Cerro Porteño 0 x 2 Cruzeiro – Estádio General Pablo Rojas,
Assunção (Paraguai)
Na base do coração! Mesmo pouco inspirado, Cruzeiro vence Cerro
Porteño e segue firme na busca por sua terceira Libertadores.
Em Marcado para a Morte, um dos grandes clássicos dos filmes
de ação, Steven Seagal enfrenta um cartel de drogas jamaicano cujo líder
supostamente possui o poder de estar em dois lugares ao mesmo tempo. Depois de
muitos tiros e pontapés, o herói descobre que não havia nada de sobrenatural no
vilão e que, na verdade, estava diante de gêmeos. No fim, após matar os dois irmãos, Seagal solta
o inesquecível “Espero que não sejam trigêmeos”.
Pois este deve ter sido o desejo de todos os cruzeirenses
diante do salseiro causado pelos gêmeos Óscar e Ángel Romero nos primeiros 30
minutos de jogo. Eles correram, driblaram, apanharam, deixaram seus
companheiros, principalmente o centroavante Güiza, em condições de marcar e o
Ángel ainda acertou o travessão. Fizeram o diabo.
Após meia hora, porém, o Cerro diminuiu o ritmo e o Cruzeiro,
enfim, conseguiu um pouco de paz. Mais paz veio no intervalo e os mineiros voltaram
para a etapa final ordenados o suficiente para, pelo menos, marcarem maior
presença no campo de ataque. Com o caminhar do relógio a Raposa aumentou a
intensidade e o Cerro, que até este momento ignorava a vantagem do empate mudo,
deu indícios de que colocaria o regulamento debaixo do braço.
O crescimento cruzeirense, porém, não se mostrou sólido o
bastante para levar perigo ao goleiro Fernández, e quando Bruno Rodrigo foi
mandado para o chuveiro, aos 32, a vaca azul parecia caminhar a passos largos
para o brejo. Apenas parecia... Aos 35, Dedé, que até então vinha em jornada
desastrosa e repleta de erros, subiu mais alto que toda a defesa rival e fez de
cabeça – ou seria de coração? – o gol tão desejado.
Daí até o fim, o Cerro não só não teve psicológico para
buscar o empate que levaria para os pênaltis como ainda viu Corujo ser expulso
e Dagoberto, já nos acréscimos, dar números finais à heroica classificação azul.
O Cruzeiro ainda não foi nesta Libertadores o time avassalador do Brasileirão 2013,
mas sem dúvidas segue forte na briga pelo caneco.
Cerro Porteño: Fernández; Bonet, Cardoso, Ortiz e Alonso
(Gamarra); Corujo, Julio dos Santos, Oviedo e Óscar Romero; Ángel Romero (Godoy)
e Güiza (Beltrán). Técnico: Francisco Arce.
Cruzeiro: Fábio; Ceará, Dedé, Bruno Rodrigo e Samudio;
Henrique e Lucas Silva; Éverton Ribeiro, Ricardo Goulart e Willian (Dagoberto);
Júlio Baptista (Borges) (Léo). Técnico: Marcelo Oliveira.
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