terça-feira, 30 de março de 2010
UMA IMAGEM...
Capa do "La Gazzetta dello Sport", contando a queda do avião que levava a grande equipe do Torino da década de 40. O acidente, ocorrido em 4 de maio de 1949 e que ficou conhecido como "Tragédia de Superga", matou todos os jogadores da equipe, jornalistas, membros da comissão técnica e outros tripulantes.
segunda-feira, 29 de março de 2010
TAÇA RIO - 7ª RODADA
Resende 2x0 Olaria
Madureira 0x0 Americano
Flamengo 2x1 América
Volta Redonda 1x1 Friburguense
Macaé 2x2 Duque de Caxias
Vasco 3x0 Fluminense
Olá amigos do FUTEBOLA!
Na penúltima rodada da fase de grupos da Taça Rio, o Vasco bateu o Flu e os quatro “grandes” voltaram para a zona de classificação. Vamos ver como foi o clássico no Maraca.
Fluminense 0 x 3 Vasco – Maracanã, Rio de Janeiro (RJ)
Surpreendente! Após três péssimos resultados seguidos e a demissão do treinador Vagner Mancini, poucos esperavam – pelo menos eu não esperava – que o Vasco conseguisse uma boa atuação contra o Fluminense. Pois além de uma atuação excelente, o Vascão foi eficiente e sapecou 3 x 0 no Tricolor.
Os primeiros 45 minutos da partida mostraram um Fluminense com maior posse de bola, tentando tomar as rédeas do jogo. Porém, apesar de conseguir algumas boas jogadas ofensivas, como por exemplo um bom chute do Alan, após passe do Digunho, e um arremate do Mariano, o Tirocolor sofria diversos sustos com os contra-ataques vascaínos. O Cruzmaltino, que atuava com um uniforme que em minha opinião fere as tradições do clube, só entrou no jogo após a substituição do contundido Jeferson por Carlos Alberto, aos 13 minutos. Com Carlos Alberto necessitando de maior marcação, sobrava mais espaço para Philippe Coutinho aproveitar sua velocidade e habilidade e o garoto levou perigo à defesa do Flu em três oportunidades. Na melhor das jogadas arquitetadas pelo prata-da-casa vascaíno, um veloz contra-ataque que ele puxou praticamente sozinho, o volante do Flu Éverton quase marcou um gol contra, de fora da área. Vale ressaltar que, na 1ª etapa, o Fluminense mostrou sentir a falta da centroavante Fred. Com uma movimentação muito ruim, André Lima recebia poucas bolas e ficava impedido constantemente.
Após o intervalo, o panorama da partida mudou completamente. De um time que dava liberdade para o adversário manter a posse de bola e buscava somente os contra-ataques, o Vasco passou a controlar o jogo por completo. Na primeira metade desta etapa final, o Vasco conseguiu seu objetivo de se postar ofensivamente e foi eficiente o suficiente para abrir o placar. Aos 13 minutos, Philippe Coutinho cruzou a pelota com perfeição, o que mostra que ele deve estar treinando este fundamento, pois antes só cruzava a bola chuveirinho e nas mãos do goleiro, e o zagueiro Thiago Martinelli completou para o fundo do gol. A partir daí, o Vasco poderia voltar à postura dos contra-ataques, mas este fato só ocorreu mesmo após a expulsão do zagueiro tricolor Leandro Euzébio, aos 31 minutos. Com um homem a menos, e Diguinho jogando de zagueiro, já que Cuca havia realizado as três substituições e tirado o também zagueiro Cássio de campo, o Fluminense até buscava o ataque, mas deixava gigantescos buracos no seu sistema defensivo. Já com Dodô em campo, o Vasco jogava por um contra-ataque certo para matar o jogo, porém ele não ocorria. Quando recuperava a pelota e partia para o ataque, o Cruzmaltino pecava na troca de passes. Um lance foi emblemático para o resultado final da partida. Após mais um contra-golpe errado do Vasco, Carlos Alberto sentou no chão e pareceu ter pensado: “Como eles não conseguem fazer algo tão simples?”. Pronto, bastou isso para o craque recuar mais sua posição, receber duas bolas, colocar uma nos pés de Dodô e outra nos pés do lateral Fágner e o Vasco balançar as redes duas vezes.
Contando com a ajuda do rival Flamengo que bateu o América, o Vasco está bem próximo da classificação para a próxima fase da Taça Rio. Opinião minha: com Carlos Alberto em campo, os torcedores do Vasco podem voltar a sonhar com o caneco.
sábado, 27 de março de 2010
E NO VELHO CONTINENTE...
Roma 2 x 1 Internazionale – 31ª rodada do Campeonato Italiano
Em um Estádio Olímpico completamente lotado, a vice- líder Roma bateu a líder Inter em um dos melhores jogos da temporada européia e diminuiu para um pontinho a diferença no topo da tabela.
Desde o apito inicial, a partida se mostrou uma verdadeira decisão. Parecia que o Campeão Italiano seria decidido ali, no fim dos 90 minutos, o que tornou o jogo um jogaço para qualquer fã de futebol. A Roma, apoiada por sua barulhenta torcida, iniciou a partida com maior ímpeto ofensivo, enquanto a Inter buscava esfriar o jogo. Até os 15 minutos, o equilíbrio foi grande e jogadas de perigo não foram criadas, porém, a partir daí, a Roma começou a dominar as ações ofensivas e mostrar o motivo de estar totalmente na briga pelo caneco. Tudo começou aos 16 minutos, quando após uma falta cobrada na área pelo Pizarro, Burdisso desviou, Júlio César falhou feio e De Rossi aproveitou para abrir o marcador e incendiar mais ainda, se é que era possível, o Olímpico. Com a vantagem no placar, a Roma cresceu muito em campo e a Inter passou a se complicar defensivamente. O tripé de volantes interistas, formado por Stankovic, Thiago Motta e Cambiasso, foi completamente envolvido e a meia cancha foi toda dominada pela Roma. O destaque romano era o chileno Pizarro que tomou conta do jogo, fazendo com que toda posse de bola da sua equipe passasse por seus pés. Vucinic em chute longo e Riise e Cassetti em cobranças de falta assustaram o goleiro Júlio César e, por pouco, a Roma não ampliou o placar. Entretanto, aos 41 minutos, a dupla de zaga da Inter foi ao ataque e mostrou que a equipe não estava morta. Uma cabeçada de Samuel na trave e uma bomba de canhota do Lúcio que passou raspando indicou que a 2ª etapa seria agitada.
Nos primeiros minutos após o intervalo, a Roma só se defendeu. Fica difícil saber se esta foi uma postura adotada pela equipe ou se foi consequência da pressão imposta pela Inter. Contando com o meia Sneijder bem mais participativo, a Inter enfim começou a arquitetar boas jogadas ofensivas. Um arremate do Milito que explodiu no travessão e outro de Sneijder que Júlio Sérgio defendeu muito bem empolgaram a equipe de Milão e, aos 20 minutos, o domímio interista deu resultado. Após uma jogada iniciada por Sneijder e um bate-rebate na área romana, o mesmo Sneijder encontrou Milito na pequena área e o argentino não desperdiçou. Pouco depois, Milito quase virou o jogo após receber belo passe de Pandev, mas uma arrojada saída do goleiro brasileiro Júlio Sérgio, que diga-se de passagem teve uma excelente atuação, salvou a Roma. Segundos depois desta corajosa defesa, quando os torcedorses romanos ainda estavam roendo as unhas, Luca Toni resolveu aparecer na partida. Sabem aquela frase que diz que centroavante não precisa saber jogar bola, mas sim fazer gols? Pois é, ela reflete perfeitamente o grandalhão e artilheiro Luca Toni. Após um chute torto e cruzado da ponta direita, dado pelo brasileiro Taddei, Toni dominou a pelota e com um rápido giro balançou as redes. Dava pra ver pela tv o Estádio Olímpico tremer, tamanha a festa da torcida romana.
Após o gol da virada, o jogo perdeu em oportunidades ofensivas e ganhou em tensão e nervosísmo. As entradas duras e violentas, que já eram muitas, multiplicaram-se. Carrinho pra lá, pisão pra cá, cotovelada ali, mãozada aqui... O jogo se transformou em uma batalha. Aos 49 minutos, Diego Milito ainda acertou a trave, feito que tornou a vitória romana ainda mais épica.
A vitória da Roma deixou o torneio ainda mais empolgante. Se o Milan vencer a Lazio amanhã, também ficará somente um ponto atrás da rival Inter. Vai pegar fogo na “Terra da Pizza”!
JOGADA RÁPIDA!
Mais uma prova de que o futebol não tem a mínima lógica. Pela Premier League, o Chelsea tinha pela frente o Aston Villa, clube que, apesar de empatar muito, estava invicto em 2010 e contava com a melhor defesa do campeonato Inglês. Resultado? Atuação memorável e inesquecível de Lampard, que marcou 4 gols, e chinelada de 7 x 1.
quinta-feira, 25 de março de 2010
COPA LIBERTADORES DA AMÉRICA 2010 1ª FASE
Com uma atuação no máximo razoável, o Cruzeiro bateu o Deportivo Italia e continua dependo apenas de suas forças para se classificar para a próxima fase da Libertadores.
