Milan 0 x 4 Internazionale – 2ª rodada do Campeonato Italiano
Show de bola! Simplesmente espetacular a atuação da Inter na goleada de 4 a 0 sobre o Milan. Parecendo enfrentar uma equipe amadora, a Inter só não foi absurdamente superior durante os primeiros 15 minutos de jogo. Além de uma eficiência impressionante, a equipe interista mostrou um futebol de rara beleza. Os gols dos brasileiros Tiago Motta e Maicon foram marcados após lindas trocas de passes, o pênalti sofrido por Eto´o em um rápido e mortal contra-ataque e o gol que fechou o caixão, em uma bomba de fora da área de Stankovic. Uma atuação completa. Até o holandês Sneijder, que chegou ao time na semana do jogo, parecia conhecer seus comapanheiros a uma longa data. Apesar de toda a equipe ter atuado em um alto nível, gostaria de destacar dois jogadores da Inter. No sistema defensivo, o zagueirão brasileiro Lúcio não perdeu uma jogada sequer. Foi uma verdadeira muralha. Pela sua habitual garra e espírito de liderança, acredito que em pouco tempo ele se tornará um grande ídolo da torcida interista. No ataque, me encheu os olhos a atuação do atacante Milito. Nos dois gols marcados após trocas de passes, que citei anteriormente, foi o argentino quem se encarregou de dar o toque final, deixando seus companheiros de frente pro crime. O pênalti convertido por ele foi apenas mais um ponto de sua excelente atuação. O que falar sobre a apresentação do Milan? Bom, deu pena.
Manchester 2 x 1 Arsenal – 4ª rodada do Campeonato Inglês
O Arsenal quase conseguiu a façanha de bater o Manchester em pleno Old Trafford. Um golaço do russo Arshavin colocou os Gunners na frente do placar e, como o Manchester sentia uma falta absurda de um jogador para organizar as jogadas, a vitória parecia próxima. Em duas falhas, porém, o Manchester conseguiu virar a partida. Primeiro o sistema defensivo deixou um buraco gigante por onde Rooney avançou e sofreu pênalti, convertido por ele mesmo. Cinco minutos depois, após cobrança de falta do sumido Ryan Giggs, um lance cômico. Parecendo personagem dos trapalhões, o volante francês Diaby, que vem tendo um bom início de temporada, subiu sozinho e, de cabeça, mandou a pelota contra o próprio patrimônio. Acredito que o treinador Alex Fergusson deveria pensar em uma nova maneira de armar sua equipe, pois o português Cristiano Ronaldo é um jogador insubstituível. O também português Nani e o equatoriano Valencia, que Fergusson acredita poderem fazer o mesmo papel de Ronaldo, não possuem qualidade técnica e maturidade para dificílima tarefa. No momento, Fergusson poderia dar uma passo atrás para, logo em seguida, dar dois adiante. Montar uma equipe com padrão tático simples, o lendário 4-4-2 inglês, poderia fazer o Manchester render mais e Rooney, disparado o jogador mais diferente do elenco, ficar menos ilhado no ataque.
segunda-feira, 31 de agosto de 2009
CAMPEONATO BRASILEIRO 2009 - 22ª RODADA - SÉRIE A
SÉRIE A
Barueri 2 x 2 Corinthians
Coritiba 2 x 0 Avaí
Flamengo 3 x 0 Santo André
Náutico 3 x 0 Atlético Paranaense
São Paulo 0 x 0 Palmeiras
Santos 2 x 0 Fluminense
Atlético Mineiro 1 x 1 Sport
Internacional 4 x 0 Goiás
Vitória 3 x 3 Cruzeiro
Botafogo 3 x 3 Grêmio
Olá amigos do FUTEBOLA!
A 22ª rodada do Brasileirão foi, novamente, um pesadelo para o Fluminense. Com apenas 3 vitórias em todo o torneio, o Fluzão não poderia estar pior. Ainda dá para reagir, mas as esperanças já estão acabando. Na outra ponta da tabela, a de cima, o Avaí perdeu sua invencibilidade de 11 jogos, ao ser derrotado pelo Coritiba de Marcelinho Paraíba, e o Internacional deu um baile no Goiás. Com o empate no clássico São Paulo x Palmeiras, o Colorado continua firme e forte na briga pelo título. Vamos aos comentários dos jogos que assisti desta rodada do Brasileirão.
Flamengo 3 x 0 Santo André – Maracanã, Rio de Janeiro (RJ)
São Paulo 0 x 0 Palmeiras – Morumbi, São Paulo (SP)
Internacional 4 x 0 Goiás – Beira-Rio, Porto Alegre (RS)
MANDOU BEM!
- Queimando a língua de muitos, inclusive a minha, o sérvio Petkovic continua batendo um bolão pelo Flamengo. Sua atuação na vitória sobre o Santo André foi excelente. Os três gols rubro-negros saíram de seus pés, sendo que o último deles após uma arrancada aos 45 minutos do 2º tempo e um chute na trave, que Zé Roberto pegou o rebote. Além dos lances que resultaram em gols, ele foi muito participativo nas trocas de passes no setor de meio-campo. De contratação contestada, Pet se tornou uma peça essencial para as boas apresentações do Flamengo. Gostaria de destacar também o bom retorno de Léo Moura, que fez a torcida perceber que mesmo sem estar no seu auge é disparado a melhor opção para o Flamengo atacar pela direita, e a estréia do zagueiro Álvaro. Recém-contratado junto ao Internacional, Álvaro já deu ao setor defensivo do Flamengo uma maior segurança do que os garotos Wellinton e Fabrício vinham dando. Quem sabe com sua presença, Angelim não volte a mostrar o excelente futebol que possui.
- Nesta 22ª rodada do Brasileirão, dois destacados jogadores de nosso futebol, após muito tempo, realizaram ótimas apresentações. Pelo Flamengo, Zé Roberto finalmente mostrou um grande futebol. Com muita velocidade, movimentação, verticalidade e até chutes longos, Zé fez crescer na torcida rubro-negra uma esperança quanto ao retorno de seu bom jogo. Será de uma ajuda imensa para o Fla, principalmente pela saída do Emerson, se o Zé Roberto jogar sempre neste nível. O outro jogador que resolveu mostrar que ainda sabe tudo de bola foi o ex-lateral da Seleção Brasileira, Kléber. De todas suas atuações com a camisa do Internacional que eu assisti, esta contra o Goiás foi sem dúvida alguma a melhor de todas. Com constantes aparições pelo meio do campo e lançamentos de precisão milimétrica, Kléber provou que ainda está na briga pela vaga na Copa do Mundo. O golaço de cobertura que marcou no fim da partida coroou sua sensacional atuação.
- O grande destaque do morno duelo entre São Paulo e Palmeiras, foi a atuação do atacante Dagoberto. Talvez querendo mostrar para o agora treinador do Verdão, Muricy Ramalho, seu antigo comandante, que tinha bola para ser melhor aproveitado no Tricolor, Dagoberto, principalmente no 1º tempo, voou em campo. Praticamente todas as jogadas do Sampa passaram por seus pés. E não foram jogadas comuns, mas belíssimas jogadas que deixaram o setor defensivo do Palmeiras de cabelo em pé. Infiltrações pelo meio, passes de calcanhar, passes de peito, chutes longos... O atacante tricolor fez de tudo um pouco. Talvez se seu ritmo não tivesse diminuído na 2ª etapa, o São Paulo conseguisse os três pontos.
- Como citei anteriormente, o Kléber teve uma excelente atuação na goleada do Internacional sobre o Goiás. Entretanto, o prêmio de melhor homem em campo deve ser dividido entra a dupla de pratas-da-casa colorada Giuliano/Marquinhos. Os dois jovens simplesmente destroçaram o sistema defensivo goiano, desde o apito inicial da partida. Para se ter uma idéia, com 5 minutos de jogo, Marquinhos já havia inaugurado o placar com um belo gol após assistência de Giuliano. E foi o jogo inteiro assim, com os dois mostrando grande velocidade e qualidade técnica. Queria dar um destaque ligeiramente maior para o Giuliano, que está começando a não sentir o peso de vestir a camisa 10 de um dos gigantes de nosso futebol, comandando as ações ofensivas da equipe com grande autoridade. Ah, como em quase todo jogo Guiñazu esteve impecável e onipresente. E o Maradona insiste em não convocá-lo. Abre o olho Dieguito!
MANDOU MAL!
- O clássico entre Palmeiras e São Paulo ficou devendo. Apesar de estar em campo as duas melhores defesas do Brasileiro, esperava assistir uma partida aberta, pois acredito que ambos já se deram conta de que empatar não é muito bom em um campeonato de pontos corridos. O que se viu em campo, porém, foi um Dagoberto tentando levar o São Paulo ao ataque, com sua conhecida qualidade técnica, e o restante dos jogadores sem nenhuma impetuosidade. Todos os jogadores de meio-de-campo que são responsáveis por organizar as jogadas ofensivas estiveram muito mal. Diego Souza e Cleiton Xavier, este último voltando de contusão, pelo Palmeiras, e os tricolores Jorge Wagner e Hernanes, não mostraram nenhum ímpeto para tentar levar suas equipes para frente. Por este motivo, o jogo ficou muito amarrado na meiúca e o zero a zero só castigou o Dagoberto. Por fim, a análise da atuação da dupla de ataque Obina/Ortigoza faz o torcedor do Verdão ter que agradecer, e muito, a contratação de Vagner Love.
- O duelo entre Internacional e Goiás marcava a volta de Fernandão ao Beira-Rio. Era um momento histórico, afinal Fernandão, agora atuando pelo Goiás, é sem dúvida alguma uma das maiores estrelas da vitoriosa história colorada. Porém, o árbitro Ricardo Marques Ribeiro resolveu estragar o duelo quando, aos 13 minutos da 1ª etapa, expulsou Fernandão por uma falta onde nem cartão amarelo ele merecia receber. O Goiás já perdia por 1 a 0 e, a partir da expulsão, o caminho ficou aberto para o massacre vermelho.
JOGADA RÁPIDA!
Incrível! Dos 15 jogadores que possuem oito ou mais gols no Brasileirão, todos são atacantes. E isso porque Ronaldo e Fred estão contundidos faz tempo.
Barueri 2 x 2 Corinthians
Coritiba 2 x 0 Avaí
Flamengo 3 x 0 Santo André
Náutico 3 x 0 Atlético Paranaense
São Paulo 0 x 0 Palmeiras
Santos 2 x 0 Fluminense
Atlético Mineiro 1 x 1 Sport
Internacional 4 x 0 Goiás
Vitória 3 x 3 Cruzeiro
Botafogo 3 x 3 Grêmio
Olá amigos do FUTEBOLA!
A 22ª rodada do Brasileirão foi, novamente, um pesadelo para o Fluminense. Com apenas 3 vitórias em todo o torneio, o Fluzão não poderia estar pior. Ainda dá para reagir, mas as esperanças já estão acabando. Na outra ponta da tabela, a de cima, o Avaí perdeu sua invencibilidade de 11 jogos, ao ser derrotado pelo Coritiba de Marcelinho Paraíba, e o Internacional deu um baile no Goiás. Com o empate no clássico São Paulo x Palmeiras, o Colorado continua firme e forte na briga pelo título. Vamos aos comentários dos jogos que assisti desta rodada do Brasileirão.
Flamengo 3 x 0 Santo André – Maracanã, Rio de Janeiro (RJ)
São Paulo 0 x 0 Palmeiras – Morumbi, São Paulo (SP)
Internacional 4 x 0 Goiás – Beira-Rio, Porto Alegre (RS)
MANDOU BEM!
- Queimando a língua de muitos, inclusive a minha, o sérvio Petkovic continua batendo um bolão pelo Flamengo. Sua atuação na vitória sobre o Santo André foi excelente. Os três gols rubro-negros saíram de seus pés, sendo que o último deles após uma arrancada aos 45 minutos do 2º tempo e um chute na trave, que Zé Roberto pegou o rebote. Além dos lances que resultaram em gols, ele foi muito participativo nas trocas de passes no setor de meio-campo. De contratação contestada, Pet se tornou uma peça essencial para as boas apresentações do Flamengo. Gostaria de destacar também o bom retorno de Léo Moura, que fez a torcida perceber que mesmo sem estar no seu auge é disparado a melhor opção para o Flamengo atacar pela direita, e a estréia do zagueiro Álvaro. Recém-contratado junto ao Internacional, Álvaro já deu ao setor defensivo do Flamengo uma maior segurança do que os garotos Wellinton e Fabrício vinham dando. Quem sabe com sua presença, Angelim não volte a mostrar o excelente futebol que possui.
- Nesta 22ª rodada do Brasileirão, dois destacados jogadores de nosso futebol, após muito tempo, realizaram ótimas apresentações. Pelo Flamengo, Zé Roberto finalmente mostrou um grande futebol. Com muita velocidade, movimentação, verticalidade e até chutes longos, Zé fez crescer na torcida rubro-negra uma esperança quanto ao retorno de seu bom jogo. Será de uma ajuda imensa para o Fla, principalmente pela saída do Emerson, se o Zé Roberto jogar sempre neste nível. O outro jogador que resolveu mostrar que ainda sabe tudo de bola foi o ex-lateral da Seleção Brasileira, Kléber. De todas suas atuações com a camisa do Internacional que eu assisti, esta contra o Goiás foi sem dúvida alguma a melhor de todas. Com constantes aparições pelo meio do campo e lançamentos de precisão milimétrica, Kléber provou que ainda está na briga pela vaga na Copa do Mundo. O golaço de cobertura que marcou no fim da partida coroou sua sensacional atuação.
- O grande destaque do morno duelo entre São Paulo e Palmeiras, foi a atuação do atacante Dagoberto. Talvez querendo mostrar para o agora treinador do Verdão, Muricy Ramalho, seu antigo comandante, que tinha bola para ser melhor aproveitado no Tricolor, Dagoberto, principalmente no 1º tempo, voou em campo. Praticamente todas as jogadas do Sampa passaram por seus pés. E não foram jogadas comuns, mas belíssimas jogadas que deixaram o setor defensivo do Palmeiras de cabelo em pé. Infiltrações pelo meio, passes de calcanhar, passes de peito, chutes longos... O atacante tricolor fez de tudo um pouco. Talvez se seu ritmo não tivesse diminuído na 2ª etapa, o São Paulo conseguisse os três pontos.
- Como citei anteriormente, o Kléber teve uma excelente atuação na goleada do Internacional sobre o Goiás. Entretanto, o prêmio de melhor homem em campo deve ser dividido entra a dupla de pratas-da-casa colorada Giuliano/Marquinhos. Os dois jovens simplesmente destroçaram o sistema defensivo goiano, desde o apito inicial da partida. Para se ter uma idéia, com 5 minutos de jogo, Marquinhos já havia inaugurado o placar com um belo gol após assistência de Giuliano. E foi o jogo inteiro assim, com os dois mostrando grande velocidade e qualidade técnica. Queria dar um destaque ligeiramente maior para o Giuliano, que está começando a não sentir o peso de vestir a camisa 10 de um dos gigantes de nosso futebol, comandando as ações ofensivas da equipe com grande autoridade. Ah, como em quase todo jogo Guiñazu esteve impecável e onipresente. E o Maradona insiste em não convocá-lo. Abre o olho Dieguito!
MANDOU MAL!
- O clássico entre Palmeiras e São Paulo ficou devendo. Apesar de estar em campo as duas melhores defesas do Brasileiro, esperava assistir uma partida aberta, pois acredito que ambos já se deram conta de que empatar não é muito bom em um campeonato de pontos corridos. O que se viu em campo, porém, foi um Dagoberto tentando levar o São Paulo ao ataque, com sua conhecida qualidade técnica, e o restante dos jogadores sem nenhuma impetuosidade. Todos os jogadores de meio-de-campo que são responsáveis por organizar as jogadas ofensivas estiveram muito mal. Diego Souza e Cleiton Xavier, este último voltando de contusão, pelo Palmeiras, e os tricolores Jorge Wagner e Hernanes, não mostraram nenhum ímpeto para tentar levar suas equipes para frente. Por este motivo, o jogo ficou muito amarrado na meiúca e o zero a zero só castigou o Dagoberto. Por fim, a análise da atuação da dupla de ataque Obina/Ortigoza faz o torcedor do Verdão ter que agradecer, e muito, a contratação de Vagner Love.
- O duelo entre Internacional e Goiás marcava a volta de Fernandão ao Beira-Rio. Era um momento histórico, afinal Fernandão, agora atuando pelo Goiás, é sem dúvida alguma uma das maiores estrelas da vitoriosa história colorada. Porém, o árbitro Ricardo Marques Ribeiro resolveu estragar o duelo quando, aos 13 minutos da 1ª etapa, expulsou Fernandão por uma falta onde nem cartão amarelo ele merecia receber. O Goiás já perdia por 1 a 0 e, a partir da expulsão, o caminho ficou aberto para o massacre vermelho.
JOGADA RÁPIDA!
Incrível! Dos 15 jogadores que possuem oito ou mais gols no Brasileirão, todos são atacantes. E isso porque Ronaldo e Fred estão contundidos faz tempo.
sexta-feira, 28 de agosto de 2009
CAMPEONATO BRASILEIRO 2009 - SÉRIE A
Santos 3 x 3 Internacional*
Barueri 2 x 2 Corinthians
Botafogo 1 x 1 Cruzeiro*
*jogos adiados do 1º turno
Olá amigos do FUTEBOLA!
Neste meado de semana ocorreram dois duelos atrasados do Brasileirão e uma adiantado. E viva o asterisco na tabela. Vamos aos comentários do jogo entre Botafogo e Cruzeiro.
Botafogo 1 x 1 Cruzeiro – Engenhão, Rio de Janeiro (RJ)
MANDOU BEM!
- A atuação da dupla de meias do Botafogo no 1º tempo, no empate contra o Cruzeiro, foi excelente. Com muita movimentação e, principalmente, qualidade nos passes, Michael e Lúcio Flávio levaram a equipe para o ataque e foram os principais responsáveis pela vantagem obtida antes do intervalo. Se a capacidade técnica de Lúcio Flávio já é de conhecimento da torcida do Fogão, o jovem Michael começou a mostrar suas cartas. Com um precisão ímpar nos passes decisivos, Michael colocou todos seus companheiros ofensivos na cara do gol. Primeiro foi um lindo lançamento para André Lima que, sem companhia na área não deu prosseguimento na jogada. Logo depois, aproveitando um deslocamento perfeito de Lúcio Flávio, entre a zaga cruzeirense, Michael deu a assitência para o belo gol do Fogo. Por último, um ótimo lançamento para Victor Simões chutar para fora. Pena que o Botafogo recuou no 2º tempo, principalmente após a expulsão de Fahel. Se mantivesse a pressão e movimentação ofensiva, o Botafogo poderia conseguir os três pontos.
- Apesar de não ter realizado uma boa partida, mostrando apenas uma dose de sua velocidade e qualidade no drible, não poderia deixar de citar a estréia do equatoriano Guerrón como um ponto positivo da partida Botafogo x Cruzeiro. Um dos melhores jogadores que o futebol sul-americano produziu nos últimos tempos, Guerrón tem tudo para realizar uma dupla de muito sucesso com o “Gladiador” Kléber. Mesmo que acreditando ser por pouco tempo, o torcedor do Cruzeiro, e do futebol brasileiro em geral, terá a honra de assistir uma grande parceria. Estou torcendo muito para a dupla Guerrón/Kléber mostrar tudo que sabe pela Raposa.
MANDOU MAL!
- Pode parecer que o Botafogo só recuou na 2ª etapa pela infantil expulsão do volante Fahel. Porém, se analisarmos o final do 1º tempo, perceberemos que o Botafogo já estava mostrando a sua conhecida tendência de tentar apenas os contra-ataques quando consegue a vantagem no placar. Juro que não entendo. O Cruzeiro sofria horrores para acertar um passe, sua defesa não conseguia sair com bola, a leve marcação pressão exercida pelo Fogo dava resultado, Michael e Lúcio Flávio deitavam e rolavam ofensivamente e bastou um único golzinho marcado para o Botafogo mudar seu estilo. Acredito que mesmo se o Fahel não tivesse sido expulso, o Alvi-negro teria recuado excessivamente e deixaria o Cruzeiro crescer em campo.
- Péssimo o 1º tempo realizado pelo Cruzeiro, no Engenhão. Com exceção de uma ou duas boas jogadas de Guerrón pela direita e uma única aparição de Gilberto, o time mineiro nada fez. Perdido na defesa, sem criatividade e participação na meiúca e com um ataque que sentia uma falta absurda de Kléber e Wellington Paulista, o Cruzeiro merecia ir para o intervalo perdendo por mais de 1 a 0. Mesmo com desfalques e jogadores fora de forma, o Cruzeiro não pode realizar um 1º tempo com esta qualidade. Apesar de ter pressionado após o intervalo, acredito que a equipe não merecia a vitória pelo futebol ruim que mostrou nos primeiros 45 minutos.
Barueri 2 x 2 Corinthians
Botafogo 1 x 1 Cruzeiro*
*jogos adiados do 1º turno
Olá amigos do FUTEBOLA!
Neste meado de semana ocorreram dois duelos atrasados do Brasileirão e uma adiantado. E viva o asterisco na tabela. Vamos aos comentários do jogo entre Botafogo e Cruzeiro.
Botafogo 1 x 1 Cruzeiro – Engenhão, Rio de Janeiro (RJ)
MANDOU BEM!
- A atuação da dupla de meias do Botafogo no 1º tempo, no empate contra o Cruzeiro, foi excelente. Com muita movimentação e, principalmente, qualidade nos passes, Michael e Lúcio Flávio levaram a equipe para o ataque e foram os principais responsáveis pela vantagem obtida antes do intervalo. Se a capacidade técnica de Lúcio Flávio já é de conhecimento da torcida do Fogão, o jovem Michael começou a mostrar suas cartas. Com um precisão ímpar nos passes decisivos, Michael colocou todos seus companheiros ofensivos na cara do gol. Primeiro foi um lindo lançamento para André Lima que, sem companhia na área não deu prosseguimento na jogada. Logo depois, aproveitando um deslocamento perfeito de Lúcio Flávio, entre a zaga cruzeirense, Michael deu a assitência para o belo gol do Fogo. Por último, um ótimo lançamento para Victor Simões chutar para fora. Pena que o Botafogo recuou no 2º tempo, principalmente após a expulsão de Fahel. Se mantivesse a pressão e movimentação ofensiva, o Botafogo poderia conseguir os três pontos.
- Apesar de não ter realizado uma boa partida, mostrando apenas uma dose de sua velocidade e qualidade no drible, não poderia deixar de citar a estréia do equatoriano Guerrón como um ponto positivo da partida Botafogo x Cruzeiro. Um dos melhores jogadores que o futebol sul-americano produziu nos últimos tempos, Guerrón tem tudo para realizar uma dupla de muito sucesso com o “Gladiador” Kléber. Mesmo que acreditando ser por pouco tempo, o torcedor do Cruzeiro, e do futebol brasileiro em geral, terá a honra de assistir uma grande parceria. Estou torcendo muito para a dupla Guerrón/Kléber mostrar tudo que sabe pela Raposa.
MANDOU MAL!
- Pode parecer que o Botafogo só recuou na 2ª etapa pela infantil expulsão do volante Fahel. Porém, se analisarmos o final do 1º tempo, perceberemos que o Botafogo já estava mostrando a sua conhecida tendência de tentar apenas os contra-ataques quando consegue a vantagem no placar. Juro que não entendo. O Cruzeiro sofria horrores para acertar um passe, sua defesa não conseguia sair com bola, a leve marcação pressão exercida pelo Fogo dava resultado, Michael e Lúcio Flávio deitavam e rolavam ofensivamente e bastou um único golzinho marcado para o Botafogo mudar seu estilo. Acredito que mesmo se o Fahel não tivesse sido expulso, o Alvi-negro teria recuado excessivamente e deixaria o Cruzeiro crescer em campo.
- Péssimo o 1º tempo realizado pelo Cruzeiro, no Engenhão. Com exceção de uma ou duas boas jogadas de Guerrón pela direita e uma única aparição de Gilberto, o time mineiro nada fez. Perdido na defesa, sem criatividade e participação na meiúca e com um ataque que sentia uma falta absurda de Kléber e Wellington Paulista, o Cruzeiro merecia ir para o intervalo perdendo por mais de 1 a 0. Mesmo com desfalques e jogadores fora de forma, o Cruzeiro não pode realizar um 1º tempo com esta qualidade. Apesar de ter pressionado após o intervalo, acredito que a equipe não merecia a vitória pelo futebol ruim que mostrou nos primeiros 45 minutos.
segunda-feira, 24 de agosto de 2009
CAMPEONATO BRASILEIRO 2009 - 21ª RODADA - SÉRIE A
SÉRIE A
Palmeiras 2 x 1 Internacional
Santo André 1 x 0 Coritiba
Sport 2 x 0 Vitória
Corinthians 3 x 3 Botafogo
Atlético Paranaense 1 x 0 São Paulo
Grêmio 4 x 1 Atlético Mineiro
Fluminense 0 x 0 Barueri
Goiás 2 x 1 Santos
Cruzeiro 4 x 2 Náutico
Avaí 3 x 0 Flamengo
Olá amigos do FUTEBOLA!
A 21ª rodada do Brasileirão terminou com duas das maiores surpresas do campeonato no G4. Goiás e Avaí continuam atropelando seus adversários e a cada dia que passa se consolidam mais como fortes candidatos na briga pela preciosa vaga na Libertadores. Se ambos vão ter forças para combater o Palmeiras, na briga pelo título, acredito ser cedo para falar, mas que estão jogando uma bola redondinho, isso estão. Vamos aos comentários sobre os jogos que assisti desta importante rodada do Brasileiro.
Palmeiras 2 x 1 Internacional – Palestra Itália, São Paulo (SP)
Fluminense 0 x 0 Barueri – Maracanã, Rio de Janeiro (RJ)
Avaí 3 x 0 Flamengo – Ressacada, Florianópolis (SC)
MANDOU BEM!
