Tigres 3 x 1 Internacional – Estádio Universitário, Monterrey
(México)
Internacional leva banho de bola do Tigres no México, perde
por dois gols de diferença e se despede do sonho de conquistar o Tri da
Libertadores.
O início do embate mostrou uma postura interessante do
Internacional, que, mesmo com a vantagem do empate, adiantou seu meio-campo e,
por 15 minutos, dificultou a saída de bola dos mexicanos. Porém, para a
tristeza da torcida colorada, isto foi o máximo que o Inter conseguiu, pois o
que se viu após este período inicial foi uma avalanche do Tigres, com tramas ofensivas
criadas pela direita, pela esquerda, pelo centro, pelo alto, por baixo...
Preciso nas assistências, o meia-direita Damm não tomava
conhecimento da pífia marcação de Geferson e era quem mais acionava o ligado centroavante
Gignac. Pela esquerda, Aquino fazia o diabo em cima de William. Da linha
ofensiva mexicana, apenas Rafael Sóbis não se sobressaia. E nem precisava...
Aos 17, Damm cruzou e Gignac, de cabeça, abriu o placar. Como o Inter acusou o
golpe, o Tigres seguiu com postura de protagonista e foi recompensado aos 40,
quando Geferson, como se fosse personagem de comédia pastelão, empurrou contra
a própria meta um lançamento de Torres.
O resultado nem era tão tenebroso para o Colorado, mas o
Tigres voltou feroz do intervalo e seguiu sua jornada inspirada. Logo aos 4,
William derrubou o alucinante Aquino dentro da área. Na cobrança, Sóbis, tenso
pelo passado e ansioso pelo presente, bateu fraco para defesa de Alisson.
Poderia ser a senha para o renascimento vermelho. Não foi. Aos 11, o decisivo
Damm rolou e Ríos fez o terceiro.
Ato contínuo, Eduardo Sasha desperdiçou ótima oportunidade de
diminuir o escore. Com meia hora por jogar, restava ao Inter se lançar ao
ataque. E foi neste momento que a falta de ritmo de competição, gerada pelo abandono
do Campeonato Brasileiro ao longo dos últimos dois meses, cobrou seu preço. Sem
forças físicas e psicológicas, o Inter não passou nem perto de controlar as
ações ofensivas, quem dirá de pressionar o rival.
Aos 43, mais por relaxamento mexicano do que por ímpeto
próprio, os gaúchos diminuíram com Sasha. O tempo, porém, era curto, e o apito
final logo chegou para colocar o efusivo Tigres na finalíssima da Libertadores.
Tigres: Guzmán; Jiménez, Juninho, Rivas e Torres; Pizarro, Arévalo
Ríos, Damm (Lugo) e Aquino (Alvarez); Rafael Sóbis e Gignac. Técnico: Ricardo
Ferreti.
Internacional: Alisson; William (Rafael Moura), Juan, Ernando
e Geferson; Rodrigo Dourado e Aránguiz; Valdívia (Alex), D’Alessandro e
Lisandro López; Nilmar (Eduardo Sasha). Técnico: Diego Aguirre.
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