Hoje mesmo eu estava lendo a edição de fevereiro da revista “Four Four Two”, que diga-se de passagem é um excelente passatempo para ônibus e filas em geral. Nela, uma entrevista com o treinador do Flamengo Andrade era um dos destaques. Quando perguntado sobre qual o time, exceto o Flamengo, mais lhe agradou no Brasileirão 2009, Andrade respondeu: “O Cruzeiro. O time não rifa a bola, lembra o Flamengo de 80”. Bom, apesar de achar exagerada a comparação do treinador, concordo que o Cruzeiro 2009 era uma equipe que gostava de trocar passes, evitava os chutões e mantinha, na medida do possível, o jogo controlado. Porém, neste duelo contra o Deportivo Italia, a equipe mineira esteve longe de mostrar estas citadas qualidades. O quarteto de meio-campo formado por Fabinho, Marquinhos Paraná, Henrique e Gilberto esteve muito mal. Após balançar as redes logo no início do jogo, em uma cabeçada do volante Fabinho, o Cruzeiro tinha tudo para jogar com tranquilidade e impor sua maior qualidade técnica. Não foi o que ocorreu. Marquinhos Paraná e Henrique, principalmente o primeiro, mostravam grande lentidão e burocracia na saída para o jogo. Já Gilberto, parecia não estar presente em campo, tamanha a falta de participação e iniciativa. O resultado disto foi o aparecimento dos chutões para frente, o caminho que parece ser o mais rápido para se chegar aos atacantes, mas não é. E o Cruzeiro quase foi castigado pela sua falta de gana ofensiva, pois o meia adversário Giroleti cobrou duas faltas que assustaram, e muito, o goleiro Fábio.
Para não falar que o Cruzeiro não teve nenhum ponto positivo na partida, vamos elogiar o ótimo lateral-esquerdo Diego Renan, que desde o Brasileiro do ano passado está batendo um bolão. Mesmo muito preocupado com o ponta-direita rival Blanco, Diego Renan arquitetou três ótimas jogadas ofensivas, tornando o jogador mais eficiente na criação cruzeirense. A mais bonita delas ocorreu aos 33 minutos da 1ª etapa, quando penetrou a área venezuelana costurando os defensores e acabou chutando para fora. Nas outras duas jogadas, Gilberto e Marquinhos Paraná também não finalizaram com capricho. Outro bom valor cruzeirense em campo foi o atacante Thiago Ribeiro, que não parou de correr um minuto sequer e ainda tomava iniciativa de marcar pressão, na maioria das vezes sozinho, a saída de bola adversária. O atacante também participou do segundo gol do Cruzeiro, anotado pelo Pedro Ken, logo depois de sua entrada no lugar do apático Gilberto. E foi o suficiente para a equipe mineira garantir os três pontos.
Como disse lá no início, o Cruzeiro depende apenas de suas forças para passar de fase. Porém, com o futebol mostrado neste jogo, sofrerá demais para bater o Vélez e o Colo-Colo, lá no Chile.
JOGADA RÁPIDA!
No Carioca, o Vasco perdeu para o Americano por 3 x 2. No Paulista, o Corinthians perdeu por 1 x 0 para o Paulista. E, para piorar a situação de Vasco e Corinthians, ambos terminaram a rodada fora da zona de classificação para a próxima fase. É melhor abrirem o olho...
segunda-feira, 22 de março de 2010
UMA IMAGEM...
Garrincha é cercado por oito adversários. E o Felipão ainda diz que naquele tempo se amarrava cachorro com linguiça...
domingo, 21 de março de 2010
TAÇA RIO - 5ª RODADA
Olaria 1x0 Vasco
Fluminense 2x1 Resende
Duque de Caxias 0x1 Madureira
Americano 2x1 Macaé
América 3x2 Boavista
Tigres 3x0 Volta Redonda
Botafogo 2x2 Flamengo
Olá amigos do FUTEBOLA!
A 5ª rodada da Taça Rio começou surpreendente, com o Olaria batendo o Vasco, se tornando o primeiro “pequeno” que venceu um “grande” na competição, e ainda deixou o Cruzmaltino fora da zona de classificação. Apesar da tropeçada do Vasco, o destaque da jornada ficou por conta do clássico entre Flamengo e Botafogo. Vamos aos comentários deste sensacional duelo.
Botafogo 2 x 2 Flamengo – Engenhão, Rio de Janeiro (RJ)
Foi um jogaço de bola! Botafogo e Flamengo fizeram no Engenhão uma partida espetacular e emociontante até, literalmente, o último minuto.
O clássico começou com ambas as equipes tendo sérios desfalques. Pelo lado do Botafogo, Loco Abreu, suspenso, diminuía o poder do time nas bolas aéreas, principal arma alvi-negra em 2010. Já no Mengão, Léo Moura e Juan eram as ausências que tornavam a equipe mais fraca ofensivamente. Com o apito inicial, o Flamengo até começou bem postado no ataque, mas logo o Fogão mostrou, como dissera o atacante Herrera, que não vive só das bolas aéreas para o ausente Loco Abreu. Um Lúcio Flávio bastante presente e a dupla Herrera/Caio mostrando toda a velocidade característica fizeram o Botafogo ganhar o controle do jogo e assustar o goleiro Bruno. O sistema defensivo rubro-negro já havia cochilado aos 7 minutos, quando Marcelo Cordeiro encontrou Herrera dentro da área e o argentino quase abriu o placar, e voltou a bobear aos 14, quando Sandro Silva arrancou pela meiúca e deu lindo passe para Lúcio Flávio sofrer pênalti cometido por Éverton Silva. A falta cometida pelo lateral flamenguista foi fora da área, mas só as repetições televisivas deram certeza do equívoco do árbitro. Na cobrança, Herrera bateu forte e, mesmo com o goleirão Bruno encostando na redonda, sacudiu o filó. O Botafogo, então, poderia se organizar defensivamente e explorar os contra-ataques, porém o Flamengo não permitiu que o Bota se aproveitasse da vantagem. Aos 21 minutos, em uma bela trama ofensiva rubro-negra, a pelota chegou aos pés do Kléberson, pela direita, e o meia cruzou para Adriano igualar o escore. O gol fez o Flamengo crescer na partida e por pouco a equipe não virou o jogo em um contra-ataque puxado pelo Adriano que Éverton Silva chutou cruzado para fora.
Realmente era um jogão, com Botafogo e Flamengo alternando o domínio ofensivo e deixando o torcedor sem ter nem idéia do que viria pela frente. No finzinho da 1ª etapa, o Fogão voltou a pressionar e podia ter saído para o intervalo com a vitória parcial. Aos 39, Lúcio Flávio cobrou falta com muita categoria e carimbou a trave do Fla. Três minutos depois, em nova bola parada cobrada por Lúcio Flávio, Antônio Carlos cabeceou para defesa de Bruno. Queria destacar o belo 1º tempo realizado pelo capitão alvi-negro Lúcio Flávio. Além de excelente nas bolas paradas, como é de costume, o meia também apareceu bastante com a pelota rolando.
Os 10 primeiros minutos após o intervalo foram tão emocionantes quanto os da etapa inicial. Uma bomba do zagueiro Fabrício e um passe de Kléberson que Adriano finalizou, quase deram a vantagem para o Fla. O Fogão respondeu com Marcelo Cordeiro, após assistência de Caio e com Herrera, que balançou o véu da noiva após perfeito cruzamento do improvisado lateral-direito Somália. Se, como citei anteriormente, o sistema defensivo do Fla bobeou algumas vezes na 1ª etapa, no lance do segundo gol do Fogo a bobeada foi maior ainda. Na hora da finalização, Herrera estava livre, leve e solto, entre os dois defensores adversários. Com o placar a favor, o Botafogo, aí sim, recuou para buscar os contra-ataques e deu espaço para o Flamengo se postar ofensivamente. Com praticamente toda a equipe no campo de ataque, o Flamengo conseguiu criar ótimas oportunidades de gols e deu muito trabalho ao goleiro Jefferson. Por quatro vezes o atacante Vagner Love esteve perto de igualar a partida e se mostrou, como sempre, muito participativo. O lance de destaque do “Artilheiro do Amor” foi o voleio que acertou na trave após preciso cruzamento de Kléberson, que diga-se de passagem também esteve bem em campo. Enquanto Love e cia levavam o Flamengo ao ataque, o Botafogo não conseguia aproveitar os espaços dados pelo rival. A maior prova da falta de eficiência que o Bota mostrou para contra-atacar foi o lance em que o goleiro Bruno foi ao ataque, cobrou uma falta que parou nas mãos de Jefferson e, mesmo assim, o Fla não sofreu consequências. Herrera e Caio até realizaram um bom jogo, principalmente o argentino, mas acredito que eles poderiam ter sido mais efetivos nos contra-golpes.
Já nos acréscimos, aos 48 minutos, o Flamengo viu seu esforço ofensivo ter resultado quando Éverton Silva cobrou falta na área e o “Imperador” Adriano, no meio de dois defensores, igualou o placar. Vale ressaltar aqui a ótima atuação do lateral Éverton Silva. Se Éverton está longe de possuir a qualidade técnica de Léo Moura, ele se apresenta como opção em praticamente todas as jogadas ofensivas do Flamengo. É difícil ver o Fla realizar um ataque sem que ele esteja dando opção de jogo. Sobre Adriano, acho um tremendo exagero falar que ele está em má fase. É visível que ele não está na melhor das fases, mas falar em má fase já é demais. Os dois gols no clássico mostram isso.
JOGADA RÁPIDA!
