Manchester United 4 x 3 Manchester City – 6ª rodada do Campeonato Inglês
Jogaçoaçoaço o clássico de Manchester. Do apito inicial ao final, a partida foi emocionante. Logo com três minutos de jogo, uma desatenção da antes tão segura defesa do City deixou Rooney dentro da área para mostrar toda sua qualidade de atacante e abrir o placar. Parecia que este gol deixaria o caminho aberto para uma atuação mais tranquila do United, porém pouco mais de 10 minutos depois, o vaiadíssimo Carlitos Tévez acreditou em uma jogada que poucos no mundo acreditariam, passou voando por Rio Ferdinand, roubou a pelota do goleiro e rolou para Barry empatar a partida. O gol fez bem para o City que, além de mandar uma bola na trave, novamente com Tévez, manteve o controle do jogo no restante da etapa e poderia ter saído com a vantagem no placar. Acredito que a ausência de Adebayor como referência, suspenso pela agressão em Van Persie na última rodada, foi determinante para a maior posse de bola da equipe azul não ter se transformado em chances mais claras de gol.
O 2º tempo começou com o primeiro, ou seja, com gol do United. Com esse tento vermelho, começou a brilhar a estrela do veterano Ryan Giggs, que foi quem realizou perfeito cruzamento para Fletcher colocar sua equipe em vantagem. A partir daí foi um verdadeiro show de Giggs. Tudo bem que Bellamy até conseguiu empatar a partida, com uma bomba no ângulo, mas o excessivo recuo do City, tentando segurar o empate e sentindo uma dificuldade imensa para conter o poderoso United, abriu as portas para o perfeito dia do jogador que mais vestiu a camisa dos “Diabos Vermelhos”. Mostrando toda sua qualidade nas bolas paradas e infernizando o sistema defensivo azul com seus ataques pela esquerda, Giggs esteve impossível e suas jogadas só não resultavam em redes balançadas pois o goleiro Given vem se mostrando um dos melhores do mundo. Acredito que logo depois que se aposentar, e espero que ele mude de idéia e permaneça jogando após o fim desta temporada, Giggs poderia gravar video-aulas de como realizar um cruzamento perfeito. É impressionante a qualidade das bolas alçadas na área pelo galês. Foi contando com esta arma e com a citada insegurança demostrada pela defesa do City que o United novamente ficou em vantagem no placar e, uma vez mais, com uma cabeçada de Fletcher.
O gol fazia justiça ao que o Manchester United havia mostrado no 2º tempo, com uma marcação adiantada, enorme vantagem na posse de bola e eficiência na criação de jogadas, porém o tão sóbrio e seguro zagueiro Ferdinand resolveu dar mais emoção a partida. Ao tentar sair jogando com uma cavadinha na bola, Ferdinand deu uma verdadeira paçocada, que resultou num veloz ataque de Bellamy e no gol de empate do City. Já não é de agora que Bellamy vem sendo importante para a equipe azul e acredito que quando voltar de contusão, Robinho deverá suar um bocado para recuperar sua vaga.
O tento de empate foi marcado aos 45 minutos e parecia ter dado números finais ao duelo. Porém, o emocionante jogo empolgou até o juiz que sem motivo algum deixava o tempo passar sem soprar o apito para terminar a partida. Foi quando aos 50 minutos, novamente a genialidade de Ryan Giggs apareceu. Quando na intermediária ofensiva ele recebeu uma bola que muitos, praticamente todos, jogariam na área de qualquer maneira, ele encontrou Michael Owen no meio de um exército azul. Um passe milimétrico, espetacular, perfeito, que Owen soube aproveitar para, agora sim, colocar números finais na sensacional partida. Com a vitória, o United continua mostrando que a saída de Cristiano Ronaldo pode sim ser superada. Já a derrota do City, apesar de entristecer jogadores, dirigentes e torcedores, serviu para provar que, mesmo com os seríssimos desfalques de Robinho e Adebayor, a equipe brigará no topo da tabela.
Real Madrid 5 x 0 Xerez – 3ª rodada do Campeonato Espanhol
O Real Madrid deu mais um passo no sentido de encontrar sua organização dentro de campo. Apesar da genialidade de Káka e Cristiano Ronaldo, não é de um dia para o outro que o Real se tornará um time na acepção da palavra e a partida contra o fraco Xerez mostrou isso.
Apesar do placar elástico, a equipe merengue só conseguiu ser efetiva nas jogadas ofensivas na parte final do jogo. É claro que o gol marcado com menos de um minuto, e diga-se de passagem um golaço de Cristiano Ronaldo, deu mais tranquilidade ao Real do que a equipe precisava, mas as tramas ofensivas da equipe não tem me agradado. O quarteto Kaká/Ronaldo/Benzema/Raúl, é de encher os olhos, porém não conseguiram trabalhar praticamente nenhuma jogada em conjunto. Novamente o português Ronaldo foi essencial para a vitória, com velocidade, movimentação e, claro, gols. Sua marca de 6 tentos em 4 partidas oficiais é para empolgar seus fãs. Sem querer comparar a qualidade técnica, acredito que o português está se saindo melhor do Kaká neste início de temporada pelo estilo de jogo. Apesar de estar voando e ser o destaque do Manchester nos últimos anos, os “Diabos Vermelhos” não rodavam ao redor dele, diferente de Kaká que está acostumado a ser o centro da equipe, como foi no Milan. O brasileiro precisará de um pouco mais de tempo para se adequar a esta nova realidade, onde é muito importante, mas não vai ser o organizador de todas as jogadas ofensivas.
O fato que mais me empolgou na vitória do Real foi o retorno do Van Nistelrooy aos gramados, com o agravante de ter sacudido o filó. Se a dupla titular, Raúl e Benzema, estiveram longe de realizar boa partida, Van Nistelrooy entrou dando passes de qualidade, assistência e balançando a rede. Uma volta esperançosa. Sou grande fã do atacante holandês e acredito que se conseguir recuperar sua forma física será de extrema importância para o Real Madrid, como ponto de referência para as jogadas ofensivas da equipe. Sua presença de área não deve nada aos melhores atacantes do mundo e, com a qualidade que ele terá para serví-lo, tem tudo para voltar a ser o grande centroavante que sempre foi.
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