Manchester City 4 x 2 Arsenal – 5ª rodada do Campeonato Inglês
O duelo entre Manchester City e Arsenal contava com grande expectativa dos fãs do futebol devido ao embate entre o atacante Adebayor, agora vestindo a camisa azul de Manchester, contra seu ex-clube. O primeiro tempo da partida, porém, não empolgou nem mesmo o mais eufórico dos torcedores. Além do gol marcado pelo City, apenas mais alguns bons ataques azuis pelo lado direito do campo. De destaque mesmo, nesta etapa, somente a atuação do lateral-direito do Manchester Micah Richards.
Com o início da 2ª etapa, tudo mudou. Um jogo que se mostrava sonolento tornou-se um jogaço de bola. O Arsenal voltou pressionando em busca do empate e a entrada de Rosicky, após longos 19 meses sem atuar pelos Gunners, melhorou bastante a equipe. Vale ressaltar aqui minha insatisfação com a escalação inicial do Arsène Wenger. Uma equipe que pode ser incisiva, rápida e dinâmica, como é o Arsenal, não tem a necessidade de iniciar a partida com Song, Denílson e Diaby, ou seja, três volantes. O Fábregas, que por sinal também é um volante, mas que vem atuando como meia ofensivo, fica completamente sobrecarregado na armação das jogadas. Bom, retornando ao jogo, o Arsenal conseguiu o empate em um golaço do atacante Van Persie, que recebeu na entrada da área, girou e bateu de direita, no cantinho do até então intransponível Given. 1 a 1 no placar.
O gol de empate, marcado aos 17 minutos, foi bastante merecido, já que o Manchester apenas se defendia e não conseguia encaixar um único contra-ataque. Porém, bastou a iminência da derrota para a equipe se acertar e em pouco mais de 10 minutos definir a partida em contra-ataques fulminantes. Primeiro, Richards (que partidaça ele fez!) colocou a bola nos pés de Bellamy para balançar as redes. Entre este gol e o terceiro, é impossível não comentar a jogada que Adebayor realizou pela ponta-esquerda. Como se estivesse incorporado Garrincha, o africano foi entortando todo mundo que parava em sua frente, fazendo fila, até invadir a área e deixar Wright-Phillips na cara do gol. Se desta vez Phillips não aproveitou, poucos minutos depois foi ele quem colocou a pelota na cabeça de Adebayor, retribuindo a assistência, para o Manchester colocar 3 a 1 no placar. Após balançar as redes, Adebayor deixou o espírito de Garrincha de lado e, parecendo Usain Bolt, deu um pique até o outro lado do campo. O motivo? O prazer de comemorar de frente para a torcida do Arsenal, que o vaiava a cada vez que pegava na bola. Pode não ser politicamente correto, mas admito que achei sensacional.
Com a vitória praticamente garantida, ainda deu tempo de Bellamy organizar um contra-ataque sozinho, roubando a bola no campo de defesa e entregando nos pés de Wright-Phillips que marcou belo gol, e Rosick diminuir para o Arsenal. O placar final de 4 a 2 mostrou que o City, mesmo sem Tévez e Robinho, tem uma equipe muito forte, e o Arsenal, que na última rodada já havia perdido para o outro Manchester, o United, vai ter que mostrar um futebol mais competitivo para terminar entre os primeiros colocados.
O City acabou com o Arsenal.
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