sexta-feira, 31 de julho de 2009
CAMPEONATO BRASILEIRO 2009 - 15ª RODADA - SÉRIE A
Coritiba 2 x 2 Botafogo
Náutico 1 x 2 Santos
Internacional 3 x 2 Barueri
Goiás 3 x 0 Atlético Paranaense
Cruzeiro 1 x 0 Sport
Palmeiras 1 x 0 Fluminense
Avaí 4 x 0 Vitória
São Paulo 2 x 1 Grêmio
Flamengo 3 x 1 Atlético Mineiro
Olá amigos do FUTEBOLA!
O torcedor palmeirense deve estar pulando de alegria. Além da chegada do melhor técnico do país, opinião minha e de muitos, Muricy Ramalho, o Verdão agora é líder isolado do Brasileiro. A vitória sobre o Fluminense e a derrota do Atlético Mineiro para o Flamengo, deixou o Palmeiras com 3 pontos de folga no topo da tabela. Falando em Flamengo, a vitória rubro-negra foi realmente importantíssima. A equipe enfrentará na próxima rodada o lanterninha Náutico, no Maraca, e se vencer entrará de vez na briga pela Libertadores. Vamos aos comentários dos jogos que assisti desta 15ª rodada do Brasileirão.
Coritiba 2 x 2 Botafogo – Couto Pereira, Curitiba (PR)
Palmeiras 1 x 0 Fluminense – Palestra Itália, São Paulo (SP)
Flamengo 3 x 1 Atlético Mineiro – Maracanã, Rio de Janeiro (RJ)
MANDOU BEM!
- Como joga bola o tal do Cleiton Xavier. O camisa 10 palmeirense é daquela classe de meio-campistas que cria jogadas ofensivas de tudo quanto é maneira. E tem mais. Além de criar oportunidades para seus companheiros balançarem as redes, ele mesmo tem o pé calibradíssimo para a finalização. Na partida contra o Fluminense, o Palmeiras teve uma atuação apenas razoável, porém conseguiu vencer escorado no talento de Cleiton Xavier. Primeiro ele apareceu pelo meio, tabelando com o Obina, e invadindo a área tricolor. Logo depois, Cleiton caiu pelo lado esquerdo, dominou um lançamento de maneira magistral e chutou por cima do gol. No 2º tempo, decidiu a partida pela direita, com um passe milimétrico para o gol de Diego Souza, sua nona assistência no campeonato, e um chute lindo que explodiu na trave. Com tantos volantes em campo, sobraria para Cleiton Xavier e Conca a responsabilidade de levar suas equipes à vitória e, desta vez, o palmeirense deu um banho de bola.
- No duelo entre o Urubu e o Galo, o sistema defensivo do Flamengo, por muito pouco, não provoca sérios estragos. A sorte do Fla é que, além de contar com uma excelente dupla de ataque, a equipe possui uma mentalidade muito ofensiva. Se o Atlético Mineiro abriu o placar logo aos 2 minutos de jogo, no restante do 1º tempo só se viu o Flamengo atacar. Como nos melhores momentos dos últimos anos, a equipe rubro-negra utilizou seus alas como principais armas ofensivas. Se tem dedo do Andrade aí, acredito ainda ser cedo para falar, porém Léo Moura e Éverton infernizaram a defesa atleticana. Léo Moura conseguiu mostrar aquele futebol incisivo e impetuoso que o transformou no melhor lateral-direito do Brasil e, desta vez, ainda marcou um belo gol após sensacional assistência de Toró. Pelo outro lado do campo, o esquerdo, Éverton também teve excelente atuação. O originalmente meia rubro-negro vem se adaptando muito bem na função de ala-esquerdo, utilizando seus dribles, ofensivamente, e se esforçando bastante para compor o seu setor defensivo. De seus pés saíram dois gols do Mengão, pois foi ele quem deu belo passe para Kléberson virar a partida e, após o intervalo, brigou muito pela pelota e foi presenteado com o terceiro gol. Será que após se recuperar da contusão, o Juan vai ganhar sua vaga facilmente?
- Depois de bastante tempo, o Lúcio Flávio teve uma atuação destacada. Era visível sua evolução nos últimos jogos do Botafogo, atuando, surpreendentemente, de volante, entretanto não vinha sendo o líder técnico que deve ser. Nesta partida contra o Coritiba, gostei muito de sua movimentação, principalmente pelo lado direito do campo, e dos passes redondinhos que ele deu para os companheiros. Tanto na saída para o jogo, que ele deu bastante qualidade, já que está jogando mais recuado, como em passes finais, por exemplo um que deixou André Lima livre dentro da área, Lúcio Flávio esteve bem calibrado. O Botafogo tende a crescer, e muito, com boas atuações do seu camisa 10.
- O meia-atacante Marcos Aurélio, do Coritiba, mostrou novamente um ótimo futebol. Assim como no duelo, contra o Flamengo, pela 6ª rodada, quando o Coxa sapecou 6 a 0, Marcos Aurélio foi um inferno para o sistema defensivo adversário. Jogador muito rápido e de bom drible, é difícil marcá-lo. Além do preciso passe que deu para Bruno Batata balançar as redes, Marcos Aurélio foi o autor do gol de empate, já aos 44 minutos do 2º tempo. Diante da ausência de Marcelinho Paraíba e Ariel, duas das principais armas ofensivas do Coxa, Marcos Aurélio chamou a responsabilidade e garantiu pelo menos um pontinho para sua equipe.
MANDOU MAL!
- Como citei anteriormente, no duelo entre Palmeiras e Fluminense, caberiam a Cleiton Xavier e Conca a missão comandar ofensivamente suas equipes, sendo que o palmeirense foi muito mais bem sucedido em sua tarefa. Porém, um fator serve para diminuir a culpa do argentino Conca, em mais um réves tricolor. O suporte que Cleiton Xavier tem em campo, em nenhum momento aparece no Fluminense. Enquanto o Palmeiras, após recuperar uma bola, tinha Pierre e Edmílson para iniciar as jogas, o Fluminense sofria com Fabinho e Welington Monteiro, que nada ajudam criativamente. Um dos principais pontos fracos do Tricolor, é a ausência de um volante que tenha qualidade na saída para o jogo. Esse jogador daria uma imensa ajuda ao Conca, que não precisaria recuar para buscar o jogo e nem receberia tantas bolas quadradas. Tudo bem que o Diguinho poderia ser esse volante, mas ele não tem mostrado 10% do futebol que jogou no ano passado, pelo Botafogo, quando inclusive o incluí em minha Seleção do Brasileirão.
- O Flamengo, definitivamente, jantou o Galo, no Maracanã, entretanto não esperou o jogo terminar para fazer a digestão e relaxou em campo. Logo após marcar o terceiro gol, o Flamengo recuou toda a equipe. Nada estaria errado se os contra-ataques fossem utilizados para matar o jogo, porém não foi o que se viu. Com o time todo acanhado no campo defensivo, o Atlético Mineiro cresceu, ou melhor, Diego Tardelli cresceu, e quase que a vitória rubro-negra fica comprometida. Em pouco mais de 20 minutos, Tardelli sofreu pênalti, não assinalado pelo árbitro, deu lindo passe de calcanhar que Éder Luís finalizou para ótima defesa de Bruno e, por fim, fez bela jogada individual que Pedro Paulo não soube aproveitar. Se não bastasse a falha de Ronaldo Angelim, no lance do gol atleticano, o sistema defensivo do Flamengo resolveu mostrar que realmente não é muito confiável, já que uma pequena pressão, de um abatido Atlético Mineiro, levou perigos em sequência ao goleiro Bruno.
- Decepcionante a atuação do Atlético Mineiro, no Maracanã. Com um gol marcado logo aos 2 minutos, o Galo tinha tudo para jogar solto. Poderia alternar o controle da posse de bola, com os meias Júnior e Serginho, com rápidos contra-ataques puxados por Diego Tardelli e Éder Luís. Qualidade para isto a equipe tem, até de sobra, porém, o que se viu foi o recuo excessivo e a abdicação ao ataque. Sem nenhum poder ofensivo, o Atlético foi engolido pelo Flamengo e só conseguiu mostrar algo de bom futebol quando, como citei anteriormente, o Flamengo resolveu descansar antes da hora.
- E o Botafogo não se cansa de entregar pontos no fim da partida. Foram tantos jogos, que cada um deles tem um motivo específico para o golpe sofrido no fim do jogo. O Bota levou gols, após os 40 minutos da 2ª etapa, de Fluminense, Vitória, Flamengo e, agora, Coritiba. O Lúcio Flávio pode aparecer mais no jogo, controlando mais a pelota, o Jônatas pode entrar na partida para valorizar mais a posse de bola, os alas podem avançar mais, mesmo com a vitória parcial, com o intuito de amedrontar o adversário, o time pode gritar mais em campo, para não haver cochilos... Muito pode ser feito pelos jogadores e pelo técnico Ney Franco, o que não pode é o Botafogo ter perdido, em 4 jogos, 6 pontos que serão fundamentais no fim do torneio.
JOGADA RÁPIDA!
