segunda-feira, 31 de dezembro de 2012
FELIZ 2013!!!
O
FUTEBOLA deseja a todos os seus amigos
um 2013 repleto de felicidade, sonhos realizados e, claro, muito futebol.
domingo, 30 de dezembro de 2012
ELÓIGICO E SUAS LÓGICAS
Elóigico é um fanático torcedor do São Sebastião Futebol Clube que sempre coloca a paixão à frente da razão – como quase todos os torcedores, né? E quem fica perdida com tanto fanatismo de Elóigico é sua filha, Edinha, que mora junto com seu pai em uma simples casinha que vive futebol 24 horas por dia.
Desenho de Paulo Sales e roteiro de Diano Massarani
sexta-feira, 28 de dezembro de 2012
BATENDO BAFO - BAHIA 1988 E VITÓRIA 1993
Com a quarta colocação do Vitória na Segundona deste ano e a
salvação do Bahia nas últimas rodadas, o Brasileirão 2013 voltará a contar com
um dos mais importantes clássicos do futebol nacional: o Ba-Vi. E para
comemorar o retorno deste tradicional confronto, a seção “Batendo Bafo”
selecionou os álbuns dos Brasileiros de 1988, quando o Bahia fez história ao
superar o Internacional do goleiro Taffarel e levar o caneco para Salvador, e
de 1993, que colocou de vez o Vitória no cenário nacional com a conquista do
Vice-Campeonato – a derrota na final foi para um poderoso Palmeiras. Os cromos
de maior brilho são os de Bobô e Charles Baiano, no Tricolor, e os dos jovens
Dida e Vampeta, mais tarde Campeões Mundiais de 2002, no Rubro-Negro. Como é
normal quando se fala de álbuns futebolísticos, as ausências são muitas. Neste
caso, não temos o prazer de ver as figurinhas de pilares da campanha do Vitória
como Roberto Cavalo, Paulo Isidoro e Alex Alves, mas vale o registro de dois
times que estão na memória de incontáveis torcedores. Sejam eles baianos ou
não.
quinta-feira, 27 de dezembro de 2012
quarta-feira, 26 de dezembro de 2012
FUTEBOL É ARTE
Sylvio Pinto foi um artista carioca que procurou representar
muito da cultura popular em suas telas. Fosse uma baiana no Pelourinho, uma
igreja em Ouro Preto ou uma pescaria em Búzios. E o futebol, como mostra esta
obra selecionada pela seção “Futebol é Arte”, não ficou de fora dos temas
escolhidos por este pintor. Antes de se tornar conhecido mundialmente e de
fixar residência na França, primeiro, e nos Estados Unidos, depois, Sylvio
Pinto fez cenários para peças teatrais, alegorias carnavalescas para escolas de
samba do Rio de Janeiro, fez parte do Núcleo Bernardelli, que reunia pintores
modernistas, e, em 1940, fundou e dirigiu uma escola de arte gratuita para
crianças pobres, no Jacarezinho (RJ).
segunda-feira, 24 de dezembro de 2012
FELIZ NATAL!!!
O FUTEBOLA DESEJA A TODOS OS AMIGOS UM NATAL DE MUITA PAZ, FELICIDADE, POSITIVIDADE E DESEJOS REALIZADOS.
domingo, 23 de dezembro de 2012
ELÓIGICO E SUAS LÓGICAS
Elóigico é um fanático torcedor do São Sebastião Futebol Clube que sempre coloca a paixão à frente da razão – como quase todos os torcedores, né? E quem fica perdida com tanto fanatismo de Elóigico é sua filha, Edinha, que mora junto com seu pai em uma simples casinha que vive futebol 24 horas por dia.
Desenho de Paulo Sales e roteiro de Diano Massarani
sexta-feira, 21 de dezembro de 2012
BIBLIOTECA DO FUTEBOLA - A PALAVRA É... FUTEBOL
Uma oportunidade única de, num folhear de páginas, encontrar crônicas e contos futebolísticos de valor inestimável. Dez autores que não precisam ser apresentados ou adjetivados, como Lima Barreto, Graciliano Ramos e João do Rio, emprestam suas palavras e criatividade ao futebol. Uma verdadeira viagem através de obras primas que vão desde a época onde alguns não acreditavam que o futebol poderia "pegar" no país até os dias onde o "esporte bretão" já se estabelecera como parte indissociável da cultura brasileira. Apaixonados por futebol e por literatura têm a prazerosa obrigação de ler "A Palavra é... Futebol"
A Palavra é... Futebol
Seleção de textos: Ricardo Ramos
Editora: Scipione
quinta-feira, 20 de dezembro de 2012
SORTEIO DO KIT DO CLUB ATLAS
E o kit do clube
mexicano Atlas, que contém uma bolinha, uma mini flâmula, um chaveiro e um
copinho de tequila, foi para... tcham tcham tcham tcham!!! Rufam os tambores!!!
Soam as cornetas!!!
Paula Paiva Paulo!
Muito obrigado a todos por participarem e curtirem o www.futebolarj.blogspot.com
Um grande abraço e até
o próximo sorteio!
quarta-feira, 19 de dezembro de 2012
BATE-PAPO COM BUJICA, UM ATACANTE FLAMENGUISTA DE CORAÇÃO E NO CORAÇÃO DOS FLAMENGUISTAS
Nesta postagem o FUTEBOLA bate um papo com um jogador mais do
que especial para a torcida do Flamengo: Marcelo Ribeiro, conhecido por todos
como Bujica. Nas próximas linhas, Bujica fala sobre o inesquecível Flamengo x
Vasco que o colocou na história rubro-negra, sua tristeza ao deixar a Gávea e a
idolatria no Mato Grosso e no Peru.
FUTEBOLA: Para começar, gostaria que você
falasse um pouco da sua vida no futebol antes de estrear nos profissionais.
