Flamengo 3 x 0 Internacional
Atlético-PR 2 x 1 Goiás
Guarani 0 x 0 Corinthians
Atlético-MG 2 x 0 Avaí
Grêmio 2 x 1 Cruzeiro
Atlético-GO 2 x 0 Vasco
Vitória 2 x 0 G. Prudente
Fluminense 0 x 0 Botafogo
São Paulo 4 x 3 Santos
Palmeiras 1 x 1 Ceará
Fluminense 0 x 0 Botafogo – Engenhão, Rio de Janeiro (RJ)
O “Clássico Vovô” que poderia ter recolocado o Fluminense na liderança do Brasileirão foi duro, pegado, tenso e terminou com o placar mudo, resultado péssimo para ambas as equipes. Com o 0 x 0, o Botafogo alcançou a incrível e negativa marca de oito empates seguidos.
Os primeiros minutos após o apito inicial foram bastante agitados devido à postura agressiva adotada pelo Fluminense, que em apenas 10 minutos esteve duas vezes perto de abrir o placar. A primeira oportunidade foi finalizada por Washington após assistência do Emerson e a segunda, essa sim a mais perigosa, surgiu de um excelente arremate longo do volante Diogo que explodiu na trave após bela defesa do goleirão Jefferson, que voltou a trabalhar no rebote finalizado pelo Washington à queima roupa. No entanto, com o andar do relógio, o Botafogo começou a encaixar sua marcação e conseguiu diminuir o poder ofensivo do Flu, que teria apenas mais um chute longo do Conca, aos 22 minutos, como chance de sacudir o barbante na etapa inicial. A melhor alternativa para o Tricolor furar o sistema defensivo alvinegro, que contava com três zagueiros (Antônio Carlos, Leandro Guerreiro e Márcio Rosário, da direita para a esquerda) e dois volantes (Somália e Marcelo Mattos) seria forçar o jogo pelos lados do campo. Porém, como Carlinhos e Mariano não contaram com a liberdade de partidas anteriores, até pela opção do Muricy Ramalho por dois e não três defensores, o Fluminense, depois de um bom início, sucumbiu à marcação alvinegra.
Nos minutos finais da 1ª etapa, para ser mais exato a partir dos 37 minutos, Lúcio Flávio, Loco Abreu e, principalmente, Jóbson resolveram entrar no jogo e enfim o Botafogo apresentou algum poder ofensivo. Dois arremates do Loco Abreu, sendo o segundo deles um chute na lua após boa assistência de Lúcio Flávio, e duas ótimas jogadas individuais do Jóbson pela esquerda mostraram que o Botafogo tem sim qualidade ofensiva e não precisava ter passado tanto tempo sem atacar o Fluminense. O jogo voltou do intervalo com a mesma pegada e mais amarrado do que o 1º tempo. Até os 20 minutos da etapa, quando Jóbson arrematou pela canhota, nenhum dos dois ataques havia conseguido superar as defesas. O Fogo voltaria a marcar presença no ataque com Loco Abreu aos 27, em lance que o goleiro Ricardo Berna defendeu com segurança. Segundos após a finalização do Abreu, Muricy Ramalho realizaria sua primeira alteração na equipe, trocando o esgotado e contundido Emerson pelo Rodriguinho. A meu ver, o treinador tricolor demorou demais para buscar alternativas para superar o sistema defensivo rival. Entre o já citado chute longo do Conca, aos 22 minutos da 1ª etapa, e um perigoso toquinho de cobertura tentado pelo Washington aos 35 minutos do 2º tempo, ou seja, durante um período de aproximadamente uma hora, o Fluminense esteve completamente anulado pelo Botafogo e a única alteração realizada pelo Muricy foi por motivo de contusão. E aos 38 e 41 minutos Muricy mostraria ainda mais conservadorismo ao trocar Marquinho e Diguinho por, respectivamente, Júlio César e Valencia. Nem de longe estas foram atitudes de quem que buscar uma vitória. Já pelo lado do Botafogo, as entradas de Edno no lugar de Lúcio Flávio e Caio no de Alessandro tornaram a equipe mais veloz, porém não mais eficiente.
Apesar da baixa qualidade ofensiva apresentada por ambos os quadros, a tensão durou até os minutos finais. Jóbson em jogada individual levou perigo por parte do Bota, enquanto Conca encontrou Júlio César na esquerda e o Flu poderia ter conseguido a vitória não fosse a ótima intervenção do zagueiro Antônio Carlos. Se dizem que em torneio por pontos corridos cada jogo é uma decisão, este “Clássico Vovô” não espelhou nem de longe esta máxima, pois ambas as equipes poderiam ter se doado muito mais pela vitória. Principalmente o Flu, que tinha a chance de passar toda a semana no topo da tabela.
TRÊS TOQUES!
- Dando um baita exemplo para sustentar a opinião dos que acreditam que técnico ganhar jogo, o Flamengo de Luxemburgo bateu o Internacional por 3 x 0 apresentando um futebol muito, mas muito mais consistente do que quando era treinado pelo Silas. Desta vez tanto o ataque quanto a defesa estiveram em bela jornada, fato que não vinha ocorrendo, já que quando o ataque balançava as redes a defesa falhava pouco tempo depois, vide o confronto contra o Avaí. Os dois tentos do centroavante Deivid e o golaçoaçoaço do Renato Abreu parece que encerraram de vez a péssima fase pela qual o Rubronegro passou.
- Os equívocos nas anulações dos gols LEGAIS de Wellington Paulista do Cruzeiro e do corintiano Ronaldo não ocorreriam se o bom senso permitisse a utilização do replay no futebol. Nem que fosse usado somente nos lances em que a rede fosse balançada, excluindo a esfarrapada desculpa de que o replay faria o futebol perder a dinâmica pois o jogo teria de ser interrompido diversas vezes para as análises. É muita covardia criticar um bandeirinha por marcar impedimento erradamente em lance de mesma linha que até pela televisão fica difícil de verificar.
- Dos seis primeiros colocados na tabela antes do início da rodada, nenhum conseguiu sair de campo com a vitória. Cruzeiro, Santos e Internacional foram derrotados, enquanto que Fluminense, Corinthians e Botafogo apenas empataram. Assim como em 2009, o Brasileirão-2010 só vai terminar de verdade quando todos os jogos da última rodada se encerrarem.
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