Olá amigos do FUTEBOLA!
Já faz algum tempo que eu estava matutando sobre um assunto que é quase intocável no futebol mundial. Sempre que há uma decisão em dois jogos, a equipe que decide em casa é considerada favorita. O fato de jogar a partida derradeira em seus domínios vira até capa de jornal: “Tabajara decidirá o título no Tabajarão!”. Será mesmo que é tão vantajoso assim o fato de ser mandante na partida decisiva de um torneio?
O duelo entre Cruzeiro e Estudiantes, pela final da Copa Libertadores, foi o que me fez mudar de opinião, após bastante tempo. Não foi de uma hora para a outra, mas a vitória da equipe do genial Juán Sebástian Verón foi a gota d´água. Reparem na tranquilidade do Estudiantes após não vencer o jogo de ida, afinal não era o fim do mundo, e no nervosísmo dos jogadores cruzeireses a cada segundo que passava de jogo no Mineirão. As pernas do Ramires pareciam pesar toneladas.
Ao atuar a primeira partida decisiva em seus domínios, uma equipe, é óbvio, tem a obrigação de buscar a vitória. Porém, se for um daqueles jogos onde nada dá certo, o craque não acerta um passe, o centroavante não está com o pé calibrado e o xerifão está cometendo muitas faltas, não é um pesadelo tão assustador, afinal, ainda existe o jogo de volta. Os próprios torcedores presentes no estádio não vaiam a equipe após um ruim resultado, jogando em casa, no jogo de ida, pois eles sabem que em menos de uma semana, tudo pode mudar. A esperança é a última que morre, certo?
Falando em torcedor, estes são fundamentais em uma decisão. Todo torcedor está no estádio para apoiar sua equipe, porém quanto maior o caráter decisivo da partida, mais impaciente ele fica. Como citei anteriormente, jogar a primeira partida final em casa faz com que o torcedor ainda mantenha a esperança em caso de um ruim resultado. Entretanto, ter que realmente decidir em casa faz o relógio passar mais rápido, faz a esperança ir desmoronando. Um passe errado não é tolerável, um chute torto vira chiadeira, um gol do adversário torna-se um golpe quase fatal. A situação pode se tornar ainda pior se o adversário for uma equipe tranquila que souber explorar a impaciência da torcida. Toca pra cá... Toca pra lá... Gira aqui... Volta a bola no goleiro... Finge uma contusão... Chama o carrinho de maca... Torcedores e jogadores mandantes se desesperam.
Além do fato de que perder a primeira partida decisiva, jogando em casa, não acarreta no fim da chance de conquistar o caneco, e de não ter que enfrentar uma torcida mais impaciente, mesmo que apaixonada, ainda encontro mais uma vantagem em ser o mandante do jogo de ida. Pensando no fato de que uma boa vitória no primeiro duelo decisivo é meio caminho andado para conquistar o título, é mais fácil conseguir esta vitória em casa, certo? Até mesmo pelo pensamento do próprio adversário, que acredita que por não ser a partida derradeira, e estar jogando fora de seus domínios, prefere ficar mais recuado, facilitando a pressão do time mandante.
Para concluir dando um maior embasamento a minha opinião, vou mostrar um dado muito relevante e inacreditável. Somente nesta década, seis equipes brasileiras perderam a decisão da Libertadores para equipes estrangeiras. Foram elas: Palmeiras (2000), São Caetano (2002), Santos (2003), Grêmio (2007), Fluminense (2008) e Cruzeiro (2009). Amigos, acreditem, todas estas equipes brasileiras decidiram a Libertadores atuando a última partida em casa.
Não há como negar que decidir em casa é uma vantagem. Se não fosse, teríamos que mudar muitos regulamentos por ai. Resta saber se o time saberá usar esta vantagem e não se acomodará nela. Se formos lembrar, ha varias decicoes onde o mandante leva a melhor, como tambpem ha diversas em que o visitante leva o caneco ou a vaga para uma próxima fase. Acredito que na Copa do Brasil e em torneios com regra semelhante, como a Libertadores excetuando-se a final, decidir fora é melhor, pois um gol marcado muda totalmente o panorama da partida. Mas não ha uma regra para isso, acho q isso varia de time para time. O Fluminense por exemplo em 2007 foi campeão da Copa do Brasil empatando em casa e ganhando a vaga fora de casa, por outro lado em 2008 no maracanã durante a libertadores smepre fez bons jogos. Para o Flamengo por exemplo, decidir em casa faz diferença, apesar das tragédias rubro-negras como Santo André, América do México, etc. Acho que é uma discussão que toda opinião é válida, se formos analisar caso a caso.
ResponderExcluirSaudações
ronie attayde
Diano velho de guerra!!!!!
ResponderExcluirPra mim é melhor decidir o 2º jogo em casa, pois tendo um time melhor que o adversário você conseguindo trazer um resultado melhor jogando o primeiro jogo fora acaba decidindo tranquilo. Mas quando você decide em o 2ºjogo em casa com um time inferior tendo vantagem ou não acaba passando sufoco.
No caso do Cruzeiro foi falta de competência, malandragem e frieza que fez o time mineiro perder