- Com 11 minutos de jogo, no Palestra Itália, os mais de 20 mil torcedores palmeirenses devem ter ficado com a pulga atrás da orelha. O motivo? Cleiton Xavier, em minha opinião o melhor jogador do Brasileiro até o momento, sentiu o tornozelo e teve que ser substituído. O jogo poderia ter se tornado um pesadelo para o Palmeiras não fosse a noite de Diego Souza. Com uma autoridade de encher os olhos, Diego chamou a responsabilidade de decidir a partida e teve uma atuação daquelas para guardar o jornal do dia seguinte. Quando ele pegava a bola e arrancava, a defesa colorada ficava louca. Para se ter uma idéia do nível da atuação do craque alvi-verde, o volante adversário Guiñazu, acreditem, esteve completamente perdido na tentativa de marcá-lo. Diego fez de tudo. Sofreu pênalti, organizou a jogada do segundo gol, armou contra-ataques, deu dribles desconsertantes, empolgou a torcida. Enfim, foi o dono do jogo. Em partidas como esta que o técnico, o time e a torcida, descobrem com quem pode contar nas horas difíceis.
- Com o final do 1º turno, muitos na imprensa andaram dizendo que o Brasileirão está carente de revelações e apontaram o atacante do Barueri, Fernandinho, como a única estrela nascente. Acreditei ser um exagero esta constatação pois, apesar de não estarmos recheados de jovens promessas, tem muito garoto bom por aí. Para ilustrar minha opinião, usarei a partida entre Palmeiras e Internacional. O volante do Verdão, Souza, mostrou, não pela primeira vez, um futebol muito dinâmico. Além de cumprir suas tarefas defensivas com muita qualidade, ainda aparecia frequentemente ao ataque para tentar chutes longos. Tendo a honra de atuar ao lado do Pentacampeão Edmílson, acredito que Souza tem muito para crescer ainda. Pelo lado Colorado, o meia Giuliano, assim como toda a equipe, não realizou uma grande partida, porém o golaço que marcou mostra que categoria ele tem de sobra. Após deixar dois defensores palmeirenses completamente perdidos, Giuliano mandou uma bomba sem chances de defesa para Marcos. Um dos gols mais bonitos do Brasileiro. A galera que adora a expressão “nivelado por baixo”, para desmerecer o nosso futebol, pode ter um pouco mais de coerência e paciência com nossas promessas.
- Talvez pela boa fase da equipe catarinense, talvez pela má fase do Rubro-Negro Carioca, talvez por um pouco dos dois, o fato é que o Avaí conseguiu bater o Flamengo sem nem precisar se esforçar, somente na organização tática. Uma defesa segura, comandada pelo bom goleiro Eduardo Martini, um meio-campo que sabe armar e chegar na frente para concluir e um ataque bem veloz, com um Muriqui que evoluiu mais neste Brasileiro do que em todos os anos que passou no futebol do Rio de Janeiro. Com uma tranquilidade característica dos times tradicionais quando enfrentam equipes de menor porte, o Avaí roubou o lugar do Flamengo e cumpriu seu papel com louvor. O torcedor rubro-negro deve se sentir humilhado pois pareceu que o Avaí não queria gastar muita energia em um jogo fácil e, mesmo assim, atropelou o Fla. Com todos os merecimentos o Avaí termina a rodada no G4. Por fim, e fazendo justiça, parabéns ao Silas pelo espetacular trabalho.
MANDOU MAL!
- Sem dúvida alguma o fato de o Internacional ter perdido para o Palmeiras, em pleno Parque Antártica, pode ser criticado, afinal serão poucos os times que conseguirão algum resultado positivo na casa do Verdão. Porém, uma equipe que deseja conquistar o Brasileirão, como é o caso do Inter, não pode apresentar um futebol fraco como foi no sábado. Com exceção de algumas aparições do Andrezinho, principalemte nas bolas paradas, o Colorado mostrou um futebol sem nenhuma criatividade. Somente quando o Palmeiras já estava com 2 a 0 no placar e acreditava ter definido o jogo, que o Inter tentou tomar alguma iniciativa, tendo o restante da partida organizado pouquíssimas jogadas de qualidade. A saída de Nilmar e a ausência de D´Alessandro não podem ser usadas como desculpas para um futebol tão pouco incisivo como foi o mostrado pelo Internacional.
- O Fluminense está sofrendo muito com a ausência de qualidade técnica no seu setor de meio-campo. A defesa é ruim? Sim. O ataque não é dos melhores? Sim. Estes dois fatores porém, podem ser muito bem contornados. Luiz Alberto e Cássio, apesar dos imensos buracos que têm deixado na defesa tricolor, estão no nível de muita dupla de zaga do Brasileiro. O ataque com Roni, Kieza e Maicon, podendo atuar até os três juntos, consegue dar algum trabalho aos adversários com velocidade e jogadas pelos flancos. A dupla de volantes do Fluzão, entretanto, não consegue dar ao time o mínimo de qualidade para sair para o jogo. Fabinho, Diguinho, Welington Monteiro, Marquinhos, Maurício... Não importa qual dupla esteja atuando, o Fluminense não consegue ter uma transição defesa/ataque decente. O sacrificado por este motivo é o argentino Conca que, sem nenhum apoio, fica sobrecarreado na armação de jogadas. O lugar ideal para Conca atuar seria perto dos atacantes, porém para isto ocorrer os volantes precisariam ter qualidade. Daqui uns dois meses, Urrutia e Fábio Santos podem entrar em forma e ajudar o Flu. Pena que o time não tem todo este tempo para fugir da degola.
- Faltou ao Flamengo, Léo Moura, Juan, Kléberson, Toró, Petkovic e Emerson, só para citar os que eu considero importantes para a equipe. Porém, mesmo com os desfalques, a equipe rubro-negra não pode mostrar um futebol de tão baixo nível. Nem a defesa dos juniores daria tanta facilidade ao adversário como Muriqui encontrou ao dar o passe para o primeiro gol do Avaí. Faltou coerência ao Andrade em escalar o Éverton na ala-esquerda, mesmo com a equipe sem poder contar com Kléberson e Petkovic na organização. O Willians poderia ser um pouquinho mais inteligente e se controlar para fazer menos faltas. Zé Roberto insiste em contrariar o ditado “Jogar bola não se esquece, é igual andar de bicicleta”. Ou os jogadores colocam na cabeça que é para jogar cada partida como se fosse uma decisão, ou param com esta hipocrisia de afirmar que o Flamengo é um grupo e não apenas 11 jogadores.
JOGADA RÁPIDA!
- E o Grêmio continua com sua constante inconstância, após mais uma bela vitória em casa, como foi a goleada de 4 a 1 no Atlético Mineiro. Em 11 jogos no Olímpico, são 9 vitórias e 2 derrotas. Em 10 jogos como visitante foram 2 empates e 8 derrotas. Que loucura!
ENQUANTO ISSO NA INGLATERRA…
Arsenal 4 x 1 Portsmouth
- Após estrear na Premier League com nada mais nada menos que uma goleada por 6 a 1 sobre o Everton, o Arsenal decidiu fazer outra vítima. Com um tranquilidade de dar gosto, os Gunners deram uma chinelada de 4 a 1 no fraco time do Portsmouth. Deu pra ver de tudo um pouco na boa atuação do Arsenal, a começar pelo excelente Fábregas, que iniciou com maestria as jogadas que resultaram nos dois primeiros gols londrinos. Que facilidade para passar a pelota! No setor ofensivo, Eduardo e Arshavin realizaram uma partida muito boa, tendo participações em gols e mostrando bastante qualidade técnica. Já Van Persie, o outro atacante, parou no goleirão do Portsmouth, o veterano James. Van Persie tentou de tudo quanto foi modo, mais James estava decidido a não levar gols do holandês. Apesar de o Portsmouth praticamente não ter agredido o Arsenal, o gol saiu de uma bola fortuita alçada na área, gostaria de elogiar o volante brasileiro Denílson, que teve uma atuação bem segura e consistente. Por fim, as palavras para o dono do jogo: Diaby. O volante francês teve uma atuação daquelas pra nunca mais esquecer. Autor dos dois primeiros gols do Arsenal, chegando ao ataque com muita propriedade, Diaby ainda foi o escultor da obra-prima que foi a jogada mais linda da partida. Na intermediária adversária o volante incorporou Zinedine Zidane, deu uma caneta em uma marcador, girou sobre a pelota, tirando mais um da jogada, e mandou um chute pro gol. Para os que já estavam de pé, torcendo para a bola entrar, infelizmente James defendeu o tiro. Este gol seria a coroação de uma grande apresentação. Na próxima rodada tem Arsenal e Manchester e, pelo futebol que o time do Arséne Wenger vem apresentando, eu não seria louco de perder este duelo.
Palmeiras 2 x 1 Internacional
Santo André 1 x 0 Coritiba
Sport 2 x 0 Vitória
Corinthians 3 x 3 Botafogo
Atlético Paranaense 1 x 0 São Paulo
Grêmio 4 x 1 Atlético Mineiro
Fluminense 0 x 0 Barueri
Goiás 2 x 1 Santos
Cruzeiro 4 x 2 Náutico
Avaí 3 x 0 Flamengo
Olá amigos do FUTEBOLA!
A 21ª rodada do Brasileirão terminou com duas das maiores surpresas do campeonato no G4. Goiás e Avaí continuam atropelando seus adversários e a cada dia que passa se consolidam mais como fortes candidatos na briga pela preciosa vaga na Libertadores. Se ambos vão ter forças para combater o Palmeiras, na briga pelo título, acredito ser cedo para falar, mas que estão jogando uma bola redondinho, isso estão. Vamos aos comentários sobre os jogos que assisti desta importante rodada do Brasileiro.
Palmeiras 2 x 1 Internacional – Palestra Itália, São Paulo (SP)
Fluminense 0 x 0 Barueri – Maracanã, Rio de Janeiro (RJ)
Avaí 3 x 0 Flamengo – Ressacada, Florianópolis (SC)
MANDOU BEM!
- Com 11 minutos de jogo, no Palestra Itália, os mais de 20 mil torcedores palmeirenses devem ter ficado com a pulga atrás da orelha. O motivo? Cleiton Xavier, em minha opinião o melhor jogador do Brasileiro até o momento, sentiu o tornozelo e teve que ser substituído. O jogo poderia ter se tornado um pesadelo para o Palmeiras não fosse a noite de Diego Souza. Com uma autoridade de encher os olhos, Diego chamou a responsabilidade de decidir a partida e teve uma atuação daquelas para guardar o jornal do dia seguinte. Quando ele pegava a bola e arrancava, a defesa colorada ficava louca. Para se ter uma idéia do nível da atuação do craque alvi-verde, o volante adversário Guiñazu, acreditem, esteve completamente perdido na tentativa de marcá-lo. Diego fez de tudo. Sofreu pênalti, organizou a jogada do segundo gol, armou contra-ataques, deu dribles desconsertantes, empolgou a torcida. Enfim, foi o dono do jogo. Em partidas como esta que o técnico, o time e a torcida, descobrem com quem pode contar nas horas difíceis.
- Com o final do 1º turno, muitos na imprensa andaram dizendo que o Brasileirão está carente de revelações e apontaram o atacante do Barueri, Fernandinho, como a única estrela nascente. Acreditei ser um exagero esta constatação pois, apesar de não estarmos recheados de jovens promessas, tem muito garoto bom por aí. Para ilustrar minha opinião, usarei a partida entre Palmeiras e Internacional. O volante do Verdão, Souza, mostrou, não pela primeira vez, um futebol muito dinâmico. Além de cumprir suas tarefas defensivas com muita qualidade, ainda aparecia frequentemente ao ataque para tentar chutes longos. Tendo a honra de atuar ao lado do Pentacampeão Edmílson, acredito que Souza tem muito para crescer ainda. Pelo lado Colorado, o meia Giuliano, assim como toda a equipe, não realizou uma grande partida, porém o golaço que marcou mostra que categoria ele tem de sobra. Após deixar dois defensores palmeirenses completamente perdidos, Giuliano mandou uma bomba sem chances de defesa para Marcos. Um dos gols mais bonitos do Brasileiro. A galera que adora a expressão “nivelado por baixo”, para desmerecer o nosso futebol, pode ter um pouco mais de coerência e paciência com nossas promessas.
- Talvez pela boa fase da equipe catarinense, talvez pela má fase do Rubro-Negro Carioca, talvez por um pouco dos dois, o fato é que o Avaí conseguiu bater o Flamengo sem nem precisar se esforçar, somente na organização tática. Uma defesa segura, comandada pelo bom goleiro Eduardo Martini, um meio-campo que sabe armar e chegar na frente para concluir e um ataque bem veloz, com um Muriqui que evoluiu mais neste Brasileiro do que em todos os anos que passou no futebol do Rio de Janeiro. Com uma tranquilidade característica dos times tradicionais quando enfrentam equipes de menor porte, o Avaí roubou o lugar do Flamengo e cumpriu seu papel com louvor. O torcedor rubro-negro deve se sentir humilhado pois pareceu que o Avaí não queria gastar muita energia em um jogo fácil e, mesmo assim, atropelou o Fla. Com todos os merecimentos o Avaí termina a rodada no G4. Por fim, e fazendo justiça, parabéns ao Silas pelo espetacular trabalho.
MANDOU MAL!
- Sem dúvida alguma o fato de o Internacional ter perdido para o Palmeiras, em pleno Parque Antártica, pode ser criticado, afinal serão poucos os times que conseguirão algum resultado positivo na casa do Verdão. Porém, uma equipe que deseja conquistar o Brasileirão, como é o caso do Inter, não pode apresentar um futebol fraco como foi no sábado. Com exceção de algumas aparições do Andrezinho, principalemte nas bolas paradas, o Colorado mostrou um futebol sem nenhuma criatividade. Somente quando o Palmeiras já estava com 2 a 0 no placar e acreditava ter definido o jogo, que o Inter tentou tomar alguma iniciativa, tendo o restante da partida organizado pouquíssimas jogadas de qualidade. A saída de Nilmar e a ausência de D´Alessandro não podem ser usadas como desculpas para um futebol tão pouco incisivo como foi o mostrado pelo Internacional.
- O Fluminense está sofrendo muito com a ausência de qualidade técnica no seu setor de meio-campo. A defesa é ruim? Sim. O ataque não é dos melhores? Sim. Estes dois fatores porém, podem ser muito bem contornados. Luiz Alberto e Cássio, apesar dos imensos buracos que têm deixado na defesa tricolor, estão no nível de muita dupla de zaga do Brasileiro. O ataque com Roni, Kieza e Maicon, podendo atuar até os três juntos, consegue dar algum trabalho aos adversários com velocidade e jogadas pelos flancos. A dupla de volantes do Fluzão, entretanto, não consegue dar ao time o mínimo de qualidade para sair para o jogo. Fabinho, Diguinho, Welington Monteiro, Marquinhos, Maurício... Não importa qual dupla esteja atuando, o Fluminense não consegue ter uma transição defesa/ataque decente. O sacrificado por este motivo é o argentino Conca que, sem nenhum apoio, fica sobrecarreado na armação de jogadas. O lugar ideal para Conca atuar seria perto dos atacantes, porém para isto ocorrer os volantes precisariam ter qualidade. Daqui uns dois meses, Urrutia e Fábio Santos podem entrar em forma e ajudar o Flu. Pena que o time não tem todo este tempo para fugir da degola.
- Faltou ao Flamengo, Léo Moura, Juan, Kléberson, Toró, Petkovic e Emerson, só para citar os que eu considero importantes para a equipe. Porém, mesmo com os desfalques, a equipe rubro-negra não pode mostrar um futebol de tão baixo nível. Nem a defesa dos juniores daria tanta facilidade ao adversário como Muriqui encontrou ao dar o passe para o primeiro gol do Avaí. Faltou coerência ao Andrade em escalar o Éverton na ala-esquerda, mesmo com a equipe sem poder contar com Kléberson e Petkovic na organização. O Willians poderia ser um pouquinho mais inteligente e se controlar para fazer menos faltas. Zé Roberto insiste em contrariar o ditado “Jogar bola não se esquece, é igual andar de bicicleta”. Ou os jogadores colocam na cabeça que é para jogar cada partida como se fosse uma decisão, ou param com esta hipocrisia de afirmar que o Flamengo é um grupo e não apenas 11 jogadores.
JOGADA RÁPIDA!
- E o Grêmio continua com sua constante inconstância, após mais uma bela vitória em casa, como foi a goleada de 4 a 1 no Atlético Mineiro. Em 11 jogos no Olímpico, são 9 vitórias e 2 derrotas. Em 10 jogos como visitante foram 2 empates e 8 derrotas. Que loucura!
ENQUANTO ISSO NA INGLATERRA…
Arsenal 4 x 1 Portsmouth
- Após estrear na Premier League com nada mais nada menos que uma goleada por 6 a 1 sobre o Everton, o Arsenal decidiu fazer outra vítima. Com um tranquilidade de dar gosto, os Gunners deram uma chinelada de 4 a 1 no fraco time do Portsmouth. Deu pra ver de tudo um pouco na boa atuação do Arsenal, a começar pelo excelente Fábregas, que iniciou com maestria as jogadas que resultaram nos dois primeiros gols londrinos. Que facilidade para passar a pelota! No setor ofensivo, Eduardo e Arshavin realizaram uma partida muito boa, tendo participações em gols e mostrando bastante qualidade técnica. Já Van Persie, o outro atacante, parou no goleirão do Portsmouth, o veterano James. Van Persie tentou de tudo quanto foi modo, mais James estava decidido a não levar gols do holandês. Apesar de o Portsmouth praticamente não ter agredido o Arsenal, o gol saiu de uma bola fortuita alçada na área, gostaria de elogiar o volante brasileiro Denílson, que teve uma atuação bem segura e consistente. Por fim, as palavras para o dono do jogo: Diaby. O volante francês teve uma atuação daquelas pra nunca mais esquecer. Autor dos dois primeiros gols do Arsenal, chegando ao ataque com muita propriedade, Diaby ainda foi o escultor da obra-prima que foi a jogada mais linda da partida. Na intermediária adversária o volante incorporou Zinedine Zidane, deu uma caneta em uma marcador, girou sobre a pelota, tirando mais um da jogada, e mandou um chute pro gol. Para os que já estavam de pé, torcendo para a bola entrar, infelizmente James defendeu o tiro. Este gol seria a coroação de uma grande apresentação. Na próxima rodada tem Arsenal e Manchester e, pelo futebol que o time do Arséne Wenger vem apresentando, eu não seria louco de perder este duelo.
CAMPEONATO BRASILEIRO 2009 - 19ª RODADA - SÉRIE B
SÉRIE B
Campinense 3 x 3 Portuguesa
Bahia 2 x 1 Atlético Goianiense
Figueirense 0 x 2 São Caetano
Juventude 4 x 1 Guarani
Vasco 4 x 0 Ipatinga
Ponte Preta 4 x 1 Duque de Caxias
Fortaleza 4 x 0 Paraná
América 1 x 5 Ceará
Vila Nova 0 x 0 Brasiliense
Bragantino 3 x 0 ABC
Olá amigos do FUTEBOLA!
O São Caetano conseguiu sua sexta vitória consecutiva na Segundona e já está batendo a porta do G4. E não foi uma vitória qualquer, mas sim um triunfo sobre o Figueirense, fora de casa. Excelente recuperação do Azulão. As atenções da rodada, porém, estavam voltadas para o Vasco e seu retorno ao Maracanã. Para a alegria dos cruzmaltinos, foi tudo perfeito. Vamos aos comentários sobre o jogo do Vascão.
Vasco 4 x 0 Ipatinga – Maracanã, Rio de Janeiro (RJ)
MANDOU BEM!
- Antes de tecer meus comentários da vitória vascaína sobre o Ipatinga, gostaria de parabenizar os torcedores cruzmaltinos. As primeiras congratulações são pelo aniversário do clube, afinal 111 anos de existência não é para qualquer um. Depois, pela festa realizada no Maracanã, com um público de 80 mil torcedores, o maior de todas as séries do Brasileirão até o momento. Acredito que todos torcedores vascaínos consideram São Januário como sua casa, porém devem estar muito felizes por esta grande tarde que só o Maracanã é capaz de proporcionar. Por último, o parabéns vai para a liderança obtida na Série B. Não é nada, não é nada, o caminho do retorno para a elite, por méritos da equipe, está cada vez menos tortuoso.
- Sobre a atuação do Vasco dentro das quatro-linhas, ela foi de uma autoridade esperada. Somente uma zebra daquelas faria o Vasco não conseguir um resultado positivo no Maraca. O que de mais importante eu destaco desta vitória vascaína é a apresentação de Alex Teixeira. O jovem meia-atacante cruzmaltino jogou, em minha opinião, sua melhor partida pelo clube. O mais incrível de sua atuação foram as aparições como um autêntico centroavante, como nos dois gols que marcou, o segundo deles e último da goleada, por sinal, um golaço. Alex também apareceu como assistente, o que deve ser sua pricipal característica, ao dar lindo passe para Carlos Alberto sacudir o filó. O Vasco teve outros pontos positivos como mais um bom jogo de Enrico, mais um gol do artilheiro Élton, mais uma partida que Carlos Alberto não leva amarelo, o lateral Ramón voltando a aparecer bem ofensivamente... Ótima apresentação vascaína e inesquecível atuação de Alex Teixeira.
Campinense 3 x 3 Portuguesa
Bahia 2 x 1 Atlético Goianiense
Figueirense 0 x 2 São Caetano
Juventude 4 x 1 Guarani
Vasco 4 x 0 Ipatinga
Ponte Preta 4 x 1 Duque de Caxias
Fortaleza 4 x 0 Paraná
América 1 x 5 Ceará
Vila Nova 0 x 0 Brasiliense
Bragantino 3 x 0 ABC
Olá amigos do FUTEBOLA!
O São Caetano conseguiu sua sexta vitória consecutiva na Segundona e já está batendo a porta do G4. E não foi uma vitória qualquer, mas sim um triunfo sobre o Figueirense, fora de casa. Excelente recuperação do Azulão. As atenções da rodada, porém, estavam voltadas para o Vasco e seu retorno ao Maracanã. Para a alegria dos cruzmaltinos, foi tudo perfeito. Vamos aos comentários sobre o jogo do Vascão.
Vasco 4 x 0 Ipatinga – Maracanã, Rio de Janeiro (RJ)
MANDOU BEM!
- Antes de tecer meus comentários da vitória vascaína sobre o Ipatinga, gostaria de parabenizar os torcedores cruzmaltinos. As primeiras congratulações são pelo aniversário do clube, afinal 111 anos de existência não é para qualquer um. Depois, pela festa realizada no Maracanã, com um público de 80 mil torcedores, o maior de todas as séries do Brasileirão até o momento. Acredito que todos torcedores vascaínos consideram São Januário como sua casa, porém devem estar muito felizes por esta grande tarde que só o Maracanã é capaz de proporcionar. Por último, o parabéns vai para a liderança obtida na Série B. Não é nada, não é nada, o caminho do retorno para a elite, por méritos da equipe, está cada vez menos tortuoso.
- Sobre a atuação do Vasco dentro das quatro-linhas, ela foi de uma autoridade esperada. Somente uma zebra daquelas faria o Vasco não conseguir um resultado positivo no Maraca. O que de mais importante eu destaco desta vitória vascaína é a apresentação de Alex Teixeira. O jovem meia-atacante cruzmaltino jogou, em minha opinião, sua melhor partida pelo clube. O mais incrível de sua atuação foram as aparições como um autêntico centroavante, como nos dois gols que marcou, o segundo deles e último da goleada, por sinal, um golaço. Alex também apareceu como assistente, o que deve ser sua pricipal característica, ao dar lindo passe para Carlos Alberto sacudir o filó. O Vasco teve outros pontos positivos como mais um bom jogo de Enrico, mais um gol do artilheiro Élton, mais uma partida que Carlos Alberto não leva amarelo, o lateral Ramón voltando a aparecer bem ofensivamente... Ótima apresentação vascaína e inesquecível atuação de Alex Teixeira.
domingo, 23 de agosto de 2009
PELA ESTRADA AFORA - TROFÉU RAMÓN DE CARRANZA 1974
No meado da década de 70, para ser mais exato em 1974, existiam várias maneiras de se medir a força do Palmeiras. Entretanto, duas eram as mais representativas: a equipe havia conquistado o Bi-campeonato Brasileiro em 1972 e 1973 e contou com nada menos do que 6 jogadores convocados para a Seleção Brasileira que disputou a Copa do Mundo, na Alemanha. Foi este poderoso Palmeiras que foi convidado para participar do Troféu Ramón de Carranza, na cidade de Cádiz, na Espanha.
Em 1955, o Cádiz Club de Fútbol passava por dificuldades finaceiras e resolveu aproveitar a construção do Estadio Ramón de Carranza para organizar um torneio, envolvendo grandes clubes espanhóis e mundiais, que lhe ajudaria financeiramente. Foi então que pela primeira vez foi disputado o Troféu Ramón de Carranza, que com o tempo ficou cada vez mais valorizado ganhando a alcunha de “Troféu dos Troféus”. Só para citar uma grande curiosidade deste torneio, foi nele que, em 1962, pela primeira vez na história uma partida foi decidida na disputa de pênaltis.
A edição de 1974 do Ramón de Carranza foi talvez a mais estrelada de todas. Além de contar com o Espanhol, que havia levado o troféu em 1973, e o Verdão, o Barcelona de Johan Cruyff e o Santos de Pelé estariam presentes na competição. O que também chamava a atenção desta edição era o duelo entre Catalunha, representada por Espanhol e Barcelona, e São Paulo, que contava com Santos e Palmeiras. Muita rivalidade e bom futebol eram o que os torcedores espanhóis podiam esperar nos duelos que viriam pela frente.