Se aproveitando da bobeada do Vasco, o América venceu o Boavista e entrou na zona de classificação para a próxima fase da Taça Rio. Com 10 pontos, o “Diabo” só perde a liderança para o Botafogo no saldo de gols e parece que vai dar muito trabalho ainda. E Romário deve estar com um enorme sorriso...
E NO VELHO CONTINENTE...
No clássico entre os maiores vencedores da história do Campeonato Inglês, o Manchester United confirmou sua atual superioridade diante do rival Liverpool e recuperou a ponta da tabela, que estava com o Arsenal.
Por motivos diferentes, o jogo era de extrema importância para ambas as equipes. O Manchester precisava da vitória para retomar a liderança da competição e o Liverpool necessitava dos três pontos pois briga com Tottenham, Manchester City e Aston Villa por uma única vaga restante para a próxima Champions League. E quem começou a partida com tudo foi a equipe da terra dos Beatles. Menos de 5 minutinhos após o apito inicial, Gerrard aproveitou uma bobeada de Carrick no meio-campo e abriu a pelota para Kuyt cruzar na cabeça de Fernando Torres que, livre, leve e solto, não desperdiçou. Esta enorme vantagem adquirida nos minutos iniciais da partida poderia fazer o Liverpool ter tranquilidade para trocar passes, arquitetar contra-ataques e se aproveitar do nervosismo do adversário. Porém, o Liverpool não mostrou nenhuma qualidade para trocar passes e contra-atacar, em minha opinião por total inadequação à saída de Xabi Alonso, vendido no início da temporada para o Real Madrid. E mais! Ultimamente, o Manchester United é uma equipe que não se abala facilmente. Consciente de suas qualidades técnicas e escorado em um sistema tático quase perfeito, Rooney e companhia não sentiram em nenhum momento o surpreendente gol assinalado pelo rival. A prova? Logo aos 9 minutos, o volante Mascherano (como bate o argentino!) puxou o Valencia e o juiz marcou pênalti. Mesmo após ver diversas vezes a repetição da jogada, não consegui identificar se o Mascherano pára de puxar o adversário antes de entrar na área, portanto o juiz está isento de qualquer equívoco que o replay possa acusar. Wayne Rooney cobrou o pênalti, Reina defendeu e o próprio “Shrek” balançou as redes no rebote. Quando a fase é boa, até pênalti perdido vira gol...
Com o empate no marcador, o Manchester United tomou as rédeas do jogo e gradativamente chegava mais próximo da virada. Vale ressaltar aqui a variedade ofensiva dos comandados de Alex Ferguson. Teve jogada pela direita, com o ótimo ponta Valencia colocando a pelota na cabeça do Park, arrancada do Nani que resultou em um chute longo defendido pelo Reina, ultrapassagem do lateral-esquerdo Evra com outro cruzamento para o participativo Park... Ou seja, enquanto o Manchester procurava alternativas para vencer o jogo, o limitado Liverpool só se defendia. Um dos motivos para a inoperância ofensiva do Liverpool foi, sem dúvida alguma, a apagadíssima atuação de Gerrard. Tudo bem que ele estava em uma posição que, em minha opinião, não é muito a sua, tendo que jogar como o homem mais próximo do atacante Fernando Torres. Acredito que Gerrard rende muito mais quando tem liberdade para circular pelo meio-campo e iniciar as jogadas da equipe.
O gol da vitória dos “Diabos Vermelhos” surgiu aos 14 minutos da 2ª etapa. Em uma bela trama que contou com a participação de Rooney e Fletcher, a redonda encontrou, novamente, a cabeça de Park, que, desta vez, sacudiu o filó. Se quando perdia o jogo o Manchester já era um time tranquilo, com a vitória parcial a tranquilidade só aumentou. Tocando a pelota com qualidade e diante de um inofensivo Liverpool, que só assustou aos 40 minutos, em uma furada do Fernando Torres, o Manchester confirmou a vitória sem problemas.
Com o passar das rodadas, o Campeonato Inglês fica cada vez mais quente. São três times na briga pelo título e outros quatro pela vaga na Champions League. Está imperdível!
JOGADA RÁPIDA!
O Bayern de Munique sofreu dois gols nos últimos minutos e perdeu por 2 x 1 para o Eintracht Frankfurt. Era a chance de Bayer Leverkusen e Schalke 04 ultrapassarem o líder, porém o primeiro tomou uma chinelada de 3 x 0 do Borussia Dortmund e o segundo só empatou com o Hamburgo. Os rivais estão dando muita colher de chá para o Bayern de Munique...
quinta-feira, 18 de março de 2010
COPA LIBERTADORES DA AMÉRICA 2010 1ª FASE
Universidad de Chile 2 x 1 Flamengo – Estádio Monumental, Santiago (CHI)
Em uma partida bastante equilibrada, a boa e organizada equipe da Universidad de Chile bateu o Flamengo, se manteve invicta e alcançou a liderança do grupo 8 da Libertadores.
Contando com um grande apoio de sua torcida, mesmo jogando no campo do rival Colo-Colo, devido aos prejuízos causados pelos recentes terremotos no Chile, a Universidad tinha tudo para iniciar o jogo pressionando o Flamengo. Entretanto, não foi o que ocorreu. Apesar de alguns bons avanços pelo lado direito de seu ataque, a equipe chilena só foi oferecer perigo ao goleiro Bruno aos 30 minutos, em um bom passe do volante Estrada para o centroavante Oliveira. Já o Flamengo, que começou assustando os torcedores da casa, ou melhor, “da casa”, após uma cabeçada do Adriano que tocou na trave, não ficava apenas recuado, mas sim buscava o ataque e evitava rifar bolas. Se o Rubro-Negro estava longe de fazer um partidaço, pelo menos não repetia os pecados do 1º tempo contra o Caracas, na semana passada, quando nem tentava arquitetar jogadas ofensivas. Uma bela cabeçada de Vágner Love e um perigoso chute longo do Adriano, respectivamente aos 33 e 36 minutos, provaram que o Fla realmente queria jogo. Porém, aos 42 minutos, o ótimo organizador e camisa 10 Montillo, o cérebro da Universidad de Chile, cobrou córner fechado e Vargas se antecipou à Bruno para abrir o placar e empolgar mais ainda os torcedores da “La U”.
A 2ª etapa da partida contou com 10 minutos de intensas modificações. Primeiro, a Universidad, que devia utilizar a tática de recuar um pouco e explorar os contra-ataques de um exposto Flamengo, viu seu plano ir por água abaixo quando, logo aos 5 minutos, Rodrigo Alvim empatou a partida pro Fla. O gol do volante rubro-negro saiu após boa jogada entre Léo Moura e Adriano, que contou com a presença de Vágner Love, em posição irregular. Menos de 5 minutinhos depois do tento de empate, outra reviravolta. Nem havia dado tempo de o Flamengo assimilar o gol de empate quando o volante Seymour arriscou um chute de longe e o goleiro Bruno aceitou. Bruno falhou? Sim. Bruno tem créditos? Muitos. O gol animou os chilenos que partiram para resolver a partida. Comandados por Montillo, a Universidad criou duas grandes chances de praticamente definir o jogo, mas não conseguiu ampliar a vantagem. Diante de um Flamengo que não andava em campo, mesmo após a entrada de Fierro no lugar do pouco produtivo Kléberson, Andrade trocou Vinícius Pacheco por Petkovic. E a entrada dos gringos quase deu certo. Primeiro, Fierro recebeu bom passe de Léo Moura e quase empatou. Depois, já aos 34 minutos, Pet fez boa trama com Váner Love, mas o “Artilheiro do Amor”, apesar de todo o capricho na finalização, chutou para fora. E está foi a última chance do Rubro-Negro empatar o jogo e manter a liderança.
Em uma partida na qual, mesmo atuando fora de casa e sofrendo com a pressão da torcida adversário, o Flamengo passou um bom tempo no campo ofensivo, esperava mais dos três homens de frente da equipe rubro-negra. Vinícius Pacheco esteve muito mal, acertando somente uma cobrança de córner em mais de uma hora que permaneceu em campo. Já o “Império do Amor” não esteve em sua melhor noite. É claro que não vou jogar a culpa das atuações razoáveis de Adriano e Love no fato de estarem preocupados com os mais complicados problemas pessoais, que já são até casos de polícia. Para saber se estes pesados problemas vão interferir na dupla, um jogo só é pouco.
Pelos primeiros 3 jogos disputados, acredito que o Flamengo realmente seja a melhor equipe do seu grupo. Porém, se não atuar com seriedade e vontade, pode se complicar. Até mesmo nos jogos do Maracanã.
JOGADA RÁPIDA!
Pela partida de volta da fase Oitavas-de-Final da Champions League, o Barcelona bateu o Stuttgart por 4 x 0 e conquistou a classificação (o jogo de ida, na Alemanha, havia terminado 1 x 1). O que quero destacar, e que merece todos os destaques possíveis, foi que o argentino Lionel Messi mais uma vez acabou com o jogo. No Domingo, pelo Campeonato Espanhol, ele marcou os três gols da vitória sobre o Valencia. Agora, ele iniciou a jogada de um dos gols e marcou “só” outros dois. Ele tá crescendo de produção... A Copa do Mundo tá chegando... Estou começando a ficar preocupado...
terça-feira, 16 de março de 2010
UMA IMAGEM...
Está sensacional foto de hoje é uma homenagem para dois grandes amigos meus: Flávio e Bernardo. Por causa deles dois estou me tornando um grande fã da história do futebol argentino.
