França 0 x 2 Espanha – Stade de France, Paris (FRA)
No duelo entre duas das mais tradicionais Seleções Européias, a Espanha nem precisou suar a camisa para, mesmo fora de casa, bater a nada inspirada Seleção Francesa.
Durante toda a partida, foram poucas as oportunidades de gols criadas por ambas as equipes. A França buscava, sempre o lado direito, aquele que é sua maior esperança – seria a única? – o ponta Ribéry. Mesmo deslocado de lado, já que pelo Bayern de Munique ele atua pela esquerda, Ribéry era a única opção de jogo da França, mas as jogadas por aquele lado sempre terminavam com um cruzamento do lateral Sagna que não levava o mínimo perigo ao goleiro espanhol Casillas. Como Henry estava completamente fora de órbita e o meia Gorcouff não conseguia iniciar sequer uma jogada bem trabalhada, estes infrutíferos avanços de Sagna, pela direita, foram a única arma da França nos primeiros 45 minutos. Já a Espanha, apesar de ter passado longe de fazer um excelente 1º tempo, conseguiu mostrar grande solidez defensiva e aproveitou duas das três oportunidades de gols criadas. Aos 21 minutos, Iniesta buscou David Silva no meio da defesa francesa mas acabou encontrando David Villa, que não desperdiçou a chance cara-a-cara com o goleiro Lloris. Logo no finalzinho da etapa, o lateral Sérgio Ramos recebeu a pelota na direita, cortou o defensor e ampliou a vantagem. Apesar de as vezes se mostrar violento, gosto muito do futebol do Sérgio Ramos, pois o acho um verdadeiro lateral, que defende e, quando possível, ataca.
Após o intervalo, a Espanha apertou ainda mais o freio. Não discordo da atitude da equipe espanhola, afinal vencendo a França por 2 x 0, fora de casa e em um amistoso, nada mais normal do que diminuir o ritmo. Porém, não gostei de como a Espanha resolveu administrar a vitória. Para quem tem na memória a atuação da “Fúria” na EURO 08 e as recentes apresentações de Sérgio Busquets, Iniesta e Xavi, no Barcelona, o mínimo que se espera da Espanha é manter o controle do jogo tocando a bola com qualidade. Tudo bem que Xavi, que entrou no intervalo, e Iniesta, que foi sacado para a entrada de Jesus Navas, não ficaram muito tempo juntos em campo, mas os que estavam no gramado tinham qualidade para manter a posse da bola. Aproveitando que a Espanha abdicara do ataque e a troca de todo o trio ofensivo, já que Raymond Domenech substituiu Ribéry/Anelka/Henry por Govou/Cissé/Malouda, a França apresentou, durante aproximadamente 15 minutos, algo próximo de um razoável futebol. De destaque mesmo, apenas uma jogada do Cissé, pela direita, que Malouda quase marcou. Queria aqui dar um pitaco na Seleção Francesa. Acredito ser um grande equívoco do Domenech a escalação do Ribéry fora de posição para poder colocar o Henry aberto pela esquerda. Além de Ribéry perder muito do seu jogo quando atua pelo lado direito, o Henry não está produzindo nada já faz um bom tempo.
Com um sistema defensivo forte, um meio-campo de gigante qualidade, apesar de, neste duelo, não ter mostrado isso, e um ataque rápido e mortal, a Espanha irá para África do Sul buscar o caneco. Já a França, precisará trabalhar muito nos treinamentos da véspera da Copa, pois se a equipe do Mundial mostrar toda esta buracracia e falta de criatividade, corre o risco de, assim como em 2002, ser eliminada sem sacudir o filó.
Esse amistoso serviu pra dar um banho de água fria nos franceses.
ResponderExcluirOs "bleus" vem dando uma mostra, assim como a Itália, de que a seleção está em decadência, com suas principais estrelas já em final de carreira.
É hora de renovar!
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Grande abraço,
Leonardo Resende
Rio Futebol
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