Fluminense 3 x 1 Ceará
Cruzeiro 1 x 0 Internacional
Grêmio 2 x 0 Atlético-GO
Goiás 3 x 1 Guarani
Vitória 1 x 1 Palmeiras
Atlético-PR 1 x 1 Corinthians
São Paulo 2 x 0 Flamengo
Santos 0 x 1 Botafogo
Vasco 1 x 1 Atlético-MG
Grêmio Prudente 1 x 1 Avaí
Santos 0 x 1 Botafogo – Pacaembu, São Paulo (SP)
Os bons fluidos de enfrentar o Santos no Pacaembu, repetindo o duelo que deu ao Botafogo o caneco do Brasileirão de 1995, trouxeram mais um excelente resultado ao Fogão em sua briga na parte de cima da tabela.
Nos primeiros 15 minutos do jogo, o Santos imprimiu um ritmo muito forte e encurralou o Botafogo em seu próprio campo. Enquanto o Fogão não conseguia organizar um único ataque, o Santos obrigou, neste intervalo de tempo, o goleiro Jefferson a realizar três boas defesas, em finalizações de Neymar, Durval e Keirrison. O gol do Peixe estava maduro e a impressão era a de que o Botafogo não iria conseguir escapar de levar um gol na 1ª etapa, até também pelo ruim desempenho que seu sistema defensivo vinha tendo neste pouco tempo de partida. Entretanto, não foi o que ocorreu. Aos poucos, a marcação botafoguense foi se encaixando e, após os 15 minutos iniciais, a equipe se fez mais presente no campo de ataque e assustou o goleiro santista Rafael em duas oportunidades, uma com o Alessandro e outra com o Marcelo Cordeiro. Neste mesmo período, pelo lado do Santos, apenas um contra-ataque organizado pelo ótimo lateral-esquerdo Alex Sandro, sempre participativo ofensivamente e defensivamente, e um chute longo do Neymar. O fato de o Santos ter conseguido, nos últimos 30 minutos da 1ª etapa, apenas dois ataques esporádicos, é a prova de que o sistema defensivo botafoguense conseguiu se ajustar e anular o poder ofensivo do adversário.
Na volta do intervalo, com menos de 1 minutinho de jogo, uma bela jogada do Mádson e finalizada pelo Zé Eduardo, que haviam acabado de entrar em campo, e que contou com a participação do Zezinho, completamente sumido na 1ª etapa, quase abriu o placar pro Santos, não fosse mais uma defesaça do Jefferson. Porém, se na 1ª etapa o Santos apresentaria 15 minutos de bom futebol até diminuir sua produção, no 2º tempo só conseguiu realizar esta trama bem trabalhada durante os primeiros 30 minutos da etapa. E o Botafogo nem isso, já que passou este mesmo período sem produzir nenhuma chance de gol digna de nota. Sem dúvida alguma o excessivo número de passes errados e as péssimas atuações de Neymar e Maicosuel foram essenciais para tanto Botafogo quanto para o Santos passarem a maior parte dos 90 minutos em jogadas inférteis. E Joel Santana enxergou esta falta de poder de sua equipe e modificou todo seu sistema ofensivo, sacando Fahel, Herrera e Maicosuel para as respectivas entradas de Caio, Edno e Loco Abreu, que entrou em campo aos 26 minutos e menos de cinco minutinhos depois já havia mostrado seu cartão de visitas, com uma perigosa cabeçada.
Os erros eram numeros, porém o jogo estava emocionante, com qualquer um podendo sair vencedor. O Santos, primeiro com Zé Eduardo e depois com Neymar, fez Jefferson se tornar o melhor homem em campo ao lado de Loco Abreu. “De Loco Abreu?” - você deve estar se perguntando. Sim. E lhes conto o motivo. Aos 44 minutos, Caio alçou a pelota na área, Edno tocou de cabeça para Loco Abreu que, com toda a categoria do mundo, chapelou o goleiro Rafael e sacudiu o barbante. Golaçoaçoaço! Vale ressaltar também a estrela do Joel Santana, já que os três jogadores que participaram da decisiva jogada vieram do banco de reservas.
Alguns vão dizer que o placar não foi justo, que o Santos criou mais oportunidades de gols e merecia a vitória. Sobre isso, digo o de sempre: “A justiça no futebol é a justiça dos gols”. O Santos, esbarrou em Jefferson, um dos melhores goleiros do Brasil, e não conseguiu balançar as redes, enquanto o Botafogo pôde contar com um jogador com gigantescos conhecimento da grande área e poder de decisão. Logo, em minha opinião, o resultado mais justo deveria ser Botafogo 1 x 0 Santos.
TRÊS TOQUES!
- “Eu não voltei ao Brasil para passar vergonha.” e “Precisamos ter mais vergonha na cara.”, são declarações recentes ditas pelos palmeirenses Felipão e Kléber, respectivamente. Que Flamengo e Atlético Mineiro estão vivendo uma situação péssima, não sou louco de discordar, porém o Palmeiras não está em outro barco. Apesar de ligeiramente melhor colocado, o Verdão se encontra na 12ª colocação e seus resultados são horrorosos para uma equipe que, além dos citados técnico Felipão e atacante Kléber, possui Marcos, Valdívia e Pierre. Está na hora do Palmeiras parar de falar e começar a jogar o futebol que seu torcedor espera.
- Da mesma maneira que é impossível não elogiar a campanha do Corinthians atuando em seus domínios, onde possui 100% de aproveitamento, não tem como não alertar o Timão pela falta de triunfos fora de casa. Em sua nona partida como visitante, diante do Atlético Paranaense, mais uma vez o Corinthians saiu de campo sem os três pontos. Ano passado, o Flamengo só conseguiu conquistar o caneco devido às vitórias sobre os concorrentes diretos Palmeiras e Atlético Mineiro, atuando fora de casa. Este ano, o Fluminense só se mantém na ponta da tabela pelas, até o momento, cinco vitórias como visitante. Um conselho para o Timão: Campeonato por pontos corridos se conquista fora de casa.
- Aproveitando a onda de conselheiro, aqui vai um para o Vasco: De um em um, não se vai a lugar algum. Explico o conselho. Depois de bobear contra o Atlético Mineiro e empatar em 1 x 1 jogando em São Januário, o Vasco alcançou seu nono empate no Brasileirão, ou seja, em 27 pontos disputados, conquistou apenas 9. Para uma equipe que pretende brigar na parte de cima da tabela, empatar nunca é um bom resultado. Ainda mais em casa.
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