Olá amigos do FUTEBOLA!
Alemanha 4 x 0 Argentina
Simplesmente sensacional! Com mais uma atuação de gala a Alemanha chegou a sua terceira partida, de cinco disputadas, tendo marcado quatro gols. A vítima desta vez foi a Argentina, que sai da Copa do Mundo provando ter somente bons valores individuais e uma gigante "messidependência".
Esta Copa do Mundo, antes mesmo de chegar ao seu final, já serviu para eu adotar um novo conceito de assistir futebol. Agora, a meu ver, uma boa equipe deve possuir quatro “poderes” igualmente relevantes: técnico, tático, físico e psicológico. Quando um deles se sobressai negativamente sobre os outros, raramente uma equipe consegue sair vencedora. Um exemplo? A total desestabilidade emocional da Seleção Brasileira diante da Holanda foi responsável direta pelo fim do sonho do Hexa. Vale citar que esta falta de controle também já havia aparecido diante de Costa do Marfim e Portugal.
Falando agora de Alemanha e Argentina, encontro nesta divisão dos quatro “poderes” a explicação pela fácil vitória alemã, que não me surpreendeu. Salvo uma atuação monumental de Lionel Messi, o que é algo totalmente plausível, seria muito difícil a Argentina triunfar diante da equilibradíssima Alemanha. Um amigo meu foi perfeito em sua análise da Seleção Argentina: “É o melhor time de pelada do Mundo”. Não há nenhuma dúvida de que a Argentina possui jogadores qualificados, porém é uma das equipes mais desorganizadas taticamente que vi neste Mundial. A retaguarda é idêntica à um queijo suiço, tamanha a quantidade de buracos – fator que também deve ser creditado à péssima qualidade técnica de seus defensores. E tem mais. A frente da defesa encontra-se um único volante, Mascherano, que se já é violento e comete muitas faltas atuando pelo Liverpool, uma equipe mais bem arrumada defensivamente, imaginem tendo que proteger uma fraca defesa quase que sozinho. Porém, apesar de todos os problemas defensivos – e são muitos – a Argentina tem seu principal foco de desorganização tática no ataque. Com jogadores do nível de Di María, Tévez, Higuaín e Messi, a Argentina poderia apresentar um excelente cardápio ofensivo. Porém, tabelinhas pelo meio da defesa adversária, ultrapassagens pelos flancos, entradas em diagonais de quem está pela ponta, utilização do centroavante como pivô, entre outras jogadas, raramente, para não dizer nunca, foram utilizadas pelos comandados de Maradona. A estratégia era a do cada um por si. Ora Messi, ora Tévez, ora Di Mária, as jogadas individuais foram a tônica da Argentina neste Mundial. Estava dando certo até encontrar um rival que não se desesperasse diante de tantos jogadores ofensivos e tivesse calma para explorar seus inúmeros pontos fracos.
Linhas acima utilizei o termo equilibradíssima para caracterizar a Alemanha. E é realmente gigantesco o equilíbrio mostrado pelos comandados do técnico Joachim Loew. Abrindo parênteses, queria dizer o quanto sou fã deste treinador. Durante a temporada européia de 2008/2009 escolhi a Bundesliga para acompanhar de maneira intensiva e fiquei impressionado com o número de jogos que Loew assitia do próprio estádio. Em alguns dias, ele conseguia marcar presença em dois jogos. Como todos os seus convocados atuam na própria Bundesliga, nem é preciso falar que ele os conhece perfeitamente. Voltando a comentar sobre o equilíbrio alemão, me encanta assitir uma equipe que possui jogadores de grande qualidade técnica, apresenta uma organização tática irretocável e conta com enorme frieza para explorar os pontos fracos rivais, vide as goleadas diante de Inglaterra e Argentina. Com estas qualidades, a Alemanha conseguiu apresentar um futebol ofensivo infinitamente superior ao da Argentina, que era cantada aos quatro cantos como o futebol mais ofensivo da Copa, como se o fato de ter mais atacantes estivesse relacionado com produção ofensiva. Vejamos como o poder ofensivo alemão é imensamente superior ao argentino. Logo aos 2 minutos do 1º tempo, Schweinsteiger cobra falta na cabeça de Muller que havia se antecipados à toda a zaga argentina e abre o placar. Na metade da 2ª etapa, Muller, caído no chão, espera a passagem de Podolski, dá lindo passe e a jogada termina com Klose livre, leve e solto empurrando pro fundo das redes. Pouco tempo depois, Schweinsteiger, o melhor jogador em campo e um forte candidato à melhor do Mundial, costura três marcadores e rola para o zagueiro Friedrich marcar o terceiro. Aos 44 minutos veio a cartada final. Aproveitando todos os buracos possíveis na defesa argentina, Podolski abre a jogada com Ozil que cruza para Klose marcar seu 14º gol em Mundiais. Só falta um para ele se igualar com o recordista Ronaldo. Resumo da ópera: Enquanto a peladeira argentina forçava jogadas individuais e tentava, no abafa, furar a boa defesa alemã, Schweistenger e cia davam um show de variação ofensiva. Gols de bola parada, ultrapassagens pelo flanco, jogadas individuais, contra-ataque, gol de zagueiro, gol de cabeça... Uma atuação alemã que merecia ser assistida de terno e gravata.
Depois da vitória diante do México, nas oitavas, havia dito que “se apresentar um futebol do mesmo nível diante dos alemães serão mínimas as chances de a Argentina chegar mais longe no Mundial” e “os comandados de Maradona precisarão de mais solidez defensiva e organização ofensiva diante de uma Alemanha que vem forte”. Bom, acredito que os comandados do competente Joachim Loew sabiam que não teriam um bicho de sete cabeças pela frente e tiveram tranquilidade para dar um verdadeiro espetáculo.
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CONHECENDO MAIS DA COPA DO MUNDO...
- Três finais de Copa do Mundo terminaram com uma diferença de três gols para o Campeão e em todas elas o Brasil esteve presente. Se nos Mundiais de 1958 e em 1970 os shows foram nossos, com a vitória de 5 x 2 e 4 x 1 sobre, respectivamente, Suécia e Itália, em 1998 sofremos ao sermos derrotados pela França de Zinedine Zidane por 3 x 0.
Futebol lindo, o da Alemanha! Sinceramente, é o que me faz lamentar MUITO a copa estar acabando! Queria eu que o Brasil jogasse desse jeito e com o talento individual do Brasil!
ResponderExcluirGanhou a minha torcida!
Além do fato de ter esculachado o Maradona... Sinceramente! hahaahah!
OPS! Desculpa! Não foi anônimo não!
ResponderExcluirArgentina me pareceu um bando de ótimos jogadores (todos de ataque) e nenhum esquema de jogo.
ResponderExcluirAe complica.. o Brasil queria ser campeão com um bom esquema de jogo e poucos jogadores de qualidade.
Espanha está com a mão na taça.. quem viver, verá!