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Universidad de Chile 1 x 2 Flamengo – Santa Laura, Santiago (CHI)
Após perder por 3 x 2 no Maracanã, o Flamengo precisaria, para alcançar a fase semi-final da Copa Libertadores, jogar sua melhor partida na competição. Jogou. E não se classificou.
Diante de um acanhado e lotado estádio, com uma torcida que estava absurdamente empolgada, o Flamengo, assim como no duelo do Maracanã, quase colocou tudo a perder no início da partida. Aos 3 minutinhos, em uma bola alçada na área, o terror do Flamengo em 2010, a Universidad quase abriu o placar com uma cabeçada de Fernández que o Bruno defendeu. A partir daí, o 1º tempo transcorreu bastante equilibrado e, até os últimos 10 minutos, sem o aparecimento de claras oportunidades de gols. O motivo? Enquanto pelo lado chileno o meia Montillo, líder técnico da equipe, não se mostrava muito presente, pelo Fla ficava difícil saber quem entre Kléberson e Michael estava pior em campo. O Rubronegro apresentava tanta, mas tanta falta de criatividade, que a cena mais comum de se ver era o Adriano recuando para buscar o jogo. Aos 35, Montillo deu as caras e mostrou toda sua qualidade ao acertar um balaço no travessão. Impressionante o fato de o Flamengo enfrentar a “La U” pela quarta vez e, mesmo assim, dar liberdade para o craque Montillo jogar. Qualquer um que tenha assistido aos duelos entre as equipes sabe que é o meia camisa 10 a principal arma chilena.
Se o Fla não mostrava um pingo de criatividade, falhava defensivamente e ainda dava espaços para o principal jogador adversário, você deve estar pensando por qual motivo eu disse, algumas linhas atrás, que a equipe fez sua melhor partida na competição. Bom, tenho duas explicações para o fato. A primeira é que, excetuando alguns momentos dos confrontos contra o Corinthians, o Flamengo não teve uma grande atuação no torneio. Segundo, a partir dos 40 minutos da 1ª etapa o futebol do Hexacampeão Brasileiro apareceu. Em 5 minutos Adriano deu lindo passe para Michael arrematar com perigo, Léo Moura acertou um dinamite no travessão do goleiro Pinto e Adriano, de bicicleta, assistiu Vagner Love que cabeceou para o fundo das redes. Ir para o intervalo vencendo era tudo que o Flamengo precisava.
Na volta do intervalo Rogério decidiu sacar o inoperante Michael e colocar Petkovic. E aos 6 minutos o gringo quase escreveu mais uma página na sua gloriosa história pelo Flamengo quando tocou a pelota por baixo das pernas do seu marcador, entrou na área e chutou cruzado para fora. Apesar de levar um susto em um chute do uruguaio Oliveira, aos 10 minutos, o Flamengo voltou muito bem do intervalo. Atacando principalmente pela esquerda e levando perigo também nas bolas paradas, o Fla conseguia se manter bem postado ofensivamente e não sofria um único contra-golpe. Na melhor das oportunidades criadas durante a primeira metade da 2ª etapa, Adriano quase encobriu Pinto com uma cabeçada, obrigando o goleiro chileno a realizar linda defesa. A superioridade rubronegra podia ser percebida pelo silêncio presente no estádio. Porém, aos 20 minutos, a incopetência flamenguista na marcação ao Montillo foi castigada. O camisa 10 da “La U” pegou a bola à quilômetros da meta defendida por Bruno e, sem ser incomodado, foi caminhando, caminhando, caminhando... até dar um magnífico toque para encobrir o goleiro do Fla. Golaço de craque. Craque que devia ser vigiado de perto, muito perto.
O gol sofrido até abalou um pouco as estruturas rubronegra e, para piorar, trouxe o torcedor chileno de volta para o jogo. Somente um gol marcado rapidamente manteria o sonho do Flamengo de se classificar. E ele veio após plástica jogada entre Léo Moura e Adriano pela meiúca da defesa chilena. Um passe de calcanhar do Adriano, uma saída completamente equivocada do goleiro Pinto, um toque de letra do Léo Moura e a finalização precisa do “Imperador” colocaram o Fla de volta na partida. A entrada de Viníciusa Pacheco no lugar de Toró e a saída de Montillo mostrava como seria o final da partida, ou seja, pressão total rubronegra. E assim foi. Com uma chuva de bolas alçadas na área chilena, o Flamengo teve sua melhor chance em uma cabeçada do Adriano após bola cruzada pelo Petkovic. A Universidad tentava segurar a pelota e gastar o tempo. Aos 44, depois de, sem nenhuma intenção, acertar o rosto do adversário, Willians foi expulso. Nos últimos segundos da partida, a chance de ouro do Flamengo apareceu. Vinícius Pacheco entrou na área pela esquerda, tinha a possibilidade de chutar para gol ou de cruzar para o meio da área, onde a melhor dupla de ataque do Brasil se encontrava. O que ele fez? Tentou cavar um pênalti. Do jeito que as coisas andam, não está longe de chegar o tempo onde os garotos deixarão de sonhar em marcar o gol ou dar uma passe para o gol do título... O sonho será cavar o pênalti do gol do título.
Após o apito final, logo apareceu uma questão em minha cabeça: Por que o Flamengo não joga sempre assim? Será que precisa estar em situação difícil ou o treinador adversário chamar alguém de gordo para a equipe se entregar em campo? O fato de jogar por um clube Hexacampeão Nacional e de maior torcida do país não é o suficiente para que os jogadores atuem sempre desta maneira?
TRÊS TOQUES
- Contando novamente com o espetacular trio Hernanes/Dagoberto/Fernandão para decidir o jogo, o São Paulo bateu o Cruzeiro por 2 x 0 e se classificou para a fase semi-final da Libertadores. Em minha opinião, com mais de um mês para entrosar Fernandão e ajustar a equipe, o Sampa é o favorito ao caneco.
- O Vitória atropelou o Atlético Goianiense com uma goleada por 4 x 0 e chegou a final da Copa do Brasil. A equipe baiana terá agora um bom tempo para treinar e tentar realizar uma missão das mais difíceis: bater o Santos. Chegou ao ponto de termos que andar de dicionário perto para encontrar elogios para a equipe santista. Maravilhoso, espetacular, magnífico... esses já não servem mais. A cada partida que passa os “Meninos da Vila” conseguem jogar um futebol mais bonito e competitivo. A vitória por 3 x 1 sobre o forte Grêmio foi a maior demonstração de poder que o Santos deu no ano. O detalhe: foram três golaços!
- Já faz algum tempo que eu tenho gostado muito do futebol mostrado pelo meia do Internacional Andrezinho, colocando-o entre os meus jogadores brasileiros preferidos. Numa partida duríssima na Argentina, o Estudiantes vencia por 2 x 0, resultado que o classificava, e se defendia com qualidade. Além de uma belíssima cobrança de falta, Andrezinho deixou em boas condições de sacudir o filó o Alecsandro, o Walter e o Giuliano. Para felicidade do torcedor vermelho, Giuliano acertou um arremate perfeito e o Internacional se classificou. Amigos, não é para qualquer um eliminar o Estudiantes na Argentina. O Inter vem forte.
eu sou atleticano mg e como eu time ta indo na libertadores da america como meu time e muito bao para esta na libertadores ele tem que ta na copa do mundo
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