Olá amigos do FUTEBOLA!
Argentina 4 x 1 Coréia do Sul – Grupo B
Grécia 2 x 1 Nigéria – Grupo B
França 0 x 2 México – Grupo A
Alemanha 0 x 1 Sérvia – Grupo D
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MANDOU BEM!
- Não sou um grade fã do atacante argentino Higuaín. Nos comentários sobre a vitória dos “hermanos” contra a Nigéria, critiquei-o e disse que preferia o Diego Milito como titular. Bem, não mudei de opinião, mas é impossível não aplaudir a gigante atuação de Higuaín contra a Coréia do Sul. O Messi novamente jogou um bolão e Aguero entrou voando e provou que é ótima opção para por fogo no jogo, porém os três gols marcados pelo Higuaín fazem com que ele receba os holofotes desta vitória. Vale ressaltar que, apesar do placar elástico, o jogo não foi fácil para a Argentina. O gol marcado pelo Lee Chung-Young, aos 45 minutos da 1ª etapa, que diminuiu a vantagem da Argentina (Park Chu-Young, contra, e Higuaín havia colocado 2 x 0 no placar), complicou bastante a vida dos comandados de Maradona. Entre os 10 e 30 minutos do 2º tempo, a Coréia do Sul controlou a posse de bola e, se não criava muitas chances de gols, mostrava que poderia sim empatar. Foi aí que o trio Messi/Aguero/Higuaín entrou em ação. Em duas jogadas realizadas por Messi e Aguero, Higuaín realizou seu papel de centroavante com perfeição e colocou 4 x 1 no placar, decretando a vitória argentina.
- Na vitória sobre a Nigéria, merece destaque o ímpeto e a produtividade ofensiva dos gregos. Um amigo meu não se cansa de repetir diante de uma expulsão que “são poucos times os que sabem jogar com um homem a mais”. Pois bem, a Grécia soube. A Nigéria havia inaugurado o placar em uma cobrança de falta do Uche, aos 15 minutos de jogo e parecia que a Grécia iria ter mais uma péssima atuação na Copa. Porém, aos 33 minutos da 1ª etapa, o meia nigeriano Kaita perdeu a cabeça e foi expulso com o jogo parado, após “agredir” – as aspas são pois não considerei uma agressão – um adversário. Rapidamente a Grécia se postou toda no campo de ataque, substituiu um defensor por um atacante (Sókratis por Samaras) e não tardou a empatar o duelo. Comandado pelo bom meia Karagounis, que inciou duas jogadas que quase resultaram em gols, aos 39 e 40 minutos, a Grécia foi conseguir o empate ainda na 1ª etapa, aos 44, com o ponta-direita Salpingidis, depois de bela troca de passes. Ou seja, a Grécia jogou em um intervalo de 5 minutos, mais do que já havia jogado em toda a Copa. E após o intervalo a produção ofensiva seria ainda maior. Diante de uma encolhida Nigéria, que até poderia ter chegado ao segundo gol em contra-golpes – Obasi e Yakubu perderam gols incríveis em um mesmo lance – a Grécia criou nada menos do que 8 boas oportunidades de balançar as redes, um número bastante considerável. Os ataques pela direita e os chutes de longa distãncia foram as principais armas do repertório greco. O principal obstáculo à virada era o goleiro nigeriano Enyeama, que começava a mostrar, outra vez, as defesas impressionantes que havia realizado no primeiro jogo contra a Argentina, quando conseguiu parar Lionel Messi. Porém, após um chute longo do volante Tziolis, Enyeama soltou a redonda nos pés de Torosidis que colocou a Grécia na frente. Depois de realizar inúmeras defesas dificílimas, e passar mais de 150 minutos, contando também o duelo contra a Argentina, sem falhar uma única vez, Enyama papou mosca e provou como a vida de goleiro é dura. Após a virada, a Grécia ainda poderia ter ampliado a vantagem, tendo pressionado até o apito final, mas não coseguiu. O sonho da classificação está vivo para os grecos, basta eles realizarem o melhor jogo de suas vidas diante da Argentina, na última rodada.