O Barcelona era uma equipe fortíssima, havia conquistado a Liga Espanhola na temporada 73/74, liderada por dois dos maiores personagens do futebol holandês em todos os tempos. O treinador azul-grená era Rinus Michels que, apesar de excelentes trabalhos com o Ajax e com o próprio Barcelona, entrou para a história do futebol ao conquistar o Vice-campeonato Mundial em 1974, com a Seleção Holandesa e seu refinado Futebol Total. Tanto na “Laranja Mecânica”, quanto no Barcelona Campeão Espanhol, Rinus comandou Johan Cruyff, um jogador que até hoje não sabemos se encantou mais pelo seu senso tático ou por sua qualidade técnica. Após conquistar tudo que podia com o Ajax, incluindo 3 Copas dos Campeões da Europa, Cruyff chegou ao Barcelona e, logo em sua temporada de estréia, deu ao clube Catalão a Liga Espanhola que não era conquistada desde 1960. Liderado por Rinus Michels fora de campo e por Johan Cruyff dentro das quatro-linhas, o Barcelona com seu futebol dinâmico era o favorito para conquistar esta edição do Troféu Ramón de Carranza e tudo que viria pela frente, na temporada que estava se iniciando.
O Santos, apesar de ter conquistado metade do Paulistão de 1973, já que o árbitro Armando Marques errou na contagem dos pênaltis que decidiriam o Campeão e o título acabou divido com a Portuguesa, já não era mais a mesma potência de anos antes. Perto da equipe Bi-campeã Mundial em 62/63, de Gilmar, Mauro Ramos, Zito, Coutinho e Pepe, ou da Tri-campeã Paulista em 67/68/69, de Rildo, Ramos Delgado, Clodoaldo, Toninho Guerreiro e Edu, este Santos de 1974 era bem mais frágil. Porém, Pelé, o “Rei do Futebol”, ainda vestia o manto branco e isso já era o suficiente para todos no mundo quererem assistir ao Santos.
O torneio seria disputado da seguinte maneira: Barcelona x Palmeiras e Espanhol x Santos seriam os duelos que iriam apontar quais equipes disputariam a decisão. Pois é amigos, logo de cara, na estréia do torneio, teríamos um Barcelona e Palmeiras. E só para constar, havia menos de um mês que a Holanda de Cruyff e Michaels eliminara o Brasil da Copa do Mundo de 1974.
O Palmeiras, conhecido na época como “Academia” por mostrar em campo um estilo essencialmente técnico, chegando em alguns momentos a atingir a perfeição na troca de passes, era sem dúvida alguma uma das maiores equipes da época. A começar pelo goleiro Leão, um dos grandes nomes da posição na história do futebol brasileiro, que se destacava por sua personalidade fora de campo e seus reflexos e agilidade debaixo das traves. Se a “Academia” ensinava como rodar a pelota de pé em pé, também não ficava atrás no quesito defensivo . O cracaço Luís Pereira, que além de defender com maestria sempre subia ao ataque para fazer seus golzinhos (marcou 35 em sua passagem pelo Verdão), contava com a companhia de Eurico, Alfredo e Zeca, que mostravam que um futebol ofensivamente bonito pode ser mesclado a um sistema defensivo que era uma muralha. Para se ter uma idéia, em 1972 a equipe sofreu apenas 44 gols em 80 jogos.
Toda esta antítese entre a solidez defensiva e a leveza com a bola nos pés que o Verdão mostrava em campo devia-se principalmente a sua dupla de meias, a engrenagem principal desta máquina. Talvez somente Pelé e Coutinho, que juntos infernizavam qualquer adversário do Santos dos anos 60, tenham formado uma dupla tão entrosada quanto Dudu e Ademir da Guia. Dudu era um marcador implacável que ajudava Ademir na organização ofensiva. Ademir era um maestro de categoria imensurável, que ajudava Dudu na tarefa de defender. Mais impressionante do que a sincronia desta dupla era a capacidade de Ademir da Guia de ditar o ritmo de uma partida. Com Ademir em campo, todos os outros atletas, sem perceberem, estavam sendo manipulados. O maestro palmeirense dava ao jogo o seu ritmo, a sua calma, a sua tranquilidade. Deste modo, era permitido ao Palmeiras mostrar toda sua capacidade técnica e primazia na troca de passes. Sobre a arte de Ademir da Guia de jogar bola, foi o poeta João Cabral de Melo Neto o autor das, em minha opinião, mais perfeitas palavras.
Ademir impõe com seu jogo
o ritmo do chumbo (e o peso),
da lesma, da câmara lenta,
do homem dentro do pesadelo.
Ritmo líquido se infiltrando
no adversário, grosso, de dentro,
impondo-lhe o que ele deseja,
mandando nele, apodrecendo-o.
Ritmo morno, de andar na areia,
da água doente de alagados,
entorpecendo, e então atando
o mais irriquieto adversário.
O confronto entre o estilos clássico e elegante de Ademir da Guia e dinâmico e intenso de Cruyff, era, principalmente para os apreciadores táticos do futebol, um momento imperdível.
Este jogo foi uma das provas de que o Palmeiras realmente não se importava com o adversário. Não interessava quem estivesse do outro lado do campo, se o Palmeiras estivesse em um dia de boa atuação, o que era uma constante, o ritmo do jogo seria o que o Verdão quisesse. Algumas frases retiradas do diário espanhol “El Mundo Deportivo”, mostram perfeitamente o que foi a partida*.
“...que el centro del campo fuera de dominio extranjero y alli se dacantarala bálanza a favor de un Palmeiras que demostró su condición de número uno del fúlbol brasileño.”
“...un Barcelona que corrió lo mínimo y no supo desmarcarse con la rapidez y facilidad que el planeamiento táctico contrario aconsejaba.”
“Fue tal la demonstración de superioridad de los brasileños, que en el primer tiempo los aficionados coroaron dos veces con olés y aplausos su juego reposado y trenzado.”
A movimentação característica que o Barcelona tinha como uma das suas principais armas foi engolida pelo toque de bola palmeirense. O ritmo pausado e técnico do Palmeiras foi como uma teia de aranha, deixando o Barça sem ação. Com gols de Leivinha e Ronaldo, o Verdão venceu por 2 a 0 e conquistou a vaga na final. A decisão poderia ter sido brasileira, porém o Santos não aguentou o veloz jogo do Espanhol, que contava com a excelente dupla ofensiva Marañon e Jose Maria, e foi derrotado, também por 2 a 0. O Santos por sinal, também sucumbiu diante do Barcelona na disputa pelo 3º lugar. Com uma excelente atuação de mais um holandês do Barça, o atacante Johan Neeskens, que marcou 2 gols, o time catalão venceu facilmente o Alvi-negro Praiano por 4 a 1.
Na partida final, novamente o Palmeiras precisaria impor seu estilo em campo pois, como citei anteriormente, a principal arma do Espanhol na busca pelo Bi do Ramón de Carranza era a rapidez ofensiva. Mantendo o maior tempo possível o controle da pelota, o Palmeiras neutralizou a velocidade do oponente e deixou o jogo correr morno. O placar mostrava 1 a 1 (Leivinha havia marcado o tento do Verdão) quando, aos 37 minutos 2ª etapa, Luís Pereira, em uma de suas inesquecíveis subidas aos ataque, marcou o gol do título. O zagueirão era mesmo demais. Mesmo o Palmeiras contando com a excelente dupla de ataque formada pelo matador César “Maluco”, segundo maior artilheiro da história do clube com 180 gols, e Leivinha, meia-atacante inteligentíssimo que sabia usar a cabeça para pensar e também para marcar gols, Luís Pereira sempre mostrava sua importância ofensiva.
Em uma época onde as notícias não corriam o mundo com a velocidade de hoje, o Palmeiras deixou muita gente boquiaberta. Quem esperava assistir Pelé e Cruyff dando espetáculo, se encantou com Ademir da Guia. Quem achava que goleiro bom era goleiro europeu, se assustou com a qualidade de Emerson Leão. Os espanhóis que não conheciam a fundo o futebol de Luís Pereira e de Leivinha ficaram tão extasiados que, no ano seguinte, ambos foram atuar no Atlético de Madrid, onde fizeram história conquistando a Liga Espanhola de 1977. Pois é amigos, como era boa a época em que ao invés de vendermos nossos craques, vendíamos nosso show.
Equipe-base: Leão; Eurico, Luís Pereira, Alfredo e Zeca; Dudu e Ademir da Guia; Ronaldo, Leivinha, Cesar e Toninho.
Também atuaram: Édson, Edu e Fedato
*El Mundo Deportivo – 01 de setembro de 1974
Em 1955, o Cádiz Club de Fútbol passava por dificuldades finaceiras e resolveu aproveitar a construção do Estadio Ramón de Carranza para organizar um torneio, envolvendo grandes clubes espanhóis e mundiais, que lhe ajudaria financeiramente. Foi então que pela primeira vez foi disputado o Troféu Ramón de Carranza, que com o tempo ficou cada vez mais valorizado ganhando a alcunha de “Troféu dos Troféus”. Só para citar uma grande curiosidade deste torneio, foi nele que, em 1962, pela primeira vez na história uma partida foi decidida na disputa de pênaltis.
A edição de 1974 do Ramón de Carranza foi talvez a mais estrelada de todas. Além de contar com o Espanhol, que havia levado o troféu em 1973, e o Verdão, o Barcelona de Johan Cruyff e o Santos de Pelé estariam presentes na competição. O que também chamava a atenção desta edição era o duelo entre Catalunha, representada por Espanhol e Barcelona, e São Paulo, que contava com Santos e Palmeiras. Muita rivalidade e bom futebol eram o que os torcedores espanhóis podiam esperar nos duelos que viriam pela frente.
O Barcelona era uma equipe fortíssima, havia conquistado a Liga Espanhola na temporada 73/74, liderada por dois dos maiores personagens do futebol holandês em todos os tempos. O treinador azul-grená era Rinus Michels que, apesar de excelentes trabalhos com o Ajax e com o próprio Barcelona, entrou para a história do futebol ao conquistar o Vice-campeonato Mundial em 1974, com a Seleção Holandesa e seu refinado Futebol Total. Tanto na “Laranja Mecânica”, quanto no Barcelona Campeão Espanhol, Rinus comandou Johan Cruyff, um jogador que até hoje não sabemos se encantou mais pelo seu senso tático ou por sua qualidade técnica. Após conquistar tudo que podia com o Ajax, incluindo 3 Copas dos Campeões da Europa, Cruyff chegou ao Barcelona e, logo em sua temporada de estréia, deu ao clube Catalão a Liga Espanhola que não era conquistada desde 1960. Liderado por Rinus Michels fora de campo e por Johan Cruyff dentro das quatro-linhas, o Barcelona com seu futebol dinâmico era o favorito para conquistar esta edição do Troféu Ramón de Carranza e tudo que viria pela frente, na temporada que estava se iniciando.
O Santos, apesar de ter conquistado metade do Paulistão de 1973, já que o árbitro Armando Marques errou na contagem dos pênaltis que decidiriam o Campeão e o título acabou divido com a Portuguesa, já não era mais a mesma potência de anos antes. Perto da equipe Bi-campeã Mundial em 62/63, de Gilmar, Mauro Ramos, Zito, Coutinho e Pepe, ou da Tri-campeã Paulista em 67/68/69, de Rildo, Ramos Delgado, Clodoaldo, Toninho Guerreiro e Edu, este Santos de 1974 era bem mais frágil. Porém, Pelé, o “Rei do Futebol”, ainda vestia o manto branco e isso já era o suficiente para todos no mundo quererem assistir ao Santos.
O torneio seria disputado da seguinte maneira: Barcelona x Palmeiras e Espanhol x Santos seriam os duelos que iriam apontar quais equipes disputariam a decisão. Pois é amigos, logo de cara, na estréia do torneio, teríamos um Barcelona e Palmeiras. E só para constar, havia menos de um mês que a Holanda de Cruyff e Michaels eliminara o Brasil da Copa do Mundo de 1974.
O Palmeiras, conhecido na época como “Academia” por mostrar em campo um estilo essencialmente técnico, chegando em alguns momentos a atingir a perfeição na troca de passes, era sem dúvida alguma uma das maiores equipes da época. A começar pelo goleiro Leão, um dos grandes nomes da posição na história do futebol brasileiro, que se destacava por sua personalidade fora de campo e seus reflexos e agilidade debaixo das traves. Se a “Academia” ensinava como rodar a pelota de pé em pé, também não ficava atrás no quesito defensivo . O cracaço Luís Pereira, que além de defender com maestria sempre subia ao ataque para fazer seus golzinhos (marcou 35 em sua passagem pelo Verdão), contava com a companhia de Eurico, Alfredo e Zeca, que mostravam que um futebol ofensivamente bonito pode ser mesclado a um sistema defensivo que era uma muralha. Para se ter uma idéia, em 1972 a equipe sofreu apenas 44 gols em 80 jogos.
Toda esta antítese entre a solidez defensiva e a leveza com a bola nos pés que o Verdão mostrava em campo devia-se principalmente a sua dupla de meias, a engrenagem principal desta máquina. Talvez somente Pelé e Coutinho, que juntos infernizavam qualquer adversário do Santos dos anos 60, tenham formado uma dupla tão entrosada quanto Dudu e Ademir da Guia. Dudu era um marcador implacável que ajudava Ademir na organização ofensiva. Ademir era um maestro de categoria imensurável, que ajudava Dudu na tarefa de defender. Mais impressionante do que a sincronia desta dupla era a capacidade de Ademir da Guia de ditar o ritmo de uma partida. Com Ademir em campo, todos os outros atletas, sem perceberem, estavam sendo manipulados. O maestro palmeirense dava ao jogo o seu ritmo, a sua calma, a sua tranquilidade. Deste modo, era permitido ao Palmeiras mostrar toda sua capacidade técnica e primazia na troca de passes. Sobre a arte de Ademir da Guia de jogar bola, foi o poeta João Cabral de Melo Neto o autor das, em minha opinião, mais perfeitas palavras.
Ademir impõe com seu jogo
o ritmo do chumbo (e o peso),
da lesma, da câmara lenta,
do homem dentro do pesadelo.
Ritmo líquido se infiltrando
no adversário, grosso, de dentro,
impondo-lhe o que ele deseja,
mandando nele, apodrecendo-o.
Ritmo morno, de andar na areia,
da água doente de alagados,
entorpecendo, e então atando
o mais irriquieto adversário.
O confronto entre o estilos clássico e elegante de Ademir da Guia e dinâmico e intenso de Cruyff, era, principalmente para os apreciadores táticos do futebol, um momento imperdível.
Este jogo foi uma das provas de que o Palmeiras realmente não se importava com o adversário. Não interessava quem estivesse do outro lado do campo, se o Palmeiras estivesse em um dia de boa atuação, o que era uma constante, o ritmo do jogo seria o que o Verdão quisesse. Algumas frases retiradas do diário espanhol “El Mundo Deportivo”, mostram perfeitamente o que foi a partida*.
“...que el centro del campo fuera de dominio extranjero y alli se dacantarala bálanza a favor de un Palmeiras que demostró su condición de número uno del fúlbol brasileño.”
“...un Barcelona que corrió lo mínimo y no supo desmarcarse con la rapidez y facilidad que el planeamiento táctico contrario aconsejaba.”
“Fue tal la demonstración de superioridad de los brasileños, que en el primer tiempo los aficionados coroaron dos veces con olés y aplausos su juego reposado y trenzado.”
A movimentação característica que o Barcelona tinha como uma das suas principais armas foi engolida pelo toque de bola palmeirense. O ritmo pausado e técnico do Palmeiras foi como uma teia de aranha, deixando o Barça sem ação. Com gols de Leivinha e Ronaldo, o Verdão venceu por 2 a 0 e conquistou a vaga na final. A decisão poderia ter sido brasileira, porém o Santos não aguentou o veloz jogo do Espanhol, que contava com a excelente dupla ofensiva Marañon e Jose Maria, e foi derrotado, também por 2 a 0. O Santos por sinal, também sucumbiu diante do Barcelona na disputa pelo 3º lugar. Com uma excelente atuação de mais um holandês do Barça, o atacante Johan Neeskens, que marcou 2 gols, o time catalão venceu facilmente o Alvi-negro Praiano por 4 a 1.
Na partida final, novamente o Palmeiras precisaria impor seu estilo em campo pois, como citei anteriormente, a principal arma do Espanhol na busca pelo Bi do Ramón de Carranza era a rapidez ofensiva. Mantendo o maior tempo possível o controle da pelota, o Palmeiras neutralizou a velocidade do oponente e deixou o jogo correr morno. O placar mostrava 1 a 1 (Leivinha havia marcado o tento do Verdão) quando, aos 37 minutos 2ª etapa, Luís Pereira, em uma de suas inesquecíveis subidas aos ataque, marcou o gol do título. O zagueirão era mesmo demais. Mesmo o Palmeiras contando com a excelente dupla de ataque formada pelo matador César “Maluco”, segundo maior artilheiro da história do clube com 180 gols, e Leivinha, meia-atacante inteligentíssimo que sabia usar a cabeça para pensar e também para marcar gols, Luís Pereira sempre mostrava sua importância ofensiva.
Em uma época onde as notícias não corriam o mundo com a velocidade de hoje, o Palmeiras deixou muita gente boquiaberta. Quem esperava assistir Pelé e Cruyff dando espetáculo, se encantou com Ademir da Guia. Quem achava que goleiro bom era goleiro europeu, se assustou com a qualidade de Emerson Leão. Os espanhóis que não conheciam a fundo o futebol de Luís Pereira e de Leivinha ficaram tão extasiados que, no ano seguinte, ambos foram atuar no Atlético de Madrid, onde fizeram história conquistando a Liga Espanhola de 1977. Pois é amigos, como era boa a época em que ao invés de vendermos nossos craques, vendíamos nosso show.
Equipe-base: Leão; Eurico, Luís Pereira, Alfredo e Zeca; Dudu e Ademir da Guia; Ronaldo, Leivinha, Cesar e Toninho.
Também atuaram: Édson, Edu e Fedato
*El Mundo Deportivo – 01 de setembro de 1974
sexta-feira, 21 de agosto de 2009
CAMPEONATO BRASILEIRO 2009 - 20ª RODADA - SÉRIE A
SÉRIE A
Santos 1 x 0 Grêmio
Vitória 2 x 1 Atlético Paranaense
Botafogo 1 x 2 Santo André
Barueri 2 x 1 Sport
São Paulo 1 x 0 Fluminense
Coritiba 1 x 0 Palmeiras
Internacional 1 x 2 Corinthians
Flamengo 1 x 2 Cruzeiro
Náutico 2 x 0 Goiás
Atlético Mineiro 2 x 2 Avaí
Olá amigos do FUTEBOLA!
A 1ª rodada do returno foi um verdadeiro pesadelo para a torcida carioca. Todos os três representantes do estado perderam suas partidas. E mais! Além de o Fluminense permanecer na zona da degola, o Botafogo voltou para a dita cuja. Diante de atuações tão péssimas, de onde os torcedores vão tirar esperança para sonhar com algo de positivo no restante do Brasileiro? Vamos aos comentários sobre os jogos que assisti desta rodada do Nacional.
São Paulo 1 x 0 Fluminense – Morumbi, São Paulo (SP)
Flamengo 1 x 2 Cruzeiro – Maracanã, Rio de Janeiro (RJ)
MANDOU BEM!
- O 1º tempo jogado pelo São Paulo no Morumbi, contra o Fluminense, foi de altíssimo nível. Novamente a renascida dupla Hernanes/Richarlyson foi essencial para a vitória do Tricolor Paulista. Nesta partida, porém, não foi como dupla de volantes que eles atuaram. Richarlyson substituiu Miranda como terceiro zagueiro e Hernanes jogou mais ofensivamente, caindo bastante pelo lado direito. Queda de rendimento? Que nada. Com sua movimentação e categoria, Hernanes esteve muito participativo e Richarlyson, por mais de uma vez, deu as caras no ataque. Foi após um ótimo passe de Hernanes que Richarlyson fez linda jogada, passando por dois defensores, e assinalou o gol da vitória do Sampa. Gostaria também de destacar a atuação defensiva de Richarlyson nesta partida. Mesmo diante de um Fluminense que nada conseguiu produzir ofensivamente, o volante/zagueiro são-paulino ganhou praticamente todas as jogadas que ocorreram em seu setor. Posso até estar exagerando um pouco, mas acredito que se continuarem neste ritmo ambos podem sonhar com a Copa do Mundo.
- O Cruzeiro não está bem na tabela, com certeza ainda está sentindo a derrota na finalíssima da Libertadores, vai ter um trabalhão para organizar o setor de meio-campo, após as saídas de Wagner e Ramires, porém é um time que sempre joga pro ataque. Durante a 1ª etapa, do jogo contra o Flamengo, o Cruzeiro, a rigor, conseguiu criar apenas uma boa jogada ofensiva, que surgiu após uma saída de bola medíocre do volante rubro-negro Lenon. O ex-lateral da Seleção Brasileira, Gilberto, vestia a camisa 10 e era o encarregado de ser o maestro da equipe, entretanto não teve muito sucesso. Já pela lateral-direita, volantes se revezavam na improvisação. Estes dois fatores fizeram o Cruzeiro ter um ruim desempenho no 1º tempo. Já após o intervalo, a equipe resolveu ser mais agressiva, os laterais (Jancarlos entrou na direita) começaram a aparecer, tanto que o esquerdo Diego Renan marcou o gol de empate, os volantes chegaram no ataque, como Fabrício no gol da virada, e o “Gladiador” Kléber continuou se matando na frente. O Cruzeiro é um caso estranho. É o pior ataque do Brasileirão, porém nunca desiste de atacar. Dando uma opinião pessoal, que até considero um pouco arriscada, pois já passamos do 1º turno, acredito que com a adaptação física de Gilberto e Guerrón, o Cruzeiro vai encostar no G4.
- Nos últimos jogos do Flamengo, a torcida só não tem motivos para reclamar do Emerson. O atacante rubro-negro tem jogado cada partida como se fosse sua última pelo Flamengo, até porque, com as constantes investidas do mundo árabe, cada partida parece mesmo ser sua última. Emerson possui muitas características positivas para um atacante, sendo a velocidade e bom poder de finalização apenas duas delas, porém o que mais impressiona é sua raça em campo. Reparem só no estado em que ele sai do gramado. Nesta partida contra o Cruzeiro, em particular, ao ser substituído, ele parecia estar voltando de um campo de batalha. Emerson tem me lembrado um boxeador dos anos 70 chamado Jerry Quarry. Não importava se ele vencia ou perdia a luta, mas sempre saía do ringue com o aspecto de ter lutado contra um tanque, tamanho era seu desgaste físico.
MANDOU MAL!
- O Fluminense não pode realizar uma partida no nível que mostrou no Morumbi. Tudo bem que o São Paulo tem um time que, no momento, é infinitamente superior técnica e taticamente, fato que pode ser exemplificado pela comparação dos setores de meio-campo. Enquanto o do Tricolor Paulista era dinâmico, buscava espaços e trocava passes, o do Carioca não conseguia passar do grande círculo. Acredito porém, que apesar da fase que está vivendo, o Fluminense não pode passar o 1º tempo inteiro sem conseguir organizar uma única jogada ofensiva. Este não é um papel digno de um time de Série A. Nem mesmo do 19º colocado. Após o intervalo, a equipe carioca ainda melhorou um pouco, mais pelo aspecto da força de vontade do que pela organização ou qualidade. A produção ofensiva do Flu foi tão mínima, que o lance de maior perigo para Rogério Ceni foi uma cabeçada que André Dias mandou contra o próprio patrimônio. Alguns podem dizer que não faltou raça, garra, gana, ao Fluminense. Já eu, acredito que isto é o mínimo que os jogadores tricolores podem oferecer neste momento tão crítico.
- O Flamengo precisa pensar um pouco como time pequeno. Com todo respeito ao trio Aírton/Lenon/Fierro, que começou atuando na meiúca contra o Cruzeiro, ele não tem capacidade alguma de organizar o Rubro-negro ofensivamente. O que então deveria fazer? O mesmo que o lateral-esquerdo Jorbson, ou seja, procurar o Adriano. Na situação em que se encontra, com um número absurdo de desfalques (neste jogo foram sete) a equipe tem que batalhar, batalhar, batalhar e entregar a bola para a dupla de ataque, que é o único setor onde se encontra alguma qualidade técnica. Não pode Adriano ficar a partida inteira correndo atrás de bicuda pra frente. Até uma equipe da 2ª divisão Inglesa conseguiria ultrapassar o meio-campo e cruzar bola na área, ou então entregar a pelota para o Emerson correr sozinho e, no mínimo, sofrer falta. Se vai ser produtivo ficar cruzando chuveirinho na área para o Adriano ou mandar o Emerson se virar sozinho com a bola? Bom, pior do que está não ficará.
- O goleiro rubro-negro Bruno está sofrendo gols em bolas que seriam defensáveis. Não são aqueles frangos monumentais, mas bolas que um goleiro comum defenderia. O estranho é que em uma mesma partida ele leva um gol defensável, como foi o do Fabrício, e salva uma bola dificílima, como no chute do Kléber na pequena área. A torcida, que tem todo o direito de cobrar daqueles de quem mais esperam, já começou a vaiar o goleiro Bruno. Posso estar enganado, mas em minha opinião, a esta altura do ano, o Bruno esperava estar em um clube europeu e no banco do Júlio César, na Seleção Brasileira. Alguém tem que avisar para ele que se não conseguiu seus objetivos, ele mesmo é o culpado.
JOGADA RÁPIDA!
- Fatos que tornam o futebol um esporte mágico: o Corinthians, que vinha de uma sequência de péssimos resultados, venceu, seguidamente, Atlético Mineiro e Internacional. Quem foram os beneficiados? Palmeiras e São Paulo, respectivamente líder e vice-líder do Brasileirão.
