domingo, 7 de junho de 2009
FIGURINHA CARIMBADA - PERÁCIO
Nome: José Perácio
Data de nascimento: 2 de novembro de 1917
Faleceu em 10 de março de 1977
Posição: ponta-de-lança
Clubes:
Villa Nova – MG (1933 a 1936)
Botafogo (1937 a 1940)
Flamengo (1940 a 1947 e 1951)
Canto do Rio – RJ (1948 a 1951)
Seleção Brasileira – 6 jogos e 4 gols – 1 Copa do Mundo (1938)*
Títulos:
Campeonato Mineiro – 1933, 1934 e 1935 – Villa Nova
Campeonato Carioca – 1942, 1943 e 1944 – Flamengo
Destaques:
- O início da carreira do craque Perácio foi sensacional. Atuando na que foi talvez a maior equipe da história do Villa Nova, Perácio sagrou-se Tri-Campeão Mineiro. Desta equipe sairíam grandes jogadores, como o ilustre meia Zezé Procópio, que faria história no Atlético Mineiro e no São Paulo, e o goleador Alfredo, também ídolo no Galo Mineiro. O mais incrível é que Perácio fazia parte deste timaço com apenas 16 anos de idade.
- Com o bolão que estava jogando, Perácio seguiu o caminho natural dos grandes jogadores da época. Ir para o Rio de Janeiro ou para São Paulo. No caso de Perácio, o destino foi o Botafogo. No Fogão, as grandes atuações continuaram e o seu famoso canhão foi tornando-se cada vez mais conhecido. Durante a Copa do Mundo de 1938, Perácio transformou-se em lenda. Na partida contra a Tchecoslováquia, o goleiro Planicka, um dos grandes arqueiros europeus, chocou-se com a trave ao tentar defender um chute de Perácio. Com o choque, Planicka teve seu braço e clavícula fraturados, porém a lenda diz que foi o petardo de Perácio que contundiu o goleiro. Além do chute fortíssimo, uma outra característica de Perácio chamava a atenção. O lendário João Saldanha nos conta: “É que ele representa uma nova etapa do futebol: a do profissionalismo, onde o jogador não é apenas um futebolista na acepção da palavra, mas um futebolista e atleta, formado em toda a extensão.” .**
- Apesar da excelente passagem pelo Botafogo, Perácio também conseguiu se tornar ídolo em outro grande clube carioca. Pelo Flamengo, atuando ao lado de imortais da bola como Domingos da Guia e Zizinho, Perácio viveu uma época de ouro, conquistando o Tri-Campeonato Carioca 42/43/44. No Carioca de 1944, porém, Perácio não pôde atuar até o final, pois foi selecionado para defender a pátria. “Jogar pela Seleção Brasileira”, você deve estar pensando. Nada disso. Em 1944, Perácio foi um dos soldados da F.E.B. (Força Expedicionária Brasileira) que batalhou em solo europeu, na 2ª Guerra Mundial.
- Um história cômica, que ocorreu fora dos gramados, também sempre é lembrada quando se fala de Perácio. Em um belo dia, Perácio e seu amigo, e também craque de bola, Martim Silveira, pararam em um posto de gasolina para abastecer o carro. Enquanto o frentista fazia o seu trabalho, Perácio acendeu um cigarro com um palito de fósforo e o jogou, ainda aceso, perto da bomba que o frentista manejava. Martim Silveira deu um pulo pra trás, temendo o pior. Após passar o susto ele dá uma bronca daquelas em Perácio. “Você é louco? Como você pode fazer um negócio destes?”. Perácio na maior tranquilidade rebate: “Calma Martim. Eu não sabia que você era supersticioso.”
* Mini-Enciclopédia do Futebol Brasileiro – Lance!
** http://br.oleole.com/blogs/miliano-fc
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