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Alemanha 4 x 1 Inglaterra
Pela segunda vez na Copa do Mundo, a Alemanha mostrou um futebol que a credencia como uma das grandes favoritas para conquistar o caneco. Se na primeira boa atuação germânica a adversária era a fraca Austrália, desta vez quem tomou uma chinelada foi a grande rival Inglaterra.
Muitos treinadores dizem que uma equipe ideal deve primar pelo equilíbrio. Defesa, meio-campo e ataque devem possuir forças iguais. Apesar de, em minha opinião, a Alemanha ter no sistema ofensivo o seu maior poder – acreditem, esta equipe alemã é muito habilidosa – a retaguarda e a meiúca também estão se mostrando fortes. A linha de quatro defensores formada por Lahm, Mertesacker, Friedrich e Boateng, da direita para a esquerda, fornece muita segurança para o goleiro Neuer. O lateral-direito Lahm, inclusive, sempre é boa opção ofensiva. Muito importante para o bom andamento, tanto defensivo quanto ofensivo, dos alemães é a dupla de volantes Khedira/Schweinsteiger. Sempre bem posicionados e evitando buracos à frente da defesa, ambos participam também de algumas tramas ofensivas. Na frente dos dois está, a meu ver, a maior força alemã: o tripé de meias formado por Muller, Ozil e Podolski. Impressionante como todos estão jogando muita bola nesta Copa do Mundo. Até mesmo o Muller, que não vinha acompanhando o ritmo dos seus dois companheiros, resolveu ter uma atuação genial. E justamente no duelo contra a Inglaterra. Na frente, como único atacante, porém nunca isolado devido à chegada dos meias, está Klose, agora empatado com Pelé com 12 gols em Copas do Mundo e apenas três tentos atrás de Ronaldo.
E foi com este esquema e estas armas que a Alemanha deu um baile na Inglaterra. Com 32 minutos do 1º tempo já vencia a partida por 2 x 0, gols de Klose e Podolski, uma dupla que se sente absurdamente a vontade com a camisa alemã. Primeiro Klose aproveitou um chutão pra frente do goleiro Neuer, ganhou o duelo físico com o zagueiro Upson e bateu com categoria marcando um belo gol. Depois, o mesmo Klose deu um excelente passe para Muller que deu um passe ainda mais excelente para Podolski levantar o véu da noiva. Até o momento a Inglaterra nada produzia de concreto em termos ofensivos e ainda encontrava enormes dificuldades para impedir a Alemanha de jogar. De repente, sem nenhum aviso prévio, o jogo entrou num ritmo alucinante e em 4 minutos, entre 34 e 38, os torcedores tiveram o coração testado. Milner fez boa jogada pela direita e cruzou para Lampard completar e Neuer realizar boa defesa; após iniciativa de Schweinsteiger Klose perdeu ótima oportunidade; Gerrard cruzou a redonda na área e o zagueiro Upson marcou de cabeça diminuindo a vantagem alemã; Lampard deu um toque de extrema categoria, encobriu o goleiro Neuer, a pelota ultrapassou a linha e o juiz não enxergou o golaço; Podolski arrancou em velocidade e quase marcou o terceiro tento da Alemanha. Ufa... isso tudo em 4 minutinhos.
O intervalo serviu para a Inglaterra confirmar e ver a ficha de que teve um gol mal anulado cair e parece que isto abateu seus jogadores. Sem o mesmo ímpeto que haviam apresentado quando diminuíram o placar e deveriam ter o igualado, os ingleses foram presas fáceis para o rápido e mortal contra-ataque alemão. Comandado por Muller, que já realizava ótima partida, a Alemanha precisou de apenas metade da 2ª etapa para matar o jogo e, em 25 minutos, construiu cinco excelentes tramas ofensivas, tendo o Muller participado de quatro delas. Os dois gols que fecharam o caixão do “English Team” saíram em dois contra-golpes organizados de maneira perfeita, daqueles que devem ser gravados e passados em video-aulas. No primeiro Schweinsteiger teve velocidade e paciência para arrancar e encontrar Muller que bateu com precisão. No segundo, novamente marcado pelo Muller, nesta altura já o melhor homem em campo, foi iniciado pelo Ozil, que também vem jogando uma barbaridade.
Com 4 x 1 no marcador, a Inglaterra nada mais tinha a fazer nos restantes 20 minutos de partida. É claro que se o juiz não tivesse se equivocado o jogo teria sido muito diferente, já que a Inglaterra não iria se abrir tanto na 2ª etapa e ficar exposta aos mortais contra-ataques. Porém, este fato não pode apagar mais uma excelente apresentação da Alemanha e muito menos o fracasso que é este time inglês treinado pelo Fabio Capello.
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CONHECENDO MAIS DA COPA DO MUNDO...
- Apenas dois confrontos já se repetiram em finais de Copa do Mundo. Nos Mundiais de 1970 e 1994 o Brasil venceu a Itália, sendo que no último deles a conquista do caneco pelos brasileiros só ocorreu na disputa de penalidades. Já Alemanha e Argentina duelaram em 1986 e 1990. Na Copa do Mundo de 1986 Maradona comandou os argentinos à vitória, enquanto em 1990 um gol de pênalti marcado por Brehme deu o título à Alemanha.
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