preta – São Januário, Rio de Janeiro (RJ)

Frágil atrás e impreciso na frente, Vasco não segura a impetuosa Ponte Preta, leva de três e segue na zona da degola.

Muito da impressão que se tinha de que o Vasco contava com uma defesa sólida e confiável perdeu força nestes últimos dias. Primeiro, pela derrota contra o Atlético Mineiro. Agora, pelo banho de bola sofrido diante de uma Ponte Preta sem medo de ser feliz. Algo que ficou explícito antes mesmo do primeiro giro do relógio, quando Biro Biro – que com astúcia e precisão acabaria por se tornar o melhor jogador em campo – iniciou o lance em que Diego Oliveira abrir o placar. Um grande mérito da Ponte foi não recuar com a vantagem, e como o Vasco partiu cheio de gás em busca do empate, a peleja se tornou um lá e cá alucinante.

Aos 16, Jordi deu perigoso rebote em arremate de Biro Biro. Depois, duas chances claríssimas do Vasco: aos 21, Gilberto desperdiçou de forma pífia uma cobrança de pênalti que ele mesmo havia sofrido, enquanto, aos 27, Rafael Silva, de cabeça, obrigou Marcelo Lomba a defesaça. No minuto seguinte, Biro Biro, sempre ele, lançou o centroavante Diego Oliveira, que arrancou em velocidade e foi derrubado pelo arqueiro Jordi, que acabou expulso. Na cobrança da falta, Renato Cajá acertou o travessão. Mesmo com dez homens, o Vasco ainda assustou com uma finalização de Christiano que, aos 36, beijou o poste. O ritmo alucinante do primeiro tempo teve sua ação derradeira aos 38: Tiago Alves, sozinho na área anotou, de cuca, o segundo da Ponte.

Com dois gols e um jogador de vantagem, a Ponte levava a etapa final em banho-maria, enquanto o Vasco corria e se entregava, mais em busca de dar uma satisfação ao seu torcedor do que por crença no empate. A entrada de Borges, porém, trouxe novamente o desejo por gol à Macaca, e, em pouco tempo, o centroavante não somente deixou sua marca, aos 32, como exigiu duas boas defesas do estreante Charles. E assim, logo após a expulsão de Gilberto por reclamação, o jogo chegou ao final, com o torcedor cruz-maltino ao mesmo tempo angustiado pela situação e aliviado por ter levado de pouco.

Vasco: Jordi; Madson, Luan, Rodrigo e Christiano; Diguinho (Jackson Caucaia) e Guiñazu; Julio dos Santos (Charles), Rafael Silva e Dagoberto (Yago); Gilberto. Técnico: Doriva.

Ponte Preta: Marcelo Lomba; Rodinei, Tiago Alves, Pablo e Gilson; Josimar e Fernando Bob; Felipe Azevedo (Cesinha), Renato Cajá (Roni) e Biro Biro; Diego Oliveira (Borges). Técnico: Guto Ferreira.