Precisou fazer muitos testes até chegar às divisões de base do Flamengo, com 14
anos?
BUJICA: Comecei em Cachoeira de Itapemirim,
minha cidade natal, no Estrela do Norte Futebol Clube. Quando o mirim do
Estrela fez uns jogos em Padre Miguel, no Rio de Janeiro, o Braga, diretor da
base do Flamengo, me viu e gostou. Meu irmão, Luciano, que havia jogado no
juvenil e juniores do Flamengo, me levou para fazer um teste e fui aprovado.
FUTEBOLA: No histórico Flamengo e Vasco de
1989, que marcou a primeira vez que o atacante Bebeto vestiu a camisa
cruz-maltina contra o Fla, você anotou dois gols e foi o dono do jogo. Quais as
suas lembranças deste dia?
BUJICA: Estava muito ansioso na
concentração, a tensão pré-jogo era alta. Durante a semana houve muita
provocação por parte dos jogadores do Vasco, que tinha uma equipe muito boa na
época, tanto que foi o Campeão Brasileiro. Eles falaram muito em relação ao
Zico e ao Júnior, os jogadores de maior idade do Flamengo. Eu me lembro de uma
reunião que o Zico fez comigo, com o Alcindo e o Luís Carlos na concentração,
quando ele nos pediu muita ajuda na marcação para a bola não chegar redonda nos
pés dos vascaínos. Ele nos pediu isso por causa da situação física dele, de
suas lesões. E nós conseguimos correr muito, marcar muito e deixar o Zico com
força para poder definir a partida. Neste jogo, os melhores em campo foram o
Zico e Júnior, que arrebentaram. Eu acho que só peguei umas três vezes na bola
durante todo o jogo.
FUTEBOLA: Ainda em 1989, ano em que subiu
para os profissionais, além dos históricos dois gols contra o Vasco, você
também balançou as redes na goleada do Flamengo sobre o Fluminense por 5 a 0,
clássico que marcou a despedida do Zico do Fla. Como foi ver o “Galinho” dizer
adeus?
BUJICA: Foram dois momentos ao mesmo tempo.
Um de tristeza, por o Zico estar saindo, e outro de muita felicidade por estar
participando de uma festa do maior ídolo da nação rubro-negra até hoje – e
nunca vai aparecer outro igual a ele. Eu me considero um sortudo por ter
participado desta partida e da outra despedida do Zico, contra a Seleção do
Resto do Mundo. Sou flamenguista, fã do Zico, foi o melhor jogador do mundo que
eu vi, sempre um exemplo de profissional, eu sou muito feliz, agradeço a Deus,
por ter me dado esta oportunidade.
FUTEBOLA: Depois de conquistar a Copa do
Brasil e mais alguns torneios amistosos internacionais com o Flamengo, em 1990,
você foi para o Botafogo e fez parte do time alvinegro que foi vice-campeão
brasileiro de 1992, perdendo a final justamente para o Fla. Você queria ter
saído do Flamengo?
BUJICA: Não queria ter saído do Flamengo.
Eu saí para treinar de manhã, fiz o treinamento, fui para a concentração de São
Conrado almoçar e descansar e, quando estava deitado, me chamaram e falaram que
eu deveria ir para o escritório do Léo Rabello. Estranhei, fui até lá e ele me
disse que eu havia sido vendido para o Botafogo. “Como?”, eu disse, surpreso, e
ele respondeu: “Não tem mais jeito não, já está tudo certo.” Não fui
consultado, não queria sair do Flamengo e o Léo Rabello foi o responsável por
minha saída.
FUTEBOLA: Você tem uma história muito bonita
no futebol do Mato Grosso, com títulos estaduais pelo Operário (1995) e pelo
Sinop (1999), além de uma passagem pelo Mixto. Em termos de estrutura de clube,
preparo físico e qualidade técnica dos jogadores, como foi sair de um centro do
futebol brasileiro para o Mato Grosso?
BUJICA: Depois que eu saí do Flamengo,
perdi o tesão por jogar futebol. Sempre fui um cara muito pé no chão, de vida
simples, comum. Nunca esqueci minhas origens, raízes e nem de onde saí. Por
isso, sempre me adaptei muito bem em qualquer espaço e não tive dificuldades no
Mato Grosso. Gosto muito do Mato Grosso e jogar lá foi muito bom para mim.
Sempre fui muito profissional, mas vínculo só tive mesmo com o Flamengo.
FUTEBOLA: Durante os anos 90, você vestiu
camisas de diversos times estrangeiros, tendo colocado seu nome na galeria de
ídolos do Alianza Lima (PER). Pelo tradicional clube peruano, viveu momentos de
sonho como o título nacional de 1997 e o gol no último minuto que deu uma
vitória de virada sobre o Sporting Cristal por 5 a 4. O Alianza Lima tem um
lugar especial no seu coração?
BUJICA: Foi no ano que o Alianza foi
Campeão. E o Alianza é um dos clubes de maior torcida do Peru, tanto que os
torcedores dizem que é metade do país e mais um. Este jogo, contra o Sporting,
era muito importante para nossas aspirações. Jogávamos em casa e o placar era
de 4 a 0 para eles. Estava no banco quando os nossos gols começaram a
acontecer. Um, dois, três, quatro. Aí o treinador me colocou. Fiz o gol da
vitória, comemorei e quando a bola voltou para o centro do campo o juiz apitou
o fim do jogo. Foi uma das partidas mais emocionantes da minha vida. A partir
dali, o time se acertou e não parou mais, tanto é que ganhou os dois turnos, o
Clausura e o Apertura. Foi o meu período mais legal depois do Flamengo. O Alianza
sempre jogava com o estádio cheio e viajava muito, principalmente para os
Estados Unidos, onde tinha muito peruano. Fui muito feliz lá no Peru.
