Grêmio 0 x 0 Internacional – Estádio Olímpico, Porto Alegre
(RS)
Futebol é deixado de lado e Gre-Nal da despedida do Olímpico
termina com cinco expulsões, nenhuma bola na rede e o Tricolor sem alcançar o
objetivo de escapar da pré-Libertadores.
Encontrões, rechaçadas, divididas, estourões... um verdadeiro
bumba-meu-boi com tricolores e colorados, literalmente, a bater cabeças. Assim
foi o 1º tempo num Olímpico tão cheio que até para sorrir o torcedor precisava
pedir licença. Pobre coitado do editor de televisão que teve de selecionar os
melhores momentos, tamanha a infertilidade de ambas as equipes. Teria sido o
excesso de volantes em campo – três para cada lado? Ou a falta de inspiração de
Zé Roberto e Elano e D’Alessandro e Fred, os responsáveis por tratar a pelota
com carinho? O fato é que o 1º tempo terminou sem os goleiros testarem a
aderência de suas luvas.
A sensação no retorno após o intervalo foi a de que os
colorados tinham tomado algum alucinógeno nos vestiários. Primeiro, Muriel sai
da área, bloqueia como se fosse jogador de vôlei um toque por cobertura do
Elano e recebe cartão vermelho, em lance que inicia uma confusão das brabas.
Confusão esta que termina com Vanderlei Luxemburgo, que entrara em campo para
acalmar seus comandados, também expulso. Logo depois, aos 13, Leandro Damião não
pensa duas vezes, solta o braço no rosto do zagueiro Saimon e vai mais cedo
para o chuveiro. As entradas de Leandro e Marquinhos, além, é claro, da
superioridade numérica e da necessidade de vencer, já que o Atlético Mineiro
vencia o Cruzeiro, fez o Grêmio se tornar mais incisivo.
Em sequência, Zé Roberto esculpiu linda bicicleta, Índio
quase sacudiu o próprio filó e André Lima finalizou por cima da meta. Tudo isso
em menos de três minutos. Mas o “tudo isso” foi muito pouco para quem tinha
dois homens a mais e a obrigação de vencer, fosse para alegrar seus torcedores
ou para carimbar o passaporte para a fase de grupos da Libertadores 2013. No
finzinho, aos 47 minutos, o zagueiro Saimon treinador Osmar Loss se embolaram,
também foram expulsos e iniciou-se mais um pega-pra-capá, que teve até foguete
lançado no gramado.
Definitivamente, o Olímpico não merecia tão pobre Gre-Nal despedida.
Melhor, contudo, para o Internacional, que, se não aplicou uma histórica goleada
de 6 x 2 como a da inauguração do estádio, pelo menos conseguiu jogar água no
chimarrão tricolor.
ENQUANTO ISSO EM PERNAMBUCO...
- No Estádio dos Aflitos, o Náutico fez o papel de rival e
desligou os aparelhos que faziam o Sport respirar. Com a queda do “Leão” para a
Segundona, podemos dizer que a “Dona Degola” foi bem eclética em 2012, pois os
quatro rebaixados (Sport, Palmeiras, Atlético Goianiense e Figueirense) foram
de regiões diferentes do país.
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