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Santo André 2 x 3 Santos – Pacaembu, São Paulo (SP)
Em um duelo bem mais equilibrado do que era esperado, o Santos bateu o Santo André e colocou uma mão no título paulista. No jogo de volta, domingo que vem, novamente no Pacaembu, o “Peixe” pode até perder por um gol de diferença.
Com menos de um minutinho de partida, Neymar arrancou com a pelota, tocou-a para Robinho e o “Rei do drible”, de calcanhar, encontrou Wesley que arrematou levando muito perigo ao goleiro Júlio César. Com um início destes, parecia que o Santos iria se impor e o Santo André apenas aceitar o papel de coadjuvante, porém, como todos nós sabemos, o futebol não tem lógica nenhuma. Com um setor de meio-campo que marcava com força e sabia o que fazer com a pelota nos pés, principalmente o camisa 10 Bruno César, o Santo André dominou ofensivamente a 1ª etapa e criou diversas oportunidades de balançar as redes. Em meu caderninho consta nada menos do que sete boas oportunidades de gols criadas pela equipe do ABC sendo que em uma delas, aos 34 minutos, Bruno César cobrou falta com precisão no canto esquerdo do goleiro Felipe e inaugurou o placar. O Santos não conseguia jogar. Marquinhos e Paulo Henrique Ganso não arquitetavam jogadas ofensivas, Robinho e Neymar não exploravam seus dribles e velocidade e, assim, o Alvi-Negro Praiano esteve longe de mostrar seu futebol envolvente no 1º tempo. Primeiro tempo este que antes de terminar ainda viu o Santo André desperdiçar duas excelentes chances de ampliar a vantagem, uma com o bom atacante Rodriguinho e a outra com o centroavante Nunes.
Na volta do intervalo o torcedor santista deve ter roído todas as suas unhas. Com um problema no olho, resultante de uma queda no gramado, Neymar não pôde retornar para a 2ª etapa. Poderia ser este um fator que tornaria o Santos ainda mais improdutivo e o Santo André ainda mais confiante. Porém, repetindo, não há lógica no velho esporte bretão. Depois de 45 minutos de muita intensidade e dinamismo ofensivos, o Santo André caiu na bobeira de recuar e chamar o Santos para o seu campo. Amigos, não consigo imaginar nenhuma equipe brasileira que, neste momento, consiga segurar o Santos por um tempo inteiro em seu campo. Em poucos minutos o Santo André praticamente jogou fora a chance de surpreender todo o país e conquistar o título. Com André, que havia entrado no lugar de Neymar, bastante inspirado, Ganso enfim participando da partida com seus passes sensacionais e Wesley voando pelo lado direito do campo, o Santos deu um show de bola e marcou três gols em 12 minutos. Primeiro André anotou de cabeça, aos 12 minutos, depois de precioso cruzamento de Ganso. Aos 16, após linda tabelinha entre Robinho e Wesley, o último sacudiu o filó. E Wesley ainda voltaria a marcar aos 24, depois de ótimo passe do lateral Pará. Vale a pena ressalter o excelente futebol que o Wesley vem apresentando em 2010. Sempre presente nas ações ofensivas santistas, o volante, que também faz as vezes de lateral-direito, não se descuida nunca do sistema defensivo. Nesta máquina de jogar futebol que é o Santos, Wesley é uma peça fundamental.
Aos 29 minutos, o zagueiro do Santo André Toninho foi expulso e Dorival Júmior decidiu colocar o Santos mais para frente, com a entrada de Mádson no lugar de Pará (outra vez o Wesley foi deslocado para a lateral). Porém, pela terceira vez em uma mesma análise de jogo, sou obrigado a citar o quanto o futebol é ilógico. Depois de passar aproximadamente 30 minutos postado em seu próprio campo, sem nenhuma atitude ofensiva, o Santo André tem um jogador expulso e decide então votar a atacar. Isso mesmo, depois da expulsão de Toninho o Santo André foi ao ataque, criou 3 oportunidades de gols e diminuiu a vantagem santista com um gol do Rodriguinho, após grande jogada do bom lateral-esquerdo Rômulo.
Dificilmente o Santo André terá forças para vencer o Santos por mais de um gol de diferença no jogo de volta, porém não é por isso que os “Meninos da Vila” devem relaxar. Se durante todo o ano eles venceram seus jogos buscando marcar o maior número possível de gols, que assim continuem domingo que vem.
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