Atlético Mineiro 0 (2) x (3) 0 São Paulo
Campeonato Brasileiro de 1977 – Final
Mineirão, Belo Horizonte (MG)
05 de março de 1978
Público: 102.974
São Paulo: Waldir Peres; Getúlio, Tecão, Bezerra e Antenor;
Chicão, Teodoro (Peres) e Darío Pereyra; Viana (Neca), Mirandinha e Zé Sergio.
Técnico: Rubens Minelli.
Atlético Mineiro: João Leite, Alves, Márcio, Vantuir e
Valdemir, Toninho Cerezo, Ângelo e Marcelo (Paulo Isidoro), Serginho, Caio
(Joãozinho Paulista) e Ziza. Técnico: Barbatana.
O Brasileirão de 1977 seria decidido em jogo único. Para o
famoso “torcedor de tabela”, aquele que baseia suas mais profundas análises na tábua
de classificação, o Atlético Mineiro era grande favorito ao título, já que chegava
invicto à final contra o São Paulo, tendo liderado todos os seus grupos nas
três fases anteriores. No entanto, desde um certo 16 de julho de 1950, nós,
brasileiros, sabemos que não se deve apontar favoritismo em um jogo decisivo
entre dois gigantes.
Se o Atlético tinha o goleirão João Leite, o São Paulo tinha
o goleiraço Waldir Peres. Se o Atlético tinha a categoria de Toninho Cerezo, o
São Paulo tinha a classe de Darío Pereyra. Se o Atlético podia apostar na
impetuosidade do garoto Paulo Isidoro, o São Paulo tinha os dribles
incandescentes do jovem Zé Sérgio. E se o Atlético não iria poder contar com o
imparável Reinado, artilheiro do torneio com 28 gols, o São Paulo também não
teria na sua escalação o matador Serginho Chulapa, vice-artilheiro, com 18
tentos.
Ambos os atacantes estavam suspensos, e não seria exagero
colocar a maior parte da culpa da falta de bolas no barbante durante os 120
minutos do confronto (tempo normal e prorrogação) na conta das ausências de
Reinaldo e Serginho. O empate mudo levou a decisão para a disputa de pênaltis.
João Leite defendeu as duas primeiras cobranças tricolores (Getúlio e Chicão) e
colocou o Galo à frente, mesmo com o desperdício de Toninho Cerezo, pois Ziza
convertera o seu. O são paulino Peres e o atleticano Alves também foram às
redes. Os mineiros estavam ainda mais próximos do caneco.
Foi aí que veio a reviravolta. Enquanto Antenor e Bezerra
transformaram em gols para o Sampa as suas batidas, Joãozinho Paulista e Márcio
mandaram as suas por cima da meta. Fim de papo. A histórica campanha invicta e
o Mineirão com mais de 100 presentes não foram suficientes para deixar a taça
em BH. Ela pegaria o avião para o Morumbi, paparicada pelos grandes campeões de
1977.
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