- Novamente o destaque aqui vai para o Avaí. Alguns dias atrás, elogiei a sequência de 3 vitórias seguidas da equipe catarinense. Com a goleada de 4 a 0 sobre o Vitória, que está brigando no topo da tabela, já são 5 triunfos seguidos e uma distância de apenas 4 pontos da zona de classificação para a Libertadores. É muito para uma equipe que no início do Brasileirão era considerada umas das favoritas para ser rebaixada.
quarta-feira, 29 de julho de 2009
PELA ESTRADA AFORA - TROFÉU JOAN GAMPER 1982
Em 1982, ainda colhendo os frutos do esquadrão da década anterior, o Colorado foi convidado para participar do Troféu Joan Gamper, um torneio organizado pelo Barcelona e que possui este nome em homenagem ao fundador do clube. Este torneio tem como principal objetivo apresentar para os torcedores do Barça a equipe que irá atuar na temporada, sendo considerado, para muitos, o mais conceituado torneio de verão que ocorre na Espanha. Neste ano de 1982, em especial, o torcedor do Barcelona estava louco para ver sua equipe jogar. O motivo? O clube catalão havia contratado ninguém menos que Diego Armando Maradona. A briga pelo famoso troféu seria grande pois, além do favoritíssimo time da casa, também marcavam presença o alemão Colônia, campeão no ano anterior, e o inglês Manchester City.
O torneio seria disputado de forma simples, com os duelos Barcelona x Internacional e Colônia x Manchester City decidindo quais equipes disputariam a final. O jogo entre Colônia e Manchester City contou com a presença de dois grandes goleiros da época. A meta da equipe alemã era defendida pelo impopular Toni Schumacher. O também arqueiro da Seleção Alemã além de se meter em problemas extra-campo, teve sua imagem muito manchada após uma agressão ao francês Battiston, durante a Copa do Mundo de 1982. Mesmo estando longe de ser um santo, Schumacher sabia muito bem o que fazer debaixo das traves, sendo um dos maiores jogadores da história do Colônia e defendendo a Seleção em 76 jogos, sagrando-se por duas vezes vice-campeão mundial. Já do lado do Manchester City, era o grande Joe Corrigan, segundo jogador que mais vestiu a camisa da equipe na história, atuando por lá entre 1967 e 1983, o encarregado de evitar os gols. Muitos especialistas do futebol inglês dizem que se não fosse contemporâneo do goleiraço Peter Shilton, Corrigan teria uma carreira de sucesso como titular da Seleção Inglesa.
O primeiro duelo semi-final terminou com vitória, nos pênaltis, do Manchester City, após empate de 1 a 1. O resultado foi muito contestado pelos jogadores do Colônia e pelo lendário Rinus Michels, que havia treinado a Holanda na Copa 1974, conhecida como Laranja Mecânica, e na época comandava o Colônia. O motivo da reclamação foi o fato de que o último pênalti convertido pelo Manchester City, que deu a classificação para a equipe, ter sido cobrado por um jogador que havia sido substituído.
O rival do Manchester na decisão seria conhecido no duelo entre Barcelona e Internacional. O reformado e ampliado Camp Nou recebia um grande público para assistir o primeiro jogo de Maradona em casa (ele havia estreado poucos dias antes, mas este seria seu primeiro jogo no estádio catalão). Parecia que o Internacional estava ali apenas para ocupar espaço no campo. O próprio treinador do Manchester City havia dito após a vitória de seu time que “esta noche mi equipo ha jugado bien y ha merecido el triunfo. Creo que medimos con el Barcelona en la final será una gran experiencia y un honor.”* O único destaque dado ao Internacional era a presença do meia Cléo, que havia passado 3 meses no próprio Barcelona sem ao menos ter tido a chance de treinar com os titulares. De volta ao Brasil e ao Inter, Cléo dizia não ter mágoas do Barça e do treinador Udo Lattek, mas no fundo devia estar louco de vontade de mostrar o que sabia.
Os espanhóis não sabiam que o Internacional era bem mais do que um bom jogador que eles desprezaram. No gol, o Colorado contava com o seguro e experiente Benítez, um dos remanescentes do título brasileiro invicto de 1979. Quem também fez parte daquele timaço e ainda vestia o manto vermelho era, simplesmente, Mauro Galvão. Com apenas 21 anos, Mauro Galvão já mostrava a qualidade que o faria ser um dos maiores zagueiros do futebol brasileiro, em todos os tempos. Para se ter uma idéia da longa e sensacional carreira do craque, Galvão é o único jogador na história que conseguiu vencer, em três décadas diferentes, o prêmio Bola de Prata, dado pela Revista Placar ao melhor jogador de cada posição do Brasileirão. Em 1979 e 1985, o prêmio foi conquistado defendendo o Inter e em 1997, a honra foi obtida com a camisa do Vasco da Gama.
Se o setor defensivo ainda contava com a ajuda do lateral-direito Edevaldo, dono de um vigor físico invejável e que havia feito parte da encantadora Seleção Brasileira de 1982, a estrela ofensiva do Colorado era o uruguaio Rúben Paz. Fica muito difíficil achar apenas uma palavra para ilustrar o futebol de Paz. Jogador muito inteligente, habilidoso e criativo, também possuía uma canhota de impressionante precisão. O meia chegava ao Internacional com nada menos do que 4 títulos uruguaios conquistados pelo Peñarol além do Mundialito de 1980 pela Seleção de seu país. O Mundialito foi organizado pela FIFA para comemorar os 50 anos da primeira Copa do Mundo, e contou com Brasil, Uruguai, Argentina, Alemanha, Itália e Holanda, ou seja, o que de melhor tem no planeta bola. Desfilaram pelos gramados talentos como Maradona, Sócrates, Rummenigge e Bruno Conti, porém o vencedor do prêmio de melhor jogador do torneio foi... Ele mesmo, Rúben Paz. E os espanhóis acreditavam que o Internacional viajara para a Espanha para ser saco de pancadas.
Os torcedores que enchiam o Camp Nou não ficaram nem um pouco satisfeitos com o andamento da partida. O Internacional mostrando o característico poder de marcação das equipes gaúchas, não deixava o Barcelona andar em campo. Alguns poucos dias antes, em jogo válido pelo Torneio Teresa Herrera, Inter e Barça haviam se enfretado, com o clube catalão vencendo por 1 a 0. Talvez por este motivo, por já ter um conhecimento de como o Barcelona jogava, o Internacional conseguia se defender muito bem. Após o intervalo, o jogo voltou mais quente com Maradona e Edevaldo conseguindo acertar as traves. A entrada do craque alemão Bernd Schuster, a outra grande contratação azul-grená para a temporada, fez com que o Barça se mostrasse mais perigoso, porém apenas mais um chute na trave, do próprio Schuster, foi conseguido. Assim como a outra semi-final, esta partida também foi decidida somente nos pênaltis, onde o Internacional mostrou toda sua competência ao não desperdiçar nenhuma de suas cobranças e conquistar a vaga na finalíssima.
A imprensa espanhola que estava louca para assistir um duelo entre Barcelona e Colônia, na decisão do Joan Gamper, agora buscava explicações para as derrotas dos favoritos. O Internacional, muito mais leve após eliminar os donos da casa, teve uma atuação de altíssimo nível contra o Manchester City. Se o treinador inglês John Bond acreditava que enfrentar o Barça na decisão seria uma honra para sua equipe, deveria ser obrigado a bater palmas diante do grande show colorado. Com Mauro Galvão impecável na defesa e o trio formado por Paulo César, Rúben Paz e Silvinho em apresentação de gala, o Manchester City não teve forças para evitar que o Internacional se tornasse a primeira, e até hoje a única, equipe não-européia a vencer o Troféu Joan Gamper. Os gols do título foram marcados por Edevaldo, Paulo César e Fernando Roberto, e o diário espanhol “El Mundo Deportivo” analisou assim a atuação colorada: “A lo largo de los nóventa minutos, el Inter fue el mejor equipo sobre el campo. Daba auténtica gloria ver cómo tocaban y hasta manoseaban la palota los brasileños, con sus pases medidos al primor toque, su sentido de la anticipación y su visión del hueco.”**
Os torcedores do Barcelona esperavam ver uma estréia de gala de Diego Maradona, no estupendo Camp Nou, porém tiveram que assistir ao capitão colorado André Luís erguer o portentoso troféu e o Barça, após perder para o Colônia nos pênaltis, terminar em último lugar.
Equipe-base: Benítez; Edevaldo, Mauro Pastor, André Luís e Muller; Mauro Galvão, Ademir, Cléo e Rubén Paz; Paulo César e Silvinho.
Também atuaram: Bereta, Joãozinho, Sílvio, Fernando Roberto e Andrezinho
*El Mundo Deportivo – 25 de agosto de 1982
**El Mundo Deportivo – 26 de agosto de 1982
terça-feira, 28 de julho de 2009
CAMPEONATO BRASILEIRO 2009 - 14ª RODADA - SÉRIE A
Grêmio 3 x 2 Santo André
Atlético Paranaense 1 x 3 Avaí
Botafogo 3 x 2 Internacional
Corinthians 0 x 3 Palmeiras
Santos 1 x 2 Flamengo
Atlético Mineiro 0 x 1 Goiás
Sport 3 x 3 Náutico
Barueri 1 x 2 São Paulo
Fluminense 1 x 1 Cruzeiro
Vitória 1 x 0 Coritiba
Olá amigos do FUTEBOLA!