FUTEBOLA: Qual foi o melhor ano de sua vida
como jogador?
BUJICA: Não escolheria um ano, mais sim um
dia: 05 de novembro de 1989. É por causa deste dia que estou na história do
Flamengo. [nota: dia da vitória de 2 a 0 contra o Vasco, quando marcou os dois
gols.]
segunda-feira, 17 de dezembro de 2012
LUZ, CÂMERA, GOL! - EL CHANFLE (1979)
O filme
conta a vida de Chanfle (Roberto Bolaños), roupeiro do América do México,
sonhador do futebol e uma pessoa tão honesta que para muitos pode parecer até utópica.
Casado com Tere (Florinda Meza), Chanfle irá enfrentar os problemas que a vida
coloca em seu caminho – falta de dinheiro e dificuldades para ter um filho. E o
pano de fundo desta história é o mundo do futebol, com todos os seus
ingredientes.
Os poucos
mais de 90 minutos de filme mostram uma combinação perfeita entre a comédia do
gênio Roberto Bolaños e críticas ao futebol que, embora o filme seja de 1979,
ainda permanecem atuais. Ambos, o humor e as “alfinetadas”. Os personagens Reyes
(Ramón Valdés), um treinador que reclama até do que não vê, Valentino (Carlos
Villagrán), o artilheiro que mais pensa em dinheiro, carros de luxo e mulheres
do que em gols, e Sr. Matute (Rubén Aguirre), o presidente que comanda o
clube a seu bem querer, são, apesar de
cômicos, verdadeiros espelhos de muitos dos que fazem o futebol de hoje. Dentro
e fora dos campos.
Ao mesmo
tempo em que irá gargalhar com as patetadas de todos os integrantes que fizeram
história no Brasil através dos seriados Chaves e Chapolin, o espectador vai refletir
com declarações como:
“Ter espírito
esportivo significa saber lutar com honra, hombridade, cavalheirismo. Porém,
desgraçadamente, o esporte profissional tem feito com que se substitua a
destreza por artimanhas. E tudo vale desde que se consiga o triunfo. Em alguns
países, o esportista não é nada a não ser um artigo de consumo. Em outros, algo
muito pior. Um robô fabricado expressamente para ganhar uma medalha olímpica
que dê maior visibilidade a seu sistema político”, esta dita pelo médico do
clube, Dr. Najera (Edgar Vivar).
Como o humor
destes espetaculares atores não seleciona idade ou gênero e o futebol é uma
paixão universal, nunca foi tão fácil chamar um filme de imperdível.
El Chanfle
(1979)
Direção:
Enrique Segoviano
Roteiro:
Roberto Bolaños
Elenco: Roberto
Gómez Bolaños, Florinda Meza García, Ramón Valdés, Carlos Villagrán, Edgar
Vivar, Rubén Aguirre, María Antonieta de las Nieves, Angelines Fernández, Raúl 'Chato' Padilla
domingo, 16 de dezembro de 2012
MUNDIAL DE CLUBES DA FIFA 2012 - CORINTHIANS X CHELSEA - CORINTHIANS CAMPEÃO DO MUNDO!
Corinthians 1 x 0 Chelsea – Estádio Internacional de
Yokohama, Japão
Maior impossível! Corinthians se agiganta na decisão do
Mundial, vence o Chelsea e escreve mais um capítulo dourado em sua gloriosa
história.
Não existe a possibilidade de se formar uma frase com o
sujeito Corinthians e o verbo apequenar-se. Fosse qual fosse o resultado da
decisão diante do Chelsea, o Corinthians seria grande, altaneiro, uma bandeira...
Seria Timão! São mais de cem anos de tradições e glórias mil, de uma camisa que
carrega dezenas de milhões de corações, de demonstração de força até nos momentos
mais fúnebres. Mas se muitos “matemáticos da bola” dizem que história não entra
em campo, Chicão, Danilo, Emerson e companhia deixariam a alma no gramado de
Yokohama fosse preciso.
Tudo que uma decisão de Mundial pode sonhar ela encontrou no
Corinthians versus Chelsea. Uma batalha feroz por cada centímetro verde
mesclada com a sutileza de passes clarividentes. Solidez tática fundida à
técnica apurada. Estruturas física e psicológica no limite. Para Corinthians e
Chelsea, o fim do mundo parecia questão de minutos, não de dias. Após o apito
final, alvinegros paulistas e azuis londrinos tinham a certeza de terem deixado
tudo e mais muito em campo. Os “Blues” tiveram seus méritos, mas quando o
Corinthians se agiganta assim...
Gigante, uma palavra nanica perto do quão enorme foi o goleiro
Cássio. Tanto no melhor momento do Chelsea no 1º tempo, quanto nos minutos
derradeiros, aqueles onde o nervosismo do torcedor corintiano era tão grande
que até o anestesiava, Cássio sorria com ironia para a palavra impossível e realizava
uma defesa mais inacreditável que a outra. Uma delas, com a pontinha do dedo “pai
de todos”, foi o símbolo do triunfo mundial.
Danilo foi a “ponte sobre águas turbulentas” mcantada pela
dupla americana Simon & Garfunkel. Sempre que o Chelsea adiantava a
marcação, forçava o bote, dava aquele algo a mais para roubar a bola e iniciar
uma pressão, lá estava Danilo, calmo como um monge, leve como uma pluma, para
deixar a bola mais redonda e desafogar o Corinthians. Quando não era ele mesmo
quem roubava a pelota.
Jorge Henrique não poupou uma gota de suor e esteve em todas
as posições do lado esquerdo do campo. Chicão é o cara que pode dizer que já
passou por tudo no Corinthians, e sempre com a mesma autoridade e seriedade. Ralf
fez o mascote do clube se confundir com um leão durante os noventa minutos.