Santos 1 x 0 Grêmio
Vitória 2 x 1 Atlético Paranaense
Botafogo 1 x 2 Santo André
Barueri 2 x 1 Sport
São Paulo 1 x 0 Fluminense
Coritiba 1 x 0 Palmeiras
Internacional 1 x 2 Corinthians
Flamengo 1 x 2 Cruzeiro
Náutico 2 x 0 Goiás
Atlético Mineiro 2 x 2 Avaí
Olá amigos do FUTEBOLA!
A 1ª rodada do returno foi um verdadeiro pesadelo para a torcida carioca. Todos os três representantes do estado perderam suas partidas. E mais! Além de o Fluminense permanecer na zona da degola, o Botafogo voltou para a dita cuja. Diante de atuações tão péssimas, de onde os torcedores vão tirar esperança para sonhar com algo de positivo no restante do Brasileiro? Vamos aos comentários sobre os jogos que assisti desta rodada do Nacional.
São Paulo 1 x 0 Fluminense – Morumbi, São Paulo (SP)
Flamengo 1 x 2 Cruzeiro – Maracanã, Rio de Janeiro (RJ)
MANDOU BEM!
- O 1º tempo jogado pelo São Paulo no Morumbi, contra o Fluminense, foi de altíssimo nível. Novamente a renascida dupla Hernanes/Richarlyson foi essencial para a vitória do Tricolor Paulista. Nesta partida, porém, não foi como dupla de volantes que eles atuaram. Richarlyson substituiu Miranda como terceiro zagueiro e Hernanes jogou mais ofensivamente, caindo bastante pelo lado direito. Queda de rendimento? Que nada. Com sua movimentação e categoria, Hernanes esteve muito participativo e Richarlyson, por mais de uma vez, deu as caras no ataque. Foi após um ótimo passe de Hernanes que Richarlyson fez linda jogada, passando por dois defensores, e assinalou o gol da vitória do Sampa. Gostaria também de destacar a atuação defensiva de Richarlyson nesta partida. Mesmo diante de um Fluminense que nada conseguiu produzir ofensivamente, o volante/zagueiro são-paulino ganhou praticamente todas as jogadas que ocorreram em seu setor. Posso até estar exagerando um pouco, mas acredito que se continuarem neste ritmo ambos podem sonhar com a Copa do Mundo.
- O Cruzeiro não está bem na tabela, com certeza ainda está sentindo a derrota na finalíssima da Libertadores, vai ter um trabalhão para organizar o setor de meio-campo, após as saídas de Wagner e Ramires, porém é um time que sempre joga pro ataque. Durante a 1ª etapa, do jogo contra o Flamengo, o Cruzeiro, a rigor, conseguiu criar apenas uma boa jogada ofensiva, que surgiu após uma saída de bola medíocre do volante rubro-negro Lenon. O ex-lateral da Seleção Brasileira, Gilberto, vestia a camisa 10 e era o encarregado de ser o maestro da equipe, entretanto não teve muito sucesso. Já pela lateral-direita, volantes se revezavam na improvisação. Estes dois fatores fizeram o Cruzeiro ter um ruim desempenho no 1º tempo. Já após o intervalo, a equipe resolveu ser mais agressiva, os laterais (Jancarlos entrou na direita) começaram a aparecer, tanto que o esquerdo Diego Renan marcou o gol de empate, os volantes chegaram no ataque, como Fabrício no gol da virada, e o “Gladiador” Kléber continuou se matando na frente. O Cruzeiro é um caso estranho. É o pior ataque do Brasileirão, porém nunca desiste de atacar. Dando uma opinião pessoal, que até considero um pouco arriscada, pois já passamos do 1º turno, acredito que com a adaptação física de Gilberto e Guerrón, o Cruzeiro vai encostar no G4.
- Nos últimos jogos do Flamengo, a torcida só não tem motivos para reclamar do Emerson. O atacante rubro-negro tem jogado cada partida como se fosse sua última pelo Flamengo, até porque, com as constantes investidas do mundo árabe, cada partida parece mesmo ser sua última. Emerson possui muitas características positivas para um atacante, sendo a velocidade e bom poder de finalização apenas duas delas, porém o que mais impressiona é sua raça em campo. Reparem só no estado em que ele sai do gramado. Nesta partida contra o Cruzeiro, em particular, ao ser substituído, ele parecia estar voltando de um campo de batalha. Emerson tem me lembrado um boxeador dos anos 70 chamado Jerry Quarry. Não importava se ele vencia ou perdia a luta, mas sempre saía do ringue com o aspecto de ter lutado contra um tanque, tamanho era seu desgaste físico.
MANDOU MAL!
- O Fluminense não pode realizar uma partida no nível que mostrou no Morumbi. Tudo bem que o São Paulo tem um time que, no momento, é infinitamente superior técnica e taticamente, fato que pode ser exemplificado pela comparação dos setores de meio-campo. Enquanto o do Tricolor Paulista era dinâmico, buscava espaços e trocava passes, o do Carioca não conseguia passar do grande círculo. Acredito porém, que apesar da fase que está vivendo, o Fluminense não pode passar o 1º tempo inteiro sem conseguir organizar uma única jogada ofensiva. Este não é um papel digno de um time de Série A. Nem mesmo do 19º colocado. Após o intervalo, a equipe carioca ainda melhorou um pouco, mais pelo aspecto da força de vontade do que pela organização ou qualidade. A produção ofensiva do Flu foi tão mínima, que o lance de maior perigo para Rogério Ceni foi uma cabeçada que André Dias mandou contra o próprio patrimônio. Alguns podem dizer que não faltou raça, garra, gana, ao Fluminense. Já eu, acredito que isto é o mínimo que os jogadores tricolores podem oferecer neste momento tão crítico.
- O Flamengo precisa pensar um pouco como time pequeno. Com todo respeito ao trio Aírton/Lenon/Fierro, que começou atuando na meiúca contra o Cruzeiro, ele não tem capacidade alguma de organizar o Rubro-negro ofensivamente. O que então deveria fazer? O mesmo que o lateral-esquerdo Jorbson, ou seja, procurar o Adriano. Na situação em que se encontra, com um número absurdo de desfalques (neste jogo foram sete) a equipe tem que batalhar, batalhar, batalhar e entregar a bola para a dupla de ataque, que é o único setor onde se encontra alguma qualidade técnica. Não pode Adriano ficar a partida inteira correndo atrás de bicuda pra frente. Até uma equipe da 2ª divisão Inglesa conseguiria ultrapassar o meio-campo e cruzar bola na área, ou então entregar a pelota para o Emerson correr sozinho e, no mínimo, sofrer falta. Se vai ser produtivo ficar cruzando chuveirinho na área para o Adriano ou mandar o Emerson se virar sozinho com a bola? Bom, pior do que está não ficará.
- O goleiro rubro-negro Bruno está sofrendo gols em bolas que seriam defensáveis. Não são aqueles frangos monumentais, mas bolas que um goleiro comum defenderia. O estranho é que em uma mesma partida ele leva um gol defensável, como foi o do Fabrício, e salva uma bola dificílima, como no chute do Kléber na pequena área. A torcida, que tem todo o direito de cobrar daqueles de quem mais esperam, já começou a vaiar o goleiro Bruno. Posso estar enganado, mas em minha opinião, a esta altura do ano, o Bruno esperava estar em um clube europeu e no banco do Júlio César, na Seleção Brasileira. Alguém tem que avisar para ele que se não conseguiu seus objetivos, ele mesmo é o culpado.
JOGADA RÁPIDA!
- Fatos que tornam o futebol um esporte mágico: o Corinthians, que vinha de uma sequência de péssimos resultados, venceu, seguidamente, Atlético Mineiro e Internacional. Quem foram os beneficiados? Palmeiras e São Paulo, respectivamente líder e vice-líder do Brasileirão.
segunda-feira, 17 de agosto de 2009
CAMPEONATO BRASILEIRO 2009 - 19ª RODADA - SÉRIE A
SÉRIE A
Avaí 2 x 1 Náutico
Santo André 0 x 2 Internacional
Palmeiras 1 x 1 Botafogo
Corinthianas 2 x 0 Atlético Mineiro
Sport 1 x 2 São Paulo
Grêmio 4 x 1 Flamengo
Fluminense 1 x 3 Coritiba
Goiás 3 x 2 Vitória
Cruzeiro 0 x 0 Santos
Atlético Paranaense 3 x 0 Barueri
Olá amigo do FUTEBOLA!
Chegamos ao fim do 1º turno do Brasileirão sem saber quem foi o Campeão da primeira metade do torneio, já que a tabela está cheia de asteriscos mostrando jogos atrasados. O Internacional ainda conta com 2 jogos para tirar os 4 pontos de vantagem do Palmeiras e levar o simbólico título. Por falar em Palmeiras, o Verdão chegou ao terceiro empate seguido e já começa a se assustar com a galera que vem de baixo. Como surpresa que já não é mais surpresa, o Avaí conseguiu mais uma vitória e se mantém pertinho do G4, enquanto equipes antes consideradas favoritas às vagas na Libertadores, como Flamengo e Cruzeiro, estão mostrando uma grande inconstância. Vamos aos comentários dos jogos que consegui assistir desta 19ª rodada do Brasileirão.
Palmeiras 1 x 1 Botafogo – Parque Antártica, São Paulo (SP)
Grêmio 4 x 1 Flamengo – Olímpico, Porto Alegre (RS)
MANDOU BEM!
- Até quando não joga bem o Cleiton Xavier tem se destacado. Na partida entre Palmeiras e Botafogo, dentre todos os jogadores em campo que possuíam a capacidade de criar boas jogadas ofensivas, como por exemplo Lúcio Flávio, Jônatas e Diego Souza, foi Cleiton o único a mostrar um bom trabalho. Tudo bem que suas melhores aparições foram nas bolas paradas, que por sinal ele vem cobrando com uma qualidade impressionante, mas os poucos bons ataques que o Verdão conseguiu organizar com a pelota rolando passaram por seus pés. Além de deixar Diego Souza e Armero livres para marcar, Cleiton também iniciou contra-ataques e apareceu na área para tentar assistências. Sem dúvida alguma, o atual time do Palmeiras é movido pelo futebol do Cleiton Xavier.
- Bem diferente do que eu imaginava, o Botafogo encarou o líder Palmeiras, em pleno Parque Antártica, de igual para igual. Pelo menos até a segunda metade do 2º tempo, quando a equipe recuou para segurar a pressão verde. Durante a maior parte do jogo, porém, o Fogão incomodou bastante o goleiro Marcos, ora com André Lima, autor de um gol digno de bom centroavante, ora em bolas paradas com Lúcio Flávio. É muito difícil saber se o Botafogo também teria uma atuação dessas, sem medo de enfrentar o 1º colocado do Brasileirão, fora de casa, se o Ney Franco ainda estivesse no comando, porém algo me diz que aí tem o dedo do Estevam Soares.
- A atuação do goleiro gremista Victor, no duelo contra o Flamengo, foi algo sensacional. Não importava quem aparecia em sua frente, livre, leve e solto, que o destino final da jogada era sempre o mesmo: defesaça de Victor. Em uma partida onde a defesa gaúcha esteve irreconhecível, tamanha quantidade de espaços que deu para o Flamengo trabalhar, podem ser atribuídos ao goleiro os três pontos obtidos. O que mais chamou a atenção na apresentação de Victor foi que, além de fechar o gol, o goleiro praticamente não deu rebotes. Em chutes de Adriano e Emerson, de dentro da área, ele conseguiu encaixar a pelota com imensa categoria. Se Victor sonha em ir para a Copa do Mundo de 2010, esta apresentação foi um grande passo para a realização deste sonho.
MANDOU MAL!
- O Palmeiras realmente necessita de um finalizador. Este fato ficou mais claro diante de uma ruim atuação do Diego Souza. O meia palmeirense, que vem sendo constantemente improvisado no ataque, está realizando um Brasileirão espetacular, porém uma equipe considerada favorita ao título precisa de um centroavante que resolva. Obina, que desta vez não esteve em campo, e Ortigoza, podem até realizar algumas boas partidas, entratanto não terão a constância necessária para serem titulares absolutos e intocáveis. Acredito também que o recém-contratado Robert, que esteve nulo em campo, contra o Fogão, também está incluído neste grupo. Os dirigentes do Palmeiras e da Traffic encheram a boca para dizer que o Verdão não vai perder nenhum jogador na janela de transferências para a Europa, pois o que importa este ano é a conquista do Brasileiro. Será mesmo que o Keirrisson não tinha nenhuma importância para a equipe?
- Na partida entre Flamengo e Grêmio, ficou difícil de saber qual dos dois sistemas defensivos esteve mais falho e apresentou o maior número de buracos. Qualquer ataque minimamente organizado resultava em um jogador cara a cara com o goleiro, tamanha a fragilidade dos setores defensivos. O Grêmio ter sofrido apenas um gol no jogo se deve exclusivamente à atuação heróica do seu goleiro Victor, sorte que o Flamengo não teve, já que Bruno esteve um tanto inseguro. Pelo lado carioca, a coisa ainda esteve pior pelas penalidades infântis cometidos por David e Aírton, que culminaram com os gols do Jonas.
- Ultimamente, não é nenhuma novidade uma atuação ruim do sistema defensivo flamenguista, porém a equipe vinha conseguindo alguns bons resultados escorada na sua dupla de ataque. Já no jogo contra o Grêmio, Adriano e Emerson estiveram irreconhecíveis. Sendo bonzinho, colocarei duas chances claras desperdiçadas na conta de cada um deles, sendo que as que foram perdidas quando o placar mostrava 1 a 1 foram determinantes para a derrota do Flamengo. Nem mesmo a ótima atuação do ala-esquerdo Éverton foi suficiente para inspirar a dupla do Mengão, que mostrou que se não estiver afinada, o Flamengo terá problemas.
JOGADA RÁPIDA!
- A situação do Fluminense está complicadíssima no Brasileirão. Dizem os matemáticos, que para não ser rebaixado para a Segundona, o Fluzão precisará realizar, no returno, uma campanha semelhante à do São Paulo no 1º turno. O restante do ano vai ser de muito trabalho para o Tricolor Carioca.
ENQUANTO ISSO NA INGLATERRA…
Blackburn 0 x 2 Manchester City
- No primeiro lance ofensivo do Manchester City na partida, Robinho aplicou um lindo lençol no seu marcador pela ponta-esquerda. Logo depois, com menos de 3 minutos de partida, o atacante Adebayour recebeu uma bola no grande círculo, lançou Wright Phillips na direita que, com um drible desconcertante deixou o defensor adversário no chão e devolveu para Adebayour estofar as redes. O jogo mal havia começado e o Manchester City parecia que iria atropelar o Blackburn. Doce ilusão. Adebayour ainda realizou um 1º tempo razoável, o seu parceiro de ataque Bellamy não mostrou em momento algum que o treinador Mark Hughes tem motivos para deixar Carlos Tévez no banco e Robinho nada fez na partida além de dois chutes longos. Mesmo tendo realizado uma 1ª etapa fraquíssima, o Manchester contou com a qualidade de seu goleiro Given e com os erros de finalização da dupla de ataque do Blackburn, formada por Benny McCarthy e Jason Roberts, para sair com a vitória parcial. Na parte final do 2º tempo, Wright Phillips voltou a aparecer bem e o Manchester conseguiu ampliar o placar e conquistar 3 importantíssimos pontos. Sobre os destaques do City, apesar da atuação apenas comum da equipe, fico com o excelente goleiro Given, o meia Barry, que se esforçou demais para atacar e defender ao mesmo tempo, e Wright Phillips, que deu as duas assistências que decidiram a partida.
Avaí 2 x 1 Náutico
Santo André 0 x 2 Internacional
Palmeiras 1 x 1 Botafogo
Corinthianas 2 x 0 Atlético Mineiro
Sport 1 x 2 São Paulo
Grêmio 4 x 1 Flamengo
Fluminense 1 x 3 Coritiba
Goiás 3 x 2 Vitória
Cruzeiro 0 x 0 Santos
Atlético Paranaense 3 x 0 Barueri
Olá amigo do FUTEBOLA!
Chegamos ao fim do 1º turno do Brasileirão sem saber quem foi o Campeão da primeira metade do torneio, já que a tabela está cheia de asteriscos mostrando jogos atrasados. O Internacional ainda conta com 2 jogos para tirar os 4 pontos de vantagem do Palmeiras e levar o simbólico título. Por falar em Palmeiras, o Verdão chegou ao terceiro empate seguido e já começa a se assustar com a galera que vem de baixo. Como surpresa que já não é mais surpresa, o Avaí conseguiu mais uma vitória e se mantém pertinho do G4, enquanto equipes antes consideradas favoritas às vagas na Libertadores, como Flamengo e Cruzeiro, estão mostrando uma grande inconstância. Vamos aos comentários dos jogos que consegui assistir desta 19ª rodada do Brasileirão.
Palmeiras 1 x 1 Botafogo – Parque Antártica, São Paulo (SP)
Grêmio 4 x 1 Flamengo – Olímpico, Porto Alegre (RS)
MANDOU BEM!
- Até quando não joga bem o Cleiton Xavier tem se destacado. Na partida entre Palmeiras e Botafogo, dentre todos os jogadores em campo que possuíam a capacidade de criar boas jogadas ofensivas, como por exemplo Lúcio Flávio, Jônatas e Diego Souza, foi Cleiton o único a mostrar um bom trabalho. Tudo bem que suas melhores aparições foram nas bolas paradas, que por sinal ele vem cobrando com uma qualidade impressionante, mas os poucos bons ataques que o Verdão conseguiu organizar com a pelota rolando passaram por seus pés. Além de deixar Diego Souza e Armero livres para marcar, Cleiton também iniciou contra-ataques e apareceu na área para tentar assistências. Sem dúvida alguma, o atual time do Palmeiras é movido pelo futebol do Cleiton Xavier.
- Bem diferente do que eu imaginava, o Botafogo encarou o líder Palmeiras, em pleno Parque Antártica, de igual para igual. Pelo menos até a segunda metade do 2º tempo, quando a equipe recuou para segurar a pressão verde. Durante a maior parte do jogo, porém, o Fogão incomodou bastante o goleiro Marcos, ora com André Lima, autor de um gol digno de bom centroavante, ora em bolas paradas com Lúcio Flávio. É muito difícil saber se o Botafogo também teria uma atuação dessas, sem medo de enfrentar o 1º colocado do Brasileirão, fora de casa, se o Ney Franco ainda estivesse no comando, porém algo me diz que aí tem o dedo do Estevam Soares.
- A atuação do goleiro gremista Victor, no duelo contra o Flamengo, foi algo sensacional. Não importava quem aparecia em sua frente, livre, leve e solto, que o destino final da jogada era sempre o mesmo: defesaça de Victor. Em uma partida onde a defesa gaúcha esteve irreconhecível, tamanha quantidade de espaços que deu para o Flamengo trabalhar, podem ser atribuídos ao goleiro os três pontos obtidos. O que mais chamou a atenção na apresentação de Victor foi que, além de fechar o gol, o goleiro praticamente não deu rebotes. Em chutes de Adriano e Emerson, de dentro da área, ele conseguiu encaixar a pelota com imensa categoria. Se Victor sonha em ir para a Copa do Mundo de 2010, esta apresentação foi um grande passo para a realização deste sonho.
MANDOU MAL!
- O Palmeiras realmente necessita de um finalizador. Este fato ficou mais claro diante de uma ruim atuação do Diego Souza. O meia palmeirense, que vem sendo constantemente improvisado no ataque, está realizando um Brasileirão espetacular, porém uma equipe considerada favorita ao título precisa de um centroavante que resolva. Obina, que desta vez não esteve em campo, e Ortigoza, podem até realizar algumas boas partidas, entratanto não terão a constância necessária para serem titulares absolutos e intocáveis. Acredito também que o recém-contratado Robert, que esteve nulo em campo, contra o Fogão, também está incluído neste grupo. Os dirigentes do Palmeiras e da Traffic encheram a boca para dizer que o Verdão não vai perder nenhum jogador na janela de transferências para a Europa, pois o que importa este ano é a conquista do Brasileiro. Será mesmo que o Keirrisson não tinha nenhuma importância para a equipe?
- Na partida entre Flamengo e Grêmio, ficou difícil de saber qual dos dois sistemas defensivos esteve mais falho e apresentou o maior número de buracos. Qualquer ataque minimamente organizado resultava em um jogador cara a cara com o goleiro, tamanha a fragilidade dos setores defensivos. O Grêmio ter sofrido apenas um gol no jogo se deve exclusivamente à atuação heróica do seu goleiro Victor, sorte que o Flamengo não teve, já que Bruno esteve um tanto inseguro. Pelo lado carioca, a coisa ainda esteve pior pelas penalidades infântis cometidos por David e Aírton, que culminaram com os gols do Jonas.
- Ultimamente, não é nenhuma novidade uma atuação ruim do sistema defensivo flamenguista, porém a equipe vinha conseguindo alguns bons resultados escorada na sua dupla de ataque. Já no jogo contra o Grêmio, Adriano e Emerson estiveram irreconhecíveis. Sendo bonzinho, colocarei duas chances claras desperdiçadas na conta de cada um deles, sendo que as que foram perdidas quando o placar mostrava 1 a 1 foram determinantes para a derrota do Flamengo. Nem mesmo a ótima atuação do ala-esquerdo Éverton foi suficiente para inspirar a dupla do Mengão, que mostrou que se não estiver afinada, o Flamengo terá problemas.
JOGADA RÁPIDA!
- A situação do Fluminense está complicadíssima no Brasileirão. Dizem os matemáticos, que para não ser rebaixado para a Segundona, o Fluzão precisará realizar, no returno, uma campanha semelhante à do São Paulo no 1º turno. O restante do ano vai ser de muito trabalho para o Tricolor Carioca.
ENQUANTO ISSO NA INGLATERRA…
Blackburn 0 x 2 Manchester City
- No primeiro lance ofensivo do Manchester City na partida, Robinho aplicou um lindo lençol no seu marcador pela ponta-esquerda. Logo depois, com menos de 3 minutos de partida, o atacante Adebayour recebeu uma bola no grande círculo, lançou Wright Phillips na direita que, com um drible desconcertante deixou o defensor adversário no chão e devolveu para Adebayour estofar as redes. O jogo mal havia começado e o Manchester City parecia que iria atropelar o Blackburn. Doce ilusão. Adebayour ainda realizou um 1º tempo razoável, o seu parceiro de ataque Bellamy não mostrou em momento algum que o treinador Mark Hughes tem motivos para deixar Carlos Tévez no banco e Robinho nada fez na partida além de dois chutes longos. Mesmo tendo realizado uma 1ª etapa fraquíssima, o Manchester contou com a qualidade de seu goleiro Given e com os erros de finalização da dupla de ataque do Blackburn, formada por Benny McCarthy e Jason Roberts, para sair com a vitória parcial. Na parte final do 2º tempo, Wright Phillips voltou a aparecer bem e o Manchester conseguiu ampliar o placar e conquistar 3 importantíssimos pontos. Sobre os destaques do City, apesar da atuação apenas comum da equipe, fico com o excelente goleiro Given, o meia Barry, que se esforçou demais para atacar e defender ao mesmo tempo, e Wright Phillips, que deu as duas assistências que decidiram a partida.
quinta-feira, 13 de agosto de 2009
CAMPEONATO BRASILEIRO 2009 - 17ª RODADA - SÉRIE B / COPA SUL-AMERICANA / AMISTOSO INTERNACIONAL
Olá amigos do FUTEBOLA!
Por uma daquelas mágicas que só o futebol brasileiro proporciona, foi possível assistir, neste meado de semana, partidas da Série A do Brasileirão, da Segundona, da Copa Sul-Americana e da Seleção Brasileira. É tanto jogo diferente que dá até para pirar. Nas próximas linhas, estarei comentando os jogos que consegui assistir, espero que não esteja tão confuso quanto nosso calendário.
SÉRIE B
Guarani 2 x 1 Ceará
Juventude 1 x 2 São Caetano
Atlético Goianiense 2 x 2 Ipatinga
Bragantino 1 x 0 Figueirense
Bahia 2 x 2 Ponte Preta
América 2 x 2 Vasco
Fortaleza 2 x 2 Vila Nova
Duque de Caxias 2 x 1 Portuguesa
Campinense 2 x 2 Paraná
Brasiliense 1 x 1 ABC
América 2 x 2 Vasco - Machadão, Natal (RN)
MANDOU BEM!
- O duelo entre Vasco e América foi um dos poucos ocorridos na Série B onde o clube carioca foi constantemente incomodado. O time de Natal merece elogios por, mesmo com uma qualidade técnica inferior ao Vasco, não ter desistido de atacar, nem quando estava em vantagem no placar. Não que o América tenha pressionado o Vasco e controlado o jogo, porém mostrou eficiência nos ataques organizados, principalmente os finalizados pelo atacante Lúcio, que deu muito trabalho ao desorganizado sistema defensivo vascaíno. Para se ter uma idéia da vontade do América de vencer, a última chance de gol criada na partida foi um belo chute do Fábio Neves, que o goleiro Fernando Prass teve que realizar uma boa defesa.
MANDOU MAL!
- Como citei anteriormente, o sistema defensivo do Vasco esteve muito desorganizado durante os 90 minutos da partida em Natal. Desde o goleiro Fernando Prass, que mostrou uma insegurança que não lhe é comum, passando pela dupla de zaga e pelos volantes, o Vasco sofreu muito para conter os avanços do América. Porém, justiça seja feita, toda a equipe vascaína esteve perdida em campo. Alex Teixeira e Souza se revezavam, consciente ou inconscientemente, na lateral-direita. Enrico nem de longe mostrou a participação que teve no duelo contra o Campinense. Buscando o empate, Dorival colocou em campo uma formação que provavelmente nunca havia treinado, com Élton, Aloísio e Adriano no ataque. Apesar de ter conseguido empatar a partida em um lance de bola parada, esta foi uma atuação que os jogadores devem esquecer. Melhor pensando, é uma atuação que eles devem lembrar muito bem, para não repetir.
