Cruzeiro 1 x 2 Estudiantes – Mineirão, Belo Horizonte (MG)
Olá amigos do FUTEBOLA!
Infelizmente não deu para o Cruzeiro conquistar a Libertadores. Uma vez mais um time brasileiro chegou na final e deixou passar a oportunidade de, além de levantar o mais importante caneco da América, disputar o Mundial de Clubes. Só nesta década, Palmeiras, São Caetano, Santos, Grêmio e Fluminense já haviam perdido uma final de Libertadores (não estou nem contando o Atlético Paranaense, pois este perdeu para o São Paulo, e o próprio Tricolor Paulista, que perdeu para o Internacional). Fico triste em constatar isso, mas o país mais importante no cenário do futebol sul-americano, como é o Brasil, não pode perder tantas finais.
MANDOU BEM!
- Como joga bola o tal do Verón! E além da qualidade técnica mais do que rara para os dias de hoje, o argentino joga com o coração. Antes do primeiro jogo decisivo, em La Plata, os jornais diziam que Verón era dúvida para o jogo. Sejamos sinceros. Vocês acham que o Verón ficaria de fora de um final de Copa Libertadores? Nem sem perna. No jogo do Mineirão, o veterano mostrou suas duas qualidades que eu mais admiro: os passes perfeitos e uma frieza assustadora. O Cruzeiro acabara de marcar um gol, que tinha grandes chances de ser o gol do título. O Mineirão tremia. Nem os próprios jogadores cruzeirenses conseguiram voltar o pensamento para o jogo, tamanho o êxtase pela iminente vitória. Mas lá estava Verón, calmo e pensativo, como um estátua de Sócrates. Poucos minutos depois, a torcida ainda urrava, quando no centro do campo Verón recebeu uma bola com liberdade. Na hora eu gritei: “Não! Não pode deixar ele sozinho!”. A abertura de jogada na ponta-direita foi perfeita, o lateral Cellay cruzou na medida, Fernandéz completou e... Silêncio no Mineirão. A equipe azul sentiu o golpe, não aguentou cair do céu tão rapidamente. A situação ainda se tornaria pior após Verón cobrar escanteio como se estivesse com uma régua presa na chuteira, na cabeça de Bosseli. Virada do Estudiantes. Este tinha grandes chances de ser o gol da vitória. E foi. Sabem por que? Porque o Cruzeiro não tinha um jogador com a calma de Juan Sebástian Véron, para recolocar o time nos trilhos.
MANDOU MAL!
- Acredito que é uma grande covardia jogar a culpa da derrota cruzeirense sobre apenas um ou outro jogador, entretanto, sempre tive em mente que os maiores culpados devem ser aqueles de quem mais se esperam. Claro que o meia Ramires não foi o único culpado pela perda do título, porém deveríamos deixar passar, sem críticas, uma atuação tão ruim do principal jogador do Cruzeiro? Em minha opinião, não. A sensação que tive foi a de que as tão leves pernas do Ramires estavam pesando toneladas. Passes de poucos metros saíam tortos e jogadas em velocidade inexistiam. Tudo bem que comandar uma equipe em final de Libertadores não é para qualquer um, mas o Ramires não parece ser qualquer um. Sua péssima atuação foi essencial para o Cruzeiro só ter conseguido organizar uma boa jogada, no 1º tempo, e não ter se estabilizado após sofrer a virada. Que ao menos esta derrota o faça crescer bastante e que, no futuro, ele realmente prove não ser um jogador comum.
- Como citei anteriormente, não é sensato jogar toda a culpa da derrota azul sobre o Ramires. A defesa do Cruzeiro, já não é de hoje, é um verdadeiro queijo suiço. Mesmo sem ter, em nenhum momento do jogo, sido pressionada, esta defesa sofreu dois gols perfeitamente evitáveis. E tem mais. No 1º tempo, o Estudiantes conseguiu criar uma claríssima chance de abrir o placar, após um chutão pra frente do goleiro Andújar. No setor de meio-campo, apenas a sorte de Henrique, ao chutar a bola que desviou em Desábato e entrou, deve ser destacada. Marquinhos Paraná esteve nervoso e ausente e o Wagner, contundido, apenas se esforçou. Esforço que também foi visto em Kléber, mesmo que desta vez sua estrela não tenha brilhado. As jogadas individuais do “Gladiador”, que diga-se de passagem eram o maior foco de esperança do Cruzeiro, não deram certo. O bom trabalho realizado pelo Cruzeiro na Libertadores, eliminando Grêmio e São Paulo, não deve ser esquecido, mas que eu estou muito decepcionado com a atuação celeste, isso estou.
- O que a Rede Globo e a CBF fizeram, não foi uma falta de respeito somente ao Cruzeiro, mas sim ao futebol brasileiro. No dia que uma equipe nacional está decidindo a Copa Libertadores, nada mais justo do que ela se tornar o centro das atenções do nosso futebol. Porém, a CBF decide marcar, na mesma data dos dois jogos decisivos entre Cruzeiro e Estudiantes, rodadas do Campeonato Brasileiro. E tem mais. A Rede Globo, apoiada em uma infâme tabela de audiência, prefere passar os jogos que envolvem as equipes do eixo Rio – São Paulo. E sabem o que me deixa mais irritado? Se a equipe mineira fosse Campeã, os narradores globais iriam encher o peito de ar para falar: “O Cruzeiro é o Brasil contra o Barcelona!”.
Diano velho de guerra!!!
ResponderExcluirConcordo com você sobre a técnica super apurada do argentino Verón que desde de sua volta do futebol europeu acabou levantando o futebol do Estudiantes no cenário argentino e sul-americano. Maradona tem que botar esse cara como titular da seleção da argentina na posição que era de Riquelme.
Sobre o Cruzeiro, o principal culpado pela derrota do time mineiro foi a do treinador Adilson Batista que jogou todo atrás no Mineirão, sendo que o Cruzeiro achou um gol na bola desviada sem pressionar o adversário e quando tomou o gol da virada partiu pra cima do Estudiantes e teve 3 chances claras de gol no final se tivesse saido antes teria ganho com facilidade.
A Rede Globo demonstrou que é mesmo uma emissora bairrista não passou o jogo do Curzeiro para o eixo Rio-São paulo achando que ia perder audiência e detalhe a Globo não passou a festa do pódio só porque era time argentino é brincadeira.