Flamengo 2 x 1 Atlético Mineiro – Engenhão, Rio de Janeiro
(RJ)
Ronaldinho recebe marcação cerrada de quase 40 mil
rubro-negros, tem noite apagada e, com gols da dupla Love/Liedson, Flamengo
conquista vitória que o coloca na metade superior da tábua de classificação.
Para o duelo que, além de valer essenciais três pontos, tinha
um enorme peso psicológico, pelo sentimento negativo que a maior parte da
torcida rubro-negra nutre por Ronaldinho, Dorival Junior organizou o Flamengo
no 4-2-2-2 com: Felipe; Wellington Silva, Frauches, González e Ramón; Cáceres e
Amaral; Cléber Santana e Léo Moura; Liedson e Vagner Love. Com a chance de
ficar a apenas um ponto da liderança e, assim, continuar a depender apenas de
suas forças para ser Campeão, o Atlético Mineiro foi montado pelo Cuca no 4-2-3-1
com: Victor; Marcos Rocha, Leonardo Silva, Réver e Richarlyson; Leandro
Donizetti e Pierre; Danilinho, Ronaldinho e Escudero; Jô.
Considerado por muitos como a maior rivalidade entre clubes
de diferentes estados do futebol brasileiro, este Fla versus “Galo” ainda tinha
mais o ingrediente do reencontro entre Ronaldinho e a torcida rubro-negra. Para
um confronto deste porte, entrar 100% ligado é essencial. O Flamengo entrou. O
Atlético não. O resultado foi uma 1ª etapa onde o Clube da Gávea mostrou uma
eficiente marcação pressão, muita disposição, bom jogo de meio-campo com Léo
Moura e Cléber Santana – que inclusive mandou um chutaço na trave – e foi para
o intervalo com a vitória por um a zero, golão de Vagner Love, aos 21 minutos, em
jogada de “Homem Borracha”.
A leve melhora que o Alvinegro apresentou no fim do 1º tempo
se concretizaria em empate menos de 5 minutos após o intervalo. Marcos Rocha,
que ganhou total liberdade para se movimentar após a entrada de Carlos César no
lugar de Leandro Donizetti, fez jogada pela esquerda e Jô completou. Mas o dia,
ou melhor, a noite, era do Mengão, e Liedson, aos 10, esbanjou faro de gol para
aproveitar arrancada de Wellington Silva – à la Léo Moura nos melhores tempos.
Dois a um. A tensão e a indefinição durariam até o apito final. Se por um lado
elas poderiam ter sido ainda maiores, caso o zagueiro Réver não cometesse a
bobeira de agredir o Cáceres e ser expulso, também poderiam ter sido menores,
se a chicotada do “já em casa no Flamengo” Cléber Santana beijasse as redes ao
invés do poste, aos 38 minutos.
Não só pelos nomes, mas, e principalmente, pela atitude, o
Flamengo dos últimos jogos em nada tem a ver com o apático e infértil time de
poucas rodadas atrás. Por um outro ponto de vista, o Atlético Mineiro também
não.
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