Cruzeiro 1 x 1 San Lorenzo – Mineirão, Belo Horizonte (MG)
Cruzeiro luta, cria oportunidades para vencer, mas não passa
de um empate com o San Lorenzo e é o último time brasileiro a dar adeus à
Libertadores.
Quando Piatti fez um a zero San Lorenzo, aos nove minutos,
numa jogada onde toda a defesa azul estava dentro da área e ninguém acertou o
bote, não foi uma ducha de água fria, mas um iceberg que o San Lorenzo jogou
sobre o Cruzeiro e os cruzeirenses. Agora era necessário colocar três bolas nas
redes argentinas.
Neste cenário, só restava ao Cruzeiro uma única alternativa: se
lançar à frente. Para atacar com mais consistência seria bom que os mineiros se
recuperassem do abalo psicológico (em outras palavras, derretessem o iceberg),
mas o nervosismo foi companheiro dos cruzeirenses até o apito final. A tensão
quase palpável, porém, não impediu que chances de gols fossem criadas.
Aos 33, o San Lorenzo conseguiu uma escapulida em
contra-ataque que teria dado fim ao ímpeto não fosse uma defesa monumental do
goleiro Fábio. Fora isso, o duelo inteiro foi um exemplo clássico de ataque
contra defesa. Na etapa inicial, Júlio Baptista, Éverton Ribeiro e Marcelo Moreno,
duas vezes, uma delas com a bola a beijar as duas traves, foram os
finalizadores mais perigosos. A pressão mais forte, no entanto, viria apenas
após o intervalo.
Com Dagoberto no lugar do volante Nilton e, depois Ricardo Goulart
no de Júlio Baptista, o Cruzeiro começou a encurralar o adversário. Aqui vale
um comentário sobre as alterações feitas pelo Marcelo Oliveira. Se o Cruzeiro
iria atacar na base da potência e da jogada aérea, sacar o forte Júlio Baptista,
mesmo em jornada apenas mediana, e recuar para a posição de volante o Éverton
Ribeiro, jogador mais criativo da equipe, foi, no mínimo, incoerente.
Plantado no campo de ataque, o Cruzeiro fez gol impedido bem
anulado, alçou bolas na área, obrigou o goleiro Torrico a defesas estupendas,
alçou mais bolas na área, empatou o placar com Bruno Rodrigo, alçou mais bolas
na área, teve duas chances claríssimas de virar com Marcelo Moreno, alçou mais bolas
na área, viu o Romagnoli ser expulso, alçou mais bolas na área e escutou o
apito final que colocou um ponto final na medíocre participação brasileira na
Libertadores.
Cruzeiro: Fábio; Ceará, Dedé, Bruno Rodrigo e Samudio
(Egídio); Nilton (Dagoberto) e Henrique; Éverton Ribeiro, Júlio Baptista (Ricardo
Goulart) e Willian; Marcelo Moreno. Técnico: Marcelo Oliveira.
San Lorenzo: Torrico; Buffarini, Valdés, Gentiletti e Más;
Mercier, Ortigoza e Piatti (Kannemann); Villalba (Kalinski), Correa (Romagnoli)
e Matos. Técnico: Edgardo Bauza.
Copero naquela época em que não tinha relevância nenhuma para o futebol brasileiro. Grêmio, Cruzeiro, Flamengo e outros por aí... Precisam urgentemente vencer uma Libertadores para fazer valer as outras, que ainda tem seu valorzinho pelo fato de HOJE ser A COMPETIÇÃO A SER VENCIDA.
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