Vasco 1 x 1 Corinthians – Maracanã, Rio de Janeiro (RJ)
Olá amigos do FUTEBOLA!
Meio de semana importante para muitos times brasileiros, com muitos jogos decisivos. Porém, como já é de costume, o horário não colaborou e vários jogos foram simultâneos. Vamos à rápidos comentários sobre alguns resultados.
- Pela Libertadores, o Cruzeiro conseguiu um bom resultado contra o São Paulo no Mineirão, ao vencer por 2 a 1, entretanto a guerra não está definida. Apesar de o São Paulo dar claros sinais de que não está em sua melhor condição, pode perfeitamente vencer no Morumbi. Porém, além da vantagem do empate, a equipe mineira poderá jogar no contra-ataque. A última lembrança que tenho do Cruzeiro atuando no contra-ataque, é a da vitória sobre o Flamengo por 2 a 0, na estréia do Brasileirão e com um homem a menos. Vem jogão por aí!
- Ainda pelo torneio continetal, o Grêmio trouxe um bom empate em 1 a 1 da Venezuela. Todos esperavam uma vitória fácil do tricolor gaúcho, afinal o adversário é da escola venezuelana de futebol, mas não é nada correto menosprezar uma equipe que, teoricamente, está entre as 8 melhores da América. Lembram do Once Caldas? E da LDU? Pois é. O Grêmio precisa, e muito, manter a seriedade e acredito que Paulo Autuori saberá como fazer isso.
- Pela Copa do Brasil o Internacional, ao que parece com mais uma atuação convincente, deu um longo passo rumo a decisão do torneio. E o Andrezinho, após eliminar o Flamengo, resolveu fazer outro golaço importante, ao balançar a rede e colocar o 3 a 1 no placar, o que deu ao Colorado a vantagem de poder até perder por 1 a 0, no jogo de volta. Mas no próximo duelo o Coxa terá a volta de Marcelinho Paraíba, que dá um pingo de esperança aos torcedores alvi-verdes.
Vamos agora aos comentários sobre o jogo Vasco x Corinthians, que foi o que assisti na íntegra.
MANDOU BEM!
- O Corinthians deu, no 1º tempo, uma verdadeira aula de como ser um visitante no Maracanã. Campo de grandes dimensões e torcida vascaína inflamada exigiam muita tranquilidade por parte da equipe paulista que, de maneira inteligentíssima, valorizou bastante a posse de bola. E teve mais! Com uma excelente movimentação de Dentinho na frente, as trocas de passes do Timão constantemente terminavam em ameaças ao goleiro vascaíno Fernando Prass. Reparem: Aos 10 minutos, Jorge Henrique dá um lindo passe, abrindo a bola na esquerda, que Dentinho finaliza levando perigo. Apenas dois minutos depois, Douglas faz um cruzamento da direita que Dentinho entra voando e, por pouco, não consegue cabecear a pelota. 21 minutos de jogo e, mais uma vez boa jogada de Dentinho, que rola uma bola açucarada para Elias mandar uma bomba de fora da área, que passa sobre o gol carioca. O Vasco não jogava e o Corinthians sabia a hora “enrolar” o jogo e de ameaçar o rival. Aos 26 minutos, Douglas erra uma passe pelo meio da defesa vascaína, mas após o bate-rebate, a bola sobra para Dentinho que finaliza pra fora. Com 29 minutos, enfim a superioridade do Timão rendeu frutos, quando um monumental passe de Jorge Henrique encontrou o sempre paticipativo Dentinho que, com uma boa finalização, abriu o placar. Tudo que o torcedor vascaíno esperava do seu time nos primeiros 30 minutos de jogo, assistiu na atuação do Corinthians e, principalmente, de Dentinho. Muitos treinadores deveriam ter gravado está meia hora de arrasador futebol corintiano e assistir sempre que pensar em mandar seu time segurar um jogo, na casa de um adversário, antes mesmo do intervalo.