Se no meio de semana o Atlético Mineiro teve motivos para sorrir, com o tropeço de Palmeiras e Internacional, desta vez foi o Verdão, que sapecou 3 a 0 no Corinthians, que terminou a rodada mostrando os dentes. No Mineirão lotado, o Galo perdeu para o bom time do Goiás e, no Rio de Janeiro, o Colorado jogou uma bola pequenininha e foi derrotado pelo Fogão. Quem também se deu bem na rodada foi o Vitória, que com o triunfo sobre o Coritiba assumiu a 3ª colocação do Brasileirão. Vamos aos comentários dos jogos que assisti desta 14ª rodada.
Botafogo 3 x 2 Internacional – Engenhão, Rio de Janeiro (RJ)
Santos 1 x 2 Flamengo – Vila Belmiro, Santos (SP)
Fluminense 1 x 1 Cruzeiro – Maracanã, Rio de Janeiro (RJ)
MANDOU BEM!
- Sensacional o 1º tempo do Botafogo contra o Internacional. A equipe alvi-negra criou nada menos do que 7 chances de gols, enquanto o Inter só ameaçou o goleiro Castillo uma única vez. Com 16 minutos de jogo, o Fogão já vencia por 2 a 0 e Juninho já havia obrigado o goleiro colorado Michel Alves voar para buscar uma bomba sua no cantinho. Mesmo com a bela vantagem no placar, o Botafogo não relaxou e poderia ter decidido a partida, não fosse duas belas oportunidades perdidas por Victor Simões e outro foguete de Juninho ter estourado na trave. Eu acreditava que após o intervalo, o Botafogo não fosse manter o ritmo ofensivo, mas sim iria recuar e explorar os contra-ataques. Fico bastante feliz de ter me enganado, pois o fato de recuar após realizar uma boa 1ª etapa vem sendo o principal foco de minhas críticas às atuações alvi-negras. Apesar de o Internacional ter conseguido igualar o marcador, em duas falhas infantis do sistema defensivo botafoguense, primeiro com Leandro Guerreiro cometendo pênalti e depois com Wellington e Juninho dormindo no ponto, o Bota não parou de atacar em momento algum. Sei que no futebol não existe justiça, mas o gol de Alessandro, aos 30 minutos, foi bastante merecido, pois uma grande atuação, como foi esta do Botafogo, não merecia apenas 1 pontinho.
- Apesar da incrível média de quase 0,6 gols/jogo, que André Lima teve em sua primeira passagem pelo Botafogo, sua característica que mais me agradava era o fato de saber jogar como um autêntico pivô de futsal. O atacante sabe como poucos usar seu corpo como uma parede e servir os companheiros que estão chegando de trás. Até mesmo quando uma boa jogada ofensiva não é produzida, o fato de André segurar a bola no campo de ataque evita que o adversário recupere rapidamente a posse de bola e pressione o Bota. No duelo contra o Internacional, o atacante teve uma grande atuação, sabendo utilizar muito bem esta sua característica além de sacudir o barbante uma vez. Outro ponto positivo do sistema ofensivo do Fogão foi a participação dos 3 zagueiros. Juninho, como sempre, levava perigo em cada bomba que mandava. Eduardo deu duas arrancadas dignas de Kaká. Em uma delas colocou Victor Simões na cara do gol e, na outra, ele mesmo finalizou para boa defesa de Michel Alves. O zagueiro-direito Wellington, além de marcar o primeiro gol do Fogão, daria a assitência para mais um gol de André Lima, porém o bandeira anulou, erradamente, o lance. Para uma equipe que semanas atrás contava apenas com a bola parada do Juninho, o Fogão está se saindo muito bem.
- A primeira partida da final da Libertadores, entre Cruzeiro e Estudiantes, disputada na Argentina, foi a que colocou, de vez, o goleiro cruzeirense Fábio entre os melhores do país. Nesta partida contra o Fluminense, Fábio mostrou novamente toda sua qualidade. Com menos de 10 minutos de jogo, o goleirão já havia salvado sua equipe por 2 vezes. Primeiro foi o Conca que apareceu livrinho em sua frente, logo em seguida, foi o Marquinho. Em ambos os lances Fábio estava atento e conseguiu realizar as defesas, pois caso contrário, dificilmente o Fluminense não venceria a partida. Quem também jogou muita bola pelo lado azul foi o lateral-direito Jonathan. Além da bela jogada criada, que resultou no gol do volante Henrique, Jonathan foi a principal arma ofensiva do Cruzeiro na partida. Mesmo após a expulsão do zagueiro Leonardo Silva, o lateral continuou levando a defesa tricolor a loucura e por muito pouco não fez o gol da vitória de sua equipe, quando mandou um balaço no travessão.
- Como já comentei algumas vezes, fico muito feliz quando um jogador que veio de um dos considerados times pequenos do Rio começa a mostrar trabalho. No duelo contra o Cruzeiro, o atacante tricolor Kieza, ex-Americano, realizou uma apresentação excelente. Em nenhum momento da partida o jovem atacante teve medo de chamar o jogo. Recebia bolas sozinho, segurava a pelota, sofria faltas, caía pelas pontas, buscava o cabeceio... Kieza atormentou tanto a zaga cruzeirense, que além do gol ter saído de seus pés, a expulsão de Leonardo Silva ocorreu após uma falta cometida nele. Sua boa atuação também faz crescer o futebol do argentino Conca. Não que o pequenino meia tenha jogado bem, longe disso, mas já deu para perceber que com o tempo, o bom posicionamento e a movimentação de Kieza se entenderão perfeitamente com os açucarados passes do Conca.
- Amigos, sou muito suspeito para falar do Adriano, afinal sou um grande fã do seu futebol. Porém, a grande atuação do “Imperador”, na partida contra o Santos, merece ser muito elogiada. Mesmo com um Flamengo sem um pingo de criatividade, Adriano não parou de tentar, em momento algum, levar seu time à vitória. Tentou em cobrança de falta, meia bicicleta, cabeçada, chute na pequena área, chute longo... Fora o fato de não parar de brigar pela bola. O gol de empate rubro-negro foi marcado após uma bomba mandada por ele, de fora da área, e se o lateral santista, Pará, não empurrasse a bola contra o próprio gol, Adriano estava logo atrás para garantir o triunfo rubro-negro. O Flamengo nunca havia vencido uma partida oficial na Vila Belmiro e jogava seu milésimo jogo em Brasileiros. Nada melhor do que uma vitória em um jogo assim para Adriano continuar se solidificando como um dos grandes ídolos da Gávea.
- Após uma vitória histórica do Flamengo, na Vila Belmiro, o Andrade merecia ganhar sua chance como treinador do Flamengo. Com exceção de Carlos Alberto Parreira, qual treinador presente no mercado tem mais condições de fazer um bom trabalho no Flamengo do que o Andrade? Os nomes cogitados pela diretoria flamenguista não merecem mais a oportunidade do que Andrade que, além de conhecer o grupo, tem um coração tão rubro-negro dá gosto de ver.
MANDOU MAL!
- A atuação do Internacional diante do Botafogo foi fraquíssima. Com exceção de alguns raros lances onde o Andrezinho teve liberdade para criar algumas jogadas, o Internacional foi de uma falta de criatividade impressionante. O argentino D´Alessandro, enquanto esteve em campo, não criou sequer um lance ofensivo produtivo. Já o atacante Taison, mesmo atuando os 90 minutos, por várias vezes parecia ter sido substituído, tamanha a falta de participação no jogo. Prefiro acreditar que esta foi apenas uma (mais uma) atuação ruim do Colorado, pois a dependência do Nilmar não pode ser tão grande. Fazendo justiça, o setor defensivo do Inter também não foi nada bem. A maioria das jogadas do Botafogo que foram bem trabalhadas, como por exemplo as arrancadas do zagueiro Eduardo, as bolas alçadas na área pelo Lúcio Flávio ou André Lima trabalhando de pivô, levavam muito perigo à frágil defesa colorada. Este time do Internacional está precisando mesmo levar uma sacudida para acordar, pois o futebol apresentado não representa a qualidade dos seus jogadores.
- Ainda estou em dúvidas se o Flamengo sentiu mais a aposentadoria do capitão Fábio Luciano ou a saída do meia Íbson. Além dos problemas defensivos que atormentam o torcedor rubro-negro, já que até mesmo o tão seguro Ronaldo Angelim está dando umas pixotadas, agora o Flamengo tem que conviver com a falta de criatividade do setor de meio-campo. O tripé central escalado neste duelo contra o Santos foi formado por Willians, Toró e Kléberson. Pode-se dizer sem o mínimo exagero que nenhuma jogada ofensiva criada pelo Flamengo saiu dos pés destes jogadores. O principal responsável por organizar as tramas ofensivas rubro-negras deve ser o Kléberson, tanto por sua experiência como por sua categoria, porém o volante/meia da Seleção Brasileira nem sequer foi notado em campo. O novo treinador do Fla, seja quem for, terá bastante trabalho para ajustar o setor.
