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Vitória 2 x 1 Santos – Barradão, Salvador (BA)
Mesmo longe de apresentar metade do seu futebol o Santos saiu do Barradão com o título da Copa do Brasil e conquistou seu segundo caneco em 2010, afinal já havia levantado o Paulistão.
Depois de vencer a partida de ida, na Vila Belmiro por 2 x 0, o Santos entrou em campo com o regulamento debaixo do braço. Melhor dizendo, o Santos entrou abraçado ao regulamento, tamanha a falta de ousadia mostrada pela equipe. Isso mesmo, parece mentira, mas o Santos não teve um pingo de ousadia durante os 90 minutos de jogo. O Vitória, por sua vez, mesmo sem ter saído para o jogo com muita convicção, fato exemplificado pela formação com um tripé de volantes (Bida, Neto Coruja e Elkson, da esquerda para a direita) durante quase toda a partida, foi muito mais incisivo ofensivamente do que o Santos. Você pode estar pensando: “claro que o Vitória saiu mais para o jogo, afinal precisava vencer”. É um pensamento totalmente coerente, porém ver o Santos recuado e atacando menos do que o rival foi algo raro esse ano.
Na 1ª etapa, o Vitória conseguiu levar perigo ao goleiro Rafael em quatro oportunidades, sendo o atacante Schwenk o jogador que mais incomodou o sistema defensivo santista. Na melhor das chances criadas Schwenk chegou a sacudir o filó, de cabeça, mas estava impedido. Já o Santos tinha atacado apenas duas vezes pela direita, uma com Robinho e outra com o Pará, quando, aos 44 minutos, com o intervalo batendo a porta, Neymar, que nada havia feito em todo o 1º tempo, colocou a redonda na cabeça de Edu Dracena que abriu o placar. A vantagem de 1 x 0 conseguida nos minutos finais da 1ª etapa foi um presentaço ao irreconhecível Santos, que agora poderia perder por até 2 gols de diferença.
O Vitória voltou do vestiário mais agressivo, apesar de com os mesmos jogadores, enquanto o Santos voltou com o mesmo futebol sem inspiração. Troca de passes comandada pelo Ganso, dribles do Robinho e do Neymar, jogadas com o André segurando a bola de costas para sofrer faltas... o que mais o Santos tinha eram armas para segurar o placar e garantir o título que estava quase garantido, porém os “Meninos da Vila” preferiram apenas se defender. Um dos jogadores que mais me encantam neste “Peixe-2010” é o volante Wesley, que ataca e defende com a mesma excelente qualidade e que trabalha durante os 90 minutos. Neste duelo, o fato de Wesley praticamente não ter passado do meio-campo espelha a fraca atuação ofensiva do Santos. Wesley passou todo o jogo no lado esquerdo do setor defensivo, auxiliando o jovem lateral-esquerdo Alex Sandro, que esteve muito bem defensivamente.
Como havia dito antes, o Vitória voltou mais forte para a 2ª etapa e em 20 minutos levou perigo com o atacante Júnior, o volante Bida, em linda jogada individual, e com o veterano Ramón, além de conseguir o empate com um gol do zagueiro Wallace. O treinador Dorival Junior desistiu do centroavante André, completamente sumido em campo, e colocou o meia Marquinhos, melhorando a troca de passes na meiúca santista. A entrada do Marquinhos deu a entender que o Santos conseguiria controlar o jogo, principalmente depois de ele ter deixado Ganso na cara do gol com um passe magistral e ter realizado boa jogada individual. Porém, pouco depois destes lances, que diga-se de passagem foi praticamente tudo que o Santos fez na 2ª etapa, o Vitória voltou a atacar. Aos 25 minutos o meia Renato, que havia entrado no lugar do Ramón, mandou uma cabeçada na trave e, aos 32, após sensacional passe do Elkson o atacante Júnior esbanjou categoria e colocou a pelota no fundo do gol.
Nos pouco mais de 15 minutos restantes, o Rubronegro Baiano se manteve postado no ataque mas não conseguiu ampliar o marcador, apesar de todo o esforço. Com o final do jogo, o Santos levantou pela primeira vez o caneco da Copa do Brasil. E se não mostrou um bom futebol nesta partida, isso não apaga nem um pouco da histórica campanha santista, que venceu jogos por 10 x 0 e 8 x 1, que eliminou os na época badalados Atlético Mineiro e Grêmio, que marcou 38 gols na competição e bateu o recorde de gols marcados em uma só edição do torneio. Sem dúvida alguma este Santos de Neymar, Robinho e Ganso entrou para a história do nosso futebol.
PARABÉNS, “MENINOS DA VILA”!!!
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