- Excelente e de altíssimo nível a atuação do México na vitória sobre a patética Seleção Francesa. Todos, repito, todos, os setores da equipe mexicana estiveram em um grande dia e foram igualmente importantes. Diferente da partida de estréia, contra a África do Sul, quando atuou com três zagueiros, o México veio ao campo com um clássico 4-3-3. A linha de quatro de defensores esteve muito segura, com destaque para o lateral-esquerdo Salcido, que além de cumprir seu papel defensivo participou de nada menos do que 4 das 5 oportunidades de gols criadas pela sua equipe na 1ª etapa. Já o trio ofensivo, formado por Giovani, Franco e Vela, este último dando lugar ao Barrera ainda no 1º tempo, dava opção de jogo e fazia com que o México não se postasse apenas defensivamente, mas mostrasse para o rival que também queria atacar. Após o intervalo, com a entrada do ofensivo e bom jogador Javier Hernández no lugar do Juárez, de características mais defensivas, o setor de ataque mexicano se comportou ainda melhor. Entretanto, apesar de boas apresentações da defesa e do ataque, foi o setor de meio-campo o principal responsável pela grande atuação mexicana. Inicialmente formado por Torrado, Rafael Márquez e Juárez (da esquerda para a direita), o tripé de meio-campo do México anulou a França e ainda participou de ações ofensivas, ou seja, protegeu e produziu. Em minha opinião, Rafael Márquez, que já havia marcado o importante gol de empate na estréia contra os donos da casa, foi o dono do jogo contra os franceses. Impecável como líder defensivo, ele ainda estava com o pé calibrado para os passes, como ocorreu na linda bola que ele deu para Hernández driblar o goleiro e abrir o placar, aos 18 minutos da 2ª etapa. E ainda teve mais um grande ponto positivo na bela apresentação mexicana. Após sacudir o filó, o México poderia ter adotado uma postura mais recuada, explorando apenas os contra-golpes. Porém, não foi isso que ocorreu. Jogando da mesma maneira, o México continuou melhor que a França e chegou ao segundo gol com Blanco cobrando pênalti sofrido pelo Barrera. Gostei muito da bola redondinha que o México jogou, assim como também me agradou demais a atuação do Uruguai na sapecada de 3 x 0 sobre a África do Sul, ontem. Só espero que estas duas equipes não sujem suas participações realizando um jogo de cumpadres na última rodada, já que o empate classifica ambos.
- Depois de uma estréia muito ruim diante de Gana, a Sérvia surpreendeu, jogou muito e bateu a favoritíssima Alemanha por 1 x 0. Se antes de começar o Mundial este era um resultado normal, após as respectivas estréias, com a Alemanha triturando a Austrália e a Sérvia perdendo pra Gana, ninguém esperava por este placar. Porém, o que mais me causou surpresa foi a boa atuação da Seleção Sérvia. Com um esquema diferente do primeiro jogo, trocou o 4-4-2 pelo tão badalado 4-5-1, a Sérvia ganhou muito em jogadas pelos lados do campo, principalmente pela direita onde o hábil e veloz Krasic que deixou o lateral-esquerdo Badstuber sem saber onde estava. Quem também ganhou com a mudança de esquema foi o gigante Zigic, centroavante de 2,02m que participou muito bem do jogo aéreo. Foi utilizando estas duas armas que os sérvios anotaram o gol da vitória. Após boa jogada de Krasic pela direita, Zigic escorou de cabeça a redonda e Jovanovic sacudiu o véu da noiva. Belíssima jogada que não ocorreu sequer uma vez no jogo diante de Gana. Defensivamente, a Sérvia conseguiu encaixotar a Alemanha, que só chegou perto do gol, de fato, aos 45 minutos da 1ª etapa com uma bomba do volante Khedira no travessão. O bom 1º tempo defensivo não se repetiu durante os primeiros 15 minutos da 2ª etapa, quando a Alemanha criou 4 oportunidades claras de empatar, inclusive com um pênalti perdido pelo Podolski após Vidic estupidamente colocar a mão na bola dentro da área. Vale lembrar que na derrota contra Gana, o gol surgiu após o Kuzmanovic também colocar a mão na redonda. Porém, com exceção destes bons 15 minutos alemães, a retaguarda sérvia conseguiu anular aquele que se mostrava como um dos maiores potenciais ofensivos do Mundial. E além de voltar a realizar uma boa marcação sobre o adversário, após Podolski ter desperdiçado o pênalti, a Sérvia ainda carimbou a trave em duas oportunidades, com Jovanovic e Zigic de cabeça. Vale dizer que em ambas as assistências foram dadas pelo infernal Krasic, o melhor homem em campo. Se repetir essa boa atuação diante da frágil Austrália, a Sérvia tem tudo para avançar de fase.
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MANDOU MAL!