JOGADA RÁPIDA!
- Os três gols que Obina fez contra o Corinthians já são suficientes para a torcida palmeirense idolatrá-lo por um bom tempo. O “Anjo Negro” é assim. Com tranquilidade, bom ambiente de trabalho e, principalmente, apoio da galera, ele não deve nada para muito centroavante que a mídia bate palmas. Pelo profissional que é, podem ter certeza que torço muito pelo sucesso do Obina.
segunda-feira, 27 de julho de 2009
CAMPEONATO BRASILEIRO 2009 - 13ª RODADA - SÉRIE B
Fortaleza 1 x 2 Bragantino
Juventude 2 x 2 Ipatinga
ABC 1 x 1 Guarani
Duque de Caxias 1 x 2 Ceará
Paraná 1 x 0 São Caetano
Bahia 2 x 1 Vasco
Ponte Preta 0 x 1 Figueirense
Portuguesa 2 x 1 América
Vila Nova 2 x 1 Campinense
Brasiliense 0 x 1 Atlético Goianiense
Olá amigos do FUTEBOLA!
A 13ª rodada da Segundona foi péssima para os times do Rio. O Vasco levou uma surpreendente virada do Bahia e o Duque de Caxias, em casa, perdeu para o Ceará. Quem também se deu mal na rodada foi o Brasiliense, que sofreu a quarta derrota consecutiva. Vamos aos comentários do jogo Vasco x Bahia.
Bahia 2 x 1 Vasco – Pituaçu, Salvado (BA)
MANDOU BEM!
- A atuação do zagueiro Nen, do Bahia, contra o Vasco, foi daquelas que ele nunca mais vai se esquecer na vida. A defesa vascaína é reconhecidamente o ponto mais forte da equipe, tendo sofrido somente 4 gols nos 12 jogos anteriores. A equipe carioca vencia a partida por 1 a 0, com certa tranquilidade, quando em um escanteio cruzado na área, Nen empatou a partida para o Tricolor Baiano. O relógio marcava 18 minutos do 2º tempo. A torcida do Bahia cresceu assustadoramente e tentava embalar o time. Aos 30 minutos, o camisa 7 baiano Leandro recebeu o segundo cartão amarelo, após dura falta no atacante Adriano, e foi mais cedo pro chuveiro. Com um homem a mais, e a entrada de Carlos Alberto, o Vasco seria só pressão. O jogo se transformou num jogaço. Adriano manda uma bomba na trave após ótima jogada de Paulo Sérgio. Pouco depois, Souza dá lindo passe para o mesmo Adriano, que limpa o goleiro e chuta sobre o zagueiro Evaldo, levando Carlos Alberto, sozinho ao seu lado, à loucura. Mas novamente o herói do jogo deu as caras. Novo escanteio cobrado na área vascaína e o zagueirão Nen manda uma cabeçada certeira para virar a partida. Final de jogo: Nen 2 x 1 Vasco.
MANDOU MAL!
- As duas falhas da defesa vascaína, nos lances que resultaram nos gols da vitória baiana, podem ser perdoadas. O sistema defensivo do Vasco vem se apresentando com uma constância, diria até inacreditável, e falhas podem ser aceitas. Já a atuação do setor de meio-campo, merece um puxão de orelha, pois não é a primeira vez que a meiúca vascaína mostra uma enorme falta de criatividade. Neste duelo contra o Bahia, o 1º tempo vascaíno foi muito fraco. Ernâni e Souza, que deveriam auxiliar Alex Teixeira na organização, já que Nílton estava bastante recuado para proteger a defesa, nada produziram de útil. Alex Teixeira ainda cresceu bastante de produção no 2º tempo, mas é evidente que sem o auxílio dos companheiros de meio não conseguirá comandar as ações ofensivas do Vasco. Fico imaginando o pesadelo que seria para o torcedor cruzmaltino se o Carlos Alberto realmente retornasse para o Werder Bremen.
sábado, 25 de julho de 2009
FIGURINHA CARIMBADA - GUARÁ
Nome: Guaracy Januzzi
Data de nascimento: 4 de janeiro de 1916
Faleceu em 19 de novembro de 1978
Posição: centroavante
Clubes:
Atlético Mineiro (1933 a 1941)
Flamengo (1941)
Siderúrgica –MG (1942)
Títulos:
Campeonato Mineiro – 1936, 1938 e 1939 – Atlético Mineiro
Campeão dos Campeões – 1937 – Atlético Mineiro
Destaques:
- Conhecido pelo apelido de “Perigo Loiro”, Guará foi o principal jogador de um dos maiores times da história do Atlético Mineiro. O esquadrão que começava com o lendário goleiro Kafunga, que defendeu o Atlético por duas décadas e mais de 600 jogos, passava pelo grande Zezé Procópio, que em 1938 integraria a Seleção Brasileira 3ª colocada na Copa do Mundo, e chegava ao ofensivo Nicola, cracaço e amigo de Guará desde a infância. Em Ubá, onde Guará e Nicola jogavam, ainda crianças, pelo Aimóres, costumavam dizer que eles não apenas faziam chover, mas provocavam vendavais e inundações.
Este timaço do Galo é tão importante, que o hino do clube lhe faz uma homenagem no trecho “Nós somos Campeões dos Campeões. Somos o orgulho do Esporte Nacional.” Em 1937, o futebol brasileiro ainda sofria com o debate profissionalismo x amadorismo, quando a FBF (Federação Brasileira de Futebol), que representava os clubes profissionais, criou um torneio envolvendo Fluminense(RJ), Portuguesa(SP), Rio Branco(ES) e Atlético Mineiro, campeões estaduais em 1936. Apesar do ruim início, quando foi goleado por 6 a 0 para o Fluminense, o Galo emplacou uma sequência de três vitórias seguidas, jogando em casa, e sagrou-se Campeão dos Campeões.
- Com nada menos que 168 gols na carreira, Guará é o quarto maior artilheiro da história do Galo. Destes gols, 24 foram marcados contra o rival Palestra Itália (que poucos anos mais tarde se tornaria o Cruzeiro), o que o coloca como segundo maior artilheiro do clássico, atrás apenas do palestrino Niginho. Apesar do corpo franzino, Guará era um atacante que beirava a perfeição. Além de passes magistrais e uma habilidade rara, sabia marcar gols de tudo quanto era jeito. Era tão genial que até arrumava tempo para inventar jogadas diferente, como a que ele nomeou de “Viva São João”. Após passar do meio do campo, Guará dava um chutão para o alto, mandando a pelota na direção da área adversária. Era aí que ele mostrava como era completo. Primeiro utilizava-se de toda sua velocidade para chegar na área rival antes da bola cair e, em seguida, apresentava sua impulsão e qualidade no cabeceio para mandar a bola pro fundo das redes. Só mesmo um gênio como Guará para, em um mesmo lance, contabilizar um gol e uma assistência.
- O dia 4 de junho de 1939, ficará marcado para sempre como um dos mais tristes na história atleticana. Era dia de Atlético x Palestra e os torcedores do Galo esperavam ver mais um show de Guará. Após realizar uma defesa, o goleiro Kafunga busca um rápido contra-ataque e lança a bola alta para Guará, que estava marcado pelo defensor palestrino Caieira. Os dois sobem na disputa da pelota. Os dois caem, após o choque de cabeças. Somente Caieira levanta. O silêncio no estádio torna-se ainda maior quando o médico atleticano leva as mãos à cabeça e ordena a retirada de Guará do campo. A situação era ruim e o craque, em coma, é enviado ao Pronto-Socorro de Belo Horizonte e depois para o Hospital. Foram 72 horas em estado de choque, com grande risco de perder a vida, e quase um mês internado. Os torcedores atleticanos lotavam de assinaturas o livro de visitas do hospital. Aos poucos o craque foi se recuperando e até tentou retornar aos gramados, porém nunca mais foi o mesmo e encerrou a carreira de maneira prematura. Uma das mais bem boladas frases que já li, foi dita por Ary Barroso sobre o fato: “A fama teve inveja de Guará”.
sexta-feira, 24 de julho de 2009
CAMPEONATO BRASILEIRO 2009 - 13ª RODADA - SÉRIE A
Avaí 1 x 0 Grêmio
Santo André 0 x 2 Cruzeiro
Flamengo 1 x 1 Barueri
Santos 1 x 0 Atlético Paranaense
Internacional 2 x 2 São Paulo
Goiás 2 x 1 Palmeiras
Náutico 2 x 2 Botafogo
Coritiba 1 x 1 Sport
Corinthians 2 x 1 Vitória
Atlético Mineiro 2 x 1 Fluminense
Olá amigos do FUTEBOLA!
Na rodada de meio de semana do Brasileirão, foi o Atlético Mineiro o time mais beneficiado. Se aproveitando dos tropeços de Palmeiras, que perdeu de virada para o Goiás, e do Internacional, que deixou o São Paulo empatar após estar vencendo por 2 a 0, o Galo bateu o Fluminense, no Mineirão, e abriu 3 pontos na liderança. Por falar em Fluminense, o Tricolor, assim como o Botafogo, permanecem na tão perigosa zona de rebaixamento. É sobre os jogos envolvendo estas duas equipes que comento abaixo.