Brindisi, Maradona e Gatti, o grande trio do Boca Juniors Campeão Metropolitano de 1981. Para eles, não havia tempo ruim.
segunda-feira, 15 de março de 2010
ESCURIDÃO TOTAL!
Gostaria de pedir desculpas por não poder realizar comentários sobre dois grandes jogos que ocorreram neste fim de semana. O motivo? Falta de energia elétrica.
Estava no início do segundo tempo do clássico Santos x Palmeiras, que se mostrava um jogão de bola, quando uma ventania cortou o sinal da tv. Poucos minutinhos depois... Apagão geral.
O "Clássico dos Milhões", entre Fla e Vasco, acompanhei pelo rádio, o que não me permite realizar uma análise precisa. Porém, acredito que posso afirmar, com todas as letras, que o Bruno é um goleiraço e que o Dodô está precisando mesmo de um tempinho na reserva do Vasco. O fato de um jogador querer cobrar o segundo pênalti, após ter perdido o primeiro, não é um problema, desde que o ele esteja bem na partida. No caso do Dodô, além de ter batido a primeira penalidade de maneira péssima, ele estava muito mal na partida. Deveria ter dado a pelota para Philippe Coutinho.
Um grande abraço!
sábado, 13 de março de 2010
FIGURINHA CARIMBADA - HÉLIO “SHOW”
Nome: Hélio Ribeiro Alves
Data de nascimento: 21 de junho de 1948
Posição: goleiro
Clubes:
Ceará (1969 até 1975)
ABC – RN (1976 até 1978)
Portuguesa (1978 e 1979)
Botafogo – PB (1980)
Treze – PB (1981 até 1983 e 1983 até 1986)
Ferroviário – CE (1983)
América – RN (1987 e 1988)
Títulos:
Campeonato Cearense – 1971 e 1972 – Ceará
Campeonato Norte-Rio-Grandense – 1976 e 1978 – ABC
Campeonato Paraibano – 1981, 1982 e 1983 - Treze
Campeonato Norte-Rio-Grandense – 1987 – América
Destaques:
- Hélio é uma figura lendária do futebol nordestino. Sempre com muito sucesso pelos clubes que defendeu, Hélio ganhou o apelido de “Show”, que sempre veio colado ao seu nome, pelos malabarismos e vôos que realizava para agarrar a pelota e impedir o gol adversário. Alguns diziam que era muito catimbeiro e reclamava demais com o juiz, mas o fato é que, por onde passou, foi idolatrado pelos torcedores. Para se ter idéia da importância do goleiro na região Nordeste, ele é considerado o maior goleiro da história do Ceará, do ABC e do Treze.
- Hélio “Show” apareceu para o futebol no grande time do Ceará do início da década de 70. Pode-se dizer que o ano de 1972 foi o mais importante na carreira de Hélio “Show”, pois foi quando ele ganhou destaque no cenário do futebol nacional. Após conquistar o Bi-Campeonato Cearense, um fato de extrema relevância, pois o Ceará estava sem conquistar um título estadual desde 1963, o goleiro teve duas atuações consecutivas que entraram para a história, no Brasileirão de 72. Primeiro, o Ceará visitou o Fluminense de Gérson “Canhotinha de Ouro”, no Maracanã, e, com uma atuação espetacular de Hélio “Show”, garantiu o empate em 0 x 0. Cinco dias depois, Corinthians e Ceará se enfrentaram em um Pacaembu com quase 70 mil torcedores. O Timão contava com craques do calibre de Rivelino e Paulo Borges, porém não conseguia balançar as redes de maneira alguma. O motivo? Hélio “Show”, claro. O arqueiro cearense estava mais inspirado do que nunca. Não importava de onde viesse a pelota, o goleirão a impedia de ultrapassar a linha. Porém, o inesperado resolveu aparecer e dar uma rasteira em Hélio “Show”. Aos 45 minutos da 2ª etapa, um cruzamento para a área encontrou Sicupira. O atacante do Timão desviou a redonda que foi parar nas mãos de Hélio “Show”, porém o goleirão se atrapalhou e colocou-a para dentro do próprio gol. Sua atuação nesta partida foi tão sensacional, que nem mesmo a bobeada que deu a vitória ao adversário lhe tirou o título de melhor homem em campo.
- Durante os três anos que passou no ABC, suas atuações foram tão marcantes que na eleição para escolher a Seleção do ABC do século XX, onde votaram ex-presidentes do clube, conselheiros, jornalistas e notórios torcedores, totalizando 23 votantes, ele foi escolhido o goleiro titular. Após rápida passagem pela Portuguesa, Hélio “Show” foi contratado pelo Botafogo da Paraíba em 1980. Acho que nem ele esperava que este fosse um ano tão espetacular, tanto para ele quanto para o clube. Em um intervalo de uma semana, o Botafogo-PB venceu, no Maracanã, o Flamengo de Zico, que seria o Campeão do torneio naquele ano, e o Internacional de Mauro Galvão, Jair, Mário Sérgio, entre outros. Ambas as vitórias foram pelo placar de 2 x 1 e, por estes triunfos, o clube paraibano recebeu o apelido de “Matador de Tri-Campeões”. Explicando o apelido: Em 1979, o Flamengo havia se sagrado Tri-Carioca (78/79/79 especial) e o Internacional Tri-Brasileiro (75/76/79).
- Após passagem pelo Botafogo-PB, o já veterano Hélio “Show” foi contratado pelo rival Treze-PB, que entrava no sexto ano sem conquistar o caneco estadual. E, para variar, Hélio “Show” se tornou ídolo da torcida. Suas defesas espetaculares e experiência ajudaram o clube a conquistar não só o título em 1981, mas o Tri-Paraibano (81/82/83). Na decisão de 1983, em um duelo contra o Campinense, o Treze acreditava ter ser sagrado Campeão com um empate em 0 x 0 e a torcida saiu do estádio comemorando em uma grande passeata. Porém, como o regulamento era muito confuso, o Campinense protestou e conseguiu que a FPF (Federação Paraibana de Futebol) marcasse uma melhor de três para decidir o torneio. Foi então que o comentarista esportivo Humberto de Campos, bastante conhecido na região, declarou que os torcedores do Treze deveriam fazer uma passeata de ré, já que não eram Campeões. Após empatar o primeiro jogo por 0 x 0 e vencer o segundo por 2 x 0, o Treze bateu o Campinense na terceira partida por 2 x 1 e se sagrou Tri. A torcida? Saiu do Estádio Amigão de costas, para devolver a provocação do famoso comentarista.
sexta-feira, 12 de março de 2010
COPA DO BRASIL - 1ª FASE
Botafogo 4 x 3 São Raimundo – Engenhão, Rio de Janeiro (RJ)
Em uma partida que poderia ter definido na 1ª etapa, o Botafogo quase se complicou, mas mesmo assim venceu o São Raimundo e avançou na Copa do Brasil. Vale ressaltar que se não tivesse perdido 6 pontos por ter escalado três jogadores irregulares na primeira partida, o São Raimundo teria avançado com esta derrota por 4 x 3.
Durante o 1º tempo da partida, o Botafogo teve uma boa atuação, principalmente nos primeiros 25 minutos. Com Marcelo Cordeiro e Lúcio Flávio aparecendo na organização das jogadas, o que é um fato raro neste ano, já que L. Flávio raramente se apresenta para arquitetar o ataque alvi-negro, a equipe conseguiu criar diversas oportunidades de balançar as redes. O gol do Fogão surgiu logo aos 15 minutos e, para variar, foi de bola alçada na área. Após uma bela cobrança de falta de M. Cordeiro, o zagueiro estreante Danny Morais abriu o placar de cabeça. Enquanto a equipe do São Raimundo apenas se defendia, o Bota teve, segundo meu caderninho, oito claras chances de sacudir o filó na 1ª etapa, mas só conseguiu ser eficiente na já citada jogada do gol. O destaque negativo nas finalizações ficou por conta do uruguaio Loco Abreu, que perdeu três gols que não deveria, sendo um deles, após lindo passe do Lúcio Flávio, de maneira incrível.
Pois é, o Botafogo não matou o jogo e o 2º tempo veio para deixar o treinador Joel Santana furioso. Buscando alguma produtividade, o São Raimundo abandonou os três defensores e colocou em campo mais um jogador ofensivo, o Flamel. E deu resultado. Após uma boa jogada sua que resultou em córner, o São Raimundo conseguiu empatar a partida com um gol de cabeça do Branco. Os problemas alvi-negros só não foram maiores pois, no minuto seguinte, o mesmo Flamel deu uma incrível “paçocada” na frente de sua área e o também estreante Sandro Silva aproveitou para colocar o Bota novamente em vantagem. Com sua equipe vencendo, Joel resolveu apostar em um trio de ataque, colocando em campo Caio e Edno, com o primeiro aberto pela direita e o segundo pela esquerda, e deixando Loco Abreu centralizado. Diante do frágil esquema defensivo do São Raimundo, a tática deu certo. Aos 28 minutos, Edno cruzou e Abreu marcou de cabeça. Dez minutos depois, Caio foi até a linha de fundo e deixou Abreu libre para anotar seu segundo gol. Acredito que Joel poderia iniciar algumas partidas com esta formação de 3 atacantes, sendo que o Herrera jogaria pela direita, no lugar do Caio. Tudo bem que para o time não ficar muito exposto, Edno e Herrera vão ter que voltar para compor o meio-campo, tarefa que eles tem totais condições de realizar. Uma dica: Joel Santana poderia mostrar para seus comandados alguns jogos do Manchester United, a equipe do mundo que melhor sabe utilizar o esquema de 3 atacantes sem perder solidez defensiva.