COPA SUL-AMERICANA
Fluminense 0 x 0 Flamengo - Maracanã, Rio de Janeiro (RJ)
MANDOU BEM!
- É de encher os olhos a fibra do atacante rubro-negro Emerson. Sem levar em conta a importância do jogo, o “Sheik” transforma cada partida em uma final de Copa do Mundo. Neste duelo contra o Fluminense, onde muitos jogadores foram poupados, Emerson disputava cada bola como um leão. Existem muitos jogadores que tentam compensar a falta de habilidade com a pelota correndo durante os 90 minutos, porém claramente o Emerson não está incluído neste grupo. Cada dia mais em casa no Flamengo, o atacante tem tentado jogadas individuais com frequência e, para a alegria dos torcedores, está obtendo sucesso. O elástico que ele aplicou no tricolor Maurício, na ponta esquerda da área, foi sensacional e muito produtivo, já que o Denis Marques quase completou a jogada para o fundo da rede. Com toda a raça que vem mostrando e uma ótima qualidade ofensiva, não é de se espantar que a torcida do Flamengo tenha um grande carinho pelo jogador, mesmo ainda sendo uma relação recente.
MANDOU MAL!
- Em minha opinião, o treinador do Flu, Renato Gaúcho, esteve equivocado desde antes do início da partida. Além de poupar todos os titulares, colocando em campo uma equipe completamente desentrosada, ele ainda concedeu a seguinte entrevista, no dia anterior à partida: “Sinceramente, preferia estar disputando somente o Brasileiro. Nada contra a Sul-Americana, mas ela veio em uma situação difícil, não posso me arriscar a perder jogadores importantes.”. Errou em tudo o Renato. Perdeu a oportunidade de dar maior solidez e consistência tática à equipe que considera titular, chamou uma competição que poderia salvar o ano tricolor, já que o Flu não deve conseguir nada no Brasileiro, de irrelevante, disse que os jogadores que são suplentes não são importantes e, por final, escalou uma equipe com quatro volantes (Fabinho, Maurício, Fábio Santos e Diguinho) e apenas um atacante. Totalmente perdido em campo, principalmente no 1º tempo, o Fluminense escapou por pouco da derrota e fica a pergunta que sempre faço quando um time resolve poupar todos seus titulares: de que adiantou para o crescimento do Flu, como equipe, esta partida contra o Flamengo?
AMISTOSO INTERNACIONAL
Estônia 0 x 1 Brasil - A. Le Coq, Tallinn (EST)
- Em uma partida pra lá de sem graça, a Seleção Brasileira venceu a Estônia por 1 a 0. Foi um claro amistoso caça-níquel e quem pagou o pato foi o Flamengo e o Atlético Mineiro. Com a contusão de Kléberson, o Rubro-negro carioca pode perder um jogador importante para a sequência do Campeonato Brasileiro e o Galo Mineiro poderá ter problemas com a janela de transferência, após uma boa atuação de Diego Tardelli. Amigos, quero deixar bem claro que não estou criticando o Dunga pela convocação dos jogadores que atuam aqui. A contusão do Kléberson foi uma fatalidade que poderia ocorrer com qualquer um e a apresentação de Diego Tardelli só veio a justificar a excelente temporada do atacante. Por sinal, as entradas de Nilmar e Tardelli foram os únicos atrativos deste violento amistoso. Claramente mais em forma e com mais vontade que seus companheiros, os atacantes se movimentaram, buscaram jogadas individuais e em conjunto, chutaram ao gol e mostraram para o treinador Dunga que estão sim na briga por uma vaga na Copa do Mundo. Falando em vaga na Copa do Mundo, a lateral-esquerda continua clamando pelo substituto de Roberto Carlos, pois André Santos, em mais uma oportunidade, mostrou um futebol pra lá de burocrático, fazendo com que o Brasil concentrasse todas suas jogadas pelo lado direito. No fim, a vitória serviu para aumentar a sequência invicta da Seleção, que chegou a 17 jogos, e pela atuação de dupla Nilmar/Tardelli.
JOGADA RÁPIDA!
No importantíssimo duelo entre Palmeiras e Atlético Mineiro, pelo Brasileirão, o pênalti defendido pelo Marcos pode fazer uma diferença absurda no fim da competição. É impressionante como o goleirão sempre aparece quando o Palmeiras mais precisa.
Por uma daquelas mágicas que só o futebol brasileiro proporciona, foi possível assistir, neste meado de semana, partidas da Série A do Brasileirão, da Segundona, da Copa Sul-Americana e da Seleção Brasileira. É tanto jogo diferente que dá até para pirar. Nas próximas linhas, estarei comentando os jogos que consegui assistir, espero que não esteja tão confuso quanto nosso calendário.
SÉRIE B
Guarani 2 x 1 Ceará
Juventude 1 x 2 São Caetano
Atlético Goianiense 2 x 2 Ipatinga
Bragantino 1 x 0 Figueirense
Bahia 2 x 2 Ponte Preta
América 2 x 2 Vasco
Fortaleza 2 x 2 Vila Nova
Duque de Caxias 2 x 1 Portuguesa
Campinense 2 x 2 Paraná
Brasiliense 1 x 1 ABC
América 2 x 2 Vasco - Machadão, Natal (RN)
MANDOU BEM!
- O duelo entre Vasco e América foi um dos poucos ocorridos na Série B onde o clube carioca foi constantemente incomodado. O time de Natal merece elogios por, mesmo com uma qualidade técnica inferior ao Vasco, não ter desistido de atacar, nem quando estava em vantagem no placar. Não que o América tenha pressionado o Vasco e controlado o jogo, porém mostrou eficiência nos ataques organizados, principalmente os finalizados pelo atacante Lúcio, que deu muito trabalho ao desorganizado sistema defensivo vascaíno. Para se ter uma idéia da vontade do América de vencer, a última chance de gol criada na partida foi um belo chute do Fábio Neves, que o goleiro Fernando Prass teve que realizar uma boa defesa.
MANDOU MAL!
- Como citei anteriormente, o sistema defensivo do Vasco esteve muito desorganizado durante os 90 minutos da partida em Natal. Desde o goleiro Fernando Prass, que mostrou uma insegurança que não lhe é comum, passando pela dupla de zaga e pelos volantes, o Vasco sofreu muito para conter os avanços do América. Porém, justiça seja feita, toda a equipe vascaína esteve perdida em campo. Alex Teixeira e Souza se revezavam, consciente ou inconscientemente, na lateral-direita. Enrico nem de longe mostrou a participação que teve no duelo contra o Campinense. Buscando o empate, Dorival colocou em campo uma formação que provavelmente nunca havia treinado, com Élton, Aloísio e Adriano no ataque. Apesar de ter conseguido empatar a partida em um lance de bola parada, esta foi uma atuação que os jogadores devem esquecer. Melhor pensando, é uma atuação que eles devem lembrar muito bem, para não repetir.
COPA SUL-AMERICANA
Fluminense 0 x 0 Flamengo - Maracanã, Rio de Janeiro (RJ)
MANDOU BEM!
- É de encher os olhos a fibra do atacante rubro-negro Emerson. Sem levar em conta a importância do jogo, o “Sheik” transforma cada partida em uma final de Copa do Mundo. Neste duelo contra o Fluminense, onde muitos jogadores foram poupados, Emerson disputava cada bola como um leão. Existem muitos jogadores que tentam compensar a falta de habilidade com a pelota correndo durante os 90 minutos, porém claramente o Emerson não está incluído neste grupo. Cada dia mais em casa no Flamengo, o atacante tem tentado jogadas individuais com frequência e, para a alegria dos torcedores, está obtendo sucesso. O elástico que ele aplicou no tricolor Maurício, na ponta esquerda da área, foi sensacional e muito produtivo, já que o Denis Marques quase completou a jogada para o fundo da rede. Com toda a raça que vem mostrando e uma ótima qualidade ofensiva, não é de se espantar que a torcida do Flamengo tenha um grande carinho pelo jogador, mesmo ainda sendo uma relação recente.
MANDOU MAL!
- Em minha opinião, o treinador do Flu, Renato Gaúcho, esteve equivocado desde antes do início da partida. Além de poupar todos os titulares, colocando em campo uma equipe completamente desentrosada, ele ainda concedeu a seguinte entrevista, no dia anterior à partida: “Sinceramente, preferia estar disputando somente o Brasileiro. Nada contra a Sul-Americana, mas ela veio em uma situação difícil, não posso me arriscar a perder jogadores importantes.”. Errou em tudo o Renato. Perdeu a oportunidade de dar maior solidez e consistência tática à equipe que considera titular, chamou uma competição que poderia salvar o ano tricolor, já que o Flu não deve conseguir nada no Brasileiro, de irrelevante, disse que os jogadores que são suplentes não são importantes e, por final, escalou uma equipe com quatro volantes (Fabinho, Maurício, Fábio Santos e Diguinho) e apenas um atacante. Totalmente perdido em campo, principalmente no 1º tempo, o Fluminense escapou por pouco da derrota e fica a pergunta que sempre faço quando um time resolve poupar todos seus titulares: de que adiantou para o crescimento do Flu, como equipe, esta partida contra o Flamengo?
AMISTOSO INTERNACIONAL
Estônia 0 x 1 Brasil - A. Le Coq, Tallinn (EST)
- Em uma partida pra lá de sem graça, a Seleção Brasileira venceu a Estônia por 1 a 0. Foi um claro amistoso caça-níquel e quem pagou o pato foi o Flamengo e o Atlético Mineiro. Com a contusão de Kléberson, o Rubro-negro carioca pode perder um jogador importante para a sequência do Campeonato Brasileiro e o Galo Mineiro poderá ter problemas com a janela de transferência, após uma boa atuação de Diego Tardelli. Amigos, quero deixar bem claro que não estou criticando o Dunga pela convocação dos jogadores que atuam aqui. A contusão do Kléberson foi uma fatalidade que poderia ocorrer com qualquer um e a apresentação de Diego Tardelli só veio a justificar a excelente temporada do atacante. Por sinal, as entradas de Nilmar e Tardelli foram os únicos atrativos deste violento amistoso. Claramente mais em forma e com mais vontade que seus companheiros, os atacantes se movimentaram, buscaram jogadas individuais e em conjunto, chutaram ao gol e mostraram para o treinador Dunga que estão sim na briga por uma vaga na Copa do Mundo. Falando em vaga na Copa do Mundo, a lateral-esquerda continua clamando pelo substituto de Roberto Carlos, pois André Santos, em mais uma oportunidade, mostrou um futebol pra lá de burocrático, fazendo com que o Brasil concentrasse todas suas jogadas pelo lado direito. No fim, a vitória serviu para aumentar a sequência invicta da Seleção, que chegou a 17 jogos, e pela atuação de dupla Nilmar/Tardelli.
JOGADA RÁPIDA!
No importantíssimo duelo entre Palmeiras e Atlético Mineiro, pelo Brasileirão, o pênalti defendido pelo Marcos pode fazer uma diferença absurda no fim da competição. É impressionante como o goleirão sempre aparece quando o Palmeiras mais precisa.
segunda-feira, 10 de agosto de 2009
CAMPEONATO BRASILEIRO 2009 - 18ª RODADA - SÉRIE A
Santos 2 x 2 Avaí
Náutico 2 x 1 Santo André
Botafogo 0 x 1 Atlético Paranaense
Flamengo 1 x 0 Corinthians
Vitória 2 x 2 Fluminense
Coritiba 1 x 3 Cruzeiro
São Paulo 3 x 1 Goiás
Barueri 1 x 0 Grêmio
Olá amigos do FUTEBOLA!
A 18ª rodada do Brasileirão marcou a chegada do São Paulo ao G4 e do “Imperador” Adriano ao topo da artilharia. Se tricolores paulistas e rubro-negros cariocas estão sorridentes, após o bom fim de semana, não se pode dizer o mesmo de botafoguenses e corintianos. O Botafogo, em casa, perdeu para o Atlético Paranaense e esfriou o que parecia ser uma ótima reação. E o Corinthians? Bom, o Timão continua se escorando em desculpas para justificar a queda de rendimento no Brasileiro. Vamos aos comentários dos jogos que assisti desta penúltima rodada do 1º turno do Campeonato Brasileiro.
Flamengo 1 x 0 Corinthians – Maracanã, Rio de Janeiro (RJ)
São Paulo 3 x 1 Goiás – Morumbi, São Paulo (SP)
MANDOU BEM!
- Depois de uma 1ª etapa não muito convincente, no duelo contra o Corinthians, o Flamengo voltou com tudo após o intervalo e engoliu a equipe paulista. Muito criticado por mim recentemente, devido à ruins apresentações, Kléberson, desta vez, jogou um bolão. Como segundo volante, sua posição original, o meia da Seleção Brasileira acertou lançamentos belíssimos e organizou o Flamengo muito bem, já que Petkovic estava completamente apagado diante da marcação de Jucilei. No lance do gol rubro-negro, a bola passou por duas vezes pelos pés de Kléberson. Primeiro ele deu um espetacular lançamento para Léo Moura e, na sequência da jogada, chutou de fora da área a bola que Adriano pegou o rebote para marcar. Por falar em Adriano, com o gol marcado o “Imperador” alcançou a artilharia isolada do Brasileirão. Por este feito e por sua habitual garra, vou poupá-lo das críticas pelo grande número de gols perdidos.
- Simplesmente sensacional a atuação do tripé de meio-campo do São Paulo no duelo contra o Goiás. Eu diria que qualquer equipe do mundo teria problemas para marcar os meias tricolores no jogo de domingo. Hernanes, Richarlyson e Jorge Wagner mostraram uma movimentação e um entrosamento de encher os olhos de qualquer apreciador do “Futebol Total”, onde os jogadores não guardam posições. Todos os três apareceram pela direita, pelo meio e pela esquerda e, invariavelmente, organizando jogadas perigosas. Apesar de Hernanes der dado duas assistências e Jorge Wagner ter colaborado com uma assistência e um gol marcado, quem mais me agradou do trio foi o Richarlyson. O jogador mostrou, depois de um bom tempo, aquele futebol dinâmico que o fez ser eleito um dos dois melhores volantes do Brasileirão de 2007 (prêmio Bola de Prata da Revista Placar). Além da constante aparição no ataque, mandou uma bola na trave e teve um chute tirado pelo zagueiro em cima da linha, Richarlyson foi um monstro na marcação, roubando várias bolas. A torcida tricolor tem todo o direito de cantar “ÔÔÔÔ... O Campeão voltou...”, pois agora que entrou no G4, vai ser difícil segurar o Sampa.
MANDOU MAL!
- Já está mais do que na hora de o Corinthians parar de chorar pelo leite derramado. São três as desculpas prontas para a queda de rendimento do Timão: A janela de transferência, que levou Cristian, André Santos e Douglas, os problemas com contusões, especialmente com o Ronaldo, e o fato de já estar classificado para a Libertadores 2010. Os jogadores reservas estão no elenco para serem utilizados quando necessários e o treinador recebe seus salários para poder organizar a equipe e superar os eventuais problemas. O Corinthians, porém, parece já entrar em campo pensando nas explicações para a derrota. Uma equipe que conta com Felipe, Chicão, William, Edu, Elias e Dentinho, só para citar alguns jogadores que iniciaram o jogo contra o Flamengo, tem obrigação de mostrar um futebol muito, mas muito melhor do que o visto no Maracanã. Um time com o alto custo, e uma exigente torcida, como é o Corinthians, não pode se dar ao luxo de encerrar suas atividades no meio do ano, só por ter vencido a Copa do Brasil e conquistado uma vaga na Copa Libertadores.
JOGADA RÁPIDA!
- O retrospecto do Grêmio atuando fora de casa é pavoroso. Longe do Olímpico, o Tricolor Gaúcho disputou 9 partidas, sendo derrotado em 7 jogos e empatando os outros dois. Resumindo: Como a última partida do turno é em casa, o Grêmio passou metade do Campeonato sem vencer um jogo fora de seus domínios.
Náutico 2 x 1 Santo André
Botafogo 0 x 1 Atlético Paranaense
Flamengo 1 x 0 Corinthians
Vitória 2 x 2 Fluminense
Coritiba 1 x 3 Cruzeiro
São Paulo 3 x 1 Goiás
Barueri 1 x 0 Grêmio
Olá amigos do FUTEBOLA!
A 18ª rodada do Brasileirão marcou a chegada do São Paulo ao G4 e do “Imperador” Adriano ao topo da artilharia. Se tricolores paulistas e rubro-negros cariocas estão sorridentes, após o bom fim de semana, não se pode dizer o mesmo de botafoguenses e corintianos. O Botafogo, em casa, perdeu para o Atlético Paranaense e esfriou o que parecia ser uma ótima reação. E o Corinthians? Bom, o Timão continua se escorando em desculpas para justificar a queda de rendimento no Brasileiro. Vamos aos comentários dos jogos que assisti desta penúltima rodada do 1º turno do Campeonato Brasileiro.
Flamengo 1 x 0 Corinthians – Maracanã, Rio de Janeiro (RJ)
São Paulo 3 x 1 Goiás – Morumbi, São Paulo (SP)
MANDOU BEM!
- Depois de uma 1ª etapa não muito convincente, no duelo contra o Corinthians, o Flamengo voltou com tudo após o intervalo e engoliu a equipe paulista. Muito criticado por mim recentemente, devido à ruins apresentações, Kléberson, desta vez, jogou um bolão. Como segundo volante, sua posição original, o meia da Seleção Brasileira acertou lançamentos belíssimos e organizou o Flamengo muito bem, já que Petkovic estava completamente apagado diante da marcação de Jucilei. No lance do gol rubro-negro, a bola passou por duas vezes pelos pés de Kléberson. Primeiro ele deu um espetacular lançamento para Léo Moura e, na sequência da jogada, chutou de fora da área a bola que Adriano pegou o rebote para marcar. Por falar em Adriano, com o gol marcado o “Imperador” alcançou a artilharia isolada do Brasileirão. Por este feito e por sua habitual garra, vou poupá-lo das críticas pelo grande número de gols perdidos.
- Simplesmente sensacional a atuação do tripé de meio-campo do São Paulo no duelo contra o Goiás. Eu diria que qualquer equipe do mundo teria problemas para marcar os meias tricolores no jogo de domingo. Hernanes, Richarlyson e Jorge Wagner mostraram uma movimentação e um entrosamento de encher os olhos de qualquer apreciador do “Futebol Total”, onde os jogadores não guardam posições. Todos os três apareceram pela direita, pelo meio e pela esquerda e, invariavelmente, organizando jogadas perigosas. Apesar de Hernanes der dado duas assistências e Jorge Wagner ter colaborado com uma assistência e um gol marcado, quem mais me agradou do trio foi o Richarlyson. O jogador mostrou, depois de um bom tempo, aquele futebol dinâmico que o fez ser eleito um dos dois melhores volantes do Brasileirão de 2007 (prêmio Bola de Prata da Revista Placar). Além da constante aparição no ataque, mandou uma bola na trave e teve um chute tirado pelo zagueiro em cima da linha, Richarlyson foi um monstro na marcação, roubando várias bolas. A torcida tricolor tem todo o direito de cantar “ÔÔÔÔ... O Campeão voltou...”, pois agora que entrou no G4, vai ser difícil segurar o Sampa.
MANDOU MAL!
- Já está mais do que na hora de o Corinthians parar de chorar pelo leite derramado. São três as desculpas prontas para a queda de rendimento do Timão: A janela de transferência, que levou Cristian, André Santos e Douglas, os problemas com contusões, especialmente com o Ronaldo, e o fato de já estar classificado para a Libertadores 2010. Os jogadores reservas estão no elenco para serem utilizados quando necessários e o treinador recebe seus salários para poder organizar a equipe e superar os eventuais problemas. O Corinthians, porém, parece já entrar em campo pensando nas explicações para a derrota. Uma equipe que conta com Felipe, Chicão, William, Edu, Elias e Dentinho, só para citar alguns jogadores que iniciaram o jogo contra o Flamengo, tem obrigação de mostrar um futebol muito, mas muito melhor do que o visto no Maracanã. Um time com o alto custo, e uma exigente torcida, como é o Corinthians, não pode se dar ao luxo de encerrar suas atividades no meio do ano, só por ter vencido a Copa do Brasil e conquistado uma vaga na Copa Libertadores.
JOGADA RÁPIDA!
- O retrospecto do Grêmio atuando fora de casa é pavoroso. Longe do Olímpico, o Tricolor Gaúcho disputou 9 partidas, sendo derrotado em 7 jogos e empatando os outros dois. Resumindo: Como a última partida do turno é em casa, o Grêmio passou metade do Campeonato sem vencer um jogo fora de seus domínios.
CAMPEONATO BRASILEIRO 2009 - 16ª RODADA - SÉRIE B
Portuguesa 0 x 1 Juventude
Paraná 4 x 1 Bragantino
Ipatinga 1 x 0 Guarani
São Caetano 2 x 1 Brasiliense
Ponte Preta 1 x 1 Fortaleza
Vasco 3 x 0 Campinense
Vila Nova 1 x 0 Bahia
Figueirense 0 x 1 América
Ceará 1 x 0 Atlético Goianiense
ABC 1 x 2 Duque de Caxias
Olá amigos do FUTEBOLA!
A 16ª rodada da Segundona comprovou a ascensão do Ceará e a queda do Guarani no torneio. Reparem nos dados: Após o fim da 8ª rodada, o Guarani contava com 22 pontos enquanto o Ceará com apenas 9. Terminada a 16ª rodada, o time de Campinas possui 28, um a menos que o Ceará. Incrível! Quem também se deu bem na rodada foi o Vasco, que contou com o tropeço de muitos rivais na briga pela vaga na Série A e agora possui os mesmos pontos do líder, Atlético Goianiense, e está bem mais consolidado no G4. Vamos aos comentários da vitória vascaína.
Vasco 3 x 0 Campinense – São Januário, Rio de Janeiro (RJ)
MANDOU BEM!
- O Vasco fez o suficiente para vencer o Campinense, em São Januário, por 3 a 0. Apenas uma boa atuação de Carlos Alberto já seria o bastante para o Gigante da Colina atropelar o lanterninha. Além da excelente apresentação do capitão vascaíno, que mostrou toda sua habilidade, garra e capacidade para ser o líder técnico do time, também gostei da atuação do seu parceiro na meiúca, Enrico. Caindo muito bem pela esquerda, Enrico conseguiu criar boas jogadas ofensivas para o Vasco, deixando Élton e Souza em condições de balançar as redes, cobrou um córner que quase resultou em gol olímpico e mandou um balaço na trave. Como os adversários vascaínos sempre se desesperam para poder marcar o Carlos Alberto, Enrico pode se tornar uma boa opção para a organização ofensiva da equipe. Para a festa cruzmaltina se tornar completa, faltou apenas a cabeçada do estreante Aloísio, após mais uma excelente jogada de Carlos Alberto, ter entrado ao invés de, caprichosamente, ter batido na trave.
MANDOU MAL!
- Apesar de ainda ser cedo para analisar, não gostei da atuação do Alex Teixeira improvisado na ala-direita. Tudo bem que ele tenha participado do lance em que Adriano sofreu pênalti, convertido por Carlos Alberto, com um bom passe, porém foi só. Contra um adversário que não agredia o Vasco, Alex poderia ter se apresentado muito mais para o jogo, mas o que se viu foi um jogador tímido e sem vontade de jogar. Após marcar o segundo gol, o Vasco relaxou em campo e decretou fim do expediente mais cedo, entretanto Alex Teixeira pareceu nem ter batido o cartão, tamanha apatia.
Paraná 4 x 1 Bragantino
Ipatinga 1 x 0 Guarani
São Caetano 2 x 1 Brasiliense
Ponte Preta 1 x 1 Fortaleza
Vasco 3 x 0 Campinense
Vila Nova 1 x 0 Bahia
Figueirense 0 x 1 América
Ceará 1 x 0 Atlético Goianiense
ABC 1 x 2 Duque de Caxias
Olá amigos do FUTEBOLA!
A 16ª rodada da Segundona comprovou a ascensão do Ceará e a queda do Guarani no torneio. Reparem nos dados: Após o fim da 8ª rodada, o Guarani contava com 22 pontos enquanto o Ceará com apenas 9. Terminada a 16ª rodada, o time de Campinas possui 28, um a menos que o Ceará. Incrível! Quem também se deu bem na rodada foi o Vasco, que contou com o tropeço de muitos rivais na briga pela vaga na Série A e agora possui os mesmos pontos do líder, Atlético Goianiense, e está bem mais consolidado no G4. Vamos aos comentários da vitória vascaína.
Vasco 3 x 0 Campinense – São Januário, Rio de Janeiro (RJ)
MANDOU BEM!
- O Vasco fez o suficiente para vencer o Campinense, em São Januário, por 3 a 0. Apenas uma boa atuação de Carlos Alberto já seria o bastante para o Gigante da Colina atropelar o lanterninha. Além da excelente apresentação do capitão vascaíno, que mostrou toda sua habilidade, garra e capacidade para ser o líder técnico do time, também gostei da atuação do seu parceiro na meiúca, Enrico. Caindo muito bem pela esquerda, Enrico conseguiu criar boas jogadas ofensivas para o Vasco, deixando Élton e Souza em condições de balançar as redes, cobrou um córner que quase resultou em gol olímpico e mandou um balaço na trave. Como os adversários vascaínos sempre se desesperam para poder marcar o Carlos Alberto, Enrico pode se tornar uma boa opção para a organização ofensiva da equipe. Para a festa cruzmaltina se tornar completa, faltou apenas a cabeçada do estreante Aloísio, após mais uma excelente jogada de Carlos Alberto, ter entrado ao invés de, caprichosamente, ter batido na trave.
MANDOU MAL!
