Olá amigos do FUTEBOLA!
Em uma partida que, se não foi emocionante, prendeu a atenção tamanho o equilíbrio entre os finalistas, o Egito venceu Gana e conquistou o Tri-Campeonato da Copa da África. Vamos ver como foi a decisão.
Egito 1 x 0 Gana
Incontestável! Após realizar uma campanha de 6 vitórias em 6 jogos, sendo 4 destas contra rivais que estão classificados para a Copa do Mundo (Nigéria, Camarões, Argélia e Gana), o Egito conquistou a Copa da África de 2010.
Desde o apito inicial, o duelo entre Egito e Gana teve cara de decisão. Nos primeiros minutos da 1ª etapa, a Seleção de Gana, diferente do esperado, adotou uma postura ofensiva. Por que digo diferente do esperado? As últimas três vitórias de Gana na competição foram pelo placar de 1 x 0 e, em todas elas, Gana adotou uma estratégia defensiva. Porém, apesar de iniciar a partida atacando, os ganeses não conseguiram levar perigo ao goleirão egípcio El Hadary. Passado este período inicial, o Egito passou a controlar a posse de bola e tomou as rédeas do jogo, mas, assim como Gana, não criou claras oportunidades de sacudir o filó. Acredito que um fator foi essencial para a falta de qualidade ofensiva mostrada pelo Egito na 1ª etapa: a péssima atuação do meia Ahmed Hassan. O experiente Hassan, sem nenhuma dúvida um dos melhores jogadores do torneio, não conseguiu acertar bons passes, o que deixou a dupla de ataque Meteeb e Zidan (Borussia Dortmund-ALE) inutilizada, e seus chutes longos não tinham nenhuma direção. Tão baixa produtividade ofensiva de ambas as equipes fez o jogo ir para o intervalo com o placar inalterado.
No 2º tempo, quem resolveu aparecer na partida foi o atacante ganês Gyan (Rennes-FRA). Assim como Hassan, Gyan também está entre os melhores jogadores do torneio, porém a postura defensiva adotada por Gana o deixa sempre muito isolado no ataque. Nesta partida em especial, como seu municiador, o meia Asamoah (Udinese-ITA), não estava muito inspirado, Gyan tentou resolver sozinho. E quase conseguiu. Enquanto o Egito permanecia com seus ataques improdutivos, para se ter uma idéia o bom e ofensivo lateral El-Mohamedy praticamente não foi notado em campo, Gyan fez o torcedor egípcio roer as unhas. Em dois chutes de longa distância e duas cobranças de falta, o atacante ganês assustou muito o El Hadary. Aposto que em pouco tempo o Gyan estará em um clube europeu de maior destaque. Porém, como eu adoro dizer, futebol e lógica não possuem nenhum parentesco e justamente quando Gana se mostrava superior em campo, o Egito marcou um golaço e garantiu o caneco.
Um fato impressionante está relacionado ao gol do título. Nas cinco partidas anteriores realizadas pelo Egito na competição, o meia Geddo entrou no 2º tempo em todas elas e já havia balançado as redes por 4 vezes. Com certeza ele já merecia ser chamado de amuleto da sorte, mas o melhor ainda estava guardado. Faltando 20 minutos para o fim do jogo, o treinador Hassan Shehata decidiu colocar seu iluminado jogador em campo. Com o crescimento de Gana na partida, parecia que dessa vez o Geddo não conseguiria mostrar sua mágica. Porém, aos 40 minutos, o “Amuleto Egípcio” recebeu a pelota na ponta direita, tabelou com Zidan e, com uma categoria imensa, colocou a bola no fundo do gol. Seis jogos entrando no 2º tempo, 5 gols marcados e o gol do título. Sensacional!
A Seleção de Gana merece elogios por, mesmo com importantíssimos desfalques, entre eles o contundido Essien (Chelsea-ING), conseguiu com uma equipe jovem chegar perto do título. E o Egito, que inexplicavelmente não vai a uma Copa do Mundo desde 1990, conseguiu seu terceiro título seguido da Copa da África. Todos eles de maneira invicta.
PARABÉNS, FARAÓS!
Incrível: Egito fora de mais uma Copa! Justo a melhor seleção da África, mas fizeram a alegria do povo egípcio com essa conquista.
ResponderExcluirBelo texto, Massarani!