Paulinho foi o motor de sempre, de 100, 200, 300 cavalos... o onipresente capaz
de trancar o meio-campo com sete chaves e armar a jogada do gol com o
brilhantismo de um passe de letra.
Paolo Guerrero, o peruano mais corintiano do planeta, aquele
que esteve duas vezes no lugar certo para não deixar a história escorregar por
entre os dedos da fiel torcida, que poderia se omitir e não se adaptar com um
novo país após mais de uma década na Alemanha, mas preferiu honrar e lutar pelo
seu nome. Emerson “Sheik”, que não sentiria pressão nem se jogasse uma partida
no inferno. Alessandro, Paulo André, Fábio Santos, Douglas, Romarinho...
Hoje, neste histórico 16 de dezembro de 2012, o Corinthians
pode não só gritar que “figuras entre os primeiros do nosso esporte bretão”,
mas que é o primeiro, o número um, o Campeão do Mundo!
PARABÉNS, CORINTHIANS!!!
sexta-feira, 14 de dezembro de 2012
ELÓIGICO E SUAS LÓGICAS
Elóigico é um fanático torcedor do São Sebastião Futebol Clube que sempre coloca a paixão à frente da razão – como quase todos os torcedores, né? E quem fica perdida com tanto fanatismo de Elóigico é sua filha, Edinha, que mora junto com seu pai em uma simples casinha que vive futebol 24 horas por dia.
Desenho de Paulo Sales e roteiro de Diano Massarani
quinta-feira, 13 de dezembro de 2012
POSTAGEM 1000!!!
Olá, amigos!
Hoje é dia de comemoração no FUTEBOLA! Postagem de número
1000!!! Seria uma baita de uma mentira se dissesse que aguardava esta marca
desde o primeiro dia do blog. Por um simples motivo: nem de longe pensava em
chegar até aqui. Hoje, porém, não imagino como seria acompanhar futebol sem a
deliciosa tarefa de ter um meio para me comunicar.
Ver um jogo, ler um livro, assistir a um filme ou a um
documentário, encontrar um jogador do passado... Para mim, tudo se tornou diferente
– muito mais prazeroso, diga-se de passagem – após a primeira postagem do
FUTEBOLA. E se o blog começou sem nem pensar em chegar a este momento especial,
hoje o sonho é chegar muito longe, alcançar incontáveis leitores, criar
postagens cada vez mais interessantes, ler, ver e escrever o futebol de uma
maneira que agrade e estabelecer um elo de confiança com todos os que por aqui
navegam.
E no embalo desta alegria, o FUTEBOLA traz uma novidade e um
prêmio para os amigos. A novidade é a seção “LUZ, CÂMERA, GOL!”, que trará, a
cada postagem, uma dica de filme futebolístico. Em princípio, não documentários
ou programas especiais, mas longas-metragens com o “esporte bretão” como
cenário. Já o prêmio... Bom, o presente que o FUTEBOLA dará para um dos seus
amigos leitores é daqueles para guardar num lugarzinho especial do quarto, sala
ou escritório. Principalmente os colecionadores.
No dia 19 de dezembro, o FUTEBOLA irá sortear, entre todos os
que curtem a página "Futebola RJ" no Facebook,
um kit do clube mexicano Atlas, que veio direto de Guadalajara. Um kit com mini
flâmula, chaveiro, bolinha e um copinho de tequila – mais mexicano difícil,
não?
Então, amigos, aqui vão as regras:
- Para participar do sorteio é moleza. Basta curtir a página
do FUTEBOLA no Facebook.
(http://www.facebook.com/pages/Futebola-RJ/912837242189781)
- O resultado do sorteio será divulgado dia 19 de dezembro de
2012, tanto no site quanto na página do Facebook.
- O vencedor receberá o presente em sua casa, através dos
correios, desde que more no Brasil. Caso o sorteado seja do exterior, este
poderá indicar alguém que more no Brasil para receber o prêmio.
Por último, mas o mais importante, gostaria de agradecer a
todos os que ao longo destas mil postagens colaboraram com o FUTEBOLA. E deixo
aqui a promessa, que cumprirei com o maior dos sorrisos, de sempre me esforçar
para tornar o blog um lugar mais agradável para os amigos.
Um grande abraço para todos!
COPA SUL-AMERICANA 2012 - FINAL - SÃO PAULO X TIGRE - SÃO PAULO CAMPEÃO
São Paulo 2 x 0 Tigre (Argentina) – Morumbi, São Paulo (SP)
Pauladas, sangue na parede, policiais violentos, ameaças com
revólver, rostos inchados, bocas roxas... Não, amigos, Charles Bronson não
renasceu para gravar “Desejo de Matar 6”. Todos estes termos de filme de ação
estão presentes no discurso do Tigre, como justificativa para abandonar a final
contra o São Paulo, no intervalo, quando perdia por dois a zero, gols de Lucas
e Osvaldo.
Até o momento, é impossível emitir opinião sobre a decisão
argentina. Apesar de toda a violência que Gambarini, Díaz, Godoy e companhia
demonstraram no gramado, nada justifica a atitude de policiais e seguranças
particulares em adentrar o vestiário visitante com armas – brancas ou não – em
punho. Mas será que a invasão ocorreu? Ou será que, como disse o treinador
tricolor, Ney Franco, os argentinos afinaram? Seria o Tigre como o leão da
história “O Mágico de Oz”, que não tem coragem? Por hora, impossível saber.
Da mesma maneira que policiais e seguranças despreparados – e
estes não são poucos – podem ter tido um surto de megalomania, os jogadores
argentinos podem ter tentado uma, digamos, “super catimba” diante da quase
impossibilidade de reverter a derrota parcial. Como saber? Como julgar?