- Assim como na vitória sobre o Fluminense, na semana passada, pela Copa do Brasil, o zagueiro corintiano Chicão realizou uma excelente partida. Atualmente, em minha opinião, Chicão se mostra o melhor zagueiro-central do país, não só pelos gols que vem marcando. Este jogo contra o Vasco foi um exemplo de uma partida onde Chicão não balançou as redes e teve uma atuação de alto nível. Nenhum duelo individual em que esteve presente, ele saiu derrotado, além de raramente rifar a pelota para frente na saída do jogo, ajudando o Timão a valorizar a posse de bola. Para expressar melhor meus elogios para o zagueiro, me utilizo da famosa frase: “Amarelinha nele!”.
- A ausência de Carlos Alberto não diminuiu a criatividade do setor de meio-campo vascaíno. Ela extinguiu a criatividade do setor. Outro resultado da sua ausência foi que o Vasco passou o jogo todo escorado em seus laterais. No 1º tempo, apenas Paulo Sérgio tentava criar jogadas ofensivas, sendo ele o melhor jogador do Vasco na etapa. Já após o intervalo, Ramón resolveu mostrar suas qualidades e apareceu bem no ataque, o que fez o Vasco viver seus melhores momentos na partida. Por cerca de 15 minutos, os laterais Ramón e Paulo Sérgio apareceram simultaneamente na criação de jogadas e infernizaram o setor defensivo do Corinthians. Dos pés de Paulo Sérgio iniciou o gol de empate vascaíno e em duas jogadas de Ramón, uma aos 23 e outra aos 26, surgiram as melhores chances de o Vasco virar o placar.
MANDOU MAL!
- O sistema defensivo vascaíno vinha recebendo elogios pela sequência de jogos na Série B sem levar gols, porém enfrentar o Corinthians é diferente. Como citado anteriormente, nos primeiros 30 minutos de partida, Dentinho deu um baile na defesa cruzmaltina. Após o intervalo, o setor permaneceu desajustado e, se não fosse uma espetacular defesa do goleiro Fernando Prass, em um chute de Elias que apareceu sozinho na pequena área, o Vasco teria saído de campo com a derrota. Acredito que se manter esse nível de atuação defensivo no jogo de volta, com Ronaldo em campo e o Corinthians pressionando, o Vasco terá sérios problemas para se classificar.
ENQUANTO ISSO EM SÃO PAULO...
- Sem um pingo de criatividade ou de organização ofensiva, o Palmeiras empatou em casa, com o Nacional, pela Libertadores. O placar de 1 a 1 pode ser considerado justo se levarmos em conta que, apesar de manter a maior posse de bola, o Palmeiras não foi nem um pouco incisivo ofensivamente. Com menos de 30 minutos do 1º tempo, Luxemburgo já havia sacado o ala-direito Fabinho Capixaba e o volante Souza para lançar o meia-atacante Marquinhos, como ala-direito, e o centroavante Obina. A equipe alvi-verde melhorou um pouco, mais por causa de Marquinhos, que aparecia bem na direita. Porém, com Marquinhos, Diego Souza, Cleiton Xavier, Obina e Keirrison, esperava-se um Palmeiras pressionando o Nacional durante todo o jogo. Doce ilusão. Com exceção de umas poucas jogadas pela direita, o Palmeiras, como citado anteriormente, fez uma partida medíocre em termos ofensivos. O gol só saiu graças a qualidade individual de Diego Souza, que mesmo não fazendo boa partida, sabe muito bem como chutar de fora da área. Sendo assim, o gol do Nacional, que empatou o jogo, aos 35 minutos do 2º tempo, não pode ser considerado injusto, afinal, no futebol, posse de bola nunca foi sinônimo de vitória. Uma nota rápida: Até agora estou tentando entender o motivo da substituição que o Luxemburgo realizou aos 30 minutos da 2ª etapa. Saiu Keirrison e entrou o volante Jumar.
ENQUANTO ISSO EM ROMA...