O sistema defensivo do Botafogo nesta partida não lembrou nem de longe o de outros jogos. Entre os dois gols citados do Loco Abreu e aos 43 minutos, o Botafogo sofreu dois tentos, um do Michell outro do Ítalo, que ocorreram após grandes falhas de sua defesa. Apesar da classificação, o Glorioso não tem muito o que comemorar, pois não apresentou consistência defensiva nem eficiência ofensiva, suas duas principais qualidades na conquista da Taça Guanabara. Este jogo deve servir de aprendizado para a equipe decidir partidas rapidamente e não passar por complicações indevidas.
quinta-feira, 11 de março de 2010
COPA LIBERTADORES DA AMÉRICA 2010 1ª FASE
Caracas 1 x 3 Flamengo – Estádio Olímpico, Caracas (VEN)
Diante de um lotado estádio, o Flamengo contou com mais uma excelente atuação de Vagner Love e conquistou importantíssimos três pontos.
Até aproximadamente 20 minutos de jogo, o duelo entre Fla e Caracas em nada lembrou uma partida de Libertadores. Para falar a verdade, estes minutos foram de uma monotonia só. Um incontável número de chutões para frente do Flamengo e o Caracas tropeçando nas próprias limitações técnicas. De repente, a equipe venezuelana se empolgou e, em 7 minutos de jogo, criou quatro lances de perigo para o goleiro Bruno. Sempre pelo lado direito do campo e contando com a velocidade da dupla Valoyes/Guerra, o Caracas perdeu boas chances de abrir o marcador. E foi só aos 34 minutos de jogo que o Flamengo resolveu organizar sua primeira boa jogada produtiva. E ela deu certo. Contando com a qualidade técnica de Petkovic e os avanços simultâneos de Juan e Léo Moura, o Fla criou uma boa jogada pela meiúca da fraca defesa venezuelana que terminou com um tiro do Pet e o defensor adversário espalmando a pelota. Pênalti que Vagner Love bateu com sua já característica repicadinha na corrida e colocou o Fla em vantagem.
Após o intervalo, o Caracas voltou com tudo. Invertendo o lado do ataque, concentrando, agora, suas ações pelo lado esquerdo com o pequeno e habilidoso Gómez, a equipe da casa foi em busca do empate. Para facilitar a vida do Caracas, aos 8 minutos, pouco tempo depois de Gómez ter acertado uma linda cobrança de falta na trave, o volante rubro-negro Toró cometeu falta na linha de fundo, recebeu o segundo amarelo e foi expulso. Rapidamente Andrade sacou o Petkovic e colocou Ronaldo Angelim em campo, para obter maior solidez defensiva. Não adiantou. Aos 19 minutos, após mais uma boa jogada de Gómez, que merece ser observado cuidadosamente por olheiros de clubes brasileiros, o veterano Castellin bateu Álvaro e empatou o placar. Em minhas contas, esta era a sétima oportunidade de gol criada pelo Caracas, enquanto o Flamengo só havia arquitetado o lance que resultou no pênalti. Tudo caminhava para a vitória venezuelana, quando Kleberson resolveu aparecer. Em minha opinião, o Andrade tem um grande problema para resolver. É o seguinte: enquanto Petkovic está em campo, o Kleberson não participa de sequer uma jogada ofensiva. Basta o sérvio sair que Kleberson começa a aparecer na partida. Foi assim contra o Fluminense, na vitória por 5 x 3, foi assim neste duelo. Primeiro, Love deu linda assistência para Kleberson que, de frente pro crime, chutou sobre o goleirão Vega e a bola acertou o travessão. Um minutinho depois, os papéis se inverteram, para sorte do Rubro-Negro, quando Kleberson encontrou Vagner Love e o “Artilheiro do Amor”, com toda a categoria possível, driblou o goleiro e sacudiu o barbante. A fase de Love no Flamengo começa a se tornar sensacional e o fato de sempre que o Flamengo tem um jogador expulso ele se esforçar em triplo, só faz a torcida o idolatrar mais. O Caracas não desistiu da partida e por três vezes esteve perto de balançar as redes, sendo que na última tentativa, aos 45 minutos, o atacante Aristigueta chutou uma pelota à queima-roupa em cima do arqueiro Bruno.
Nos acréscimos, Rodrigo Alvim, que diga-se de passagem entrou bem na partida, realizou jogada individual e marcou mais um gol pro Fla, fechando o caixão venezuelano. Pela raça da equipe e pela qualidade individual de Vagner Love, digo que o Flamengo realizou boa partida. Já pela apatia e falta de poder ofensivo mostrados durante boa parte do jogo, digo que o Rubro-Negro precisa encontrar uma maneira melhor de atuar fora de seus domínios. Mais adiante, os adversários serão mais qualificados ofensivamente e o fato de permanecer muito tempo recuado e dando chutões para frente pode ser um erro fatal.
JOGADA RÁPIDA!
Pela Copa do Brasil, o Fluminense venceu o Confiança com dois gols de Fred. Porém, o destaque da rodada na competição nacional vai todo para a goleada de 10 x 0 que o Santos aplicou no Naviraiense. Isso mesmo, não foi erro de digitação. 10 x 0 para os “Meninos da Vila”.
quarta-feira, 10 de março de 2010
E NO VELHO CONTINENTE...
Olá amigos do FUTEBOLA!
O duelo entre Manchester United e Milan mostrou uma disparidade técnica tão grande que, mesmo em ritmo de treino, a equipe inglesa conseguiu uma bela goleada.
Os únicos minutos da partida onde foi visto um certo equilíbrio foram os 10 primeiros. Mesmo possuindo a vantagem de poder perder até por um gol de diferença, já que havia vencido o jogo de ida, no San Siro, por 3 x 2, o Manchester começou a partida buscando o ataque, como mostraram os arremates de Rooney e Nani, respectivamente aos 2 e 10 minutos. Durante este período, o Milan – este sim precisava buscar o resultado – também levou perigo ao goleiro Van der Saar, primeiro com uma cabeçada de Ronaldinho que passou raspando a trave e depois com um lançamento do Thiago Silva que o Huntelaar não dominou. Então, aos 12 minutos, Wayne Rooney tomou a frente de Bonera, que é lateral mas estava improvisado de zagueiro, o que mostra a péssima qualidade do elenco milanista, e acertou bela cabeçada após cruzamento perfeito de Gary Neville. Muito vem se falando de Wayne Rooney ser o melhor jogador da atual temporada. Apesar de eu votar em Luís Fabiano e Fernando Torres como melhores atacantes do planeta, é fato que Wayne Rooney está em uma fase incomparável. Após colocar 1 x 0 no placar e aumentar ainda mais sua vantagem, o Manchester recuou e nem se deu ao trabalho de buscar o contra-ataque. Já o Milan, além de enfrentar um adversário com uma impecável organização defensiva, se esbarrava nas próprias limitações. Com uma imensa falta de criatividade no seu setor de meio-campo e uma dupla ofensiva de baixíssima qualidade, formada por Borriello e Huntelaar, o Milan nada mais produziu na 1ª etapa. Nem mesmo a movimentação de Ronaldinho, que mesmo sem fazer um partidaço era disparado o melhor da equipe, foi suficiente para fazer o Milan jogar.
No intervalo, o treinador Alex Fergusson, que sabe muito de futebol, deve ter alertado seus comandados sobre o perigo de recuar excessivamente e abdicar do ataque. A resposta veio a cavalo. Logo no primeiro minuto do 2º tempo, Nani bateu Thiago Silva na corrida e deu lindo passe para Wayne Rooney sacudir o barbante novamente. O “Shrek” tá demais! Continuando o massacre, Scholes – como joga bola o veterano volante inglês – deu perfeita assistência para Park colocar 3 x 0 no placar. O coreano Park é um dos exemplos de como Alex Ferguson tem seu elenco na mão. Não importa se é escalado na ponta ou na meia, Park raramente deixa de cumprir seu papel com precisão e, contra o Milan, realizou mais uma ótima atuação. A partir daí, o jogo virou uma festa completa para o torcedor do Manchester, com direito à entrada de Beckham, pela primeira vez pisando no Old Trafford como visitante, e o gol que fechou o caixão, marcado por Fletcher após cruzamento do jovem brasileiro Rafael.
Enquanto Alex Ferguson conseguiu, mais cedo do que muitos esperavam, mostrar que o Manchester United podia se renovar após a saída de Cristiano Ronaldo, o Milan comprova que precisa mais do que nunca de mudanças.
JOGADA RÁPIDA!
Muitos diziam que com Kaká e Cristiano Ronaldo o Real Madrid montaria um dos maiores times da história do futebol. Também não eram poucos o que chamavam o Lyon de “pior Lyon dos últimos anos”, devido à saída de Juninho Pernambucano e ao fato de a equipe ter perdido, após sete conquistas seguidas, o título do Campeonato Francês. Bom, após uma vitória em casa e um empate no Santiago Bernabéu, o Lyon eliminou o Real e provou mais uma vez que o futebol sempre é resolvido dentro de campo.
terça-feira, 9 de março de 2010
segunda-feira, 8 de março de 2010
TAÇA RIO - 3ª RODADA
Macaé 2x1 Bangu
Resende 0x4 Flamengo
Duque de Caxias 2x1 Tigres
Olaria 0x1 América
Americano 1x1 Friburguense
Vasco 1x0 Boavista
Fluminense 2x1 Botafogo
Olá amigos do FUTEBOLA!