O fato é que a partida, não “só” uma final, mas a despedida
do ídolo, do infernal, do imparável Lucas, ganhou um asterisco. Dentro de anos,
de décadas, esse título tricolor será lembrado pela genialidade do menino que partia
para o “Velho Continente” e se despedia com lances mágicos. Uma explosão criativa.
Uma criatividade explosiva. Mas também será lembrado pelo 2º tempo que não
existiu...
quarta-feira, 12 de dezembro de 2012
MUNDIAL DE CLUBES DA FIFA 2012 - SEMI FINAL - CORINTHIANS X AL-AHLY
Corinthians 1 x 0 Al-Ahly (Egito) – Estádio Toyota, Japão
Corinthians sofre, briga, luta até o fim e segura o um a zero
diante do Al-Ahly que lhe garante na decisão do Mundial.
Alguns nomes eram diferentes, mas o esquema tático adotado
por Tite para a estreia no Mundial Interclubes foi, sem tirar nem pôr, o mesmo
da histórica campanha invicta da Libertadores. Assim, o Corinthians foi para o
jogo no 4-2-3-1 com: Cássio; Alessandro, Chicão, Paulo André e Fábio Santos;
Ralf e Paulinho; Danilo, Douglas e Emerson; Guerrero. Depois da boa vitória
sobre o Sanfrecce Hiroshima, o Al-Ahly faria, contra o Corinthians, apenas sua
18ª partida no ano de 2012, devido à paralisação do campeonato nacional. E para
tentar repetir o feito do também africano Mazembe, o treinador Hossan El-Badry
esquematizou o time no 4-4-2 com: Ekramy; Fathi, Gomaa, Naguib e Kenawi; Ashour,
Rabia, Soliman e Gedo; Hamdi e Said.
O Al-Ahly tinha bagagem suficiente para não sentir a pressão
de enfrentar o Corinthians, afinal esta é a quarta participação do clube em
Mundiais, desde 2005. Além do mais, os principais nomes da equipe, como o
zagueiro Gomaa, o incisivo lateral Fathi e o inteligentíssimo Aboutrika, foram peças
fundamentais da Seleção do Egito que foi Tri da Copa Africana de Nações
(2006/2008/2010). Portanto, quando abriu o placar aos 30 minutos do 1º tempo,
gol de cabeça do centroavante Guerrero depois de preciso e precioso cruzamento
do Douglas, tudo que o “Timão” tinha que fazer era não deixar o adversário gostar
do jogo. Fosse com o domínio da posse de bola, o que fazia até o gol, fosse através
de contra-ataques efetivos, comandados pela velocidade de Paulinho e Emerson e
pelos passes de Douglas e Danilo.
E o Corinthians não fez nem um, nem outro. Recuou por
completo, praticamente ignorou a palavra “ataque” e deixou os egípcios tomarem
as rédeas da partida. Na comparação com uma luta de boxe, o Alvinegro Paulista
ficou encurralado nas cordas durante todo o 2º tempo – até o minuto 50! Já com o
categoria pura Aboutrika em campo para liderar as ações ofensivas, o Al-Ahly
avançou pelos flancos com os laterais Fathi e Kenawi, chutou de fora da área
com o volante Rabia e conseguiu trocar passes à frente da área corintiana que
deixaram o torcedor “maloqueiro e sofredor” com o coração a bater na garganta.
É justo dizer que o goleiro Cássio não precisou fazer nenhuma defesa milagrosa
como aquela inesquecível diante do vascaíno Diego Souza, mas também é válido
ressaltar que a etapa final transcorreu com uma sensação de que, a qualquer
momento, os africanos empatariam o escore.
Não empataram, e o Corinthians vai viajar para Yokohama.
Primeiro para acompanhar Chelsea versus Monterrey, que também promete ser
duríssimo. Depois, para deixar a alma no campo em busca do sonho de milhões e
milhões de fiéis.
segunda-feira, 10 de dezembro de 2012
NOMES DOS ESTÁDIOS - CAIO MARTINS
Muitos dos estádios brasileiros, como os amigos podem acompanhar aqui mesmo, na seção “Nomes dos Estádios”, são batizados como forma de agradecimento aos que realizaram benfeitorias aos clubes proprietários: Urbano Caldeira, Moysés Lucarelli, José Pinheiro Borda... Porém, algumas ideias – de rara felicidade, diga-se de passagem – transformam praças esportivas em homenagens a figuras que são exemplos para toda e qualquer geração. Um exemplo-símbolo é o Estádio Caio Martins, localizado na cidade de Niterói (RJ) e que desde o fim da década de 80 está sob concessão do Botafogo de Futebol e Regatas.
Fundado em 1941, o estádio foi nomeado em honra ao escoteiro Caio Vianna Martins, um verdadeiro herói nacional. Em 1938, então com 15 anos, o escoteiro Caio Martins partia de Minas Gerais com destino a São Paulo quando o trem em que se encontrava com seus companheiros chocou-se com um trem cargueiro que vinha no sentido oposto. Diante da gravidade do acidente, os escoteiros se reuniram, traçaram planos e trabalharam com todas as forças para ajudar os feridos. Quando o socorro chegou, quase cinco horas após o acidente, Caio Martins se recusou a ocupar uma das macas por acreditar que seus ferimentos eram mais leves do que o de outros, e disse a frase que entraria para a história: “Um escoteiro caminha com as próprias pernas”.
Assim, partiu a pé com seus companheiros rumo a Barbacena, onde não resistiria e viria a falecer poucas horas depois por causa da hemorragia interna causada durante o acidente. Se tornou um ícone do escotismo nacional e um justo homenageado pelo mais querido esporte do país.
sexta-feira, 7 de dezembro de 2012
BIBLIOTECA DO FUTEBOLA - BRILLIANT ORANGE
Aqueles
que pensam que o futebol é muito mais do que um esporte, que influencia e é
influenciado por universos como o da música e da arte, que reflete e é reflexo
direto da sociedade, não podem - de maneira alguma! - deixar de ler esta obra.