- A final da Champions League foi menos encantadora do que se imaginava, e o culpado foi o Manchester United. A equipe inglesa jogou apenas 8 minutos de futebol, ou melhor, Cristiano Ronaldo jogou apenas 8 minutos de futebol, já que no início do jogo, enquanto o Barcelona se mostrava fora de órbita, o português levou perigo ao goleiro Valdés com 3 belos chutes. Aos 9 minutos, porém, o duelo trasnformou-se em um massacre quando Iniesta deu ótima assistência para Eto´o abrir o placar para o Barcelona. A partir de então o Manchester transformou-se em um símbolo de desorganização enquanto o Barcelona possuía o completo domínio do jogo. Não existe, no mundo, uma equipe que trate tão bem a bola quanto o Barça. A equipe tem a capacidade de passar o jogo inteiro sem praticamente desperdiçar uma única posse da pelota. Toca daqui, toca de lá, abre na direita, volta no meio, toca na esquerda, tá difícil, volta no zagueiro, abre na direita... E quando você mesnos espera, uma clara chance de gol está sendo criada. Claro que toda a equipe, além do treinador Guardiola, merecem méritos por fazer o time jogar assim, porém os aplausos para os meias Xavi e Iniesta devem ser mais efusivos. Eles podem não ser, individualmente, os melhores meias do mundo, apesar de eu já começar a repensar minha opinião em relação ao Xavi, porém como dupla, não existe igual no planeta. Na decisão eles foram, em minha opinião, os dois melhores homens em campo. Além da já citada assistência de Iniesta para o primeiro gol, Xavi cruzou uma bola com perfeição para o futuro melhor jogador do mundo, Messi, dar números finais ao jogo. Algo que não pode deixar de ser citado. O que parecia ser uma loucura, no início da partida, fez o Barcelona ser campeão. Messi de centroavante e Eto´o de ponta-direita. E foi dos pés de ambos, e nas citadas posições, que os gols saíram.
Sou um daqueles que criticam o Cristiano Ronaldo por seus sumiços em partidas decisivas, apesar de nesta edição da Champions League ele ter mostrado estar mudando. Porém, seria a maior injustiça do mundo jogar a culpa do baile sofrido pelo Manchester em suas costas. Enquanto o treinador Alex Ferguson realizava substituições sem sentido, seus comandados não demostravam nenhum poder de recuperação ou espírito de decisão. Até a tão sólida defesa inglesa esteve vulnerável ( o drible que Ferdinand levou de Henry foi algo monumental), Wayne Rooney não mostrou um pingo de sua habitual raça e Ryan Giggs não entrou em campo.
Após o final da partida, estou com aquela sensação de que da mesma maneira que hoje os mais antigos contam, com brilho nos olhos, histórias do Real Madrid de Puskas, Gento, Di Stéfano e Kopa, ou do Santos de Gilmar, Zito, Pelé, Pepe e Coutinho, eu, daqui à alguns anos, abrirei um longo sorriso ao falar sobre o Barcelona de Puyol, Xavi, Iniesta, Henry, Eto´o, Messi...
PARABÉNS BARCELONA!
Concordo sobre o Chicão, melhor zagueiro do Brasil.
ResponderExcluirPra mim essa Copa do Brasil já tem um finalista desde o início que é o Internacional.
O Cruzeiro venceu bem, mas o SPFC é um time chato e sortudo. Tem que ter cuidado no Morumbi.
Enfim, Beijos.
Anna.
Diano velho de guerra!!!!!
ResponderExcluirO Corintihans mostrou no Maracanã como se deve jogar no maior estádio do mundo com um toque de bola refinado e paciência para invadir a área adversária. Acho difícil o Vasco reveter a vantagem do time paulista pois a equipe vaiscáina tem uita aplicação tática, mas depende muita da criatividade do meio campo Carlos Alberto.
O Cruzeiro no Mineirão atropelou o São Paulo e se não fosse o goleiro do Dênis o placar podia ser maior.
O Barcelona parece que está jogando em outra dimensão não vejo um time do mundo que jogue bonito como o time espanhol.