Goiás 1 x 2 Grêmio Prudente
Botafogo 1 x 0 Avaí
Ceará 2 x 1 Grêmio
Santos 2 x 0 Atlético-MG
Guarani 0 x 0 Palmeiras
Atlético-PR 1 x 0 Flamengo
Internacional 1 x 1 Atlético-GO
Corinthians 3 x 0 São Paulo
Vasco 2 x 2 Fluminense
Cruzeiro 0 x 1 Vitória
Olá amigos do FUTEBOLA!
Botafogo 1 x 0 Avaí – Engenhão, Rio de Janeiro (RJ)
No duelo entre os, até então, dois melhores ataques do Brasileirão, o Botafogo bateu o Avaí por 1 x 0, fez a alegria de mais de 35 mil alvinegros presentes no Engenhão e alcançou a terceira posição do Campeonato Brasileiro.
Antes do início do confronto a expectativa era a de uma grande partida, apesar de o Avaí ir para o jogo muito desfalcado. O zagueiro Rafal, os meias Caio e Rudinei e os atacantes Davi e Roberto eram as ausências na equipe catarinense. Presente no estádio, o que exemplifica a importância da partida, estava o treinador da Seleção Brasileira Mano Menezes, com a missão de observar possíveis convocados para vestir a amarelinha. Tinha tudo pra ser um belo jogo, mas não foi. Na realidade, foi um jogo muito fraco tecnicamente e praticamente sem emoções. Durante toda a 1ª etapa, o Avaí sequer assustou o goleiro botafoguense Jefferson. Já o Fogão, com seu veloz trio formado por Herrera, Jobson e Maicosuel, nada conseguiu diante do sistema defensivo avaiano, muito bem armado pelo treinador Antônio Lopes. Ou melhor, conseguiu furá-lo apenas uma vez, com sua arma nada secreta. Desde o início do ano, o Bota tem na bola parada seu melhor caminho para chegar ao gol adversário. E foi assim que o “Glorioso” criou o único lance digno de nota dos primeiros 45 minutos, quando, aos 31, Maicosuel cobrou falta na área e o zagueiro Fábio Ferreira, com um sutil desvio de cabeça, sacudiu o barbante.
No intervalo, Antônio Lopes, tentando aumentar a produtividade ofensiva de sua equipe, que era praticamente nula, colocou o veterano ex-flamenguista Sávio em campo. Naõ adiantou muito. Os primeiros minutos da 2ª etapa reproduziram com perfeição o que ocorrera antes do intervalo e o jogo nada mudou. Entretanto, aos 21 minutos, enfim o goleiro Jefferson fez valer um poquinho a presença de Mano Menezes no Engenhão quando realizou duas defesas sensacionais em finalizações seguidas dos zagueiros Gabriel e Emerson. E daí até o apito final Mano não veria mais nada que o alegrasse. Joel Santana até tentou mudar o Fogão, promovendo as entradas de Caio, Edno e Loco Abreu, ou seja, reestruturou todo seu ataque, porém a partida foi até o com dois chutes longos, um do Somália e outro do Marcelo Matos, e um bom passe do Maicosuel para o Edno. Falando em Maicosuel, acredito que o “Mago Alvinegro” perdeu uma grande oportunidade de mostrar que pode servir a Seleção Brasileira. É claro que ele ainda terá bastante tempo para mostrar seu valor para o Mano, mas, depois desta última semana, o colorado Giuliano está um passo à sua frente.
Na próxima quarta-feira, novamente no Engenhão, o Botafogo enfrentará outro adversário do G4, o Ceará. E o Fogão tem tudo para conquistar mais três pontos e apresentar um futebol melhor do que o deste último sábado.
Vasco 2 x 2 Fluminense – Maracanã, Rio de Janeiro (RJ)
Vasco e Fluminense fizeram um jogão de bola no lotado Maracanã com mais de 80 mil torcedores. Apesar do empate, tanto torcedores tricolores quanto vascaínos sairam do “Maior do Mundo” com um largo sorriso, afinal seus clubes retribuíram a festa nas arquibancadas e lhes proporcionaram um verdadeiro espetáculo de futebol.