- Apesar de ainda ser cedo para analisar, não gostei da atuação do Alex Teixeira improvisado na ala-direita. Tudo bem que ele tenha participado do lance em que Adriano sofreu pênalti, convertido por Carlos Alberto, com um bom passe, porém foi só. Contra um adversário que não agredia o Vasco, Alex poderia ter se apresentado muito mais para o jogo, mas o que se viu foi um jogador tímido e sem vontade de jogar. Após marcar o segundo gol, o Vasco relaxou em campo e decretou fim do expediente mais cedo, entretanto Alex Teixeira pareceu nem ter batido o cartão, tamanha apatia.
sábado, 8 de agosto de 2009
FIGURINHA CARIMBADA - WALDO
Nome: Waldo Machado
Data de nascimento: 9 de setembro de 1934
Posição: centroavante
Clubes:
Madureira (1953)
Fluminense (1954 a 1961)
Valencia-ESP (1961 a 1969)
Hércules-ESP (1970 a 1971)
Seleção Brasileira (1989 a 1994) – 4 jogos e 2 gols*
Títulos:
Torneio Rio - São Paulo – 1957 e 1960 – Fluminense
Campeonato Carioca – 1959 – Fluminense
Copa Atlântica – 1960 – Brasil
Copa de Ferias – 1962 e 1963 – Valencia
Copa da Espanha – 1967 – Valencia
Destaques:
- Quando Waldo estreou pelo Fluminense, talvez nem ele acreditasse no gigantesco sucesso que teria pelo Tricolor das Laranjeiras. Os números que representam a passagem de Waldo pelo clube são impressionantes. O centroavante, conhecido pelo estilo rompedor e precisão nas finalizações, foi o artilheiro do Cariocão de 1956 e dos Torneios Rio-São Paulo de 1957 e 1960. Os gols que marcou no torneio interestadual foram de grande importâcia para o Tricolor se sagrar Bi-campeão. No Rio-São Paulo de 1957, alguns gols marcados pelo artilheiro ficaram na memória dos torcedores, como por exemplo o de calcanhar na goleada de 5 a 1 sobre o Palmeiras e os dois que marcou na vitória por 3 a 1 sobre a Portuguesa, que garantiu o título, invicto, ao Fluzão. E tem mais! Waldo é ao lado do botafoguense Heleno De Freitas, o maior goleador da história do “Clássico Vovô”, com 16 gols marcados. Tantas redes balançadas renderam a Waldo a honra de ser o maior artilheiro da história do Fluminense, com 314 gols assinalados.
- A passagem de Waldo pelo Tricolor foi tão brilhante, que o Valencia, da Espanha, veio buscá-lo em 1961. Pelo clube espanhol, Waldo continuou o mesmo goleador de sempre, conquistando o Troféu Pichichi (dado pelo diário esportivo Marca, ao goleador da 1ª divisão da Liga Espanhola) na temporada 1966/1967. Se não conseguiu conquistar o Campeonato Espanhol, Waldo foi de extrema importância na conquista do Bi-campeonato da Copa de Ferias, a precursora da Copa da UEFA. Os 147 gols marcados pelo Valencia colocam Waldo como segundo maior artilheiro da história do clube espanhol, atrás apenas de Edmundo Suárez, o Mundo, atacante da década de 40.
- Os gols que assinalou e os títulos conquistados mostram muito bem como foi a gloriosa carreira de Waldo, porém nada melhor do que as palavras do mestre tricolor Nelson Rodrigues para descrever a sua qualidade como centroavante: “Tremendo esse Waldo! Muitos craques brasileiros sofrem, no estrangeiro, de tremendo descontrole emocional e jogam pedrinhas. Waldo, não. Em Niterói, na Patagônia ou na Groenlândia, é o mesmíssimo monstro do gol.”**
*Enciclopédia da Seleção - Ivan Soter - Opera Nostra Editora
**O Berro Impresso das Manchetes – Crônicas Completas da Manchete Esportiva 55 - 59
sexta-feira, 7 de agosto de 2009
CAMPEONATO BRASILEIRO 2009 - 17ª RODADA - SÉRIE A
SÉRIE A
Cruzeiro 0 x 2 Atlético Paranaense
São Paulo 3 x 1 Botafogo
Avaí 1 x 0 Santo André
Goiás 3 x 2 Flamengo
Náutico 1 x 0 Corinthians
Coritiba 0 x 1 Santos
Fluminense 5 x 1 Sport
Barueri 4 x 0 Vitória
Palmeiras 1 x 1 Grêmio
Olá amigos do FUTEBOLA!
Estamos chegando próximo do fim do 1º turno do Brasileirão e, como já era esperado, o equilíbrio é gigante. Quem chegou de vez para brigar na parte de cima da tabela é o atual Tri-campeão São Paulo, escorado – quem diria? – em grandes atuações de Dagoberto. Outro grande destaque desta rodada foi o jogaço de bola entre Flamengo e Goiás. Em um Serra Dourada completamente lotado, ambos os times honraram a camisa e realizaram uma das melhores partidas do Brasileirão. E teve mais! No Maracanã, o Fluminense colocou um ponto final no jejum de vitórias e chinelou o Sport. Vamos aos comentários sobre dois jogos desta 17ª rodada.
Goiás 3 x 2 Flamengo – Serra Dourada, Goiânia (GO)
Palmeiras 1 x 1 Grêmio – Palestra Itália, São Paulo (SP)
MANDOU BEM!
- A apresentação do Goiás, na 1ª etapa do duelo contra o Flamengo, foi tão boa e completa que fica difícil citar os destaques individuais da equipe. O trio de zaga e o goleiro Harley estiveram bem seguros, bobendo apenas em um lance, que o atacante do Fla, Denis Marques, perdeu quase na pequena área. O setor de meio-campo então... Engoliu o Flamengo. A minha memória pode até estar me traindo, mas não me recordo de ter visto Léo Lima jogar tão bem em uma partida. O meia teve participação efetiva nos três gols do Goiás, sendo que a jogada que ele arquitetou para o gol da vitória foi sensacional. Desprezando a presença dos zagueiros rubro-negros, Léo Lima tabelou, entrou na área e deu lindo passe para Iarley decidir o jogo. Por falar em Iarley, mais uma vez o atacante provou sua importância para a equipe goiana, agora vice-líder do Brasileiro. Completanto a boa atuação esmeraldina, a dupla de alas Douglas/Júlio César infernizou o sistema defensivo do Flamengo. O jovem ala-direita Douglas esteve imparável e criou boas jogadas com uma frequência muito grande. Assim como o zagueiro Rafael Tolói, é uma grande revelação deste também grande time do Goiás.
- Em todas as partidas do Flamengo sob o comando do técnico Andrade, a equipe saiu perdendo e precisou evoluir durante o jogo. Neste duelo contra o Goiás, após um fraquíssimo 1º tempo, onde apenas Adriano tentou algo, o Flamengo teve que apostar todas suas fichas após o intervalo. Perdendo por 2 a 0, Andrade colocou o veterano Petkovic e o jovem Bruno Paulo em campo e, acreditem, Pet mudou completamente o Flamengo. Com uma atuação de altíssimo nível, o gringo fez o que de Kléberson, que saiu para sua entrada, se espera, ou seja, comandou as ações ofensivas do Mengão. O agora camisa 43, correu, buscou jogo antes do meio-campo, tentou passes decisivos, conversou e incentivou seus companheiros, buscando alternativas, apontava com as mãos, como uma maestro, as melhores jogadas quando estava marcado... Com tanta qualidade e força de vontade, Petkovic foi premiado com um golaço, após limpar os defensores e chutar de fora da área, porém, minutos depois, foi castigado com o gol do Goiás, marcado por Iarley. Apesar da derrota, a boa atuação de Pet deixou os rubro-negros muito felizes e esperançosos de que, se a forma física deixar, o gringo pode dar muitas alegrias.
- Um dos jogadores que mais tem me chamado a atenção neste 1º turno do Brasileirão é o meia palmeirense Cleiton Xavier. Assistí-lo jogar está valendo o ingresso, ou no meu caso o pay-per-view. Sua atuação no 1º tempo do duelo contra o Grêmio foi simplesmente sensacional. Além de muito preciso nas bolas paradas, suas longas arrancadas deixaram a defesa gremista perdida. Para se ter uma idéia de como Cleiton é um jogador objetivo, teve um lance onde após receber a bola das mãos do goleiro Marcos, perto de sua área, o camisa 10 do Verdão arrancou e com um passe milimétrico deixou Diego Souza na cara do gol. Não satisfeito em ser o articulador de todas as jogadas alvi-verdes, foi Cleiton Xavier quem apareceu na área, entre os zagueiros gremistas, para cabecear o cruzamento do lateral Wendell e abrir o placar. Na 2ª etapa, o meia, assim como todo o Palmeiras, caiu de rendimento diante da forte marcação gaúcha, mas mesmo assim apareceu com muito perigo em dois lances que quase deram os três pontos à sua equipe.
- O Grêmio precisou marcar um gol por acaso para poder lembrar que é uma excelente equipe. O Palmeiras mandava no jogo (7 x 0 era o placar das finalizações), quando em uma rápida cobrança de falta de Túlio, Souza cruzou para o argentino Maxi López empatar o jogo. Até o momento o Tricolor somente se defendia, porém com o gol assinalado passou a agredir bastante o Palmeiras. O impetuoso lateral-esquerdo Jadílson infernizava o seu marcador Wendell, o bom posicionamento de Máxi López começou a ser aproveitado, os passes e chutes de Tcheco deram o ar da graça e o Grêmio fez o Marcos justificar a fama de grande goleiro. Mesmo que o Palmeiras ainda assustasse em alguns lances esporádicos, como os dois do Cleiton Xavier que citei anteriormente, o time gaúcho soube se impor, o que é louvável se levarmos em consideração que o adversário jogava em casa e é o líder do Brasileiro.
MANDOU MAL!
- Está se tornando uma constante as críticas ao sistema defensivo rubro-negro e ao meia Kléberson. Novamente o trio de defensores do Flamengo não deu nenhuma segurança para a equipe e, nem quando não foi pego de surpresa, já que estava todo postado no terceiro gol do Goiás, obteve sucesso. O treinador Andrade terá muito trabalho para organizar este sistema defensivo. Já o Kléberson uma vez mais esteve apático em campo. Não acertou nada, não errou nada, não tentou nada... Pode-se falar, sem nenhum medo de errar, que a evolução do Flamengo, no 2º tempo, deveu-se a entrada de Petkovic em seu lugar. A cada dia que passa tenho mais certeza de que sua vaga na Seleção Brasileira era para ser do Íbson.
- Tudo bem que o centroavante Obina está com muitos créditos com a torcida palmeirense, pelos três gols marcados contra o Corinthians, porém uma vez mais ele teve uma péssima atuação no Palestra Itália. Assim como na difícil vitória do Palmeiras sobre o Fluminense, na 15ª rodada, Obina novamente participou muito pouco das jogadas ofensivas criadas pela sua equipe. Não fez o papel de referência para as jogadas de Cleiton Xavier e Diego Souza, apareceu muito pouco como pivô, não buscou aproximação com seu parceiro de ataque Ortigoza (que também não esteve bem)... Com o bom condicionamento físico que parece estar, o que anda faltando ao Obina parece ser mesmo atenção.
JOGADA RÁPIDA!
- Na próxima rodada teremos Atlético Mineiro x Palmeiras e São Paulo x Goiás. E viva o Brasileirão!
Cruzeiro 0 x 2 Atlético Paranaense
São Paulo 3 x 1 Botafogo
Avaí 1 x 0 Santo André
Goiás 3 x 2 Flamengo
Náutico 1 x 0 Corinthians
Coritiba 0 x 1 Santos
Fluminense 5 x 1 Sport
Barueri 4 x 0 Vitória
Palmeiras 1 x 1 Grêmio
Olá amigos do FUTEBOLA!
Estamos chegando próximo do fim do 1º turno do Brasileirão e, como já era esperado, o equilíbrio é gigante. Quem chegou de vez para brigar na parte de cima da tabela é o atual Tri-campeão São Paulo, escorado – quem diria? – em grandes atuações de Dagoberto. Outro grande destaque desta rodada foi o jogaço de bola entre Flamengo e Goiás. Em um Serra Dourada completamente lotado, ambos os times honraram a camisa e realizaram uma das melhores partidas do Brasileirão. E teve mais! No Maracanã, o Fluminense colocou um ponto final no jejum de vitórias e chinelou o Sport. Vamos aos comentários sobre dois jogos desta 17ª rodada.
Goiás 3 x 2 Flamengo – Serra Dourada, Goiânia (GO)
Palmeiras 1 x 1 Grêmio – Palestra Itália, São Paulo (SP)
MANDOU BEM!
- A apresentação do Goiás, na 1ª etapa do duelo contra o Flamengo, foi tão boa e completa que fica difícil citar os destaques individuais da equipe. O trio de zaga e o goleiro Harley estiveram bem seguros, bobendo apenas em um lance, que o atacante do Fla, Denis Marques, perdeu quase na pequena área. O setor de meio-campo então... Engoliu o Flamengo. A minha memória pode até estar me traindo, mas não me recordo de ter visto Léo Lima jogar tão bem em uma partida. O meia teve participação efetiva nos três gols do Goiás, sendo que a jogada que ele arquitetou para o gol da vitória foi sensacional. Desprezando a presença dos zagueiros rubro-negros, Léo Lima tabelou, entrou na área e deu lindo passe para Iarley decidir o jogo. Por falar em Iarley, mais uma vez o atacante provou sua importância para a equipe goiana, agora vice-líder do Brasileiro. Completanto a boa atuação esmeraldina, a dupla de alas Douglas/Júlio César infernizou o sistema defensivo do Flamengo. O jovem ala-direita Douglas esteve imparável e criou boas jogadas com uma frequência muito grande. Assim como o zagueiro Rafael Tolói, é uma grande revelação deste também grande time do Goiás.
- Em todas as partidas do Flamengo sob o comando do técnico Andrade, a equipe saiu perdendo e precisou evoluir durante o jogo. Neste duelo contra o Goiás, após um fraquíssimo 1º tempo, onde apenas Adriano tentou algo, o Flamengo teve que apostar todas suas fichas após o intervalo. Perdendo por 2 a 0, Andrade colocou o veterano Petkovic e o jovem Bruno Paulo em campo e, acreditem, Pet mudou completamente o Flamengo. Com uma atuação de altíssimo nível, o gringo fez o que de Kléberson, que saiu para sua entrada, se espera, ou seja, comandou as ações ofensivas do Mengão. O agora camisa 43, correu, buscou jogo antes do meio-campo, tentou passes decisivos, conversou e incentivou seus companheiros, buscando alternativas, apontava com as mãos, como uma maestro, as melhores jogadas quando estava marcado... Com tanta qualidade e força de vontade, Petkovic foi premiado com um golaço, após limpar os defensores e chutar de fora da área, porém, minutos depois, foi castigado com o gol do Goiás, marcado por Iarley. Apesar da derrota, a boa atuação de Pet deixou os rubro-negros muito felizes e esperançosos de que, se a forma física deixar, o gringo pode dar muitas alegrias.
- Um dos jogadores que mais tem me chamado a atenção neste 1º turno do Brasileirão é o meia palmeirense Cleiton Xavier. Assistí-lo jogar está valendo o ingresso, ou no meu caso o pay-per-view. Sua atuação no 1º tempo do duelo contra o Grêmio foi simplesmente sensacional. Além de muito preciso nas bolas paradas, suas longas arrancadas deixaram a defesa gremista perdida. Para se ter uma idéia de como Cleiton é um jogador objetivo, teve um lance onde após receber a bola das mãos do goleiro Marcos, perto de sua área, o camisa 10 do Verdão arrancou e com um passe milimétrico deixou Diego Souza na cara do gol. Não satisfeito em ser o articulador de todas as jogadas alvi-verdes, foi Cleiton Xavier quem apareceu na área, entre os zagueiros gremistas, para cabecear o cruzamento do lateral Wendell e abrir o placar. Na 2ª etapa, o meia, assim como todo o Palmeiras, caiu de rendimento diante da forte marcação gaúcha, mas mesmo assim apareceu com muito perigo em dois lances que quase deram os três pontos à sua equipe.
- O Grêmio precisou marcar um gol por acaso para poder lembrar que é uma excelente equipe. O Palmeiras mandava no jogo (7 x 0 era o placar das finalizações), quando em uma rápida cobrança de falta de Túlio, Souza cruzou para o argentino Maxi López empatar o jogo. Até o momento o Tricolor somente se defendia, porém com o gol assinalado passou a agredir bastante o Palmeiras. O impetuoso lateral-esquerdo Jadílson infernizava o seu marcador Wendell, o bom posicionamento de Máxi López começou a ser aproveitado, os passes e chutes de Tcheco deram o ar da graça e o Grêmio fez o Marcos justificar a fama de grande goleiro. Mesmo que o Palmeiras ainda assustasse em alguns lances esporádicos, como os dois do Cleiton Xavier que citei anteriormente, o time gaúcho soube se impor, o que é louvável se levarmos em consideração que o adversário jogava em casa e é o líder do Brasileiro.
MANDOU MAL!
- Está se tornando uma constante as críticas ao sistema defensivo rubro-negro e ao meia Kléberson. Novamente o trio de defensores do Flamengo não deu nenhuma segurança para a equipe e, nem quando não foi pego de surpresa, já que estava todo postado no terceiro gol do Goiás, obteve sucesso. O treinador Andrade terá muito trabalho para organizar este sistema defensivo. Já o Kléberson uma vez mais esteve apático em campo. Não acertou nada, não errou nada, não tentou nada... Pode-se falar, sem nenhum medo de errar, que a evolução do Flamengo, no 2º tempo, deveu-se a entrada de Petkovic em seu lugar. A cada dia que passa tenho mais certeza de que sua vaga na Seleção Brasileira era para ser do Íbson.
- Tudo bem que o centroavante Obina está com muitos créditos com a torcida palmeirense, pelos três gols marcados contra o Corinthians, porém uma vez mais ele teve uma péssima atuação no Palestra Itália. Assim como na difícil vitória do Palmeiras sobre o Fluminense, na 15ª rodada, Obina novamente participou muito pouco das jogadas ofensivas criadas pela sua equipe. Não fez o papel de referência para as jogadas de Cleiton Xavier e Diego Souza, apareceu muito pouco como pivô, não buscou aproximação com seu parceiro de ataque Ortigoza (que também não esteve bem)... Com o bom condicionamento físico que parece estar, o que anda faltando ao Obina parece ser mesmo atenção.
JOGADA RÁPIDA!
- Na próxima rodada teremos Atlético Mineiro x Palmeiras e São Paulo x Goiás. E viva o Brasileirão!
terça-feira, 4 de agosto de 2009
Grandes Clássicos - São Paulo x Botafogo 1981
Botafogo e São Paulo estão crescendo a cada rodada no Brasileirão deste ano. Quando estes dois gigantes do nosso futebol se encontraram em 1981, o que estava em jogo era uma vaga na finalíssima do Brasileiro. A partida foi digna de um Campeonato que contava com grandes estrelas do futebol mundial, com emoção do início ao fim. Vamos ver como foi este jogão de bola.
No início da década de 80, uma geração de grandes craques começava a se consolidar no Brasil. Era uma época onde as nossas estrelas desfilavam seus talentos em gramdos nacionais. Raros eram os jogadores que tinham sua qualidade reconhecida no exterior e atuavam fora do país, afinal as informações “viajavam” em uma velocidade muito menor do que hoje em dia. Sorte nossa. No Campeontato Brasileiro de 1981, eram tantos times fortes que seria impossível apontar somente um único favorito.
Para se ter um idéia do quão disputado era o Brasileirão, imaginem a seguinte equipe: Paulo Vítor (Fluminense); Zé Maria (Corinthians), Luisinho (Atlético Mineiro), Edinho (Fluminense) e Wladimir (Corinthians); Delei (Fluminense), Toninho Cerezo (Atlético Mineiro) e Sócrates (Corinthians); Éder (Atlético Mineiro), Reinaldo (Atlético Mineiro) e Cláudio Adão (Fluminense), treinada pelo lendário Oswaldo Brandão (Corinthians). Esta é uma equipe tão forte, que poderia sem problema algum vestir a camisa da Seleção Brasileira, porém nem Fluminense, nem Corinthians, nem Atlético Mineiro, conseguiram alcançar a fase quartas-de-final do Brasileiro de 1981, tamanha a dificuldade do torneio.
No meio de equipes que se destacavam pela técnica, uma se sobressaía pela obediência tática. O Botafogo, treinado pelo Paulinho de Almeida, que é eleito constantemente e por diferentes fontes como o maior lateral-direito do Internacional em todos os tempos, era uma equipe que tinha como pontos fortes a boa postura em campo e um mortal contra-ataque. Pode-se dizer que o Fogão era um time de operários que sabiam muito bem o que fazer dentro das quatro-linhas. Talvez em nenhum momento da história alvi-negra o apelido de “Estrela Solitária” tenha caído tão bem, pois toda a categoria presente na equipe botafoguense estava nos pés do meia Mendonça. O jornalista Roberto Porto, um ilustre alvi-negro, mediu assim a qualidade técnica do camisa 8: “Um craque certo num momento errado, porque aquele Botafogo não estava à altura do Mendonça.”*. Sobre o momento que vivia o Fogão, vale ressaltar que a equipe não conquistava um título desde o Campeonato Carioca de 1968.
O Botafogo começou muito mal o Brasileirão de 1981. Derrotas para a Portuguesa, o Goiás e o Galícia (BA), quase eliminaram o Bota ainda na fase inicial do torneio. Já na etapa seguinte, a equipe mostrou evolução e, em um grupo que contava com Santos Bangu e Mixto(MT), conquistou 3 vitórias e 3 empates se classificando de maneira invicta. Porém, foi somente na fase final daquele Brasileiro que o Fogão mostrou que a conquista do título poderia ser real. Nas oitavas-de-final, a equipe passou com tranquilidade pelo CSA, garantindo a vaga para enfrentar o Flamengo. O ano de 1981 se tornaria o mais importante da história rubro-negra, após a conquista do Carioca, da Libertadores e do Mundial de Clubes, entretanto, o Bi-campeonato Brasileiro do Mengão teria que esperar mais um pouco. Com vitórias em ambos os duelos, o Botafogo eliminou o favorito Flamengo, de Zico e companhia, de maneira sensacional. Após vencer a primeira partida por 1 a 0, o Fogão deu um verdadeiro show no jogo de volta, vencendo por 3 a 1, com uma atuação inesquecível de Mendonça. O Flamengo havia saído na frente, com um gol de Zico, aos 4 minutos, mas Mendonça empatou a partida logo antes do intervalo, tranquilizando a torcida alvi-negra. Com o andamento do 2º tempo, o Flamengo se abria cada vez mais em busca da classificação, cedendo espaços para o forte contra-ataque botafoguense. Aos 40 minutos, o atacante Jérson praticamente fechou o caixão do Flamengo, após passe de Mendonça, e aos 43, todos os mais de 130 mil torcedores presentes ao Maracanã deveriam comprar outro ingresso. Após cruzamento de Édson da direita, Mendonça, dentro da área, mata a bola no peito. O lateral da Seleção Brasileira, Júnior, vem sedento em sua marcação e o alvi-negro dá um toque de letra na pelota para trás e em seguida, com uma velocidade impressionante, a puxa para frente, deixando o “Capacete” perdido. O gol em seguida foi um simples detalhe, diante de um drible tão espetacular. No hall dos elevadores do Maracanã, havia um pôster mostrando este drible, porém os torcedores do Botafogo, não se sabe ainda o motivo, não podem mais se deliciar com a homenagem ao Mendonça, pois a imagem foi retirada do local.
O adversário do Botafogo na semi-final seria o São Paulo, uma verdadeira Seleção. Começando pelo goleiro Waldir Perez, que já conquistara um Brasileirão com o São Paulo, em 1977. Mesmo considerado inseguro por alguns torcedores, principalmente os rivais, Waldir contava com a confiança do treinador da Seleção Brasileira, Telê Santana, e foi o dono da posição na Copa do Mundo de 1982. A dupla de zaga do São Paulo foi uma das maiores da história do clube. Oscar e Daryo Pereira davam toda a segurança necessária para o Tricolor mostrar seu futebol esbelto e ofensivo. Toda a imponência e seriedade de Oscar também estiveram a serviço da Seleção, nas Copas de 1978 e 1982. Já Darío Pereyra, não podia servir o Brasil. Mas não pensem que foi por falta de qualidade, afinal Darío foi um dos raros zagueiros que conseguiu aliar raça e técnica em altíssimo nível. É que o craque era uruguaio.
Como citei anteriormente, o São Paulo era uma equipe muito ofensiva. O lateral-esquerdo, Marinho Chagas, por exemplo, era incisivo não só pelos lados do campo, mas também pela faixa central. Se hoje é normal os laterais centralizarem as jogadas, na época era um inferno para o sistema defensivo adversário quando um lateral, ainda mais da qualidade de Marinho, saía de sua posição para organizar jogadas pela meiúca. Meiúca esta que contava com o excelente Renato “Pé Murcho”, um dos pilares do Guarani, Campeão Brasileiro de 1978 e reserva imediato de Zico na Copa do Mundo de 1982. Renato possuía este apelido pois seu chute era muito fraquinho, porém esta deficiência era compensada pela habilidade e inteligência que ele demostrava no meio-campo.
Como se não bastasse um lateral perigosíssimo e um meia que deixava qualquer defesa de cabelo em pé, o São paulo ainda contava com um ataque de encher os olhos. Pela ponta-direita, Paulo César dava tanto trabalho aos adversários que era conhecido como “Capeta”. Já pelo outro lado, era Zé Sérgio quem criava as jogadas tricolores. Aliando grande velocidade e facilidade para driblar, Zé Sérgio só era parado na base da pancada, o que lhe deixou por muitas vezes no departamento médico. O jogador que tinha a responsabilidade de aproveitar as inúmeras oportunidades de gols criadas pela impetuosa dupla de pontas era o catimbeiro Serginho. Amigos, o “Chulapa”, como era conhecido por seus pés grandes, balançou tantas redes que até hoje é o maior artilheiro da história do São Paulo, com 242 gols marcados.