Náutico 2 x 2 Botafogo – Aflitos, Recife (PE)
Atlético Mineiro 2 x 1 Fluminense – Mineirão, Belo Horizonte (MG)
MANDOU BEM!
- Quem já está ganhando cadeira cativa aqui na sessão “Mandou Bem” é o zagueiro botafoguense Juninho. Uma vez mais o capitão alvi-negro foi o principal responsável por sua equipe não ser derrotada. É impressionante a potência e precisão de seus chutes, que quando não sacodem o filó, sempre resultam em rebotes onde a bola fica pipocando na pequena área gritando “me chuta!”. Assim como no clássico contra o Flamengo, quando o goleiro rubro-negro soltou a bomba de Juninho nos pés de Alessandro, desta vez o goleiro do Náutico, Eduardo, largou a pelota livre para Reinaldo empatar a partida. A fase de Juninho está tão monumental, que o primeiro gol do Fogão surgiu de uma jogada ensaiada de escanteio, onde a bola foi rolada para ele fora da área. O próprio time já sabe com quem deve contar, transformando até escanteios em chutes do capitão. Como diria um amigo meu sobre Juninho: “Esse cara come chumbo!”.
- A atitude do Botafogo de recuar sua equipe, no 2º tempo do jogo contra o Náutico, foi muito bem aproveitada pelo time pernambucano. Gostei bastante do incisivo trio formado por Aílton, Carlinhos Bala e Gilmar, que infernizou o sistema defensivo botafoguense. Apesar dos dois gols marcados pelo Gilmar, foi o meia Aílton quem mais me encheu os olhos. Com muita movimentação, Aílton aparecia constantemente na criação das jogadas ofensivas de sua equipe. Após o Náutico virar o placar, Aílton realizou a jogada mais linda da partida, ao dar um chapéu no Juninho e tocar a bola na saída do Castilho. A pelota só não entrou pois Leandro Guerreiro, como sempre, estava atento ao jogo e tirou a bola sobre a linha do gol.
- Que bela partida realizou o Atlético Mineiro contra o Fluminense. Apesar de não ser o fã número 1 do treinador Celso Roth, é visível que o controle de bola exercido pelo Galo ao longo de todo o jogo e a movimentação da equipe têm o dedo dele. A dupla de meias formada por Júnior e Serginho tiveram uma apresentação de altíssimo nível, com o veterano Júnior mostrando estar se tornando um ótimo maestro. Já o Serginho, que teve sua boa atuação premiada com um gol, não parou de se movimentar ofensivamente, o que deixou o sistema defensivo tricolor perdido. Ora aparecia na direita, ora na esquerda, ora no meio, ora forçava a marcação na saída de bola do Fluminense... Se escorando nesta excelente atuação da dupla de meias, outros jogadores atleticanos também conseguiram se destacar na partida, como o atacante Diego Tardelli, que uma vez mais deixou sua marca, e o lateral Thiago Feltri, que participou diretamente dos dois gols do Galo.
- Como o Fluminense não atacava com muitos jogadores, ficava difícil de penetrar na defesa do Galo. Por este motivo, a opção que restou ao Tricolor foi os chutes de longa distância e as bolas paradas. Foi então que entrou em cena o goleiro Aranha, uma verdadeira muralha. Não importava de onde vinham os chutes, e nem quem chutava, o goleirão estava lá para garantir a vitória atleticana. Fred, Conca, Tartá e Kieza, tiveram seus perigosos chutes defendidos pelo Aranha. Para coroar sua atuação, Aranha realizou um verdadeiro milagre ao defender uma cabeçada aos 45 minutos da 2ª etapa.
MANDOU MAL!
- Não consigo compreender como uma equipe que está jogando bem ofensivamente, com o controle da posse de bola, do meio-de-campo e não dando oportunidades para o adversário crescer em campo, coloca tudo a perder, por relaxamento. O Botafogo realizara um belo 1º tempo no jogo contra o Náutico, porém voltou do intervalo com uma postura completamente diferente. A troca constante de passes e as jogadas ofensivas deram lugar a um time excessivamente recuado. Escorado no veloz trio ofensivo, que já foi elogiado anteriormente, o Náutico soube aproveitar recuo do Botafogo e, se não fosse o salvador alvi-negro Juninho, o Botafogo se complicaria mais no Brasileirão.
- O principal problema do Fluminense na derrota para o Atlético Mineiro foi a falta de qualidade na saída para o jogo. Se Diguinho, que é o volante que deveria ser responsável por iniciar as jogadas ofensivas do Flu, já que Wellington Monteiro não tem qualidade técnica para tal tarefa, teve uma péssima atuação, os zagueiros tricolores também abusaram dos erros bobos. O treinador Renato Gaúcho pode até preparar o Fluminense para jogar nos contra-ataques, explorando a velocidade de Conca, Tartá e Kieza, porém precisará de muito treino para fazer a bola sair redondinha da defesa até os pés do argentino Conca, o cérebro do Tricolor.
JOGADA RÁPIDA!
- O Avaí conseguiu uma excelente vitória contra o Grêmio e emplacou o terceiro triunfo seguido. Com esta sequência, a equipe catarinense já se distanciou 4 pontos da zona do rebaixamento e parece estar se acostumando com a difícil Série A do Brasileirão.
segunda-feira, 20 de julho de 2009
PAPO CABEÇA - Decidir em casa é realmente vantajoso?
Já faz algum tempo que eu estava matutando sobre um assunto que é quase intocável no futebol mundial. Sempre que há uma decisão em dois jogos, a equipe que decide em casa é considerada favorita. O fato de jogar a partida derradeira em seus domínios vira até capa de jornal: “Tabajara decidirá o título no Tabajarão!”. Será mesmo que é tão vantajoso assim o fato de ser mandante na partida decisiva de um torneio?
O duelo entre Cruzeiro e Estudiantes, pela final da Copa Libertadores, foi o que me fez mudar de opinião, após bastante tempo. Não foi de uma hora para a outra, mas a vitória da equipe do genial Juán Sebástian Verón foi a gota d´água. Reparem na tranquilidade do Estudiantes após não vencer o jogo de ida, afinal não era o fim do mundo, e no nervosísmo dos jogadores cruzeireses a cada segundo que passava de jogo no Mineirão. As pernas do Ramires pareciam pesar toneladas.
Ao atuar a primeira partida decisiva em seus domínios, uma equipe, é óbvio, tem a obrigação de buscar a vitória. Porém, se for um daqueles jogos onde nada dá certo, o craque não acerta um passe, o centroavante não está com o pé calibrado e o xerifão está cometendo muitas faltas, não é um pesadelo tão assustador, afinal, ainda existe o jogo de volta. Os próprios torcedores presentes no estádio não vaiam a equipe após um ruim resultado, jogando em casa, no jogo de ida, pois eles sabem que em menos de uma semana, tudo pode mudar. A esperança é a última que morre, certo?
Falando em torcedor, estes são fundamentais em uma decisão. Todo torcedor está no estádio para apoiar sua equipe, porém quanto maior o caráter decisivo da partida, mais impaciente ele fica. Como citei anteriormente, jogar a primeira partida final em casa faz com que o torcedor ainda mantenha a esperança em caso de um ruim resultado. Entretanto, ter que realmente decidir em casa faz o relógio passar mais rápido, faz a esperança ir desmoronando. Um passe errado não é tolerável, um chute torto vira chiadeira, um gol do adversário torna-se um golpe quase fatal. A situação pode se tornar ainda pior se o adversário for uma equipe tranquila que souber explorar a impaciência da torcida. Toca pra cá... Toca pra lá... Gira aqui... Volta a bola no goleiro... Finge uma contusão... Chama o carrinho de maca... Torcedores e jogadores mandantes se desesperam.
Além do fato de que perder a primeira partida decisiva, jogando em casa, não acarreta no fim da chance de conquistar o caneco, e de não ter que enfrentar uma torcida mais impaciente, mesmo que apaixonada, ainda encontro mais uma vantagem em ser o mandante do jogo de ida. Pensando no fato de que uma boa vitória no primeiro duelo decisivo é meio caminho andado para conquistar o título, é mais fácil conseguir esta vitória em casa, certo? Até mesmo pelo pensamento do próprio adversário, que acredita que por não ser a partida derradeira, e estar jogando fora de seus domínios, prefere ficar mais recuado, facilitando a pressão do time mandante.
Para concluir dando um maior embasamento a minha opinião, vou mostrar um dado muito relevante e inacreditável. Somente nesta década, seis equipes brasileiras perderam a decisão da Libertadores para equipes estrangeiras. Foram elas: Palmeiras (2000), São Caetano (2002), Santos (2003), Grêmio (2007), Fluminense (2008) e Cruzeiro (2009). Amigos, acreditem, todas estas equipes brasileiras decidiram a Libertadores atuando a última partida em casa.