O inglês David Winner, um fanático e apaixonado pelo futebol holandês, conta a
história de equipes e jogadores protagonistas no Planeta Bola - Ajax do início
dos anos 70, Seleção Holandesa de 74, 78, 88 e 98, Cruyjff, van Basten,
Bergkamp... - de uma maneira que faz o leitor pensar o futebol de forma
diferente. A rivalidade contra a Alemanha, o nascimento do "Futebol
Total", as explicações - ou tentativas delas - para as derrotas em
momentos decisivos. Estas são algumas das particularidades do futebol holandês
que não poderiam fazer parte de outra cultura futebolística. E David Winner explica
o porquê.
Brilliant
Orange – The neurotic genius of Dutch soccer
Autor:
David Winner
Editora:
Bloomsbury Publishing
quinta-feira, 6 de dezembro de 2012
COPA SUL-AMERICANA 2012 - FINAL - TIGRE X SÃO PAULO
Tigre 0 x 0 São Paulo – La Bombonera, Buenos Aires
(Argentina)
La Bombonera assiste a duelo encardido e cheio de alternâncias
entre São Paulo e Tigre. Placar final “oxo” deixa a decisão do título em
aberto.
Vice-campeão do Torneo Clausura na temporada 2011/2012, o centenário
Tigre foi para sua primeira final internacional organizado pelo Néstor Gorosito
no 4-4-2 com: Albil; Paparatto, Echeverría, Donatti e Orban; Galmarini, Díaz,
Ferreira e Leone; Maggiolo e Botta. Firme e forte na busca por um título, que
não vem desde 2008, o São Paulo começou o duelo na Bombonera esquematizado pelo
Ney Franco no já costumeiro 4-2-3-1 com: Rogério Ceni; Paulo Miranda, Rafael
Tolói, Rhodolfo e Cortês; Denílson e Wellington; Lucas, Jádson e Osvaldo; Luís
Fabiano.
A melhor palavra para definir o primeiro embate decisivo entre
rubro-anis argentinos e tricolores brasileiros é bipolar. Como foi alternante
em ideias e ações a partida! O juiz, depois de mandar Luís Fabiano e Donatti
para o chuveiro com menos de 15 minutos, não sabia se adotava o critério de
deixar o jogo seguir ou se apitava todas as faltas. Ora o São Paulo cometia uma
entrada criminosa, ora o Tigre deixava a diplomacia de lado e soltava a foice.
O “Sampa” dominou as tramas ofensivas no 1º tempo e o “Matador” de Buenos Aires
controlou as rédeas da etapa final.
A única constante, o ponto em comum dos rivais, foi a vida mansa
que os arqueiros Albil e Rogério Ceni tiveram após as expulsões. Após sim, pois
antes dos cartões vermelhos o imprevisível Luís Fabiano – que na véspera do
jogo afirmara estar preparado para as provocações – havia protagonizado duas
belas jogadas, finalizadas uma por ele e outra pelo Lucas, que obrigaram o
arqueiro local a boas defesas. Com dez contra dez, porém, o São Paulo, apesar
de ter o domínio da pelota e de tentar alguns lances individuais na base do
drible, não produziu tramas de ataque com a frequência que conseguira diante
dos rivais chilenos nas fases anteriores.
Se nada criara e menos sofrera na 1ª etapa, a situação tricolor
seria diferente após o intervalo. Não é possível saber se os são-paulinos se
acanharam devido à pressão adversária ou se o avanço rubro-anil ocorreu pelo recuo
paulista. Contudo, é inegável que o espinhoso Tigre foi outro no 2º tempo. Como
já dito, quase não deu trabalho ao Rogério Ceni, mas fez o São Paulo cometer muitas
faltas próximas a sua meta, algumas bem duras, e alçou um punhado de bolas na
área. Foi neste cenário de um Tigre mais presente e pouco feroz que veio o
apito final para decretar um empate sem gols num confronto onde cada um teve 45
minutos para sair na frente.
terça-feira, 4 de dezembro de 2012
PRÊMIO FUTEBOLA BRASILEIRÃO 2012
Craque Futebola Brasileirão 2012
Futebola de Ouro – Fred (Fluminense)
Futebola de Prata – Diego Cavalieri (Fluminense)
Futebola de Bronze – Ronaldinho (Atlético Mineiro)
Seleção Futebola Brasileirão 2012
Diego Cavalieri (Fluminense)
Não existe camisa mais fácil de entregar para a Seleção Futebola Brasileirão 2012 do que a número 1. Diego Cavalieri, com defesas que fizeram céticos a pensar em outros mundos, foi quem mais deixou torcedores boquiabertos neste campeonato. Não existe a possibilidade de escolher somente uma atuação do arqueiro tricolor como “a melhor”, mas, até mesmo quando o troféu já estava endereçado para as Laranjeiras, no duelo contra o Sport, ele fez milagres. Em poucas palavras, Cavalieri fez jus a um símbolo que já foi brilhantemente defendido por Marcos Carneiro de Mendonça, Castilho e Félix.
Marcos Rocha (Atlético Mineiro)
Na Copa do Mundo de 1974, a Holanda entrou para a história com um jogo de intensa movimentação e dinamismo tático que ficou conhecido como “Futebol Total”. Pois não seria exagero, então, dizer que Marcos Rocha foi um “lateral total” neste Brasileirão. Durante os melhores momentos do Atlético Mineiro no torneio, Marcos Rocha foi uma alternativa ofensiva por quase todos os cantos do campo e que deixava as retaguardas rivais perdidas. Seus pés foram essenciais para muitas vitórias mineiras.
