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Barcelona 4 x 1 Arsenal – 2º jogo da fase quartas-de-final da Liga dos Campeões da Europa
Avassaladora! Extraordinária! Monstruosa! Magnífica! Assim pode ser definida a atuação de Lionel Messi na goleada que o Barcelona aplicou no Arsenal, em um lotado Camp Nou, e que garantiu a classificação para enfrentar a Internazionale na semi-final.
Sabem aquela sensação de estar presenciando a história sendo escrita. Pois é... assim que me senti assistindo mais uma apresentação de gala de Lionel Messi. Desde o apito inicial, o argentino já estava mostrando que queria jogo, como comprova duas belas jogadas individuais que assustaram o goleiro Almúnia. Porém, a forte marcação do Arsenal no meio-campo rendeu frutos e um belo contra-ataque organizado por Walcott chegou aos pés de Bendtner e ao fundo do gol. Mesmo que a torcida catalã não tenha parado de cantar após a abertura do placar pelo rival, o Barça tinha tudo para sentir a desvantagem. Deveria sentir o gol sofrido, como sentiu quando o Arsenal diminui o placar no jogo de ida em Londres, o que resultou no empate em 2 x 2. Mas como eu disse, o Messi queria jogo e quando isso ocorre... Sozinho, sem nenhuma ajuda, como se existisse apenas ele vestindo azul-grená, Messi arrancou da ponta direita, chutou, pegou o próprio rebote, limpou a jogada e marcou um golaço. Fez isso tudo com uma velocidade impressionante, sendo marcado por diversos oponentes e parecia fazer a coisa mais simples do mundo. Se alguém possui um projeto para montar um dicionário visual de termos futebolísticos, este gol do Messi é o exemplo perfeito para “chamar a responsabilidade quando o jogo aperta”.
O mais incrível é que era apenas o começo. Parecia haver três “Messis” em campo, um na direita, um na esquerda e um no meio. Em qualquer jogada de ataque arquitetada pelo Barça, lá estava ele. E mais! As vezes ele mesmo iniciava a trama ofensiva, como quando encontrou Abidal na esquerda com um passe milimétrico e adentrou a área para finalizar a jogada e virar o placar. O Arsenal via escorrer pelas mãos o sonho da classificação e não tinha nem idéia do que fazer para impedir isto. Fechando com chave-de-ouro sua atuação na 1ª etapa, Messi recebeu grande passe de Keita e com um categórico toque de cobertura deixou Almúnia perdido e a bola no fundo da rede. Deixando um pouquinho o Messi de lado, se é que isso é possível após um 1º tempo destes, precisamos ressaltar a força do elenco do Barcelona. Sem contar com Piqué, Puyol, Iniesta (que entrou no fim) e Ibrahimovic, o Barça não perdeu em nenhum momento as rédeas da partida e em nada alterou seu estilo de jogar.
Depois do intervalo, o Arsenal não mostrou nenhuma força para assustar o Barcelona, não conseguiu controlar a posse de bola e ainda viu Messi marcar mais uma vez. Após receber passe de Xavi e fazer um carnaval na área londrina, Messi chutou a pelota entre as pernas de Almúnia e empatou com Rivaldo como maior artilheiro do Barcelona na história da Champions League, com 25 gols. E lembremos, o Messi só tem 22 anos...
Se após a vitória do Barça sobre o Stuttgart por 4 x 0, escrevi que o Messi estava crescendo de produção e começando a me preocupar, como torcedor brasileiro, para a Copa do Mundo, agora já posso dizer que estou perdendo o sono.
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