CAMPEONATO BRASILEIRO 2009 - 12ª RODADA
Fluminense 1 x 4 Goiás
Palmeiras 1 x 0 Santo André
Vitória 0 x 0 Atlético Mineiro
Cruzeiro 1 x 2 Corinthians
Grêmio 2 x 1 Internacional
São Paulo 2 x 1 Santos
Atlético Paranaense 0 x 0 Coritiba
Barueri 4 x 0 Náutico
Sport 1 x 3 Avaí
Flamengo 2 x 2 Botafogo
SÉRIE B
Vasco 3 x 0 ABC
Ceará 2 x 0 Portuguesa
Figueirense 3 x 1 Vila Nova
Ipatinga 5 x 2 Brasiliense
Guarani 1 x 2 Paraná
Bragantino 1 x 1 Ponte Preta
Atlético Goianiense 3 x 1 Fortaleza
Campinense 1 x 2 Bahia
São Caetano 4 x 0 Duque de Caxias
América 0 x 2 Juventude
Olá amigos do FUTEBOLA!
Neste fim de semana ocorreu mais uma importante rodada do Brasileirão 2009. O Palmeiras soube aproveitar muito bem o fato de o Atlético Mineiro e Internacional não terem vencido seus jogos e já está consolidado na briga pela liderança. Já na parte de baixo da tabela, na temerosa zona de rebaixamento, Botafogo, Cruzeiro e Fluminense têm motivos para começarem a se preocupar. Tudo bem que a equipe mineira tenha acabado de voltar suas atenções para o Brasileiro, mas não podemos esquecer o exemplo do próprio Fluminense em 2008. Já na Série B, o Vasco está se reerguendo com muita autoridade e o Ceará, do treinador PC Gusmão, que nas primeiras rodadas estava no final da tabela, já está a 2 pontos do G4. Vamos aos comentários dos jogos que eu assisti, desta 12ª rodada do Brasileirão.
Vasco 3 x 0 ABC – São Januário, Rio de Janeiro (RJ)
Fluminense 1 x 4 Goiás – Maracanã, Rio de Janeiro (RJ)
Cruzeiro 1 x 2 Corinthians – Mineirão, Belo Horizonte (MG)
Flamengo 2 x 2 Botafogo – Maracanã, Rio de Janeiro (RJ)
MANDOU BEM!
- Na ótima vitória do Vasco, sobre o ABC, em São Januário, os pontos positivos dos últimos triunfos vascaínos voltaram a aparecer. O sistema defensivo continua mostrando uma solidez inexistente em anos anteriores, apesar de que, nesta partida em particular, muitas faltas tenham sido cometidas. O goleiro Fernando Prass a cada dia que passa se torna mais líder neste time. Além da incrível segurança que sua qualidade debaixo do gol passa para os companheiros, ele tem falado muito na tentativa de ajustar a equipe. Da meiúca para frente, o Vasco só se ajustou realmente na 2ª etapa, principalmente após a expulsão do Rogério. Com mais espaço e a entrada do endiabrado Philippe Coutinho, o Vasco passou a dominar por completo o adversário. Os gols marcados no início de cada tempo, com o bom meia Souza e o atacante Adriano, que por sinal fez uma excelente estréia, ajudaram bastante o Vasco ter tranquilidade para saber vencer o jogo. Que isso sirva de lição para o time entrar sempre ligado no 220 Volts, não interessando o adversário nem o local do jogo.
- Já não é de agora que a dupla ofensiva do Goiás vem se mostrando de altíssima qualidade. O veloz e incisivo Iarley e o preciso e letal Felipe, deixam as defesas adversárias perdidas. Este duelo contra o Fluminense, mostrou que o Goiás não pode, contra nenhum adversário, atuar como no 1º tempo. Excessivamente recuado, a equipe não tinha como explorar sua melhor qualidade, que é justamente sua dupla de ataque. Foi somente após virar a partida, com dois gols “achados” de Ramalho e Júlio César, que a equipe goiana mostrou seu bom futebol. É claro e evidente que o desespero que assolava o Fluminense e os espaços deixados pela equipe tricolor facilitaram, e muito, a vida do Goiás. Porém, diferentemente do ruim futebol mostrado antes do intervalo, a equipe verde soube matar o jogo com sua ótima dupla. Um gol de Felipe e outro de Iarley fecharam o caixão tricolor.
- O Corinthians soube aproveitar o frágil momento psicológico por qual passa o Cruzeiro, após a derrota na final da Libertadores, e conseguiu conquistar importantes 3 pontos. E foi um jogaço de bola o que se viu no Mineirão. Quando está diante de um grande rival é que o Ronaldo mostra mais ainda sua estrela. O “Gladiador” Kléber conseguiu dar bons passes, que não foram aproveitados pelos seus companheiros (a bola que ele deu de letra para o Gérson Magrão foi espetacular), chutou bolas perigosas contra o gol de Felipe e ainda sofreu um pênalti, convertido por ele mesmo. Já Ronaldo perdia gol na área, ficava impedido com uma frequência incomum e ainda despediçara um pênalti. Porém, apesar do dia ruim, ele ainda é o Ronaldo. Um passe milimétrico para Jorge Henrique e um gol marcado, decidiram a partida para o Timão. Como sempre, Jorge Henrique foi importante na organização ofensiva do Corinthians, entretanto quem eu gostei bastante de rever em campo foi o meia Morais. Sempre fui fã do Morais e nesta partida ele mostrou o seu rápido e incisivo futebol. Acredito que ele vai brigar por posição no time titular, ou com o Douglas ou com o Dentinho, pois tem qualidade para isso.
- O Botafogo teve uma boa atuação no clássico contra o Flamengo, no Maracanã. Apesar de Juninho novamente mostrar que é o melhor cobrador de faltas do país, desta vez ele não foi a única arma ofensiva do Fogão. As bolas alçadas na área levaram muito perigo ao gol defendido por Bruno, além de alguns poucos, mas bons, contra-ataques. A vantagem do Botafogo nas bolas cruzadas sobre a área do Flamengo foi enorme, com André Lima, Victor Simões e Renato (que marcou um gol de cabeça após escanteio cobrado por Lúcio Flávio) conseguindo superar constantemente a defesa rubro-negra. Por falar em Renato, um outro fator determinante para a boa apresentação do Glorioso foi a opção do Ney Franco de substituir o contundido zagueiro Emerson pelo meia Renato, que deu muito maior qualidade ao setor ofensivo da equipe alvi-negra. O treinador Ney Franco está aos poucos conseguindo rearrumar o Fogão e fazer com que a saudade do Maicosuel comece a diminuir.
- O torcedor flamenguista deve ficar se lamentando bastante pelo fato de a dupla formada por Adriano e Emerson não ter feito parte da equipe em 2008. Se no ano passado encontrar uma dupla de ataque eficiente era o maior problema rubro-negro, neste Brasileirão, Adriano e Emerson são disparados os destaques do Mengão. As características deles se completam, com o agravante de ambos saberem finalizar muito bem. A consciente cabeçada de Adriano e o mais consciente ainda chute de Emerson, que resultaram nos gols marcados do Flamengo, mostram como a dupla sabe sacudir o filó, apesar de no caso de Adriano, todo mundo já saber disso. E tem mais. Foi por muito pouco que Adriano não marcou um gol antológico no Maraca, após chapelar Alessandro e mandar de primeira. Era digno de placa. Mesmo com um meio campo que esteve muito apagado, e que claramente sentiu a falta do Íbson, o “Sheik” e o “Imperador” conseguiram impedir que o Flamengo saísse derrotado, diante de uma melhor atuação do Botafogo.
MANDOU MAL!
- A atitude do árbitro Luiz Alberto Bites de repreender o jovem Philippe Coutinho, por estar passando o pé sobre a bola, é merecedora de punição. Se alguém deve criticar o jogador por ele estar fazendo uma jogada improdutiva, este é o treinador Dorival Júnior. Tenho uma opinião um pouco radical sobre este assunto. Em meu entendimento, o jogador que está com a posse da bola tem o direito de fazer o que quiser com ela, desde sambar em sua frente ou colocá-la no pescoço. Se o adversário não estiver satisfeito com esta atitude, ele que roube a pelota. É uma hipocrisia muito grande um zagueiro que passa a partida inteira ameaçando um atacante (não que o defensor do ABC tenha feito isso, estou apenas generalizando), achar falta de respeito este fazer uma firula com a bola.
- “O Fluminense esteve péssimo do goleiro ao ponta-esquerda”, diriam os antigos sobre a horripilante atuação tricolor contra o Goiás, no Maracanã. Desde o goleiro Ricardo Berna, que levou nada menos que 3 gols de chutes longos e deu rebote no lance que resultou o quarto, até o atacante Leandro Amaral, que só foi percebido em campo quando foi substituído, o Fluzão esteve péssimo. A equipe até conseguiu criar algumas poucas chances de gols, escorada principalmente na qualidade e movimentação de Conca e Ruy Cabeção, porém o volume de jogo mostrado seria pouco até para vencer, com todo respeito, um adversário de 1ª fase de Copa do Brasil. Minha opinião sobre a situação do Fluminense é diferente da maioria. Não concordo que a equipe precise tanto de reforços. Claro que eles são bem-vindos, porém um time que conta com Luiz Alberto, Ruy, Diguinho, Conca, Fred e Leandro Amaral, tem obrigação de brigar no topo da tabela.
