Internacional 2 x 1
Grêmio
Campeonato Brasileiro
1988 – Segundo jogo da fase semifinal
Beira-Rio, Porto
Alegre (RS)
12 de fevereiro de
1989
Internacional:
Taffarel; Luis Carlos Winck, Aguirregaray, Nenê e Casemiro; Norberto, Leomir
(Diego Aguirre) e Luis Carlos Martins; Mauricio (Norton), Nilson e Edu Lima.
Técnico: Abel Braga
Grêmio: Mazarópi;
Alfinete, Trasante, Luis Eduardo e Airton; Bonamigo, Cuca e Cristóvão; Jorginho
(Reinaldo Xavier), Marcos Vinicius e Jorge Veras (Serginho). Técnico: Rubens
Minelli.
O nome já diz tudo:
Gre-Nal do Século. Assim entrou para a história o duelo entre colorados e
tricolores gaúchos pela semifinal do Brasileiro de 1988, um clássico com uma
atmosfera como poucas vezes se viu. Após o empate mudo no jogo de ida, no Olímpico,
o Beira-Rio recebia quase 80 mil fanáticos. A vantagem do Inter de poder
empatar quase foi para o brejo logo no início, em bola de Jorginho na trave, e
para lá foi aos 25 minutos, quando Marcos Vinícius fez um a zero Grêmio. Sem
alternativas a não ser atacar, o Inter foi à frente e começou a criar
oportunidades, mas, aos 37, um baque: Casemiro fez falta duríssima no zagueiro
Trasante e foi mais cedo para o chuveiro. Antes mesmo do intervalo, uma bomba
de Bonamigo na trave e uma infiltrada de Cuca pelo meio por pouco não deixaram
a situação gremista mais confortável. Mesmo com um a homem menos, Abel Braga
lançou mão do atacante Aguirre no lugar do volante Leomir, mas tudo apontava
para uma festa branca, preta e azul, ainda mais depois que o segundo tempo
iniciou com um Grêmio senhor do jogo. Foi quando veio o lance que mudaria a
história da partida. Ou melhor, a história do clássico Gre-Nal. Um quase-córner
na esquerda foi parar na cabeça de Nilson e o artilheiro do Campeonato não
perdoou. Um a um. O empate no tempo normal e na prorrogação daria a
classificação ao Inter, mas, logo depois de Luís Carlos Winck carimbar a trave
em cobrança de falta, Nilson, em jornada iluminada, completou cruzamento de
Maurício, aos 26, para virar o escore. O último trilar do apito, que viria para
fazer a parte vermelha do Beira-Rio explodir de alegria, não viria sem antes
Taffarel salvar uma cabeçada de Serginho que por pouco não mudou – mais uma vez
– a história deste confronto inesquecível.
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