A 3ª rodada da Taça Rio contou com uma bela vitória do Flamengo sobre o Resende e uma difícil vitória do Vasco sobre a boa equipe do Boavista. O destaque da jornada, porém, ficou por conta da virada do Flu sobre o Bota. Vamos aos comentários do clássico.
Fluminense 2 x 1 Botafogo – Maracanã, Rio de Janeiro (RJ)
O Clássico Vovô, pela 3ª rodada da Taça Rio, foi quente e emocionante, com cara de uma partida decisiva. A única característica do duelo que lembrou um jogo de fase de grupos do Carioca foi o pequeno público, o que já está se tornando rotina nos Estaduais pelo Brasil afora.
Na final da Taça Guanabara, onde o Fogão venceu o Vasco por 2 x 0, disse em minha postagem que aquela era uma partida que exemplificava a importância de um treinador, no caso Joel Santana, para um time de futebol, devido à mudança na equipe botafoguense entre a goleada de 6 x0 sofrida pelo mesmo Vasco e o título conquistado. Pois bem, o duelo entre Flu e Bota é daqueles que servem de perfeito exemplo para mostrar que no futebol o resultado de uma partida nem sempre diz o que foi os 90 minutos de jogo. Do primeiro ao último minuto, assistimos um verdadeiro massacre tricolor. Com 3 minutos de partida, Fred já havia perdido um gol inecraditável debaixo da trave e Julio Cesar realizado um bom chute, com ambas as jogadas contando com a direta participação do lateral-direito Mariano. E o Flu continuou pressionando, mantendo sua equipe bem postada ofensivamente e avançando com os defensores, já que o Botafogo nada produzia para assutar a defesa tricolor. Fred em cobrança de falta, Julio Cesar de bicicleta e Mariano, após um sensacional tabela entre Maicon e Fred, tiveram chances de abrir o placar para o Flu, mas ficaram no quase. Aí, aos 35 minutos, o Botafogo deu o primeiro sinal de que estava em campo. Em minha opinião, Joel precisa alertar seus comandados sobre a diferença entre apenas se defender e se defender e contra-atacar. Nesta partida, os laterais alvi-negros Jancarlos e Marcelo Cordeiro estiveram péssimos e, como Lúcio Flávio só aparece em campo nas jogadas de bola parada, Herrera e Abreu ficaram completamente fora de órbita. Voltando ao jogo, L.Flávio cobrou falta na área, e, no rebote, o tricolor Maicon tentou sair jogando, perdeu a pelota e cometeu pênalti em Wellington. Herrera cobrou e abriu o placar. Logo depois, aos 43, na única jogada organizada pelos laterais do Fogo, Jancarlos alçou bola na área e Loco Abreu, de cabeça, quase marcou. E foi somente neste pequeno intervalo de 8 minutos que o Botafogo mostrou algo parecido com futebol em campo.
Após o intervalo, o jogo voltou idêntico, ou seja, um duelo entre ataque (Flu) x defesa (Bota). E durou mais 15 minutos a resistência alvi-negra. Maicon chegou na linha de fundo, realizou perfeito cruzamento para Fred e o artilheiro tricolor provou que aquele gol perdido no início do jogo foi algo raro ao acertar um voleio com selo de qualidade Bebeto. Golaçoaçoaço! O gol deveria fazer o Flu, se é que era possível, pressionar ainda mais, porém, aos 22 minutos, o argentino Conca deu dura entrada em L.Flávio – sim, o capitão botafoguense estava em campo – e foi expulso. Entre os 22 e os 32 minutos, quando o seu atacante Herrera receberia o segundo amarelo e também iria mais cedo para o chuveiro, o Botafogo contou com um homem a mais em campo e nada fez. Nadica de nada, nem mesmo uma bola alçada com qualidade para Abreu usar sua principal arma, a cabeçada, ou uma bola aberta na ponta para explorar a velocidade do Herrera. E isso com o talismã Caio já em campo. Logo após a expulsão de Herrera, Cuca resolveu sacar Maicon e colocar Welington Silva em campo. Sobre a atuação do Maicon, de quem sou um grande fã, acredito que, com exceção de duas bobeadas na defesa, uma delas quando teve que cometer a penalidade, o veloz ponta esteve bem. O comentarista André Loffredo, do canal PFC, que transmitia o jogo, foi perfeito em sua análise: “O Maicon deve saber que na defesa ele é jogador de defesa”.
A entrada de W.Silva, aos 35 minutos, decidiu a partida. Primeiro, ele entortou Jancarlos e colocou a redonda no pé de Mariano, que marcou o tento da vitória. Escolho o tricolor Mariano como melhor homem em campo e este gol da vitória serviu para fechar sua atuação com chave-de-ouro. Além de não sofrer nenhum problema defensivo, pois Marcelo Cordeiro foi nulo em campo, o lateral-direito do Flu esteve sempre presente no campo de ataque e criou ótimas jogadas. No fim, aos 42, W. Silva tabelou com Fred e poderia ter marcado um golaço, mas Jefferson realizou ótima defesa.
Na postagem referente a vitória do Flu sobre o Tigres, disse que Joel precisava alertar seus comandados quanto a marcação sobre Maicon e W. Silva. Bom, cada um deu uma assistência na partida e ambos foram responsáveis diretos pelo vitória do Flu. Para não dizer que o Botafogo não teve nenhum mérito no jogo, Leandro Guerreiro conseguiu marcar o argentino Conca com bastante competência. Em minhas anotações, o Flu criou 11 boas chances de balançar as redes e o Conca só esteve presente em uma delas.
Provavelmente esta derrota não irá influenciar na classificação do Bota para a próxima fase, mas é bom a equipe rever sua postura em alguns momentos do jogo. Ser defensivo não signfica se defender os 90 minutos. Quanto ao Flu, mostrou ser tão favorito ao caneco quanto qualquer rival.
JOGADA RÁPIDA!
Enquanto no Corinthians os veteranos Roberto Carlos, Ronaldo, Tcheco e outros não estão apresentando um bom futebol, o prata-da-casa Dentinho está se esforçando ao máximo para colocar a equipe na próxima fase. Na difícil vitória por 1 x 0 sobre o São Caetano, foi ele quem garantiu os três pontos e o retorno do Timão ao G4.
E NO VELHO CONTINENTE...
Com muita garra e qualidade técnica o Real Madrid conseguiu uma virada sensacional, bateu o Sevilla e assumiu a liderança do Campeonato Espanhol.
O jogo começou com um Real que parecia não ter realizado aquecimento e um Sevilla que se mostrava tranquilo, mesmo com o jogo ocorrendo no Santiago Bernabéu, que, como sempre, estava entupido de gente. Aos 9 minutos, o ponta/meia-direita Jesús Navas arrancou pelo seu lado, cruzou a pelota e, após passe de Capel para o meio da área, Xabi Alonso marcou contra. Com a vantagem no marcador, o Sevilla, claro, adotou uma postura mais defensiva. Até os 30 minutos da etapa inicial, o Sevilla, com muitas faltas e mais cera ainda, conseguiu segurar o time da casa. Apesar de saber da dificuldade de se enfrentar uma Seleção Mundial, como é o Real de Cristiano Ronaldo e Kaká, sou totalmente contrário à atitude do Sevilla em se retrair e apenas segurar o jogo, abdicando completamente das ações ofensivas. A partir dos citados 30 minutos, os “Merengues” pressionaram bastante e começaram a transformar o goleiro Palop, do Sevilla, em um grande destaque. Com o brasileiro Marcelo atuando bem na meia-esquerda e Cristiano Ronaldo mostrando seu futebol característico, o Real criou 5 oportunidades de empatar a partida em menos de 10 minutos, mas nenhuma delas balançou o véu da noiva.
Após o intervalo, o Sevilla recebeu um presente dos céus. Logo aos 7 minutos, o zagueiro Dragutinovic bateu falta de longe e o goleirão Casillas aceitou um frangaço. 2 x 0 Sevilla e o jogo se tranformaria em um verdadeiro ataque x defesa. Depois de marcar este segundo gol, o Sevilla, se é que era possível, recuou mais ainda e o Real foi com tudo para cima. Buscando melhor criatividade no meio e mais qualidade nos passes, o treinador madrilenho Manuel Pellegrini realizou duas substituições que se mostraram excelentes. Saíram Arbeloa e Diarra e entraram Guti e Van der Vaart, com o Marcelo retornando à sua posição de origem, a lateral-esquerda. As alterações melhoraram, e muito, a equipe e, em menos de 5 minutinhos, o Real empatou a partida. Primeiro, Marcelo encontrou C. Ronaldo na área e o português sacudiu o filó, e, depois, Van der Vaart bateu córner e Sérgio Ramos, de cabeça, empatou. Faltando aproxidamente 30 minutos, a equipe de Madrid buscaria a vitória e, por consequência, a liderança, com todas suas forças. Kaká, apesar de ter passado longe de uma atuação que se espera dele, se movimentou por todos os cantos e não se escondeu em campo. Guti e Van der Vaart qualificaram o passe da equipe e fizeram com que as jogadas não ocorressem de forma precipitada. O atacante Higuaín passou a infernizar a defesa do Sevilla, chegando a mandar duas bolas na trave, e foi um dos melhores jogadores em campo. Diego Maradona, que estava presente no estádio acompanhado de um baita de um charuto, deve ter ficado feliz com a atuação de Higuaín, seu atacante de confiança na Seleção Argentina. Os laterais Marcelo e Sérgio Ramos eram verdadeiros pontas, já que o Sevilla nada criava ofensivamente. E foi dos pés de Sérgio Ramos, que como eu disse na postagem da vitória da Espanha sobre a França, em amistoso realizado na quarta-feira passada, acredito ser um lateral completo que sabe atacar e defender com qualidade, que surgiu o gol da virada. Foi após um cruzamento seu que Higuaín arrematou e, no rebote, Van der Vaart decidiu a partida.