- Como disse anteriormente, Corinthians e Cruzeiro fizeram uma bela apresentação, no Mineirão. O principal motivo de o jogo ter sido tão emocionante, foi a fragilidade de ambos os sistemas defensivos. Se do Cruzeiro já é fraco quando está completo, imaginem quando precisa improvisar 2 volantes como zagueiros e ainda atuar, por mais de um tempo, com um jogador a menos. Já a tão sólida defesa corintiana sentiu muito a falta de William e de Alessandro. Não importava qual o time que estivesse atacando, as defesas eram como queijos suiços cheios de buracos. Se este fato tornou o jogo divertido para os torcedores, não deve ter alegrado nem um pouco os treinadores.
- Durante esta sua passagem pelo Flamengo que acabou de se encerrar, Íbson se tornou o líder técnico da equipe. Era algo como: Íbson esteve bem, o Flamengo esteve bem. Íbson esteve mal, o Flamengo esteve mal. Dentre os jogadores da equipe, Kléberson talvez tenha sido o que mais se beneficiou com a presença de Íbson em campo. As melhores atuações de Kléberson com a camisa rubro-negra, vinham grudadas à grandes apresentações de Íbson, sendo o exemplo mais claro, a goleada de 5 a 2 sobre o Palmeiras no Brasileiro de 2008. Agora, porém, Kléberson tem que entender que ele deve ser o sol pelo qual os jogadores do Flamengo devem girar em torno. Ele que deve ser a cabeça pensante da equipe, o arquiteto das jogadas ofensivas. O que se viu no duelo contra o Botafogo, entretanto, esteve muito longe disso. Muito apagado e cometendo erros bobos, Kléberson só aparecia com um pouco de destaque nas bolas paradas. O treinador Cuca deve, urgentemente, colocar na cabeça de Kléberson que agora ele deve ser mais do que apenas um cobrador de escanteios.
- Os dois jogos que eu assisti no domingo, pelo Brasileirão, contaram com arbitragens péssimas. Teve gol do Cruzeiro mal anulado, gol do Botafogo mal anulado, gol do Botafogo mal validado, gol do Flamengo mal validado... Foi um festival de erros. Os árbitros Elmo Alves Resende Cunha (Cruzeiro x Corinthians) e Péricles Bassols (Flamengo x Botafogo), tiraram um pouco do brilho destes dois grandes clássicos.
JOGADA RÁPIDA!
- Simplesmente sensacional a campanha do Barueri. Após perder aquele que talvez fosse seu principal jogador, o centroavante Pedrão, a equipe paulista continua sua caminhada de vitórias. E mais! Já tem o novo artilheiro do Brasileirão, o atacante Val Baiano, empatado com 8 gols com o centroavante do Vitória, Roger.
quinta-feira, 16 de julho de 2009
COPA LIBERTADORES DA AMÉRICA - FINAL
Olá amigos do FUTEBOLA!
Infelizmente não deu para o Cruzeiro conquistar a Libertadores. Uma vez mais um time brasileiro chegou na final e deixou passar a oportunidade de, além de levantar o mais importante caneco da América, disputar o Mundial de Clubes. Só nesta década, Palmeiras, São Caetano, Santos, Grêmio e Fluminense já haviam perdido uma final de Libertadores (não estou nem contando o Atlético Paranaense, pois este perdeu para o São Paulo, e o próprio Tricolor Paulista, que perdeu para o Internacional). Fico triste em constatar isso, mas o país mais importante no cenário do futebol sul-americano, como é o Brasil, não pode perder tantas finais.
MANDOU BEM!
- Como joga bola o tal do Verón! E além da qualidade técnica mais do que rara para os dias de hoje, o argentino joga com o coração. Antes do primeiro jogo decisivo, em La Plata, os jornais diziam que Verón era dúvida para o jogo. Sejamos sinceros. Vocês acham que o Verón ficaria de fora de um final de Copa Libertadores? Nem sem perna. No jogo do Mineirão, o veterano mostrou suas duas qualidades que eu mais admiro: os passes perfeitos e uma frieza assustadora. O Cruzeiro acabara de marcar um gol, que tinha grandes chances de ser o gol do título. O Mineirão tremia. Nem os próprios jogadores cruzeirenses conseguiram voltar o pensamento para o jogo, tamanho o êxtase pela iminente vitória. Mas lá estava Verón, calmo e pensativo, como um estátua de Sócrates. Poucos minutos depois, a torcida ainda urrava, quando no centro do campo Verón recebeu uma bola com liberdade. Na hora eu gritei: “Não! Não pode deixar ele sozinho!”. A abertura de jogada na ponta-direita foi perfeita, o lateral Cellay cruzou na medida, Fernandéz completou e... Silêncio no Mineirão. A equipe azul sentiu o golpe, não aguentou cair do céu tão rapidamente. A situação ainda se tornaria pior após Verón cobrar escanteio como se estivesse com uma régua presa na chuteira, na cabeça de Bosseli. Virada do Estudiantes. Este tinha grandes chances de ser o gol da vitória. E foi. Sabem por que? Porque o Cruzeiro não tinha um jogador com a calma de Juan Sebástian Véron, para recolocar o time nos trilhos.
MANDOU MAL!
- Acredito que é uma grande covardia jogar a culpa da derrota cruzeirense sobre apenas um ou outro jogador, entretanto, sempre tive em mente que os maiores culpados devem ser aqueles de quem mais se esperam. Claro que o meia Ramires não foi o único culpado pela perda do título, porém deveríamos deixar passar, sem críticas, uma atuação tão ruim do principal jogador do Cruzeiro? Em minha opinião, não. A sensação que tive foi a de que as tão leves pernas do Ramires estavam pesando toneladas. Passes de poucos metros saíam tortos e jogadas em velocidade inexistiam. Tudo bem que comandar uma equipe em final de Libertadores não é para qualquer um, mas o Ramires não parece ser qualquer um. Sua péssima atuação foi essencial para o Cruzeiro só ter conseguido organizar uma boa jogada, no 1º tempo, e não ter se estabilizado após sofrer a virada. Que ao menos esta derrota o faça crescer bastante e que, no futuro, ele realmente prove não ser um jogador comum.
- Como citei anteriormente, não é sensato jogar toda a culpa da derrota azul sobre o Ramires. A defesa do Cruzeiro, já não é de hoje, é um verdadeiro queijo suiço. Mesmo sem ter, em nenhum momento do jogo, sido pressionada, esta defesa sofreu dois gols perfeitamente evitáveis. E tem mais. No 1º tempo, o Estudiantes conseguiu criar uma claríssima chance de abrir o placar, após um chutão pra frente do goleiro Andújar. No setor de meio-campo, apenas a sorte de Henrique, ao chutar a bola que desviou em Desábato e entrou, deve ser destacada. Marquinhos Paraná esteve nervoso e ausente e o Wagner, contundido, apenas se esforçou. Esforço que também foi visto em Kléber, mesmo que desta vez sua estrela não tenha brilhado. As jogadas individuais do “Gladiador”, que diga-se de passagem eram o maior foco de esperança do Cruzeiro, não deram certo. O bom trabalho realizado pelo Cruzeiro na Libertadores, eliminando Grêmio e São Paulo, não deve ser esquecido, mas que eu estou muito decepcionado com a atuação celeste, isso estou.
- O que a Rede Globo e a CBF fizeram, não foi uma falta de respeito somente ao Cruzeiro, mas sim ao futebol brasileiro. No dia que uma equipe nacional está decidindo a Copa Libertadores, nada mais justo do que ela se tornar o centro das atenções do nosso futebol. Porém, a CBF decide marcar, na mesma data dos dois jogos decisivos entre Cruzeiro e Estudiantes, rodadas do Campeonato Brasileiro. E tem mais. A Rede Globo, apoiada em uma infâme tabela de audiência, prefere passar os jogos que envolvem as equipes do eixo Rio – São Paulo. E sabem o que me deixa mais irritado? Se a equipe mineira fosse Campeã, os narradores globais iriam encher o peito de ar para falar: “O Cruzeiro é o Brasil contra o Barcelona!”.
CAMPEONATO BRASILEIRO 2009 - 11ª RODADA - SÉRIE B
Ponte Preta 3 x 0 Campinense
Juventude 2 x 0 Figueirense
Brasiliense 0 x 1 Ceará
Paraná 2 x 0 Ipatinga
Duque de Caxias 1 x 1 Guarani
Vila Nova 0 x 2 Vasco
Fortaleza 3 x 0 América
Bahia 1 x 1 Bragantino
ABC 0 x 4 São Caetano
Portuguesa 2 x 1 Atlético Goianiense
Olá amigos do FUTEBOLA!
O Vasco está se aproximando do G4 na Segundona. Com mais uma boa atuação, a equipe Carioca alcançou a 5ª colocação e parece ter reencontrado o caminho do bom futebol. Porém, quem está com tudo na Série B é a cidade de Campinas. Além do Guarani, que não perde pra ninguém, agora a Ponte Preta conseguiu chegar ao 2º lugar. Campinas é uma cidade muito importante na história do futebol paulista e brasileiro. Espero que tanto Guarani, quanto a Ponte, sigam no mesmo ritmo.