Gum (Fluminense)
Num Fluminense reconhecido pelo número de craques e pelo forte investimento do patrocinador, Gum foi a raça indispensável para qualquer Campeão, o símbolo guerreiro que a torcida tricolor tanto canta nas arquibancadas. Nos momentos - muitos! – em que o Flu fazia das tripas o coração para segurar um resultado, Gum se transformava num leão e deixava litros e mais litros de suor em campo. Na sua melhor temporada com a camisa das três cores que traduzem tradição, Gum merece estar presente na Seleção Futebola Brasileirão.
Réver (Atlético Mineiro)
Ao lado de Leonardo Silva, Réver formou a melhor dupla de zaga do Brasileirão. É lógico, claro e evidente que um sistema defensivo não é feito somente dos zagueiros, mas Leonardo Silva e Réver foram fundamentais para o Atlético Mineiro terminar o campeonato com uma média de menos de um gol sofrido por jogo. A Seleção Futebola poderia contar tanto com um quanto com outro, mas, para obedecer critérios de posicionamento, o escolhido foi o Réver, que atua pelo lado esquerdo. Mas vale ressaltar que já não é a primeira vez que Réver faz um grande Brasileirão. Ano passado, também pelo “Galo”, e em 2009, pelo Grêmio, o zagueiro já havia mostrado do que era capaz. Não à toa é, hoje, jogador de Seleção Brasileira.
Cortês (São Paulo)
Nas últimas duas Seleções Fifa de melhores da temporada, os escolhidos para lateral-esquerdo foram os espanhóis Puyol (2010) e Sergio Ramos (2011), ambos improvisados. Para este ano de 2012, até o meia-ofensivo galês Gareth Bale é um dos candidatos para a posição. Por aí, é possível perceber a carência mundial de laterais pela esquerda, e no Brasileirão não poderia ser diferente. Assim, o são-paulino Cortês não precisou nem mostrar o futebol de seu melhor momento no ano passado, quando jogou um bolão pelo Botafogo e até Seleção Brasileira, para voltar a figurar no Prêmio Futebola. Presente em 35 das 38 partidas do São Paulo no torneio, Cortês segue como o melhor nome de sua posição em gramados tupiniquins.
Jean (Fluminense)
Se Abel Braga exagerou um pouco ao decretar Jean como o melhor jogador do Brasileirão, sua empolgação com as apresentações do volante teve todo o sentido. As sustentação e dinâmica que Jean deu ao meio de campo tricolor provam que sua posição é realmente a de volante, e colocá-lo na lateral-direita é quase um crime. Forte na marcação e íntimo da bola, é um exemplo da tão desejada modernidade que muitos pedem aos nossos volantes. E o principal é a sensação de que Jean ainda tem muito a crescer no futebol.
Paulinho (Corinthians)
Leandro Damião, Wellington Nem, Lucas e Romarinho são três promessas/realidades do futebol canarinho. Todos homens de frente, que sempre estão próximos à meta adversária. E não é que nenhum deles fez mais gol no Brasileirão do que o Paulinho? Mas não é só pela capacidade de chegar na zona de perigo e balançar as redes que o corintiano merece estar na Seleção Futebola Brasileirão, e sim porque, de uns tempos para cá, nenhum brasileiro entende mais do que ele do assunto “o que é ser um volante”. Hoje, é inconcebível uma Seleção, seja ela a nacional ou a do campeonato nacional, sem o Paulinho a vestir a camisa 8.
Ronaldinho (Atlético Mineiro)
Não poucas foram as vezes em que ouviu-se neste Brasileirão um “Viu o Ronaldinho? Jogou como nos tempos de Barcelona”. E não somente atuações contra adversários tetas – até porque é difícil de os encontrar no nosso campeonato –, mas sim contra carne de pescoço. Diante do Grêmio, no Olímpico, e do Fluminense, no Independência, por exemplo, o Gaúcho jogou uma barbaridade. E o golaçoaçoaço no clássico contra o Cruzeiro? Sem pensar duas vezes, pode-se afirmar que o agora camisa 49 foi pedra fundamental para dar ao “Galo” mineiro um vice-campeonato nacional que não vinha desde 1999. Desta vez, Ronaldinho fez por merecer toda a idolatria dos que por ele torcem.
Bernard (Atlético Mineiro)
Sem dúvidas Bernard foi a grande revelação do Brasileirão 2012. Suas apresentações encheram os olhos tanto dos que não largam a prancheta tática, quanto dos que olham o futebol como arte – vide a assistência que deu para o Jô marcar o gol da vitória contra o Grêmio, no Olímpico, após abrir uma chapelaria, em lance que merecia ficar em exposição permanente no museu do futebol. Rivalizou com Juninho Pernambucano para ser o melhor jogador do 1º turno e termina o ano atraindo olhares da Europa e como forte pretendente para a nova Seleção Brasileira do Felipão.
Neymar (Santos)
As Seleções Brasileiras principal e Olímpica permitiram ao Neymar participar de menos da metade do Brasileirão, exatos 17 jogos. Porém, estes foram suficiente para incluir o camisa 11 santista na Seleção Futebola Brasileirão 2012. Para os que dizem que os números não mentem, o Santos com Neymar em campo conquistou 62,7% dos pontos disputados, um aproveitamento inferior apenas aos de Fluminense e Atlético Mineiro. Mais números? Ok, o melhor jogador brasileiro da atualidade marcou 14 gols no torneio, marca que lhe confere a melhor média de tentos/jogo (0,82). Porém, existe uma maneira bem mais simples de entender a presença de Neymar no melhor onze do Brasileirão. Basta comprar o ingresso de um jogo do Santos e sentar na arquibancada ou pagar o pay-per-view e se acomodar na poltrona. É, simplesmente, ver para crer.
