Barcelona 2 x 0 Dínamo de Kiev - 2ª rodada da Liga dos Campeões da Europa, Grupo F
O Barcelona não precisou se esforçar muito para vencer o Dínamo de Kiev. A equipe catalã se encontra em um estágio onde, sem ser prepotente, parece saber quando vai vencer uma partida. Tanto individualmente quanto coletivamente, o futebol mostrado pelo Barça é de um nível elevadíssimo.
Na partida contra o Kiev, Messi foi o principal destaque em campo. Com sua habilidade, velocidade e impetuosidade, o argentino infernizou a defesa ucraniana. Os brasileiros Leandro Almeida, que não realizou uma má partida, Gérson Magrão e Betão, nem de longe conseguiram parar o “Pulga”. Além do mais, Messi vem evoluindo com relação às finalizações, como podemos ver no lance em que, com muita rapidez, ele cortou o defensor e colocou a bola no fundo da rede.
Porém, o Barcelona está longe de ser só o Messi. E nem digo da organização tática e do entrosamento, mas da qualidade individual dos outros jogadores. Daniel Alves voa pela direita e participa ativamente das ações ofensivas. Xavi é um poço fundo de criatividade e controla o meio-campo como poucos no mundo, sabendo a hora de chutar de longe, de lançar, de tocar curto, de acelerar o ritmo da partida. Iniesta é quase imarcável, tamanha a movimentção em campo. Se a defesa adversária não estiver atenta aos seus passos, ficará de cabelos em pé com sua dinâmica. Por fim, Ibrahimovic, que caiu como uma luva na equipe azul-grená. Concordo que o antigo atacante Eto´o era muito útil para a equipe, mas Ibrahimovic é diferenciado. Se o camaronês tinha como principal arma a velocidade, Ibra tem um imenso arsenal. Cai pelas pontas, funciona como pivô, joga enfiado como referência, finaliza, dá assistências, dribla... O cara tá demais.
Tenho uma opinião em relação à presença de Ibra no Barça. Káká, Cristiano Ronaldo e Messi já foram Campeões da Champions League e, com o prêmio que o Messi deve conquistar no fim do ano, todos terão o título de melhor do mundo. Estes três craques se encontram na Espanha e, sem dúvida alguma, querendo chegar neste nível de Campeão da Champions e de melhor jogador do planeta, Ibrahimovic está jogando com uma vontade de leão.
Voltando ao jogo, o Dínamo de Kiev de Schevchenko, que nem de longe lembra o craque do Milan, fez o que podia para tentar parar o Barcelona, mas não conseguiu. O Barça, por sua vez, venceu com tranquilidade e continua sua caminhada rumo ao Bi-campeonato.
Bayern de Munique 0 x 0 Juventus - 2ª rodada da Liga dos Campeões da Europa, Grupo A
Em Munique, Bayern e Juventus realizaram um bom 1º tempo e um nada empolgante 2º tempo, na partida que terminou 0 a 0. Analisando apenas o placar, o resultado não foi muito bom para a Juve, já que foi o segundo empate da equipe, porém se analisarmos a bola rolando ela escapou de uma baita derrota, pois a 1ª etapa que o Bayern apresentou foi ótima.
Contando com um infernal Ribéry, que só era parado na pancada, e com uma equipe muito ofensiva, o Bayern pressionou muito a Juventus nos primeiros 45 minutos do duelo. Apesar de não conseguir balançar as redes, a equipe alemã mostrou um futebol de boa qualidade e foi bastante superior ao adversário. A presença de dois avantes abertos pelos lados, Ribéry e Robben, de Klose como centroavante referência e de Muller e Schweinsteiger aparecendo ofensivamente, o Bayern atacou durante toda a etapa e merecia ter saído com a vantagem no placar, principalmente pelo espetacular lance de Ribéry aos 20 minutos. Marcado por 2 defensores, o francês não se sentiu acanhado e passou por entre ambos, finalizando na saída de Buffon com um leve toque de cobertura. Por um capricho do destino a pelota saiu por cima da baliza.
Enquanto o Bayern era mais consistente nos seus ataques, a Juve conseguia assustar apenas em chutes longos, com Diego e Camoranesi. A escolha do treinador Ferrara pela dupla de ataque formada por Trezeguet e Iaquinta se mostrou equivocada e ambos foram nulos na 1ª etapa. Acredito que as presenças de Del Piero e Amauri, que entrou tarde na partida, causariam mais problemas para o sistema defensivo alemão. Sobre os brazucas da Juve, Felipe Melo apenas se comportou bem na marcação, enquanto o Diego apareceu reclamando muito da arbitragem e com os citados chutes longos, ou seja, foram discretíssimos.
Após o intervalo, as equipes pareceram ter deixado a vontade de jogar no vestiário. Uma Juventus penando para conseguir organizar uma jogada razoável e um Bayern sofrendo muito pelo sumiço de Ribéry na partida se arrastaram em campo e o placar permaneceu mostrando 0 a 0. Não considero nem Juventus nem Bayern favoritas ao caneco, mas ambas podem chegar longe na competição, desde que não insistam no futebol medíocre apresentado nos últimos 45 minutos desta partida.
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