Vasco 2 x 0 Libertad (PAR) – São Januário, Rio de Janeiro (RJ)
Juninho Pernambucano e Allan entram no intervalo, jogam muito e Vasco consegue uma maiúscula vitória sobre o Libertad.
Para o último jogo do Vasco como anfitrião na fase de grupos da Libertadores, Cristóvão Borges decidiu começar com três atacantes e organizou a equipe no 4-3-3 com: Fernando Prass; Fagner, Dedé, Renato Silva e Thiago Feltri; Rômulo, Eduardo Costa e Felipe; Eder Luís, William Barbio e Alecsandro. Líder e invicto, o Libertad, time de coração do Presidente da Conmebol, Nicolás Leoz, foi esquematizado pelo Jorge Burruchaga no 4-4-2 com: Muñoz; Bonet, Bizerra, Benegas e Samudio; Cáceres, Aquino, Ayala e Civelli; Gamarra e Menéndez.
Não seria mentira dizer que faltou ao Vasco criatividade, poder de penetração, entrosamento para realizar tramas de qualidade e até saber o que fazer com a posse de bola de aproximadamente 70% na etapa inicial. Também não seria mentirosa a análise individual de que William Barbio e Felipe pouco produziram e, apesar de mais esforçado, Eder Luís também não esteveinspirado, o que deixou Alecsandro sem receber uma bola sequer em condições de finalizar. Porém, devemos lembrar que o Vasco não jogou contra onze cones. Pelo contrário, jogou contra um time que apresentou uma organização tática impecável, com todos os jogadores participando da marcação, e que até se aventurou no campo de ataque, principalmente com o meia Civelli. O único momento em que o Cruzmaltino levantou realmente a torcida foi perto dos 40 minutos, quando Thiago Feltri acertou umas jogadas seguidas pela esquerda que, no entanto, não foram suficientes para testar a aderência das luvas do goleiro Muñoz.
Mas viria o intervalo. O bendito intervalo para os vascaínos. Além das palavras de incentivo que, com certeza, estiveram presentes no vestiário, Cristóvão mandou Allan e Juninho para o jogo. O Vasco mudou por completo. Mudou tanto que parecia ter ocorrido não duas, mas onze substituições. O poder ofensivo cruzmaltino cresceu de tal maneira que, aos 6 minutos, três ótimas oportunidades de gols já haviam sido criadas, todas elas com participação do Alecsandro. Aos 7, Juninho acertou um daqueles chutes que poucos no Planeta Bola conseguem e estreou o novíssimo placar de São Januário. O um a zero virou dois pouco depois, aos 16, quando Allan fez linda jogada e Alecsandro, livre, leve e solto, só teve o trabalho de empurrar pro fundo do barbante. O passar dos minutos mostrou uma mudança de estratégia no Vasco e as jogadas de contra-ataque com o William Barbio para explorar os espaços que surgiam na retaguarda paraguaia começaram a aparecer.
Nos últimos e agitados 15 minutos, os contra-golpes vascaínos por pouco não renderam mais bolas na rede em arremates do Fellipe Bastos, Fagner e William Barbio, enquanto o Libertad, que melhorou com a entrada do Velázquez, só não diminuiu a desvantagem por méritos do goleiro Fernando Prass. Agora, o “Gigante da Colina” decidirá, em dois jogos como visitante, sua continuidade no torneio. Para quem tem o título da Libertadores como objetivo, e o Vasco tem, esta é apenas uma das dificuldades que deve ser superada.
JOGADA RÁPIDA!
- Com mais um bonito gol de cabeça e mais um pênalti perdido pelo Loco Abreu, o Botafogo só conseguiu passar do Treze-PB, na 1ª fase da Copa do Brasil, na disputa por penalidades. Confesso que esperava muito – mas muito! – mais do “Glorioso”.