Após empatar com o Almería, que permitiu o Real Madrid assumir a ponta, o Barcelona tem dois motivos para se preocupar no Espanhol. O primeiro é o espetacular futebol que os “Merengues” apresentaram nesta virada, o que tem tudo para empolgar a equipe. O segundo é que o próximo adversário é o forte Valencia. Se o Barça bobear, o Real vai disparar.
sexta-feira, 5 de março de 2010
GRANDES SELEÇÕES DA COPA DO MUNDO - ARGENTINA 1966
ELENCO
Goleiros: Antonio Roma, Rolando Irusta, Hugo Gatti
Defensores: Roberto Perfumo, Silvio Marzolini, Roberto Ferreiro, Nelson López
Meio-Campistas: José Varacka, Oscar Calics, Carmelo Simeone, Antonio Rattín, José Omar Pastoriza, Rafael Albrecht, Juan Carlos Sarnari, Jorge Solari
Atacantes: Mario Chaldú, Alberto González, Alfredo Rojas, Ermindo Onega, Oscar Más, Aníbal Tarabini, Luis Artime
CAMPANHA
Argentina 2 x 1 Espanha
Argentina 0 x 0 Alemanha Ocidental
Argentina 2 x 0 Suiça
Argentina 0 x 1 Inglaterra
Nas vésperas da Copa do Mundo de 1966, que seria realizada na Inglaterra, não havia ninguém que ousasse dizer que o Brasil não era o favorito ao título. Após se consagrar Bi-Campeão em 58/62, Pelé, Garrincha e cia chegavam à “Terra da Rainha” como os principais candidatos à conquistar o caneco. Bem, este favoritismo passou longe de se concretizar e, após perder para Hungria e Portugal, o Brasil foi eliminado ainda na primeira fase da competição. Porém, não podemos dizer que, por este motivo, o futebol Sul-Americano fez feio na Copa do Mundo, afinal a Seleção Argentina apresentou um grande futebol e terminou entre as 5 melhores equipes do planeta.
Dois anos antes do Mundial, em 1964, o futebol argentino mostrou sua força na Taça das Nações, realizada no Brasil. Neste torneio, nossos “hermanos” enfrentaram, e venceram, Brasil, Inglaterra e Portugal. Para se ter idéia do show argentino, o Brasil levou uma sapecada no Pacaembu por 3 x 0, com Pelé em campo e tudo. Não podemos deixar de ressaltar também a força de Inglaterra e Portugal, respectivamente Campeã e 3º lugar na Copa do Mundo de 1966. Entretanto, a Seleção Argentina que iria disputar o Mundial era bem diferente da Campeã do Torneio das Nações. A da Copa era bem mais forte.
Como diz a velha máxima do futebol, todo grande time começa por um grande goleiro. Defendendo a meta da Seleção Alvi-Celeste estava Antonio Roma, o “Tarzan”, apelido recebido devido aos vôos e saltos que dava para agarrar a pelota. Roma é uma verdadeira lenda da história do Boca Juniors. Falando em lenda do Boca Juniors, não dá para esquecer de Antonio Ubaldo Rattín. Líder e comandante do grande Boca da primeira metade da década de 60, que conquistou três Campeonatos Nacionais (62/64/65), Rattín era daqueles que amarrava a chuteira com as veias, fosse em jogo de seu clube ou da Seleção, e para algum atacante batê-lo, deveria suar muito. Ainda compondo o sistema defensivo argentino, um craque muito conhecido do torcedor brasileiro, em especial do torcedor cruzeirense. Aos 23 anos, o zagueiro Perfumo já mostrava toda sua qualidade na defesa do Racing e da Seleção. Em um futuro próximo, conquistaria, pelo Racing, nada menos do que o Mundial de Clubes de 1967, e, pelo Cruzeiro, faria espetacular dupla de zaga com Wilson Piazza, no início da década de 70. E tem mais! José Albrecht, que seria Campeão Argentino de 1968 invicto, com a equipe do San Lorenzo conhecida como “Los Matadores”, não era um defensor comum. Além de muita capacidade defensiva, Albrecht é, de acordo com a IFFHS (International Federation of Football History & Statistics), o sétimo defensor que mais gols marcou em partidas válidas pela Primeira Divisão do futebol mundial.
Se a Argentina estava otimamente servida de defensores, o mesmo pode se dizer do seu trio ofensivo. O comando do ataque ficava com o centroavante Luis Artime. Sobre ele, vamos às palavras de Hans Henningsen, autor do livro “Os Melhores Jogadores Sul-Americanos do Século XX”. Ele disse: “Sinônimo de gol. Demolidor, sagaz, inteligente, ótimo posicionamto, não era muito habilidoso mas protegia a pelota como poucos.”*. O torcedor brasileiro teve um curto contato com o artilheiro Artime, pois ele teve uma passagem por Palmeiras e Fluminense e, apesar de pouco tempo atuando em nossos gramados, claro que deixou sua marca muitas vezes. A dupla que teria a missão de deixar Artime na cara do gol era das grandes do futebol mundial: Onega/Más. A maior prova de o quanto Onega era um cracaço de bola foi que, apesar de ter atuado no River Plate em mais de uma década, seu único título foi o Argentino de 57, quando atuou em somente 1 jogo, e, mesmo assim, ele está entre os maiores ídolos da história do clube. Muito inteligente, criativo e com grande velocidade de raciocínio, era um dos pilares da equipe alvi-celeste. Dividindo com ele a responsabilidade de servir Artime estava o ponta-esquerda Oscar Más, que se utilizava de toda sua velocidade para marcar uma tonelada de gols.
A Argentina passou pela fase de grupos da Copa com grande autoridade. Bateu a forte Espanha, do histórico meia Luis Suárez e empatou com a Alemanha Ocidental, de ninguém menos que Franz Beckembauer e que seria a Vice-Campeã do torneio. A vitória sobre a Suiça fechou com chave-de-ouro a participação argentina na 1ª fase da Copa. Nas quarta-de-final, um duríssimo jogo contra a Inglaterra, que só foi decidido após a expulsão do capitão Rattín. O motivo? O juiz alemão Rudolf Kreitlen supostamente não ficou satisfeito com sua expressão facial enquanto reclamava. Como não entendia o que Rattín dizia, o argentino pediu um tradutor em campo mas não foi atendido, mandou o craque para o chuveiro. Após este caso, a FIFA decidiu implantar a utilização de cartões para a melhor comunicação entre juízes e jogadores.
* “Os Melhores Jogadores Sul-Americanos do Século XX” – Hans Henningsen
quinta-feira, 4 de março de 2010
TAÇA RIO - 2ª RODADA
Bangu 0 x 2 Vasco
Volta Redonda 4 x 0 Resende
Flamengo 2 x 0 Madureira
América 3 x 1 Americano
Friburguense 1 x 2 Olaria
Tigres 0 x 3 Fluminense
Botafogo 2 x 1 Duque de Caxias
Olá amigos do FUTEBOLA!
Uma vez mais os 4 grandes clubes do Rio de Janeiro conseguiram garantir os três pontos em uma rodada do Carioca. O rubro-negro Vágner Love e o botafoguense Herrera sacudiram o filó e estão em lua-de-mel com suas respectivas torcidas. O vascaíno Dodô também deixou sua marca e colocou fim no jejum. Sobre a vitória do Flu? Vamos ver como foi.
Tigres 0 x 3 Fluminense – Engenhão, Rio de Janeiro (RJ)
Como era de se esperar, o Fluzão não precisou suar a camisa para vencer o Tigres. Para a torcida tricolor, valeu por ver gol de Fred, mais um pouquinho de Wellington Silva e Maicon “Bolt” voltando a sua forma.
Nos primeiros minutos de jogo, o Fluminense, mesmo pisando no freio, conseguia criar oportunidades de abrir o placar devido à baixa qualidade defensiva do Tigres. Mariano colocou a pelota na cabeça de Fred que mandou pra fora, a defesa do Tigres entregou a bola nos pés de Fred que chutou fraco e no meio, Wellington Silva e Conca fizeram boa trama pela meiúca que quase resultou em gol, e, por fim, Conca cobrou córner e, desta vez, Fred acertou a cabeçada no fundo do gol. Em ritmo lento, o Flu continuou com o domínio do jogo até os 39 minutos, quando W.Silva, Fred e Éverton fizeram linda jogada e o último sacudiu o filó. Apesar de ser apenas a segunda partida de W.Silva, já é possível admirar a inteligência e raciocínio rápido do jogador. Na estréia da Taça Rio, contra o Friburguense, já foi a velocidade de pensamento no lance do gol que ele marcou, quando dominou a pelota no peito já preparando-a para o arremate, foi sensacional. Neste duelo contra o Tigres, acertou passes que não são triviais de se realizar. Olho nele!
