Falemos sobre o Glorioso
- É muito difícil no futebol brasileiro um time conseguir montar uma base pois rapidamente quem se destaca é seduzido pelo exterior. Atualmente um exterior cada vez menos qualificado. O Botafogo conseguiu manter durante os dois últimos anos uma excelente base sob o comando do técnico Cuca e do maestro Lúcio Flávio. Essa base porém não existe mais e podemos dizer que Ney Franco praticamente começa um trabalho do zero. O técnico precisa de competência, os jogadores de dedicação e a torcida de paciência.
- Das várias contratações realizadas, muito me agradaram a do zagueiro Teco e do centroavante Reinaldo. Atuando com William ( atualmente no Corinthians ) no Grêmio, o defensor mostrava segurança e acredito que deve ter aprendido muito no rigoroso futebol gaúcho. Já Reinaldo, apesar do tempo sumido, tem futebol para estar entre os melhores atacantes do país. Sempre mostrou raça e sabe fazer gols.
- Acredito que o grande problema do Botafogo, pelo menos durante a Taça Guanabara, será o setor de criação. O time contava com o clássico Lúcio Flávio e os volantes, que sabiam muito bem o que fazer com a bola nos pés, Diguinho e Túlio. Ao que tudo indica, Léo Silva, Fahel e Maicosuel devem ser os centrocampistas se o Ney Franco decidir pelo 3-5-2 com Leandro Guerreiro fazendo papel de zagueiro. O time dependerá muito do Maicosuel que tem velocidade e pode fazer todo o time jogar neste ritmo. Chego então na pergunta: O Maicosuel nunca teve destaque porque não tem sequência de jogos ou não tem sequência de jogos porque nunca teve destaque?
- Neste exato momento, jogadores pratas-da-casa seriam de enorme ajuda para o elenco botafoguense. Imediatamente já teriam o apoio da torcida e o custo para mantê-los é muito menor do que o de se realizar uma contratação de nível mediano. As divisões de base do time porém estão entregues as moscas. Com certeza este foi o maior ponto negativo da Era Bebeto de Freitas, que ajudou muito na reestruturação do Botafogo, mas não podia ter dado esta mancada.
- Sei que é complexo a torcida apoiar o time quando a situação não está boa. Neste Campeonato Carioca, porém, os torcedores precisam ajudar bastante, para fazer do Engenhão um grande aliado. Se o time conseguir a química certa com a torcida e o estádio, a caminhada rumo ao sucesso pode ter menos obstáculos.
Se eu fosse o Ney Franco:
O preparo físico da equipe deve estar perfeito, pois velocidade será a principal arma do Botafogo. Alessandro pela direita deve ter toda liberdade para os seus avanços, assim como Maicosuel, por qualquer parte do campo onde ele encontrar mais espaços durante o jogo.
Reinaldo poderia jogar como único centroavante, mas diminuiria muito as opções ofensivas, por isso Victor Simões merece começar jogando. Ponto negativo para os dirigentes é iniciar a temporada sem um lateral-esquerdo de razoável qualidade, obrigando qualquer treinador ao improviso na posição, que no caso do Botafogo fica por conta do antes zagueiro Eduardo.
Formaria o sistema defensivo com Teco, Juninho e Leandro Guerreiro pois acho que o Juninho atua melhor na sobra.
Quando o uruguaio Castillo tiver condições de jogo, ele assume a vaga do jovem Renan.
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