- Diferente da belíssima apresentação que teve contra a Grécia, a Coréia do Sul não conseguiu mostrar nenhum ponto a ser destacado contra a Argentina. Quando se postou para defender, o fez pessimamente, cometeu diversas faltas e levou dois gols originados de bola parada. Conseguiu empatar no finzinho do 1º tempo após um paçocada do zagueiro Demichelis, em minha opinião um jogador muito fraco. Após o intervalo, diferentemente da 1ª etapa, a Coréia do Sul decidiu manter a posse da bola e não apenas se defender. Durante aproximadamente 30 minutos, se aproveitando da diminuição de ritmo da Argentina, poderia ter se postado bem ofensivamente e conseguido assustar o goleiro Romero, porém também falhou nesta missão. Resumo da ópera: quando quis se defender não conseguiu e quando precisou atacar também não. Resta agora aos sul-coreanos repetir a atuação contra os grecos e bater a Nigéria.
- A Nigéria tinha tudo para chegar na última rodada brigando em condições iguais com a Coréia do Sul pela classificação para a 2ª fase. Vencia a Grécia por 1 x 0 e não permitia que o oponente levasse nenhum perigo ao goleiro Enyeama. Com 30 minutos da 1ª etapa, o jogo parecia totalmente controlado pelos nigerianos, que se não faziam uma partida excelente, venciam e não levavam sustos. Porém, aos 33 minutos, o meia Kaita colocou tudo a perder, após uma expulsão infantil e tola. Com um homem a menos no gramado, a Nigéria virou presa fácil para os grecos que permaneceram no campo de ataque até o apito final. Com bons valores de ataque, como Obasi, Obafeme Martins, Odenwingie, Obinna e Yakubu, a Nigéria já havia dado algum trabalho para a Argentina e poderia sim realizar o sonho de passar de fase. Porém, uma expulsão estúpida colocou tudo a perder para as “Águias ”.
- A França conseguiu algo que parecia impossível: teve contra o México uma atuação ainda pior do que a da estréia, contra o Uruguai. Todos os setores da equipe francesa estiveram péssimos em campo, porém o ofensivo foi disparado o principal ponto negativo. Não consigo compreender como uma equipe que tem Evra como lateral-esquerdo, Malouda como meia aberto pela esquerda e Ribéry, muito acostumado a cair por este lado do campo, não consegue produzir sequer uma boa trama ofensiva por ali. Foram 90 minutos sem Evra, Malouda e Ribéry conversando entre si. Se pela esquerda nada surgiu, pela direita com Sagna e Govou, que diga-se de passagem não tem bola nem para estar entre os 23 franceses, a situação foi ainda pior. Em 2002, os “Le Bleus” foram eliminados da 1ª fase do Mundial sem anotarem sequer um golzinho. Algo me diz que esta história está para se repetir.
- Com exceção dos primeiros 15 minutos da 2ª etapa, a Alemanha não conseguiu produzir um bom futebol diante da Sérvia e decepcionou os que esperavam um novo show. Podolski esteve participativo, porém errou tudo que tentou, inclusive o pênalti que bateu pessimamente. Ozil não foi nem sombra do jogador que ditou o ritmo da equipe na estréia diante da Austrália. Klose foi diretamente responsável pela derrota ao receber dois justos cartões amarelos e ser expulso. Schweinsteiger só bateu e nada produziu ofensivamente. O lado esquerdo da defesa, com o fraco Badstuber, foi facilmente envolvido pelo sistema ofensivo sérvio. O miolo de zaga permitiu que o gigante Zigic conseguisse dar uma assistência e acertasse a trave, ambos os lances de cabeça, nas únicas bolas que recebeu bem pelo alto. O lateral-direito Lahm não mostrou o seu característico ímpeto ofensivo e não incomodou em nada a retaguarda sérvia. Resumindo: a Alemanha teve uma atuação muito abaixo do que podia e terá que suar muito para conseguir bater Gana, na próxima rodada, e se classificar.
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CONHECENDO MAIS DA COPA DO MUNDO...
- Em 1994, a Rússia chinelou 6 x 1 em Camarões, em um duelo onde foram estabelecidas duas importantes marcas. O russo Salenko, tendo balançado a rede em 5 oportunidades, se tornou o jogador com mais gols marcados em uma única partida. Pelo lado de Camarões, Roger Milla, ao marcar o gol de honra, se tornou o atleta mais velho a sacudir o filó em um Mundial, com 42 anos e 39 dias.
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