O retrospecto do São Paulo, até a semi-final do Brasileirão, foi muito mais animador do que o de seu rival, o Botafogo. Nos 15 jogos envolvendo as duas primeiras fases, foram 8 vitórias e apenas 1 derrota. E tem mais! Se o Botafogo havia ganhado moral ao eliminar o poderoso time do Flamengo, a vida do São Paulo também não tinha sido nada fácil. Nas oitavas o Tricolor eliminou o Santos e nas quartas, o forte Internacional de Benítez, Mauro Galvão e Rúben Paz. Somando os 4 duelos desta fase decisiva, contra Santos e Inter, o Sampa havia conseguido nada menos do que 4 vitórias. Se o São Paulo era considerado favorito pelo retrospecto e pelos craques, a situação ficou mais complicada para o Tricolor, após perder o primeiro jogo, por 1 a 0, no Maracanã. Sendo assim, na partida de volta, qualquer vitória simples classificaria o estrelado time do São Paulo, já um empate era o suficiente para o inteligente Botafogo avançar a finalíssima.
Dia 26 de abril de 1981, o Morumbi estava completamente lotado para o duelo que iria decidir quem continuaria na briga pelo título de melhor equipe do país. O torcedor tricolor estava esperançoso, afinal torcia para uma equipe de craques e precisava de uma simples vitória. Pelo outro lado, o Botafogo poderia colocar em pratica a sua maior arma, o contra-ataque, já que o São Paulo teria que sair para o jogo. O que surpreendeu na equipe botafoguense, entretanto, foi a tranquilidade mostrada no início da partida, quando se esperava um São Paulo colocando fogo no jogo. O Fogão estava organizado defensivamente, tocava bem a bola e gastava bastante tempo em cada defesa do goleirão Paulo Sérgio. Foi neste tom que o lado-esquerdo alvi-negro encontrou uma brecha no sistema defensivo paulista, quando os atacantes Jérson e Marcelo tabelaram com muita qualidade, logo aos 10 minutos de jogo, e Jérson colocou a pelota no fundo das redes.
O torcedor tricolor ficou atortoado. O time, mais ainda. Tentando buscar a vitória de maneira afoita, o Sampa deixava buracos atrás que não deveria. Aos 19 minutos, o lateral-direito botafoguense Perivaldo, que diga-se de passagem jogou uma barbaridade neste Brasileiro, sendo eleito o melhor do torneio em sua posição, puxou um rápido ataque e Mendonça, o craque alvi-negro, completou a jogada com a maestria de sempre. 2 a 0 Fogão. Era possível escutar o zumbido de uma mosca, tamanho o silêncio que assolava o Morumbi. Em 20 minutos o Botafogo mostrou uma consciência tática de fazer inveja à muitas equipes representantes do tão badalado “Futebol Total”.
Buscando modificar o panorama do jogo, o São Paulo havia substituído o meia Heriberto pelo Éverton, mais ofensivo e, principalmente, que chutava muito bem. Entretanto, o dia parecia ser mesmo alvi-negro. Jogada de Paulo César pela esquerda, cabeçada de Serginho e defesaça de Paulo Sérgio. Outra boa jogada do “Capeta”, Serginho perde a disputa na área e Éverton, já mostrando o motivo de sua entrada, manda um petardo para outra bela defesa do goleirão do Botafogo. Mostrando que o São Paulo realmente estava mais solto em campo, Marinho Chagas aparece pelo meio organizando uma jogada e a finalizando de chute longo, também defendido por Paulo Sérgio. Somente aos 44 minutos, após um pênalti muito discutível do zagueiro Gaúcho, em Serginho Chulapa, a muralha Paulo Sérgio foi perfurada, pelo próprio atacante tricolor. Este gol animou, e muito, o São Paulo, pois se a equipe fosse para o vestiário perdendo por 2 gols, retornaria para a 2ª etapa somente para fazer número.
O intervalo da partida foi uma verdadeira loucura. Jogadores botafoguenses foram ameaçados por seguranças locais e muitos dizem que até o trio de arbitragem foi muito pressionado. Em um determinado momento, no vestiário do Botafogo, decidiu-se que a equipe não retornaria ao gramado, porém o Presidente da FERJ (Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro), Octávio Pinto Guimarães, demoveu todos desta idéia. O intervalo durou nada menos que 28 minutos e o Botafogo voltou para a partida completamente perdido. Também pudera, ao invés de tentar aparar as arestas da equipe, que fizera um bom 1º tempo, a conversa no vestiário foi sobre voltar, ou não, para o gramado.
O São Paulo se aproveitava do estado de espírito botafoguense e pressionava. Muito forte ofensivamente, o Tricolor se utilizava de suas já conhecidas armas. Novamente Serginho cabeceia uma bola, desta vez cruzada por Zé Sérgio, para sensacional defesa de Paulo Sérgio. Marinho Chagas também repetiu a dose da 1ª etapa e mandou uma bomba que passou raspando a trave. O Botafogo até conseguiu escapulir em um contra-ataque, desperdiçado pelo Ziza, porém a equipe carioca era só chutão para onde o nariz apontava. Aos 21 minutos, um dos momentos mais belos já presenciados no Morumbi. Após escanteio cobrado por Zé Sérgio, o volante alvi-negro Rocha tira a pelota para a entrada da área. Neste momento aparece o meia Éverton, o mesmo que a torcida pedira a entrada após o segundo gol do Botafogo, acertando uma bomba de primeira, sem deixar a bola quicar, no ângulo. Indefensável. Inacreditável. 2 a 2 no placar e o Morumbi voltava a tremer. As palavras do arqueiro botafoguense, Paulo Sérgio, são perfeitas para explicar como o Botafogo absorveu o golpe: “2 a 2 e a casa caiu. Ali a gente já sabia que não dava mais pra segurar. Enfim, já tinha ido pro espaço.”**
Se a virada tricolor parecia mesmo ser uma questão de tempo, aos 26 minutos, com a expulsão do defensor botafoguense, Gaúcho Lima, ela se tornou inevitável. Logo após ficar com um homem a mais em campo, o herói da partida, Éverton, aproveita um passe de Darío Pereyra, de cabeça, mal dominado por Serginho, para desempatar a partida. Não era dia do Botafogo. De maneira inexplicável, o Fogão quase empatou a partida, primeiro com Perivaldo cobrando falta no travessão e, em seguida, com o tricolor Assis obrigando Waldir Perez a evitar um golaço contra. Porém, o dia era do São Paulo. Era de Éverton.
Passado estes dois sustos, o Tricolor apenas administrou o resultado para garantir a vaga na finálissima do Brasileirão de 1981. O apito final do árbitro Bráulio Zanotto fez o Morumbi explodir como se fosse a comemoração de um campeonato. Mais de 100 mil torcedores comemoravam uma vitória histórica, que ainda veio recheada com um dos gols mais bonitos do nosso futebol. Na Entretanto, o título só seria disputado na semana seguinte, contra o Grêmio. Mas aí meus amigos, já é outra história...
São Paulo 3 x 2 Botafogo
26 de abril de 1981
Morumbi – 98650 pagantes
Gols: 1º tempo: Jérson (Bot) aos 10´, Mendonça (Bot) aos 19´ e Serginho (SPa) aos 44´; 2º tempo: Éverton (SPa) aos 21´ e Éverton (SPa) aos 32´.
São Paulo: Waldir Peres; Getúlio, Oscar, Darío pereyra e Marinho Chagas; Almir, Heriberto (Éverton) e Renato (Assis); Paulo César, Serginho e Zé Sérgio. Técnico Carlos Alberto Silva
Botafogo: Paulo Sérgio; Perivaldo, Gaúcho, Zé Eduardo e Gaúcho Lima; Rocha, Ademir Lobo e Mendonça (Gilmar); Ziza (Édson), Marcelo e Jérson. Técnico: Paulinho de Almeida.
*http://portoroberto.blog.uol.com.br/arch2008-08-10_2008-08-16.html
** Programa Jogos para Sempre – Canal SporTV
No início da década de 80, uma geração de grandes craques começava a se consolidar no Brasil. Era uma época onde as nossas estrelas desfilavam seus talentos em gramdos nacionais. Raros eram os jogadores que tinham sua qualidade reconhecida no exterior e atuavam fora do país, afinal as informações “viajavam” em uma velocidade muito menor do que hoje em dia. Sorte nossa. No Campeontato Brasileiro de 1981, eram tantos times fortes que seria impossível apontar somente um único favorito.
Para se ter um idéia do quão disputado era o Brasileirão, imaginem a seguinte equipe: Paulo Vítor (Fluminense); Zé Maria (Corinthians), Luisinho (Atlético Mineiro), Edinho (Fluminense) e Wladimir (Corinthians); Delei (Fluminense), Toninho Cerezo (Atlético Mineiro) e Sócrates (Corinthians); Éder (Atlético Mineiro), Reinaldo (Atlético Mineiro) e Cláudio Adão (Fluminense), treinada pelo lendário Oswaldo Brandão (Corinthians). Esta é uma equipe tão forte, que poderia sem problema algum vestir a camisa da Seleção Brasileira, porém nem Fluminense, nem Corinthians, nem Atlético Mineiro, conseguiram alcançar a fase quartas-de-final do Brasileiro de 1981, tamanha a dificuldade do torneio.
No meio de equipes que se destacavam pela técnica, uma se sobressaía pela obediência tática. O Botafogo, treinado pelo Paulinho de Almeida, que é eleito constantemente e por diferentes fontes como o maior lateral-direito do Internacional em todos os tempos, era uma equipe que tinha como pontos fortes a boa postura em campo e um mortal contra-ataque. Pode-se dizer que o Fogão era um time de operários que sabiam muito bem o que fazer dentro das quatro-linhas. Talvez em nenhum momento da história alvi-negra o apelido de “Estrela Solitária” tenha caído tão bem, pois toda a categoria presente na equipe botafoguense estava nos pés do meia Mendonça. O jornalista Roberto Porto, um ilustre alvi-negro, mediu assim a qualidade técnica do camisa 8: “Um craque certo num momento errado, porque aquele Botafogo não estava à altura do Mendonça.”*. Sobre o momento que vivia o Fogão, vale ressaltar que a equipe não conquistava um título desde o Campeonato Carioca de 1968.
O Botafogo começou muito mal o Brasileirão de 1981. Derrotas para a Portuguesa, o Goiás e o Galícia (BA), quase eliminaram o Bota ainda na fase inicial do torneio. Já na etapa seguinte, a equipe mostrou evolução e, em um grupo que contava com Santos Bangu e Mixto(MT), conquistou 3 vitórias e 3 empates se classificando de maneira invicta. Porém, foi somente na fase final daquele Brasileiro que o Fogão mostrou que a conquista do título poderia ser real. Nas oitavas-de-final, a equipe passou com tranquilidade pelo CSA, garantindo a vaga para enfrentar o Flamengo. O ano de 1981 se tornaria o mais importante da história rubro-negra, após a conquista do Carioca, da Libertadores e do Mundial de Clubes, entretanto, o Bi-campeonato Brasileiro do Mengão teria que esperar mais um pouco. Com vitórias em ambos os duelos, o Botafogo eliminou o favorito Flamengo, de Zico e companhia, de maneira sensacional. Após vencer a primeira partida por 1 a 0, o Fogão deu um verdadeiro show no jogo de volta, vencendo por 3 a 1, com uma atuação inesquecível de Mendonça. O Flamengo havia saído na frente, com um gol de Zico, aos 4 minutos, mas Mendonça empatou a partida logo antes do intervalo, tranquilizando a torcida alvi-negra. Com o andamento do 2º tempo, o Flamengo se abria cada vez mais em busca da classificação, cedendo espaços para o forte contra-ataque botafoguense. Aos 40 minutos, o atacante Jérson praticamente fechou o caixão do Flamengo, após passe de Mendonça, e aos 43, todos os mais de 130 mil torcedores presentes ao Maracanã deveriam comprar outro ingresso. Após cruzamento de Édson da direita, Mendonça, dentro da área, mata a bola no peito. O lateral da Seleção Brasileira, Júnior, vem sedento em sua marcação e o alvi-negro dá um toque de letra na pelota para trás e em seguida, com uma velocidade impressionante, a puxa para frente, deixando o “Capacete” perdido. O gol em seguida foi um simples detalhe, diante de um drible tão espetacular. No hall dos elevadores do Maracanã, havia um pôster mostrando este drible, porém os torcedores do Botafogo, não se sabe ainda o motivo, não podem mais se deliciar com a homenagem ao Mendonça, pois a imagem foi retirada do local.
O adversário do Botafogo na semi-final seria o São Paulo, uma verdadeira Seleção. Começando pelo goleiro Waldir Perez, que já conquistara um Brasileirão com o São Paulo, em 1977. Mesmo considerado inseguro por alguns torcedores, principalmente os rivais, Waldir contava com a confiança do treinador da Seleção Brasileira, Telê Santana, e foi o dono da posição na Copa do Mundo de 1982. A dupla de zaga do São Paulo foi uma das maiores da história do clube. Oscar e Daryo Pereira davam toda a segurança necessária para o Tricolor mostrar seu futebol esbelto e ofensivo. Toda a imponência e seriedade de Oscar também estiveram a serviço da Seleção, nas Copas de 1978 e 1982. Já Darío Pereyra, não podia servir o Brasil. Mas não pensem que foi por falta de qualidade, afinal Darío foi um dos raros zagueiros que conseguiu aliar raça e técnica em altíssimo nível. É que o craque era uruguaio.
Como citei anteriormente, o São Paulo era uma equipe muito ofensiva. O lateral-esquerdo, Marinho Chagas, por exemplo, era incisivo não só pelos lados do campo, mas também pela faixa central. Se hoje é normal os laterais centralizarem as jogadas, na época era um inferno para o sistema defensivo adversário quando um lateral, ainda mais da qualidade de Marinho, saía de sua posição para organizar jogadas pela meiúca. Meiúca esta que contava com o excelente Renato “Pé Murcho”, um dos pilares do Guarani, Campeão Brasileiro de 1978 e reserva imediato de Zico na Copa do Mundo de 1982. Renato possuía este apelido pois seu chute era muito fraquinho, porém esta deficiência era compensada pela habilidade e inteligência que ele demostrava no meio-campo.
Como se não bastasse um lateral perigosíssimo e um meia que deixava qualquer defesa de cabelo em pé, o São paulo ainda contava com um ataque de encher os olhos. Pela ponta-direita, Paulo César dava tanto trabalho aos adversários que era conhecido como “Capeta”. Já pelo outro lado, era Zé Sérgio quem criava as jogadas tricolores. Aliando grande velocidade e facilidade para driblar, Zé Sérgio só era parado na base da pancada, o que lhe deixou por muitas vezes no departamento médico. O jogador que tinha a responsabilidade de aproveitar as inúmeras oportunidades de gols criadas pela impetuosa dupla de pontas era o catimbeiro Serginho. Amigos, o “Chulapa”, como era conhecido por seus pés grandes, balançou tantas redes que até hoje é o maior artilheiro da história do São Paulo, com 242 gols marcados.
O retrospecto do São Paulo, até a semi-final do Brasileirão, foi muito mais animador do que o de seu rival, o Botafogo. Nos 15 jogos envolvendo as duas primeiras fases, foram 8 vitórias e apenas 1 derrota. E tem mais! Se o Botafogo havia ganhado moral ao eliminar o poderoso time do Flamengo, a vida do São Paulo também não tinha sido nada fácil. Nas oitavas o Tricolor eliminou o Santos e nas quartas, o forte Internacional de Benítez, Mauro Galvão e Rúben Paz. Somando os 4 duelos desta fase decisiva, contra Santos e Inter, o Sampa havia conseguido nada menos do que 4 vitórias. Se o São Paulo era considerado favorito pelo retrospecto e pelos craques, a situação ficou mais complicada para o Tricolor, após perder o primeiro jogo, por 1 a 0, no Maracanã. Sendo assim, na partida de volta, qualquer vitória simples classificaria o estrelado time do São Paulo, já um empate era o suficiente para o inteligente Botafogo avançar a finalíssima.
Dia 26 de abril de 1981, o Morumbi estava completamente lotado para o duelo que iria decidir quem continuaria na briga pelo título de melhor equipe do país. O torcedor tricolor estava esperançoso, afinal torcia para uma equipe de craques e precisava de uma simples vitória. Pelo outro lado, o Botafogo poderia colocar em pratica a sua maior arma, o contra-ataque, já que o São Paulo teria que sair para o jogo. O que surpreendeu na equipe botafoguense, entretanto, foi a tranquilidade mostrada no início da partida, quando se esperava um São Paulo colocando fogo no jogo. O Fogão estava organizado defensivamente, tocava bem a bola e gastava bastante tempo em cada defesa do goleirão Paulo Sérgio. Foi neste tom que o lado-esquerdo alvi-negro encontrou uma brecha no sistema defensivo paulista, quando os atacantes Jérson e Marcelo tabelaram com muita qualidade, logo aos 10 minutos de jogo, e Jérson colocou a pelota no fundo das redes.
O torcedor tricolor ficou atortoado. O time, mais ainda. Tentando buscar a vitória de maneira afoita, o Sampa deixava buracos atrás que não deveria. Aos 19 minutos, o lateral-direito botafoguense Perivaldo, que diga-se de passagem jogou uma barbaridade neste Brasileiro, sendo eleito o melhor do torneio em sua posição, puxou um rápido ataque e Mendonça, o craque alvi-negro, completou a jogada com a maestria de sempre. 2 a 0 Fogão. Era possível escutar o zumbido de uma mosca, tamanho o silêncio que assolava o Morumbi. Em 20 minutos o Botafogo mostrou uma consciência tática de fazer inveja à muitas equipes representantes do tão badalado “Futebol Total”.
Buscando modificar o panorama do jogo, o São Paulo havia substituído o meia Heriberto pelo Éverton, mais ofensivo e, principalmente, que chutava muito bem. Entretanto, o dia parecia ser mesmo alvi-negro. Jogada de Paulo César pela esquerda, cabeçada de Serginho e defesaça de Paulo Sérgio. Outra boa jogada do “Capeta”, Serginho perde a disputa na área e Éverton, já mostrando o motivo de sua entrada, manda um petardo para outra bela defesa do goleirão do Botafogo. Mostrando que o São Paulo realmente estava mais solto em campo, Marinho Chagas aparece pelo meio organizando uma jogada e a finalizando de chute longo, também defendido por Paulo Sérgio. Somente aos 44 minutos, após um pênalti muito discutível do zagueiro Gaúcho, em Serginho Chulapa, a muralha Paulo Sérgio foi perfurada, pelo próprio atacante tricolor. Este gol animou, e muito, o São Paulo, pois se a equipe fosse para o vestiário perdendo por 2 gols, retornaria para a 2ª etapa somente para fazer número.
O intervalo da partida foi uma verdadeira loucura. Jogadores botafoguenses foram ameaçados por seguranças locais e muitos dizem que até o trio de arbitragem foi muito pressionado. Em um determinado momento, no vestiário do Botafogo, decidiu-se que a equipe não retornaria ao gramado, porém o Presidente da FERJ (Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro), Octávio Pinto Guimarães, demoveu todos desta idéia. O intervalo durou nada menos que 28 minutos e o Botafogo voltou para a partida completamente perdido. Também pudera, ao invés de tentar aparar as arestas da equipe, que fizera um bom 1º tempo, a conversa no vestiário foi sobre voltar, ou não, para o gramado.
O São Paulo se aproveitava do estado de espírito botafoguense e pressionava. Muito forte ofensivamente, o Tricolor se utilizava de suas já conhecidas armas. Novamente Serginho cabeceia uma bola, desta vez cruzada por Zé Sérgio, para sensacional defesa de Paulo Sérgio. Marinho Chagas também repetiu a dose da 1ª etapa e mandou uma bomba que passou raspando a trave. O Botafogo até conseguiu escapulir em um contra-ataque, desperdiçado pelo Ziza, porém a equipe carioca era só chutão para onde o nariz apontava. Aos 21 minutos, um dos momentos mais belos já presenciados no Morumbi. Após escanteio cobrado por Zé Sérgio, o volante alvi-negro Rocha tira a pelota para a entrada da área. Neste momento aparece o meia Éverton, o mesmo que a torcida pedira a entrada após o segundo gol do Botafogo, acertando uma bomba de primeira, sem deixar a bola quicar, no ângulo. Indefensável. Inacreditável. 2 a 2 no placar e o Morumbi voltava a tremer. As palavras do arqueiro botafoguense, Paulo Sérgio, são perfeitas para explicar como o Botafogo absorveu o golpe: “2 a 2 e a casa caiu. Ali a gente já sabia que não dava mais pra segurar. Enfim, já tinha ido pro espaço.”**
Se a virada tricolor parecia mesmo ser uma questão de tempo, aos 26 minutos, com a expulsão do defensor botafoguense, Gaúcho Lima, ela se tornou inevitável. Logo após ficar com um homem a mais em campo, o herói da partida, Éverton, aproveita um passe de Darío Pereyra, de cabeça, mal dominado por Serginho, para desempatar a partida. Não era dia do Botafogo. De maneira inexplicável, o Fogão quase empatou a partida, primeiro com Perivaldo cobrando falta no travessão e, em seguida, com o tricolor Assis obrigando Waldir Perez a evitar um golaço contra. Porém, o dia era do São Paulo. Era de Éverton.
Passado estes dois sustos, o Tricolor apenas administrou o resultado para garantir a vaga na finálissima do Brasileirão de 1981. O apito final do árbitro Bráulio Zanotto fez o Morumbi explodir como se fosse a comemoração de um campeonato. Mais de 100 mil torcedores comemoravam uma vitória histórica, que ainda veio recheada com um dos gols mais bonitos do nosso futebol. Na Entretanto, o título só seria disputado na semana seguinte, contra o Grêmio. Mas aí meus amigos, já é outra história...
São Paulo 3 x 2 Botafogo
26 de abril de 1981
Morumbi – 98650 pagantes
Gols: 1º tempo: Jérson (Bot) aos 10´, Mendonça (Bot) aos 19´ e Serginho (SPa) aos 44´; 2º tempo: Éverton (SPa) aos 21´ e Éverton (SPa) aos 32´.
São Paulo: Waldir Peres; Getúlio, Oscar, Darío pereyra e Marinho Chagas; Almir, Heriberto (Éverton) e Renato (Assis); Paulo César, Serginho e Zé Sérgio. Técnico Carlos Alberto Silva
Botafogo: Paulo Sérgio; Perivaldo, Gaúcho, Zé Eduardo e Gaúcho Lima; Rocha, Ademir Lobo e Mendonça (Gilmar); Ziza (Édson), Marcelo e Jérson. Técnico: Paulinho de Almeida.
*http://portoroberto.blog.uol.com.br/arch2008-08-10_2008-08-16.html
** Programa Jogos para Sempre – Canal SporTV
CAMPEONATO BRASILEIRO 2009 - 16ª RODADA - SÉRIE A
SÉRIE A
Sport 0 x 1 Palmeiras
Botafogo 2 x 1 Barueri
Corinthians 0 x 0 Avaí
Atlético Paranaense 1 x 0 Fluminense
Vitória 0 x 1 São Paulo
Flamengo 1 x 1 Náutico
Santo André 1 x 2 Goiás
Grêmio 4 x 1 Cruzeiro
Atlético Mineiro 3 x 2 Coritiba
Olá amigos do FUTEBOLA!
A 16ª rodada do Brasileirão marcou a arrancada de um gigante. Dos últimos 5 jogos do São Paulo, a equipe venceu 4 e empatou com o Internacional, lá no Beira-Rio. O Sampa, com o 1 a 0 sobre o Vitória, já está a 3 pontos da zona da Libertadores. Já um outro Tricolor, o carioca, terminou a rodada na lanterna, após ser derrotado pelo Atlético Paranaense. Já passou da hora do Fluminense tomar um choque, colocar a cabeça no Campeonato e lutar por uma posição digna. Vamos aos comentários sobre os jogos que eu assisti desta rodada do Brasileirão.
Botafogo 2 x 1 Barueri – Engenhão, Rio de Janeiro (RJ)
Flamengo 1 x 1 Náutico – Maracanã, Rio de Janeiro (RJ)
Grêmio 4 x 1 Cruzeiro – Olímpico, Porto Alegre (RS)
MANDOU BEM!
- Após muitos pontos perdidos no fim das partidas, o Botafogo conseguiu conquistar a vitória, contra o Barueri, com um gol nos acréscimos. Os três pontos conquistados pelo Botafogo possuem a assinatura do centroavante André Lima. Mesmo que a equipe do Barueri tenha apresentado um volume de jogo bem maior que o Glorioso, principalmente na metade final do 2º tempo, ela não contava com a eficiência de André Lima. Mostrando seu bom posicionamento dentro da área, o centroavante alvi-negro conseguiu balançar as redes em duas jogadas de oportunismo. Contra o Internacional, duas rodadas atrás, André Lima havia sido um dos melhores homens em campo, mostrando sua qualidade para jogadas de pivô. Já agora, com dois gols, ele decidiu a partida. No embalo de André Lima o Fogão está cada vez mais longe da temível zona de rebaixamento.
- Se Leonardo Moura deveria ter desabafado de maneira exagerada, após marcar o suado gol de empate do Flamengo, contra o Náutico, é um assunto que comentarei mais tarde. O fato, porém, é que Léo Moura não era merecedor das vaias que estava recebendo. O lateral rubro-negro até estava falhando tecnicamente na partida, errando passes e demorando uma eternidade para recompor o setor defensivo, entretanto não se omitiu em momento algum do jogo. Nesse Flamengo, onde a falta de criatividade faz o antes ex-jogador em atividade Petkovic se tornar importante, Léo Moura não desistia de levar o time para a frente e jogava, repito, apesar dos erros, com muita objetividade. Assim como ocorria com o lateral-esquerdo Juan, antes da séria contusão que sofreu, que a cada bola recebida ganhava uma sonora vaia, Léo Moura não podia pegar na pelota que escutava-se o “Uhhhhhhhhhhh”. Então, após bela jogada de Pet, Léo colocou a bola no fundo da rede e explodiu. O gol marcado foi um prêmio ao jogador que em nenhum momento desistiu de dar a vitória ao Flamengo.
