A esta altura, muitas crianças de até 100 anos já devem ter
completado o álbum de figurinhas da Copa do Mundo. Lá encontramos os cromos da
taça, da Brazuca, da logomarca do torneio, de quase todos os jogadores que
virão ao Brasil, de alguns que sequer serão convocados, dos escudos das 32 federações
que estarão presentes, das imagens dos estádios (na verdade, montagens, pelo
óbvio motivo de que não seria possível bater foto de um estádio que não está
pronto) e até figurinhas de patrocinadores, o que, diga-se de passagem, é uma
baita falta de respeito com o colecionador. Está tudo lá. Ou melhor, quase
tudo...
Não deixa de ser surpreendente que em uma época na qual os treinadores,
Planeta Bola afora, são endeusados e valorizados com remunerações e status mais alto que o de muitos jogadores,
o álbum do Mundial não tenha as figurinhas de Felipão, Joachim Löw, Alejandro
Sabella, Vicente del Bosque e seus companheiros de classe. A ausência dos “professores”
no álbum do Brasileirão é totalmente compreensível, já que a cada rodada um deles
cai e, ao final, as figurinhas ficariam defasadas. No entanto, em um álbum do Mundial,
apesar do Carlos Alberto Parreira ter sido demitido da Arábia Saudita no meio
da Copa de 1998, este argumento não é válido.
O cromo do treinador, ao lado e igual ao de cada jogador, sem
nenhum destaque especial de brilho, formato ou tamanho, é questão de justiça. Não
é querer supervalorizar e bradar aos quatro cantos que “técnico ganha jogo”,
mas simplesmente que ele ajuda a ganhar. Felipão e os outros 31 comandantes também
mereciam estar “figurinhados”, pois, assim como os que vestem o uniforme e vão
a campo, eles também fazem parte da história de sua Seleção. Para o bem e para
o mal...
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