Corinthians 1 x 0 Cruzeiro – Pacaembu, São Paulo (SP)
Uma verdadeira batalha de xadrex. Assim pode ser definido o duelo entre Corinthians e Cruzeiro que terminou com a vitória do Timão por 1 x 0, gol de pênalti do “Rei” Ronaldo.
Antes mesmo do apito inicial já era possível saber a formação tática com a qual o Corinthians iria atuar, afinal o torcedor corintiano é um dos poucos no Brasil que sabe a escalação de seu time de cor. Novamente o Alvinegro Paulista foi à campo com uma linha de quatro zagueiros (Alessandro, Chicão, William e Roberto Carlos), o mais do que sólido tripé de meio-campo formado por Ralf, Jucilei e Elias, Bruno César e Dentinho abertos pelos flancos e Ronaldo como homem de referência. Por outro lado, o Cruzeiro do Cuca atuou em um 4-5-1, com Jonathan, Gil, Léo e Marquinhos Paraná formando o quarteto defensivo, Fabrício e Henrique como dupla de volantes e Gilberto, Montillo e Thiago Ribeiro, da esquerda para a direita, formando um tripé de meias atrás do único atacante Wellington Paulista. Toda a importância e caráter decisivo da partida resultou em um 1º tempo muito fechado, com as equipes mais preocupadas com a marcação do que com a criação. Enquanto os paulistas tentavam alternar jogadas pelos dois lados e pela meiúca da defesa azul, porém sem apresentar poder de pentração, o Cruzeiro concentrava seus ataques pela direita explorando a dupla Jonathan e Thiago Ribeiro, também sem conseguir bons resultados. Vale ressaltar a grande atuação do volante corintiano Ralf, que cumpriu com excelência a tarefa de marcar o meia argentino Montillo, dificultando muito as tramas ofensivas azuis.
Veio a 2ª etapa e o panorama se manteve. Volantes de ambas as equipes e que possuem boas qualidades ofensivas, como o Jucilei, Elias, Fabrício e Henrique, apresentavam apenas seus dotes defensivos. Bruno César e Dentinho permaneceram participando muito pouco do jogo e não cumpriram a tarefa de abastecer o Ronaldo. Pelo lado azul Montillo permanecia anulado pelo Ralf, um leão em campo. O jogo era muito tático, muito apertado, e em duelos assim, onde qualquer bobeira deve ser aproveitada, o Wellington Paulista não poderia ter desperdiçado a chance que teve, cara a cara com o excelente Júlio César, aos 32 minutos. O castigo não tardaria. O relógio marcava 41 minutos quando Jorge Henrique alçou a redonda na área e o zagueiro Gil – talvez desesperado com a possibilidade de Ronaldo dominar a pelota – derrubou o “Fenômeno” em falta mais do que infantil. Segundos depois da infração os cruzeirenses estavam irados com o árbitro, principalmente pelo fato deste não ter marcado duas supostas penalidades sobre o Thiago Ribeiro. Sendo simples, rápido e prático: o juiz acertou em todos os lances capitais da partida e sua atuação só não foi nota 10 pois deveria ter expulsado o volante cruzeirense Henrique por reclamação acentuada.
Após o circo armado pelo Cruzeiro, Ronaldo bateu a penalidade, sacudiu o filó e colocou o Timão na ponta da tabela. Pelo menos até amanhã, quando o Fluminense entra em campo com a obrigação de vencer o Goiás.
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