Um gol encontra muitos caminhos para ganhar a eternidade. Um
gol pode valer um título, pode ser uma obra de arte, pode iniciar a história de
um craque ou fechá-la com chave de ouro, pode ser redondo – gol cem, gol
quinhentos, gol mil! E pode também encerrar uma marca. Nesta classe, um dos
tentos mais recordados de todos os tempos foi assinado pelo haitiano Emmanuel Sanon,
na Copa do Mundo de 1974, até hoje a única disputada pelo seu país. Logo na
estreia, o Haiti teria uma parada duríssima: a Itália, então Vice-Campeã
Mundial. Se muitos se surpreenderam ao final do primeiro tempo com o empate em
zero a zero, estes e outros mais caíram das poltronas e cadeiras no comecinho
da etapa final, quando “Manno” Sanon recebeu a redonda, arrancou tal qual uma
pantera, driblou Dino Zoff e abriu placar. A surpresa não se dava somente por
um estreante em mundiais estar batendo a Itália, mas, principalmente, porque o
gol de Sanon colocava fim à sequência de 1.142 minutos sem ser vazado do grande
arqueiro italiano Zoff. A Itália chegaria a virada (3 a 1), e o Haiti perderia
seus dois jogos seguintes para duas outras pedreiras: Polônia (7 a 0) e Argentina
(4 a 1, com mais um gol de Sanon). O lugarzinho na história dos mundiais,
porém, já estava garantido para Sanon e seus companheiros. No “Batendo Bafo” de
hoje, podemos ver a única página que o álbum oficial da Copa do Mundo de 1974
dedicou ao Haiti de “Manno” Sanon.
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