Provando que não é o líder isolado do Brasileirão à toa, o Fluminense iniciou a partida à mil por hora. Comandados, para variar, pelo argentino Darío Conca, o Flu rapidamente fez a alegria de sua torcida. Logo aos 6 minutos, Conca cobrou córner na área, Gum cabeceou a redonda para linda defesa de Fernando Prass e pegou o rebote para abrir o placar. Quatro minutinhos depois, Washington fez belo trabalho de pivô e Conca quase marcou um golaço. O Vasco estava perdido em campo e o Fluminense tinha tudo para decidir o clássico logo na 1ª etapa. Porém, assim como constantemente fazia o recente e campeoníssimo São Paulo do Muricy Ramalho, o Fluminense caiu na bobeira de recuar para segurar o resultado e apenas explorar os contra-ataques. Resultado: o Vasco, sem passar o sufoco dos primeiros minutos, conseguiu se organizar em campo e o Flu não acertou sequer um contra-golpe. A mais destacada mudança ocorrida no Vasco foi o avanço de Felipe que inicara a partida na ala-esquerda. Não que o camisa 6 tenha produzido bastante ofensivamente, porém com Nílton mais aberto pela esquerda o sistema defensivo vascaíno ficou mais organizado e as subidas do ala-direita Mariano, um das grandes armas do Flu, não apareceu. O maior problema causado pelo recuo tricolor, entretanto, foi que permitiu a aparição de um jogador que até então não estava conseguindo apresentar sua qualidade com a redonda nos pés. E como tem qualidade esse tal de Carlos Alberto... Depois de tanto pará-lo com faltas, o Fluminense não conseguiu segurar uma sensacional arrancada sua aos 37 minutos e ele deixou a bola limpa com Éder Luís que só teve o trabalho de arrematar rasteiro, cara a cara com Fernando Henrique que nada pôde fazer.
Se o Flu começou o 1º tempo voando, foi o Vasco que iniciou a 2ª etapa com o dedo na tomada. Logo aos 3 minutos Carlos Alberto ganhou divida de Diguinho, arrancou com a pelota nos pés e deixou Fágner livre, leve e solto para virar o placar. Impressionante como o craque ainda faz a diferença no futebol. Em duas arrancadas individuais Carlos Alberto destruiu a muralha armada por Muricy Ramalho e o Vasco passou a liderar o duelo. Somente neste momento, com o placar adverso, que o Fluminense se lembrou que a melhor arma para parar Carlos Alberto e companhia era voltar a atacar. Em minha opinião, uma equipe como o Flu, que está caminhando firme e forte rumo ao título, não pode se dar ao luxo de tomar uma virada por adotar uma postura de time pequeno. Contando com um arsenal de armas ofensivas, como os avanços do Mariano, a velocidade do Emerson, o faro de gol do Washington, a maestria de Conca, o Flu não pode pensar em segurar resultados ainda na 1ª etapa de uma partida.
Por sorte dos tricolores ainda houve tempo para o Fluminense se recuperar, graças à uma pixotada dupla dos cruzmaltinos Felipe e Zé Roberto. Aos 15 minutos Felipe deu uma bobeada gigantesca ao tentar sair com a bola dominada de sua área, o “Sheik”Emerson lhe roubou a pelota, rolou pro meio do pagode, Zé Roberto dormiu no ponto e Júlio César empurrou pro fundo das redes. O Vasco sentiu o gol sofrido e o Fluzão cresceu demais na partida. Conca voltou a comandar as ações ofensivas e por pouco o Tricolor não virou o jogo com Emerson e novamente Júlio César. O treinador Paulo Cáesar Gusmão até tentou trazer o Vasco de volta para a partida com as entradas dos jovens Carlinhos, Alan e Jonathan, porém não teve sucesso em suas alterações. Falando em alterações, um grande momento deste clássico foi justamente uma substituição. Aos 29 minutos da 2ª etapa, a parte tricolor do Maraca veio abaixo com a entrada de Deco no lugar de Diguinho. E, aos 40 minutos, o luso-brasileiro perdeu a chance de já virar ídolo em sua estréia, quando isolou a redonda desperdiçando uma chance incrível após linda jogada de Júlio César pela esquerda, que diga-se de passagem fez, em minha opinião, sua melhor atuação em 2010. E por pouco o Flu não foi castigado por esta chance que o Deco jogou no lixo, já que, aos 47 minutos, Carlos Alberto quase aprontou mais uma ao se livrar da defesa tricolor e bater cruzado para fora, fazendo cada presente no Maraca prender a respiração.
Em termos de tabela o empate foi ruim tanto para o Flu, que viu sua diferença para o vice Corinthians diminuir, como para o Vasco, que ficou mais distante do G4. Entretanto, as duas equipes mostraram que possuem força para alcançarem estes seus respectivos objetivos no Brasileirão.
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