No intervalo, o jovem treinador do Tigres Sorato deu uma sacudida nos seus comandados. A equipe de Xerém voltou voando e, se aproveitando da sonolência que atacou o Flu, criou nada menos do que quatro oportunidades de balançar as redes. A mais clara delas, uma bomba do zagueiro Zé Carlos que Rafael defendeu. Nas outras três, tivemos a participação decisiva do atacante Luiz Henrique, que se movimentou bastante e atrapalhou muito o sistema defensivo tricolor criando boas oportunidades para seus companheiros. Isso tudo em 20 minutos. No tempo técnico, deu para observar o treinador Cuca ressaltar que estava tudo “horrível”. Realmente o Flu andava em campo. Aproveitando a parada, Cuca colocou Maicon no lugar de W.Silva. Aí o jogo mudou e o Flu cresceu. Mariano apareceu muito bem pela direita e Conca voltou à Terra, pois parecia estar em outro planeta. Entre 29 e 32 minutos, o Flu criou nada menos do que 4 grandes chances de ampliar a vantagem. Isso mesmo, mais de uma chance por minuto. Mas estas oportunidades serviram apenas para colocar o goleiro do Tigres Rodolfo ao lado do atacante Luís Henrique como os melhores de sua equipe. Aos 42 minutos, Conca cobrou uma falta daquelas meio-chute, meio-cruzamento que Rodolfo não teve o que fazer, e deu números finais ao jogo. Como sou grande fã do futebol de Maicon, fico feliz em vê-lo retornar a sua ótima forma.
Apesar de o Flu não ter enfrentado um adversário difícil, acredito que Joel Santana deva assistir à vitória tricolor para preparar seu Botafogo para o Clássico Vovô de domingo. O motivo? Welington Silva e Maicon são dois jogadores perigosos e completamente diferentes, com o primeiro preferindo o meio e o segundo os flancos, e o Bota precisará saber se defender deles.
JOGADA RÁPIDA!
Enquanto Neymar, Robinho e cia continuam voando no Paulistão, o São Paulo não faz nada de positivo e Corinthians e Palmeiras só decepcionam seus torcedores. A apresentação do Corinthians contra o Botafogo foi abaixo da crítica, e o time de Ribeirão Preto mostrou o motivo de estar no G4. O empate em 1 x 1 nem de longe traduz a partida.
quarta-feira, 3 de março de 2010
AMISTOSO INTERNACIONAL - FRANÇA X ESPANHA
No duelo entre duas das mais tradicionais Seleções Européias, a Espanha nem precisou suar a camisa para, mesmo fora de casa, bater a nada inspirada Seleção Francesa.
Durante toda a partida, foram poucas as oportunidades de gols criadas por ambas as equipes. A França buscava, sempre o lado direito, aquele que é sua maior esperança – seria a única? – o ponta Ribéry. Mesmo deslocado de lado, já que pelo Bayern de Munique ele atua pela esquerda, Ribéry era a única opção de jogo da França, mas as jogadas por aquele lado sempre terminavam com um cruzamento do lateral Sagna que não levava o mínimo perigo ao goleiro espanhol Casillas. Como Henry estava completamente fora de órbita e o meia Gorcouff não conseguia iniciar sequer uma jogada bem trabalhada, estes infrutíferos avanços de Sagna, pela direita, foram a única arma da França nos primeiros 45 minutos. Já a Espanha, apesar de ter passado longe de fazer um excelente 1º tempo, conseguiu mostrar grande solidez defensiva e aproveitou duas das três oportunidades de gols criadas. Aos 21 minutos, Iniesta buscou David Silva no meio da defesa francesa mas acabou encontrando David Villa, que não desperdiçou a chance cara-a-cara com o goleiro Lloris. Logo no finalzinho da etapa, o lateral Sérgio Ramos recebeu a pelota na direita, cortou o defensor e ampliou a vantagem. Apesar de as vezes se mostrar violento, gosto muito do futebol do Sérgio Ramos, pois o acho um verdadeiro lateral, que defende e, quando possível, ataca.
Após o intervalo, a Espanha apertou ainda mais o freio. Não discordo da atitude da equipe espanhola, afinal vencendo a França por 2 x 0, fora de casa e em um amistoso, nada mais normal do que diminuir o ritmo. Porém, não gostei de como a Espanha resolveu administrar a vitória. Para quem tem na memória a atuação da “Fúria” na EURO 08 e as recentes apresentações de Sérgio Busquets, Iniesta e Xavi, no Barcelona, o mínimo que se espera da Espanha é manter o controle do jogo tocando a bola com qualidade. Tudo bem que Xavi, que entrou no intervalo, e Iniesta, que foi sacado para a entrada de Jesus Navas, não ficaram muito tempo juntos em campo, mas os que estavam no gramado tinham qualidade para manter a posse da bola. Aproveitando que a Espanha abdicara do ataque e a troca de todo o trio ofensivo, já que Raymond Domenech substituiu Ribéry/Anelka/Henry por Govou/Cissé/Malouda, a França apresentou, durante aproximadamente 15 minutos, algo próximo de um razoável futebol. De destaque mesmo, apenas uma jogada do Cissé, pela direita, que Malouda quase marcou. Queria aqui dar um pitaco na Seleção Francesa. Acredito ser um grande equívoco do Domenech a escalação do Ribéry fora de posição para poder colocar o Henry aberto pela esquerda. Além de Ribéry perder muito do seu jogo quando atua pelo lado direito, o Henry não está produzindo nada já faz um bom tempo.
Com um sistema defensivo forte, um meio-campo de gigante qualidade, apesar de, neste duelo, não ter mostrado isso, e um ataque rápido e mortal, a Espanha irá para África do Sul buscar o caneco. Já a França, precisará trabalhar muito nos treinamentos da véspera da Copa, pois se a equipe do Mundial mostrar toda esta buracracia e falta de criatividade, corre o risco de, assim como em 2002, ser eliminada sem sacudir o filó.
terça-feira, 2 de março de 2010
AMISTOSO INTERNACIONAL - BRASIL X IRLANDA
Jogando em sua atual casa, o Emirates Stadium, o Brasil venceu facilmente a Irlanda em seu último jogo oficial antes da Copa do Mundo.
Desde o primeiro até o último minuto, o jogo transcorreu como era de se esperar, com cara de amistoso. Com exceção de dois lances onde o Kaká se revoltou com a dureza de seus marcadores, a partida foi fria como a temperatura londrina. Na primeira metade do 1º tempo, a Irlanda tentou controlar a partida e mostrar que poderia enfrentar o Brasil de igual para igual. Como a Seleção Brasileira tinha absurda dificuldade na saída de jogo, já que o trio formado por Felipe Melo, Gilberto Silva e Ramires não mostrava a mínima qualidade nos passes, a Irlanda até se apresentava melhor em campo. Aos 15 minutos, ocorreu a melhor oportunidade de gol irlandesa em uma cabeçada do atacante Doyle que Júlio César salvou. Com o caminhar do jogo, o Brasil cresceu lentamente, tentando contra-atacar e apostando nas bolas paradas, o que não é nenhuma novidade pra quem conhece o trabalho do Dunga. Faltando 2 minutinhos para o fim da 1ª etapa, uma bela trama entre Káka e Maicon chegou aos pés de Robinho, que cruzou na área e o irlandês Andrews empurrou contra o próprio patrimônio.
Após o intervalo, o jogo mudou bastante. A Irlanda se tornou completamente nula ofensivamente e seu setor defensivo começou a “paçocar” em sequência. Entre os 19 e 24 minutos, a defesa irlandesa entregou a pelota para Daniel Alves, que driblou o goleiro e perdeu o gol, para o Maicon, quando a bola chegou ao impedido Robinho, e para o Kaká encontrar outra vez Robinho que, livre, leve e solto, chutou por cima. Cinco minutos, três falhas tremendas do adversário e o Brasil não soube aproveitar. Se fosse um jogo decisivo... Enquanto a Irlanda só se defendia, o Brasil havia se empolgado com as entradas de Daniel Alves e Grafite, este último no lugar do irreconhecível Adriano. Aos 31 minutos, a jogada que valeu o ingresso. Kaká, Grafite e Robinho tabelaram por entre os defensores irlandeses como se estes fossem cones inofensivos e o “Rei das Pedaladas” sacudiu o filó. Gol de propaganda televisiva. Apesar de não ter mostrado um futebol sensacional, a dupla Kaká/Robinho se movimentou bastante e esteve presente nos dois gols brasileiros. Novamente a criatividade do setor de meio-campo se resumiu ao Kaká, o que é bastante perigoso pois, apesar de ser genial, não é bom depender apenas de um jogador. Já Robinho parece ter colocado um ponto final nos que ainda duvidavam de sua convocação e titularidade. Ele tem toda a confiança do técnico.
Após esse amistoso, que acredito não tenha mudado muito os conceitos e opiniões do Dunga, nos resta esperar pela convocação para o Mundial. As dúvidas que temos, só acabarão na divulgação da lista.
segunda-feira, 1 de março de 2010
UMA IMAGEM...
O inglês John Butcher durante o duelo contra a Suécia pelas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 1990. Isso sim é dar o sangue em campo!