Grêmio 3 X 1 Atlético-PR
Prudente 1 X 1 Ceará
Flamengo 2 X 1 Guarani
Domingo, 21 de novembro
São Paulo X Fluminense
Botafogo X Internacional
Palmeiras X Atlético-MG
Vitória X Corinthians
Avaí X Atlético-GO
Goiás X Santos
Cruzeiro X Vasco
Flamengo 2 x 1 Guarani – Engenhão, Rio de Janeiro (RJ)
Para alívio de sua apaixonada torcida, que lotou o Engenhão para ajudar a equipe a superar a delicada situação, o Flamengo conseguiu bater o Guarani por 2 x 1 e deu um grande passo para escapar da Segundona.
Sem muitas invenções e adotando uma postura conservadora, até porque é o que pede o momento do Rubronegro, Luxemburgo escalou a equipe em um tradicional 4-4-2 com Marcelo Lomba; Léo Moura, Welinton, Ronaldo Angelim e Juan; Willians, Maldonado, Kléberson e Renato Abreu; Deivid e Diogo. Enquanto Maldonado e Willians eram os encarregados de proteger a dupla de zaga e cobrir os avanços de Léo Moura e Juan, Renato e Kléberson tinham a missão de abastecer a dupla de ataque. Pelo lado do Guarani a aposta era toda na velocidade da dupla de ataque formada por Mazola e Geovane e nas bolas paradas cobradas pelo Baiano. A equipe de Campinas veio à campo em um 4-3-2-1 com Emerson no gol, Apodi, Aislan, Ailson e Márcio Careca formando a linha de quatro defensores, Baiano, Maycon e Preto (da direita para a esquerda) compondo o tripé de volantes, Barboza como meia de ligação e a já citada dupla de ataque Mazola/Geovane.
Antes mesmo de as equipes se ajustarem taticamente no gramado o Flamengo já vencia por 1 x 0 com um golaço de falta marcado pelo Renato Abreu. A vantagem obtida no início da partida poderia ser muito bem utilizada pelo Fla, que tinha tudo para trocar passes com qualidade e se aproveitar do desespero que iria assolar o Bugre. No entanto, de maneira completamente equivocada, o Flamengo decidiu se acomodar com a vantagem e, mesmo ainda estando nos primeiros minutos do duelo, abdicou de atacar. Resultado: O Guarani ganhou o domínio das ações ofensivas, assustou com o meia Barboza aos 5 minutos e chegou ao empate aos 12 em cobrança de falta do Baiano que contou com uma grande ajuda do Marcelo Lomba. Impressionante o quanto o Marcelo Lomba está sentindo a difícil situação do Flamengo e se mostrando cada dia mais inseguro. O prata da casa rubronegro tem mais qualidade do que vem apresentando. Se o Flamengo bobeou ao recuar após adquirir a vantagem, acertou em cheio ao se recuperar rapidamente do empate, pois mal o Guarani igualou o escore e o Rubronegro já partiu com tudo em busca da vitória. Comandado, como sempre, pelo Léo Moura, o Flamengo criou duas boas oportunidades de sacudir o filó, uma finalizada pelo Diogo e outra pelo próprio Léo. Vale ressaltar que, apesar da boa participação do lateral flamenguista nestes dois lances, a equipe não explorou os ataques pela direita como de costume. E foi nesse ritmo de maior posse de bola, controle das ações ofensivas e sem sofrer sustos defensivos que o Flamengo conseguiu voltar a liderança no marcador aos 34 minutos em forte arremate do atacante Diego Maurício, que entrara em campo aos 21 minutos no lugar do contundido Deivid. Dentre Deivid, Diogo, Val Baiano, Leandro Amaral, Cristian Borja e outros atacantes que passaram pelo clube da Gávea nesse 2010, Diego Maurício se mostrou o mais útil e eficiente de todos, o que, diga-se de passagem, não é nada sensacional. O Fla ainda assustaria mais uma vez o goleiro Emerson em jogada individual do Renato Abreu, mas o jogo foi mesmo para o intervalo com o placar de 2 x 1.
A 2ª etapa do duelo explica perfeitamente as situações complicadas vividas por Flamengo e Guarani. Durante mais de 30 minutos, nenhuma, repito, nenhuma boa trama ofensiva foi organizada. Jogadas de ultrapassagem dos laterais pelas pontas? Tabelinhas entre os atacantes? Bons passes verticais dos meias? Chutes razoáveis de fora da área? Não, amigos, nada disto esteve presente nos primeiros 30 minutos do 2º tempo no Engenhão. Na realidade este péssimo futebol esteve presente durante toda a etapa final, porém uma cabeçada do zagueiro bugrino Ailson após bola alçada pelo Baiano e um arremate do Juan depois de bom passe do Renato tornaram os minutos finais mais interessantes. Nem mesmo as entradas de Marquinhos e Petkovic nos lugares do novamente apagadíssimo Kléberson e do apenas esforçado Diogo tornou o Flamengo mais organizado ofensivamente. No lado do Guarani a situação era ainda pior. Para se ter uma idéia o treinador Vagner Mancini sacou, aos 28 minutos, o mesmo meia Mário Lúcio que ele havia colocado no intervalo. E não foi por motivo de contusão, ein? Diante de tanta mediocridade ofensiva a 2ª etapa transcorreu sem a modificação do placar.
Ao final da partida a torcida do Flamengo realizou uma grande festa no Engenhão. No entanto foi uma festa onde todos estavam com um baita sorriso amarelo, afinal há um ano este mesmo torcedor comemorava nada menos do que o título nacional.
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