- Foi uma enormidade o trabalho que Gilmar, atacante do Náutico, deu ao sistema defensivo do Flamengo. Tudo bem que do modo que anda a defesa rubro-negra, qualquer lance se torna um verdadeiro pandemônio, mas mesmo assim Gilmar jogou um bolão. Durante os 90 minutos, o centroavante pernambucano correu, driblou, chutou, brigou pela bola, armou contra-ataques e ainda marcou um belo gol.
- Na importante vitória do Grêmio sobre o Cruzeiro, por 4 a 1, dois fatores foram determinantes. Em primeiro lugar, as expulsões dos cruzeirense Jonathan, aos 17 do 1º tempo, e Thiago Ribeiro, aos 5 do 2º tempo e, em minha opinião de maneira equivocada. Em segundo, a coerência de Paulo Autuori nas substituições. A entrada do habilidoso Douglas Costa, no lugar do defensivo lateral-direito Thiego, e do lateral-esquerdo Jadílson, no lugar de Fábio Santos, foram determinantes para a goleada tricolor. Durante o período em que estava com um homem a mais em campo, o Grêmio pressionou bastante, esbarrando na muralha chamada Fábio. As jogadas criadas por Douglas Costa pela esquerda e Tcheco, pelo outro lado, faziam crer que o gol gremista era questão de tempo. Porém, em um daqueles momentos que faz o futebol ser o esporte mais apaixonante do mundo, o Cruzeiro abriu o placar com um gol de pênalti, no fim da 1ª etapa. Após o intervalo, o Cruzeiro teve que abdicar mais ainda do ataque, com a segunda expulsão. Faltando pé-de-obra para segurar o resultado, o Cruzeiro sucumbiu ao poder ofensivo gremista. Souza e Máxi López apareceram mais, os defensores podiam buscar a bola aérea ofensiva, sem se preocuparem com possíveis contra-ataques, Jádilson não era lateral, mas sim ponta-esquerda... No fim, o Grêmio conquistou importantes três pontos.
MANDOU MAL!
- Como citei anteriormente, o Botafogo teve um volume de jogo bem menor que o Barueri, na partida do Engenhão. Resumindo, o Fogão teve uma atuação ruim tanto defensiva quanto ofensivamente. Com uma marcação deficiente, principalmente sobre o veloz e habilidoso Fernandinho, por várias vezes o Bota permitiu ao Barueri organizar jogadas de ataque. Já ofensivamente, o Ney Franco até tentou melhorar a equipe com as entradas de Jônatas, Thiaguinho e Reinaldo, mas foi exatamente com os 3 em campo que o Barueri teve maior domínio da partida. Ao final, uma bela trama de Jônatas e Reinaldo resultou no gol da vitória, porém isto, apesar de ter sido o suficiente, é muito pouco para jogadores com esta qualidade. Mais uma rápida crítica: Não pode uma equipe que possui Lúcio Flávio e Jônatas, jogadores com excelente qualidade no passe e que sabem cadenciar uma partida, sofrer tanto sufoco e não conseguir manter a posse de bola. Trabalha isso Ney Franco!
- Depois de uma vitória histórica contra o Santos, na Vila Belmiro, e de vencer o líder Atlético Mineiro, o Flamengo não conseguiu embalar no Brasileirão ao empatar com o lanterna Náutico. O goleiro Bruno bobeou no gol marcado pelo Gilmar, o sistema defensivo estava muito fragilizado pelo lento retorno de Léo Moura e Éverton, Kléberson novamente não criou nada de útil ofensivamente, Léo Moura, apesar de não desistir, errou muito, Adriano sentiu uma falta absurda da companhia de Emerson e Zé Roberto,a cada dia que passa, parece ter mesmo esquecido como se joga bola. O Flamengo não precisava fazer muito para vencer o Náutico no Maraca, porém conseguiu fazer menos ainda.
- O lateral-direito cruzeirense Jonathan merece bem mais que um puxão de orelhas. Ao cometer duas faltas duríssimas, em 17 minutos, o jogador foi expulso e prejudicou muito, mas muito mesmo, a sua equipe. Desta vez, nem o Fábio, melhor goleiro do Brasil na ausência de Rogério Ceni (opinião minha), conseguiu salvar o Cruzeiro.
JOGADA RÁPIDA!
- Após aplicar uma sonora goleada de 4 a 1 sobre o Fluminense, no Maracanã, elogiei bastante a dupla de ataque formada por Iarley e Felipe. Porém, os jogos seguintes mostraram que o Goiás é muito mais que só uma dupla. As vitórias seguidas sobre Palmeiras, Atlético Mineiro, Atlético Paranaense e Santo André, colocaram o time verde em 3º lugar na tabela. E tem mais! Para elevar, e muito, a qualidade do Goiás, vem aí ninguém menos que Fernandão.
Sport 0 x 1 Palmeiras
Botafogo 2 x 1 Barueri
Corinthians 0 x 0 Avaí
Atlético Paranaense 1 x 0 Fluminense
Vitória 0 x 1 São Paulo
Flamengo 1 x 1 Náutico
Santo André 1 x 2 Goiás
Grêmio 4 x 1 Cruzeiro
Atlético Mineiro 3 x 2 Coritiba
Olá amigos do FUTEBOLA!
A 16ª rodada do Brasileirão marcou a arrancada de um gigante. Dos últimos 5 jogos do São Paulo, a equipe venceu 4 e empatou com o Internacional, lá no Beira-Rio. O Sampa, com o 1 a 0 sobre o Vitória, já está a 3 pontos da zona da Libertadores. Já um outro Tricolor, o carioca, terminou a rodada na lanterna, após ser derrotado pelo Atlético Paranaense. Já passou da hora do Fluminense tomar um choque, colocar a cabeça no Campeonato e lutar por uma posição digna. Vamos aos comentários sobre os jogos que eu assisti desta rodada do Brasileirão.
Botafogo 2 x 1 Barueri – Engenhão, Rio de Janeiro (RJ)
Flamengo 1 x 1 Náutico – Maracanã, Rio de Janeiro (RJ)
Grêmio 4 x 1 Cruzeiro – Olímpico, Porto Alegre (RS)
MANDOU BEM!
- Após muitos pontos perdidos no fim das partidas, o Botafogo conseguiu conquistar a vitória, contra o Barueri, com um gol nos acréscimos. Os três pontos conquistados pelo Botafogo possuem a assinatura do centroavante André Lima. Mesmo que a equipe do Barueri tenha apresentado um volume de jogo bem maior que o Glorioso, principalmente na metade final do 2º tempo, ela não contava com a eficiência de André Lima. Mostrando seu bom posicionamento dentro da área, o centroavante alvi-negro conseguiu balançar as redes em duas jogadas de oportunismo. Contra o Internacional, duas rodadas atrás, André Lima havia sido um dos melhores homens em campo, mostrando sua qualidade para jogadas de pivô. Já agora, com dois gols, ele decidiu a partida. No embalo de André Lima o Fogão está cada vez mais longe da temível zona de rebaixamento.
- Se Leonardo Moura deveria ter desabafado de maneira exagerada, após marcar o suado gol de empate do Flamengo, contra o Náutico, é um assunto que comentarei mais tarde. O fato, porém, é que Léo Moura não era merecedor das vaias que estava recebendo. O lateral rubro-negro até estava falhando tecnicamente na partida, errando passes e demorando uma eternidade para recompor o setor defensivo, entretanto não se omitiu em momento algum do jogo. Nesse Flamengo, onde a falta de criatividade faz o antes ex-jogador em atividade Petkovic se tornar importante, Léo Moura não desistia de levar o time para a frente e jogava, repito, apesar dos erros, com muita objetividade. Assim como ocorria com o lateral-esquerdo Juan, antes da séria contusão que sofreu, que a cada bola recebida ganhava uma sonora vaia, Léo Moura não podia pegar na pelota que escutava-se o “Uhhhhhhhhhhh”. Então, após bela jogada de Pet, Léo colocou a bola no fundo da rede e explodiu. O gol marcado foi um prêmio ao jogador que em nenhum momento desistiu de dar a vitória ao Flamengo.
- Foi uma enormidade o trabalho que Gilmar, atacante do Náutico, deu ao sistema defensivo do Flamengo. Tudo bem que do modo que anda a defesa rubro-negra, qualquer lance se torna um verdadeiro pandemônio, mas mesmo assim Gilmar jogou um bolão. Durante os 90 minutos, o centroavante pernambucano correu, driblou, chutou, brigou pela bola, armou contra-ataques e ainda marcou um belo gol.
- Na importante vitória do Grêmio sobre o Cruzeiro, por 4 a 1, dois fatores foram determinantes. Em primeiro lugar, as expulsões dos cruzeirense Jonathan, aos 17 do 1º tempo, e Thiago Ribeiro, aos 5 do 2º tempo e, em minha opinião de maneira equivocada. Em segundo, a coerência de Paulo Autuori nas substituições. A entrada do habilidoso Douglas Costa, no lugar do defensivo lateral-direito Thiego, e do lateral-esquerdo Jadílson, no lugar de Fábio Santos, foram determinantes para a goleada tricolor. Durante o período em que estava com um homem a mais em campo, o Grêmio pressionou bastante, esbarrando na muralha chamada Fábio. As jogadas criadas por Douglas Costa pela esquerda e Tcheco, pelo outro lado, faziam crer que o gol gremista era questão de tempo. Porém, em um daqueles momentos que faz o futebol ser o esporte mais apaixonante do mundo, o Cruzeiro abriu o placar com um gol de pênalti, no fim da 1ª etapa. Após o intervalo, o Cruzeiro teve que abdicar mais ainda do ataque, com a segunda expulsão. Faltando pé-de-obra para segurar o resultado, o Cruzeiro sucumbiu ao poder ofensivo gremista. Souza e Máxi López apareceram mais, os defensores podiam buscar a bola aérea ofensiva, sem se preocuparem com possíveis contra-ataques, Jádilson não era lateral, mas sim ponta-esquerda... No fim, o Grêmio conquistou importantes três pontos.
MANDOU MAL!
- Como citei anteriormente, o Botafogo teve um volume de jogo bem menor que o Barueri, na partida do Engenhão. Resumindo, o Fogão teve uma atuação ruim tanto defensiva quanto ofensivamente. Com uma marcação deficiente, principalmente sobre o veloz e habilidoso Fernandinho, por várias vezes o Bota permitiu ao Barueri organizar jogadas de ataque. Já ofensivamente, o Ney Franco até tentou melhorar a equipe com as entradas de Jônatas, Thiaguinho e Reinaldo, mas foi exatamente com os 3 em campo que o Barueri teve maior domínio da partida. Ao final, uma bela trama de Jônatas e Reinaldo resultou no gol da vitória, porém isto, apesar de ter sido o suficiente, é muito pouco para jogadores com esta qualidade. Mais uma rápida crítica: Não pode uma equipe que possui Lúcio Flávio e Jônatas, jogadores com excelente qualidade no passe e que sabem cadenciar uma partida, sofrer tanto sufoco e não conseguir manter a posse de bola. Trabalha isso Ney Franco!
- Depois de uma vitória histórica contra o Santos, na Vila Belmiro, e de vencer o líder Atlético Mineiro, o Flamengo não conseguiu embalar no Brasileirão ao empatar com o lanterna Náutico. O goleiro Bruno bobeou no gol marcado pelo Gilmar, o sistema defensivo estava muito fragilizado pelo lento retorno de Léo Moura e Éverton, Kléberson novamente não criou nada de útil ofensivamente, Léo Moura, apesar de não desistir, errou muito, Adriano sentiu uma falta absurda da companhia de Emerson e Zé Roberto,a cada dia que passa, parece ter mesmo esquecido como se joga bola. O Flamengo não precisava fazer muito para vencer o Náutico no Maraca, porém conseguiu fazer menos ainda.
- O lateral-direito cruzeirense Jonathan merece bem mais que um puxão de orelhas. Ao cometer duas faltas duríssimas, em 17 minutos, o jogador foi expulso e prejudicou muito, mas muito mesmo, a sua equipe. Desta vez, nem o Fábio, melhor goleiro do Brasil na ausência de Rogério Ceni (opinião minha), conseguiu salvar o Cruzeiro.
JOGADA RÁPIDA!
- Após aplicar uma sonora goleada de 4 a 1 sobre o Fluminense, no Maracanã, elogiei bastante a dupla de ataque formada por Iarley e Felipe. Porém, os jogos seguintes mostraram que o Goiás é muito mais que só uma dupla. As vitórias seguidas sobre Palmeiras, Atlético Mineiro, Atlético Paranaense e Santo André, colocaram o time verde em 3º lugar na tabela. E tem mais! Para elevar, e muito, a qualidade do Goiás, vem aí ninguém menos que Fernandão.
CAMPEONATO BRASILEIRO 2009 - 15ª RODADA - SÉRIE B
SÉRIE B
Guarani 1 x 3 Atlético Goianiense
Vila Nova 2 x 1 América
Campinense 4 x 2 Figueirense
ABC 1 x 0 Portuguesa
Fortaleza 3 x 2 Bahia
Duque de Caxias 2 x 1 Paraná
Juventude 1 x 2 Vasco
Bragantino 1 x 1 Ceará
Ipatinga 0 x 2 São Caetano
Brasiliense 3 x 0 Ponte Preta
Olá amigos do FUTEBOLA!
O equilíbrio permanece grande na Segundona. Dos dez primeiros colocados, antes do início da rodada, apenas três (Atlético Goianiense, Vasco e Brasiliense) conseguiram vencer. O líder Atlético conquistou, em Campinas, uma excelente vitória sobre o Guarani, que está caindo pelas tabelas após incrível início de torneio. Logo atrás do time goiano está o Vasco que, também fora de casa, obteve ótimo triunfo sobre o Juventude. Vamos aos comentários sobre está vitória da equipe carioca.
Juventude 1 x 2 Vasco – Alfredo Jaconi, Caxias do Sul (RS)
MANDOU BEM!
- É impressionante o desespero que os adversários do Vasco sentem ao enfrentar o Carlos Alberto. Nenhum defensor tenta parar o camisa 19 na bola, preferindo sempre o caminho das faltas. Na partida contra o Juventude, Carlos Alberto sofreu nada menos que 12 faltas, sendo que a última delas foi um verdadeiro golpe de kung-fu. Após aplicar um belo drible na ponta direita e arrancar rumo a linha de fundo, Carlos Alberto foi surpreendido com uma voadora digna de Jackie Chan aplicada pelo defensor Allyson, que corretamente foi mais cedo para o chuveiro. Mesmo apanhando bastante, o capitão vascaíno conseguiu apresentar um bom futebol e foi, ao lado do volante Souza, o principal jogador da equipe. O jovem Souza por sinal, apesar da inconstância característica da idade, vem apresentando um bom futebol, compondo o sistema defensivo e se apresentando com qualidade no ataque, como no gol que fez em chute longo. Sua entrada fez muito bem ao Vasco.
- O camisa 10 do Juventude, Zezinho, levou a defesa vascaína à loucura. Com uma atuação excelente, principalmente na 1ª etapa, o garoto de apenas 17 anos mostrou muita habilidade e objetividade. Apesar de jogadas plasticamente bonitas, em todo o momento ele buscava o gol, como por exemplo no lance em que sofreu o pênalti. É óbvio que apenas uma partida (foi a primeira dele que assisti) não pode servir de parâmetro, porém sem dúvida alguma é um jovem pra se ficar de olho.
MANDOU MAL!
- O mérito do Vasco nesta atuação apenas razoável foi saber definir, na 1ª etapa, as jogadas criadas. Nos dois momentos em que forçou o jogo, a equipe carioca conseguiu balançar as redes duas vezes e abrir boa vantagem no marcador. O gol marcado pelo Juventude no final da etapa, entretanto, deixou a partida indefinida e o Vasco correu sérios riscos de não sair de campo com os três pontos. Diferentemente de antes do intervalo, o Vasco não soube definir a partida no 2º tempo, com o atacante Adriano perdendo nada menos que 4 claras chances de gols. O centroavante pode até jogar a culpa na falta de sorte, mas analisando friamente, Adriano não pode perder os gols que perdeu, na cara do goleiro. A situação do jogador fica ainda mais complicada se lembrarmos que minutos antes do Bahia virar a partida contra o Vasco, na 13ª rodada, Adriano havia perdido um gol após driblar o goleiro. Abre o olho Adriano!
Guarani 1 x 3 Atlético Goianiense
Vila Nova 2 x 1 América
Campinense 4 x 2 Figueirense
ABC 1 x 0 Portuguesa
Fortaleza 3 x 2 Bahia
Duque de Caxias 2 x 1 Paraná
Juventude 1 x 2 Vasco
Bragantino 1 x 1 Ceará
Ipatinga 0 x 2 São Caetano
Brasiliense 3 x 0 Ponte Preta
Olá amigos do FUTEBOLA!
O equilíbrio permanece grande na Segundona. Dos dez primeiros colocados, antes do início da rodada, apenas três (Atlético Goianiense, Vasco e Brasiliense) conseguiram vencer. O líder Atlético conquistou, em Campinas, uma excelente vitória sobre o Guarani, que está caindo pelas tabelas após incrível início de torneio. Logo atrás do time goiano está o Vasco que, também fora de casa, obteve ótimo triunfo sobre o Juventude. Vamos aos comentários sobre está vitória da equipe carioca.
Juventude 1 x 2 Vasco – Alfredo Jaconi, Caxias do Sul (RS)
MANDOU BEM!
- É impressionante o desespero que os adversários do Vasco sentem ao enfrentar o Carlos Alberto. Nenhum defensor tenta parar o camisa 19 na bola, preferindo sempre o caminho das faltas. Na partida contra o Juventude, Carlos Alberto sofreu nada menos que 12 faltas, sendo que a última delas foi um verdadeiro golpe de kung-fu. Após aplicar um belo drible na ponta direita e arrancar rumo a linha de fundo, Carlos Alberto foi surpreendido com uma voadora digna de Jackie Chan aplicada pelo defensor Allyson, que corretamente foi mais cedo para o chuveiro. Mesmo apanhando bastante, o capitão vascaíno conseguiu apresentar um bom futebol e foi, ao lado do volante Souza, o principal jogador da equipe. O jovem Souza por sinal, apesar da inconstância característica da idade, vem apresentando um bom futebol, compondo o sistema defensivo e se apresentando com qualidade no ataque, como no gol que fez em chute longo. Sua entrada fez muito bem ao Vasco.
- O camisa 10 do Juventude, Zezinho, levou a defesa vascaína à loucura. Com uma atuação excelente, principalmente na 1ª etapa, o garoto de apenas 17 anos mostrou muita habilidade e objetividade. Apesar de jogadas plasticamente bonitas, em todo o momento ele buscava o gol, como por exemplo no lance em que sofreu o pênalti. É óbvio que apenas uma partida (foi a primeira dele que assisti) não pode servir de parâmetro, porém sem dúvida alguma é um jovem pra se ficar de olho.
MANDOU MAL!
- O mérito do Vasco nesta atuação apenas razoável foi saber definir, na 1ª etapa, as jogadas criadas. Nos dois momentos em que forçou o jogo, a equipe carioca conseguiu balançar as redes duas vezes e abrir boa vantagem no marcador. O gol marcado pelo Juventude no final da etapa, entretanto, deixou a partida indefinida e o Vasco correu sérios riscos de não sair de campo com os três pontos. Diferentemente de antes do intervalo, o Vasco não soube definir a partida no 2º tempo, com o atacante Adriano perdendo nada menos que 4 claras chances de gols. O centroavante pode até jogar a culpa na falta de sorte, mas analisando friamente, Adriano não pode perder os gols que perdeu, na cara do goleiro. A situação do jogador fica ainda mais complicada se lembrarmos que minutos antes do Bahia virar a partida contra o Vasco, na 13ª rodada, Adriano havia perdido um gol após driblar o goleiro. Abre o olho Adriano!
segunda-feira, 3 de agosto de 2009
GRANDES SELEÇÕES DA COPA DO MUNDO - ÁUSTRIA 1934
ÁUSTRIA - 4ª COLOCADA NA COPA DO MUNDO DE 1974
ELENCO
Goleiros: Platzer, Raftl, Franzl
Defensores: Cisar, Sesta, Janda, Schmaus
Meio - Campistas: Smistik, Urbanek, Wagner, Hofmann
Atacantes: Zischek, Bican, Sindelar, Viertl, Horvath, Hassmann, Braun, Kaburek, Schall, Stroh, Walzhofer
Técnico: Hugo Meisl
CAMPANHA
Áustria 3 x 2 França
Áustria 2 x 1 Hungria
Áustria 0 x 1 Itália
Áustria 2 x 3 Alemanha
ELENCO
Goleiros: Platzer, Raftl, Franzl
Defensores: Cisar, Sesta, Janda, Schmaus
Meio - Campistas: Smistik, Urbanek, Wagner, Hofmann
Atacantes: Zischek, Bican, Sindelar, Viertl, Horvath, Hassmann, Braun, Kaburek, Schall, Stroh, Walzhofer
Técnico: Hugo Meisl
CAMPANHA
Áustria 3 x 2 França
Áustria 2 x 1 Hungria
Áustria 0 x 1 Itália
Áustria 2 x 3 Alemanha
A Copa do Mundo de 1934, realizada na Itália, não contou com duas das principais Seleções da época. O Uruguai, ressentido com a ausência de algumas equipes européias no Mundial realizado por lá, em 1930, se negou a participar desta edição da Copa. Vale lembrar que o Uruguai além de ter sido Campeão do Mundo, em 1930, também havia conquistado os títulos olímpicos em 1924 e 1928. Outra potência que esteve ausente na Itália foi a Inglaterra, que ainda preferia viver isolada do restante do planeta bola. Porém, o torneio teve a honra de contar com o que foi um dos principais representantes do futebol-arte em todos os tempos: a Áustria do treinador Hugo Meisl.
Hugo Meisl foi o comandante e idealizador desta que era a sensação européia no início dos anos 30. Praticando um jogo de toques curtos, refinados e rápidos, a Áustria envolvia seus oponentes, com um futebol inovador e diferente. A beleza apresentada pela equipe em campo, que lhe rendeu o apelido de “Wunderteam” (Time Maravilhoso), está relacionada a alguns conceitos de Hugo Meisl. O treinador exigia que sua equipe não desse os famosos chutões para frente, buscando a rápida ligação com o ataque, mas sim que a bola percorresse de pé em pé até o campo ofensivo. Entretanto, a maior contibuição dada pelo treinador foi que com ele surgiu o embrião do Futebol Total. Reparem em suas palavras e se assustem com tamanho conhecimento de futebol ainda na década de 30: “Os onze jogadores devem estar em permanente movimento para impedir o adversário de adivinhar as suas intenções. Mesmo um médio, se tiver oportunidade, deve avançar no terreno e surgir, de surpresa, na área adversária, mas, nesse mesmo instante, um seu colega deve imediatamente ocupar o seu posto em campo subitamente vazio pelo seu adiantamento no ataque.”*.
Se Meisl era quem organizava a equipe fora de campo, dentro das quatro linhas, quem liderava o Wunderteam era Matthias Sindelar, considerado por muitos como o atacante mais completo pré-2ª Guerra Mundial. Sindelar possuía uma qualidade técnica imensurável, grande facilidade para balançar as redes e devido ao seu porte físico franzino e a leveza com que flutuava em campo recebeu o apelido de “Homem de Papel”, apelido este que o marcaria para sempre. Além do futebol vistoso que mostrava dentro das quatro-linhas, o envolvimento com a política tornou Sindelar um personagem ainda mais lendário. No meado de década de 30, a Áustria foi anexada ao território alemão e com a equipe de futebol não foi diferente. A Seleção Alemã esperava contar com os grandes jogadores austríacos, porém Sindelar, judeu e muito contrário à ideologia de Hitler, se negou constantemente a vestir outra camisa que não a da Áustria. E teve mais! Em uma partida amistosa para celebrar a unificação dos países, a Áustria venceu a Alemanha por 2 a 0 e, após marcar seu gol, Sindelar comemorou com muito entusiasmo, na frente da tribuna onde se encontravam oficiais nazistas. Pouco tempo depois, Sindelar, o “Mozart do Futebol”, foi encontrado morto, ao lado de sua namorada, asfixiado por monóxido de carbono. Acidente? As autoridades disseram que sim.
Voltando ao Mundial de 1934, a Áustria chegava para a competição com um retrospecto impressionante. Apenas números não podem traduzir o encanto que o “Wunderteam” gerava na Europa, mas eles são incríveis. Reparem em alguns triunfos obtidos pela Seleção Austríaca, antes da Copa do Mundo: Suécia (4 x 1), Escócia (5 x 0), Alemanha (6 x 0), Suiça (8 x 1), Hungria (8 a 2), Bélgica (6 a 1), França (4 a 0) e Bulgária (6 a 1). Simplesmente inacreditável.
Iniciada a competição, a Áustria eliminaria a França e a Hungria e conquistaria o direito de enfrentar os donos da casa, a Itália, na fase semi-final. Existem muitos boatos, envolvendo esta partida, de que o ditador italiano Mussolini havia “conversado” com o árbitro antes da partida e este beneficiado a Itália. O fato, porém, é que Sindelar não conseguiu escapar da dura marcação de Luis Monti e o “Time Maravilhoso” não teve forças para bater o futuro Campeão do Mundo. Foi uma derrota que impediu uma brilhante Seleção conquistar o mundo, mas em nenhum momento diminuiu sua importância para o planeta bola.
*http://www.planetadofutebol.com/article.php?id=918