Flamengo 2 x 0 Universidad Católica – Maracanã, Rio de Janeiro (RJ)
Olá amigos do FUTEBOLA!
Assim como o Internacional em sua estréia, o Flamengo iniciou a Libertadores precisando suar a camisa e mostrar uma garra digna da competição mais importante da América do Sul.
A partida ainda estava em seus minutos iniciais quando o destemperado Willians soltou o braço no seu marcador e recebeu um justo cartão vermelho. Se a surpreendente ausência do goleiro Bruno, contundido, já assustava o torcedor, o Flamengo teria, agora, a missão de vencer sua partida de estréia atuando, praticamente todo o jogo, com um homem a menos. O Rubro-Negro se abateu por isso? Não, nem um pouco. Cada jogador se esforçava ao máximo e, com raras exceções em alguns buracos que apareceram no lado esquerdo de sua defesa, o Flamengo não parecia estar com menos um. O maior motivo da tranquilidade mostrada pelo Flamengo, após a infantil expulsão de seu volante, foi o golaço de falta marcado pelo Léo Moura logo aos 10 minutos. Sem dúvida alguma o Fla teria um jogo muito mais complicado se não tivesse obtido uma rápida vantagem. A partir daí, a Universidad Católica começou a atacar com maior atitude, porém não o suficiente para superar a raça e, acreditem, solidez defensiva do Flamengo. Após sofrer gols em todas as partidas do ano, Andrade precisou realizar alterações e barrou Ronaldo Angelim, colocando em campo o jovem Fabrício. E como jogou o Fabrício... Bola pelo alto, bola por baixo, dando o bote no atacante ou atuando na cobertura, não importava o lance o resultado era sempre Fabrício ganhando a jogada. A equipe chilena chegou a assutar em uma bomba do Damian Díaz que acertou o travessão, mas não mostrou capacidade para sacudir o filó rubro-negro. Vale ressaltar também a disposição mostrada por Vágner Love. Como citei anteriormente, todo o time correu para suprir a expulsão do Willians, mas o Vágner Love exagerou na dose, para o bem de sua equipe e do torcedor. O camisa 9 rubro-negro marcava pressão e retornava para compor o meio campo com um gás de causar inveja à corredor da São Silvestre.
Poucos minutos antes do intervalo, o Flamengo ganhou um presente quando, com uma infantilidade de causar inveja ao Willians, o meia Mirosevic pisou em Toró e foi expulso. Assim, o Flamengo voltou para a 2ª etapa mais tranquilo e conseguiu ampliar sua vantagem. Antes de comentar o lance, uma pausa para falar sobre o Léo Moura. Sempre fui um grande fã do lateral rubro-negro e, apesar de nos últimos 2 anos ele não ter mostrado todo o futebol que possui, nunca deixei de considerá-lo o melhor de sua posição atuando no Brasil. O tempo que ele já está de titular no Flamengo e os títulos que conquistou lhe fornecem uma experiência muito grande e ele é de extrema importância para sua equipe. Voltando ao jogo, aos 13 minutos Léo Moura roubou uma bola na entrada de sua área e arrancou com enorme velocidade. Um lindo drible e um lançamento nos pés do Adriano foram o suficiente para todos lembrarem daquele futebol que o levou para a Seleção Brasileira e para o Fla colocar 2 a 0 no placar. Daí até o final, a partida serviu para Marcelo Lomba permanecer mostrando segurança em sua estréia, Fabrício fechar o jogo sem perder um único lance, Toró continuar correndo feito um louco e Vágner Love correndo feito um Toró. O pênalti desperdiçado pelo “Artilheiro do Amor”, no finzinho do jogo, coroaria sua grande atuação.
Para uma estréia em Libertadores, o Flamengo teve um jogo até um pouco mais difícil do que esperava, porém com raça e qualidade soube superar seu primeiro obstáculo rumo à tão sonhada conquista da América.
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