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Holanda 3 x 2 Uruguai
Em um jogo emocionante, como deve ser uma semi-final de Copa do Mundo, a Holanda bateu o Uruguai e chega em sua terceira final da competição mais importante do planeta.
Apenas dois minutinhos após o juiz apitar o início da partida, a Holanda já mostrava seu cartão de visitas, levando perigo ao goleiro Muslera com um arremate do Kuyt. Parece que este lance realmente serviu para assustar o Uruguai, que permanecia muito acuado e não chegava nem perto de acertar um contra-golpe. Aos 18 minutos, premiando a atitude mais ofensiva da Holanda, que se não chegava a pressionar o adversário pelo menos se mantinha postada no campo de ataque, o lateral-esquerdo van Bronckhorst acertou o mais belo chute desta Copa do Mundo e marcou um golaço. Após abrir o marcador, a Holanda mostrou sua outra face, que, diga-se de passagem, não me agrada. Assim como nos confrontos contra o Japão, na fase de grupos, e a Eslováquia, nas oitavas, a Holanda recuou excessivamente após sair em vantagem. Impressionante como depois do gol de van Bronckhorst a Holanda abdicou por completo das ações ofensivas. Por outro lado, o Uruguai passou a gostar do jogo, começou a rondar a área laranja e se postar mais ofensivamente. O resultado disto? Uma boa jogada de Forlán, aos 41 minutos, que terminou no fundo das redes após bobeada do goleiro Stekelenburg e fez com que o jogo fosse para o intervalo empatado.
Com o reinício da 2ª etapa foi possível perceber que, mesmo com a entrada do meia van der Vaart no lugar do volante De Zeeuw, a Holanda teria trabalho para furar a retaguarda celeste. Vale ressaltar aqui, mais uma vez, a qualidade defensiva do trio de volantes uruguaio, formado por Álvaro Pereira, Arévalo Ríos e Diego Pérez. A consciência tática para a ocupação de espaços e qualidade na marcação que estes jogadores possuem foi sem dúvida um dos pontos fortes desta histórica Seleção Uruguaia. Depois de chegar perto da virada com Álvaro Pereira, aos 5, e Forlán, em uma cobrança de falta aos 21, o Uruguai mostrava um futebol de quem queria muito chegar à decisão. Porém, de maneira repentina, a qualidade individual holandesa decidiu a partida. Entre 22 e 28 minutos, a técnica de Sneijder, Robben e cia provou que o talento ainda é muito relevante no futebol. Primeiro van Persie fez boa trama pela esquerda e van der Vaart quase balançou as redes. Em seguida, após ótima troca de passes da “Laranja Mecânica” no campo ofensivo, Snejder arrematou e contou com o desvio na defesa para marcar. O estádio ainda digeria o segundo gol holandês quando Kuyt arrancou pela esquerda e cruzou para Robben, de cabeça, ampliar a vantagem. Depois de passar um bom tempo sem visitar o campo de ataque, a Holanda precisou apenas de 6 minutos para retomar a dianteira.
O Uruguai sentiu os gols sofridos e perdeu muito de sua força. Porém, o jogo resolveu presentar os fãs do futebol com um final espetacular, quando o lateral-direito uruguaio Maxi Pereira acertou um chute de fora da área e diminuiu o marcador, aos 46 minutos. Daí até os 50, o Uruguai colocou a alma na ponta da chuteira, pois o coração ele já estava lá desde o apito inicial. A cada redonda alçada na área meu amigo botafoguense gritava para o Loco Abreu subir. E vou confessar que, do jeito que esse Abreu é iluminado, até acreditei no empate. Mas não deu. O apito final chegou e a Holanda tentará, mais uma vez, entrar para o seleto grupo dos Campeões Mundiais. Em minha opinião a Holanda pode sim conquistar o caneco. Porém, se sair na frente do placar e recuar excessivamente, como já fez diversas vezes neste Mundial, tem grandes chances de não conseguir retomar as rédeas da partida. Afinal, contra Espanha ou Alemanha o caldo é mais grosso.
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CONHECENDO MAIS DA COPA DO MUNDO...
- Apenas três jogadores conseguiram balançar as redes em cada partida de uma Copa do Mundo. O uruguaio Ghiggia, carrasco brasileiro, conseguiu tal feito no Mundial de 1950, quando se sagrou Campeão. Quem também foi Campeão no mesmo torneio que marcou gols em todos os jogos foi o brazuca Jairzinho, em 1970. Por último, o francês Just Fontaine sacudiu o filó em todas as partidas do Mundial de 1958, mas, diferentemente de Ghiggia e Jairzinho, não levantou o caneco.
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