Fred (Fluminense)
Se faltava algo para Fred adentrar a galeria de maiores ídolos da história do Fluminense, já não falta mais. Fred foi líder, goleador, decisivo – vide as duas vitórias contra o rival Flamengo e as essenciais contra Ponte Preta e Palmeiras, só para citar quatro dos 12 triunfos tricolores que contaram com gols do artilheiro do certame. Fred esteve mais em campo neste torneio do que na conquista de 2010 e na inesquecível salvação de 2009, e esta maior participação do camisa 9 e capitão tricolor foi responsável direta pela magnífica campanha do Fluzão. Neste campeonato, ninguém jogou mais bola do que Fred, o terror dos zagueiros e goleiros adversários, o Craque Futebola Brasileirão 2012.
Treinador: Abel Braga
O atleticano Cuca, o gremista Luxemburgo e o são-paulino Ney Franco voltaram a realizar grandes trabalhos. Mas tem como não dar o prêmio de melhor “professor” do Brasileirão para Abel Braga? Abelão soube tirar o melhor do muito que os reconhecidamente qualificados jogadores tricolores tinham para dar. Claro que foi facilitado por um elenco que lhe permitiu ter um banco de reservas com jogadores renomados como Wagner e Rafael Sóbis e garotos promissores como Marcos Junior e Samuel, mas são inúmeros os exemplos na história de grupos excelentes que ficaram pelo meio do caminho. Com Abelão no comando, o Flu passou voando baixo pelo meio do caminho e rumo a um final feliz.
segunda-feira, 3 de dezembro de 2012
CAMPEONATO BRASILEIRO 2012 – 38ª RODADA – GRÊMIO X INTERNACIONAL – DESPEDIDA DO ESTÁDIO OLÍMPICO
Grêmio 0 x 0 Internacional – Estádio Olímpico, Porto Alegre
(RS)
Futebol é deixado de lado e Gre-Nal da despedida do Olímpico
termina com cinco expulsões, nenhuma bola na rede e o Tricolor sem alcançar o
objetivo de escapar da pré-Libertadores.
Encontrões, rechaçadas, divididas, estourões... um verdadeiro
bumba-meu-boi com tricolores e colorados, literalmente, a bater cabeças. Assim
foi o 1º tempo num Olímpico tão cheio que até para sorrir o torcedor precisava
pedir licença. Pobre coitado do editor de televisão que teve de selecionar os
melhores momentos, tamanha a infertilidade de ambas as equipes. Teria sido o
excesso de volantes em campo – três para cada lado? Ou a falta de inspiração de
Zé Roberto e Elano e D’Alessandro e Fred, os responsáveis por tratar a pelota
com carinho? O fato é que o 1º tempo terminou sem os goleiros testarem a
aderência de suas luvas.
A sensação no retorno após o intervalo foi a de que os
colorados tinham tomado algum alucinógeno nos vestiários. Primeiro, Muriel sai
da área, bloqueia como se fosse jogador de vôlei um toque por cobertura do
Elano e recebe cartão vermelho, em lance que inicia uma confusão das brabas.
Confusão esta que termina com Vanderlei Luxemburgo, que entrara em campo para
acalmar seus comandados, também expulso. Logo depois, aos 13, Leandro Damião não
pensa duas vezes, solta o braço no rosto do zagueiro Saimon e vai mais cedo
para o chuveiro. As entradas de Leandro e Marquinhos, além, é claro, da
superioridade numérica e da necessidade de vencer, já que o Atlético Mineiro
vencia o Cruzeiro, fez o Grêmio se tornar mais incisivo.
Em sequência, Zé Roberto esculpiu linda bicicleta, Índio
quase sacudiu o próprio filó e André Lima finalizou por cima da meta. Tudo isso
em menos de três minutos. Mas o “tudo isso” foi muito pouco para quem tinha
dois homens a mais e a obrigação de vencer, fosse para alegrar seus torcedores
ou para carimbar o passaporte para a fase de grupos da Libertadores 2013. No
finzinho, aos 47 minutos, o zagueiro Saimon treinador Osmar Loss se embolaram,
também foram expulsos e iniciou-se mais um pega-pra-capá, que teve até foguete
lançado no gramado.
Definitivamente, o Olímpico não merecia tão pobre Gre-Nal despedida.
Melhor, contudo, para o Internacional, que, se não aplicou uma histórica goleada
de 6 x 2 como a da inauguração do estádio, pelo menos conseguiu jogar água no
chimarrão tricolor.
ENQUANTO ISSO EM PERNAMBUCO...
- No Estádio dos Aflitos, o Náutico fez o papel de rival e
desligou os aparelhos que faziam o Sport respirar. Com a queda do “Leão” para a
Segundona, podemos dizer que a “Dona Degola” foi bem eclética em 2012, pois os
quatro rebaixados (Sport, Palmeiras, Atlético Goianiense e Figueirense) foram
de regiões diferentes do país.
domingo, 2 de dezembro de 2012
FUTEBOL É ARTE
Óleo sobre tela - 44x27cm
Nesta obra intitulada Zico, de 1984, o renomado artista plástico
carioca Roberto Magalhães retrata o maior ícone da história do Flamengo.
Nascido em 1940, Roberto Magalhães tem seu início na arte ainda menino,
através de atividades profissionais como propagandas, capas de discos e
rótulos de produtos. Aos poucos, depois de cursos realizados na Escola
Nacional de Belas Artes, o carioca dá início às exposições e, em 1965, é
premiado na 4ª Bienal de Paris. Depois de um período na “Cidade Luz”, retorna
ao Brasil e vive uma aproximação com o budismo e estudos de ocultismo, que
culminaria no que o próprio denominou de “arte esotérica”. A maestria em
diferentes técnicas (lápis de cor, bico-de-pena, aquarela, litografia,
xilogravura e pintura a óleo), dificulta sua associação a apenas uma
tendência ou movimento, mas muitos críticos destacam seus experimentos
surrealistas próximos ao de Salvador Dali.
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