quinta-feira, 15 de maio de 2014

SERÁ QUE ELES SÃO CAPAZES?


Nosso passado no esporte faz com que sempre duvidemos da integridade dos que dirigem a confederação, as federações e os clubes tupiniquins. Aos olhos dos que estão de fora, quem está no comando é suspeito de falcatrua. Porém, como se não bastasse esta suspeita moral, os dirigentes do nosso futebol se esforçam diariamente para se tornarem alvos de outro tipo de suspeita: aquela em relação à capacidade intelectual para exercer sua função profissional. Se não, vejamos o Flamengo.

Uma das primeiras medidas da atual gestão ao assumir, no início de 2013, foi cortar gastos com a saída do atacante Vagner Love. Quase um ano depois, a conquista da Copa do Brasil e a homenagem da torcida ao seu pequenino filho, então com problemas de saúde, faziam a relação entre a torcida e o volante Elias atingir o ápice. No entanto, novamente por motivos econômicos, a diretoria deixou Elias escapar. Sabemos que a situação financeira do clube não é nada confortável, mas como que uma diretoria que foi apresentada como o suprassumo do conhecimento em economia não encontra uma melhor alternativa para economizar do que perder ídolos?

E o que falar dos elevados preços dos ingressos? Desde os treinos em campo aberto na Rua Paissandu, na década de 1910, que o Flamengo começou seu caminho para se tornar o clube mais popular do país. O custo abusivo para ver o time jogar é uma atentado à história do clube. E a declaração do dirigente Eduardo Baptista de que “por contrato, o Flamengo iria pagar para jogar se colocasse 60 mil torcedores pagando 10 reais cada” é um atentado à inteligência. Por que diabos um clube com mais de 30 milhões de torcedores faz um contrato no qual não é benéfico ter um estádio cheio?


E como a cereja do bolo – que o torcedor flamenguista reza para não virar um bolo de cerejas – veio a demissão do treinador Jayme de Almeida. Apesar de a demissão ilustrar como o clube se encontra à deriva, o grande problema foi a maneira suja com a qual Jayme foi tratado, tomando conhecimento da situação através da imprensa. No entanto, vale lembrar, amigos, que o Flamengo aqui foi um exemplo. Os rivais não podem abrir nenhum sorriso pelas bolas fora da diretoria rubro-negra, pois problema é geral e atinge todo o futebol brasileiro. 

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