sexta-feira, 16 de março de 2012

COPA LIBERTADORES 2012 - 1ª FASE - FLAMENGO X OLIMPIA


Flamengo 3 x 3 Olimpia (PAR) – Engenhão, Rio de Janeiro (RJ)


Flamengo abre sonoros três a zero, mas dá uma aula de como não se deve segurar uma vantagem e termina com a derrota – ops! – com o empate.

Repleto de jovens que até pouco tempo faziam parte dos times de base, o Flamengo foi para o importante jogo organizado pelo Joel Santana no 4-3-3 com: Paulo Victor; Galhardo, Gonzáles, David Braz e Junior Cesar; Luiz Antônio, Muralha e Bottinelli; Thomás, Ronaldinho e Vagner Love. Vice-Campeão do Apertura e Campeão do Clausura em 2011, o paraguaio Olimpia foi esquematizado pelo treinador Gerardo Pelusso no 4-4-2 com: Silva; Nájera, Romero, Meza e Ariosa; Orteman, Fabio Caballero, Aranda e Marin; Maxi Biancucchi e Luis Caballero.

Longe de ser uma “maria mole”, o Libertad, atual líder invicto do Apertura 2012 (4 vitórias e 2 empates), soube se aproveitar do total e completo desentrosamento do onze flamenguista e se sentiu a vontade nos minutos iniciais da 1ª etapa. Com uma marcação forte e muitas vezes desleal, os paraguaios impediram as ações ofensivas do Flamengo e deram um trabalhão para o goleiro Paulo Victor em uma perigosíssima cabeçada do Orteman, aos 13 minutos. O ponteiro do relógio girava, girava e girava e nada de o Fla se impor, se plantar no campo de ataque e fazer valer o fator casa. Até que, aos 37 minutos, Vagner Love sambou diante da defesa rival e deu linda assistência para Bottinelli beijar a pelota com aos pés e encobrir o goleiro Silva. Um a zero Mengão! E vale destacar o 1º tempo do argentino Bottinelli, muito combativo e atento na marcação, além de responsável pela vantagem no placar.

Sem aviso prévio e de uma maneira pra lá de surpreendente, o até então sumido Ronaldinho resolveu jogar bola na 2ª etapa. E, durante 20 minutos, o Gaúcho jogou o seu melhor futebol em 2012: passes eficientes e de efeito, conclusões perigosas, dribles objetivos dentro da área, gol de pênalti – sofrido pelo Love após tabelinha com o Luiz Antônio – e linda assistência para o próprio Luiz Antônio colocar 3 x 0 no escore. Durou pouco, menos de meia horinha, mas que lembrou o Ronaldinho dos bons tempos, isso lembrou. A torcida rubro-negra comemorava, cantava o hino, agitava as bandeiras e aplaudia até bicão pra frente. Com 30 minutos no relógio, o triunfo parecia certo. E é aí que mora o perigo. Torcedores, comentaristas, pipoqueiros, vendedores de amendoim, fiscais dos banheiros... todos no estádio podem acreditar no término de um jogo antes do apito final, menos os jogadores. Porém, os do Flamengo acreditaram e, em pouco mais de dez minutos, viram a bela vitória virar um pavoroso empate, após os seguidos gols de Zeballos (um golaço de falta!), Luiz Caballero e Marín.

Será uma covardia sem tamanho culpar a inexperiência dos garotos rubro-negros pelo empate com gosto de derrota, até porque Luiz Antônio e Muralha, por exemplo, tiveram boas atuações. Porém, foi visível a ausência de um nome no Flamengo para, como dizem os antigos, “furar a bola e dar um ponto final no jogo”.

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