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Argentina 3 x 1 México
Apesar de o placar não demonstrar, a Argentina não realizou uma boa partida diante do México, no duelo que decidiu o adversário da Alemanha nas quartas-de-final. Por sinal, se apresentar um futebol do mesmo nível diante dos alemães serão mínimas as chances de a Argentina chegar mais longe no Mundial.
Durante toda primeira metade do 1º tempo, a Argentina não conseguiu trabalhar a bola com qualidade nem realizar boas tramas ofensivas, não passando nem perto de assustar o goleiro mexicano Pérez. Por outro lado, com os meias Giovani e Guardado muito participativos o México constantemente levava perigo ao goleiro argentino Romero, principalmente nos chutes longos. Queria questionar a escolha do treinador mexicano Javier Aguirre por Bautista para iniciar a partida. Nos três jogos da fase de grupos, o Bautista não havia atuado sequer um minutinho. Não entendo o motivo de, logo neste decisivo jogo, ele ter iniciado entre os 11 titulares. Voltando ao jogo, o México se postava bem melhor em campo do que a Argentina, porém não contava com dois gigantescos equívocos. Primeiro, após uma jogada de Messi pela meiúca a redonda sobrou para Tévez, completamente impedido, abrir o placar. Assim como a Alemanha, diante da Inglaterra, a Argentina também foi muito, mas muito, ajudada por um erro da arbitragem. Porém, a meu ver, os argentinos foram ainda mais beneficiados, pois quando marcou seu gol irregular estavam muito mal no jogo, diferente da Alemanha, que vencia a partida. Seis minutinhos depois do primeiro gol, aos 32, não foi o bandeira quem se equivocou, mas o zagueiro Osório, que entregou a bola nos pés de Higuaín que marcou seu quarto gol no Mundial. Em pouco tempo, todo o trabalho do México foi pelo ralo. A Argentina ainda teve duas boas chances de ampliar a vantagem, uma com Di María e outra com Higuaín, porém ambas as chances foram desperdiçadas.
Logo na volta para a 2ª etapa, aos 7 minutos, Carlitos Tévez mandou uma bomba de fora da área e marcou um golaço, praticamente garantindo a vaga para as quartas-de-final. Após este gol, a Argentina, que já não apresentava um futebol condizente com o resultado, recuou por completo e viu o México passar aproximadamente 40 minutos atacando. Comandado pelo Barrera, que entrou no lugar do sumido Bautista e mais uma vez mostrou um bom futebol, os mexicanos partiram com tudo em busca do milagre. Em 11 minutos, entre 15 e 26, nada menos do que cinco boas oportunidades de gols foram criadas pelo México, tendo o Barrera participado de três delas. A entrada do Barrera também fez crescer o futebol do jovem atacante Javier Hernández, muito pouco participativo na 1ª etapa. Foi Hernández quem marcou o gol mexicano, após dar um lindo drible no fraco zagueiro Demichelis e arrematar de dentro da área. Até o apito final, para não dizer que estou mentindo foi até os 46 minutos, quando Messi reapareceu no jogo e quase marcou um golaço, o México atacou e a Argentina apenas se defendeu, sem organizar sequer um contra-golpe bem feito.
Era para o duelo contra o México ser o primeiro grande teste da Argentina, porém dois enormes erros, um da arbitragem e outro do mexicano Osório, facilitaram, e muito, a vida dos argentinos, que conseguiram vencer sem mostrar um grande futebol. Agora, como citei lá no início, os comandados de Maradona precisarão de mais solidez defensiva e organização ofensiva diante de uma Alemanha que vem forte.
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CONHECENDO MAIS DA COPA DO MUNDO...
- O suiço Alfred Bickel é o único jogador a ter participado de um Mundial antes da II Guerra Mundial e depois desta. Bickel fez parte da Seleção Suiça nos Mundias de 1938 e de 1950. Em 1938, ele marcou um dos gols da lendária vitória suiça sobre a Alemanha por 4 x 2. No Mundial de 1950 Bickel também participou de um jogo histórico: o empate em 2 x 2 entre Brasil x Suiça, em um lotado Pacaembu.
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