Vasco 2 x 0 Vila Nova – Serra Dourada, Goiânia (GO)
MANDOU BEM!
- O Vasco possuia todos os motivos para realizar um apresentação ruim contra o Vila Nova, em Goiânia. Para início de conversa, as duas principais armas ofensivas da equipe, Carlos Alberto e Ramón, estavam suspensos. Como se isso já não fosse o suficiente para enfraquecer o Vasco, o atacante Robinho, que vinha crescendo a cada partida, resolve cometer uma infantilidade e é expulso logo aos 7 minutos do 1º tempo. O Vasco precisaria de muita raça, para conseguir algo positivo, e mostrou uma garra digna de aplausos. Com gols marcados em momentos críticos do jogo, com o excelente lateral Fágner encobrindo o goleiro Juninho em um chute/cruzameto e o centroavante Élton após lindo passe de Paulo Sérgio, o Vascão conquistou uma merecidíssima vitória. A qualidade defensiva de alguns jogadores novamente foi muito importante neste triunfo cruzmaltino. O goleiro Fernando Prass realizou duas monumentais defesas e passou mais um jogo sem levar gols. Nos últimos oito jogos, apenas uma vez a rede de Fernando foi sacudida. Méritos do goleiro e do sistema defensivo. Vílson e Titi podem não ser os zagueiros mais seguros do país, no entanto estão dando conta do recado, assim como a dupla de volantes Nílton e Amaral. Agora, o Vasco tem tudo para vencer o ABC, em São Januário, na próxima rodada, e entrar no G4.
MANDOU MAL!
- Nem preciso criticar muito o atacante Robinho pela infantil expulsão. O que disse o treinador Dorival Júnior já é mais que o suficiente: “Foi muito infantil, inconsequente, totalmente. Essa é que é a questão, o jogador faz uma partida boa e tem que se preparar para a seguinte que é muito mais importante.” e “O jogador tem de ter consciência do momento e não se deixar levar. É jovem, entendemos, mas será chamado a atenção de forma dura e direta para a sequência.”. Falou e disse!
terça-feira, 14 de julho de 2009
CAMPEONATO BRASILEIRO 2009 - 10ª RODADA
Avaí 1 x 2 Botafogo
Barueri 3 x 1 Coritiba
Palmeiras 4 x 1 Náutico
São Paulo 2 x 2 Flamengo
Atlético Paranaense 3 x 2 Internacional
Grêmio 3 x 0 Corinthians
Cruzeiro 0 x 3 Atlético Mineiro
Fluminense 0 x 1 Santo André
Vitória 6 x 2 Santos
Sport 1 x 0 Goiás
SÉRIE B
Guarani 2 x 1 Brasiliense
Campinense 1 x 0 Juventude
São Caetano 1 x 1 Portuguesa
Figueirense 3 x 1 Fortaleza
Vasco 3 x 0 Ponte Preta
Bragantino 2 x 1 Vila Nova
América 4 x 1 Bahia
Ipatinga 1 x 0 Duque de Caxias
Ceará 2 x 0 ABC
Atlético Goianiense 5 x 0 Paraná
Olá amigos do FUTEBOLA!
O Brasileirão está ganhando corpo. A 10ª rodada teve resultados surpreendentes como a humilhante goleada que o Vitória aplicou no Santos e o Santo André ter batido o Fluminense, no Engenhão. Outros dois resultados importantes da rodada, foram as convincentes vitórias de Palmeiras e Grêmio. Em minha opinião, ambos são times que vão brigar até o final pela vaga na Libertadores e até pelo título. Falando em título, o Atlético Mineiro se aproveitou do fato de o Cruzeiro atuar com reservas e reassumiu a liderança do Brasileirão. Já na Série B, o Guarani continua sua sensacional arrancada rumo à elite do nosso futebol e conquistou uma excelente vitória sobre o 2º colocado Brasiliense. Vamos aos destaques dos jogos que eu consegui assistir na íntegra.
Vasco 3 x 0 Ponte Preta – São Januário, Rio de Janeiro (RJ)
Avaí 1 x 2 Botafogo – Ressacada, Florianópolis (SC)
São Paulo 2 x 2 Flamengo – Morumbi, São Paulo (SP)
Fluminense 0 x 1 Santo André – Engenhão, Rio de Janeiro (RJ)
MANDOU BEM!
- No Duelo contra a Ponte Preta, pela 10ª rodada da Série B, o Vasco teve uma atuação muito boa tanto coletiva quanto individualmente. Em todos os setores do campo a equipe vascaína esteve melhor e em cada um deles, um jogador apareceu com maior destaque. Na linha de 4 defensores, foi o lateral-direito Fágner quem jogou um bolão. Se mostrando muito incisivo ofensivamente, o jovem lateral Fágner parecia o seu companheiro Ramón, no início do ano. Muito acionado na 1ª etapa, foi a melhor arma do Vasco para furar o sistema defensivo da Ponte Preta, acertando dribles, passes, cruzamentos e sofrendo faltas. Foi de seus pés que saiu o passe para o primeiro gol do Vasco, marcado por Robinho. Por falar em Robinho, mesmo com os dois gols marcados pelo centroavante Élton, em minha opinião, foi o Robinho o maior destaque ofensivo do Vasco. E pelo segundo jogo consecutivo. Com muita habilidade, e principalmente, sem medo de errar, o atacante aparece muito no jogo e de seus pés têm surgido muitas jogadas de qualidade. Particularmente fico muito feliz com suas boas atuações, pois acho legal quando uma das chamadas equipes grandes, do Rio de Janeiro, investe em jogadores que se destacaram no Cariocão, como foi o caso de Robinho no Volta Redonda. Completando os destaques individuais do Vasco na partida, gostei muito do futebol mostrado pelo meia Souza. Esta não é a primeira oportunidade que o prata-da-casa vascaíno recebe, porém foi a que ele melhor soube aproveitar. Em um momento em que Nílton e Léo Lima não vinham sendo felizes na tentativa de organizar o meio-campo cruzmaltino, com uma sequência muito ruim de atuações, Souza deu o primeiro passo para ganhar a posição. Seus passes qualificaram bastante a saída de bola vascaína e, como um volante moderno deve fazer, apareceu constantemente no ataque. Foi de Souza as duas jogadas mais vistosas da partida. Primeiro ele deu um drible desconsertante em Marrom que acabou cometendo o pênalti, convertido em seguida por Élton. Mais tarde, o meia deu uma arrancada sensacional, desde seu campo e só foi parado quando levou uma entrada violentíssima do Gercimar, que resultou na expulsão deste. Parece que o Vasco está retomando o bom futebol do primeiro semestre.
- Uma vez mais, a melhor arma ofensiva botafoguense funcionou. As cobranças de faltas do Juninho estão realmente imparáveis. Tudo bem que o Fogão vem jogando com uma raça de encher os olhos, mas assim como no empate contra o líder Atlético Mineiro, em pleno Mineirão, Juninho foi essencial para esta vitória sobre o Avaí, também fora de casa.
- Na 2ª etapa do duelo contra o Botafogo, a dupla de avantes do Avaí, formada por Muriqui e Roberto, apresentou um futebol excelente. O bom Muriqui, já estava atuando muito bem desde antes do intervalo, porém foi com a entrada de Roberto que ele, assim como toda a equipe, cresceu na partida. Com muita movimentação e velocidade, a dupla infernizou o sistema defensivo botafoguense. Logo aos 10 minutos do 2º tempo, após excelente jogada de Roberto pela direita, Marquinhos marcou um belo gol para o Avaí, diminuindo a vantagem que o Fogão havia conquistado. O placar apontava 2 a 1, para a equipe carioca e esperava-se que o Avaí partisse com tudo para cima. Foi o que ocorreu. Ora pela direita, ora pelo meio, ora pela esquerda, o Avaí pressionava demais o Botafogo que só conseguiu esboçar uma jogada ofensiva de qualidade, quando o goleiro Eduardo Martini, foi tentar a empatar a partida em uma cobrança de escanteio. A onda de ataques criada pelo Avaí, resultou em bola tirada sobre a linha do gol pelo Leandro Guerreiro, em chute longo, que explodiu na trave, e em boas defesas do goleiro Castillo, mas o futebol dificilmente perdoa a falta de qualidade nas finalizações. Apenas por esta incapacidade do Avaí de sacudir o filó, que o Botafogo conseguiu voltar de Florianópolis com os 3 pontos.
- O futebol apresentado pelo Flamengo, durante a 1ª etapa do jogo contra o São Paulo, foi digno de aplausos. Mesmo com 5 desfalques (e olhem que não estou contando o recém-saído Íbson), o Flamengo parecia um time completamente entrosado. O que mais me surpreendeu, entretanto, foi a atuação da dupla Zé Roberto e Fierro. Os dois foram os principais responsáveis pelo eficiente e vistoso jogo do Flamengo, onde a bola passava de pé em pé com muita naturalidade. O antes sólido sistema defensivo do Tricolor Paulista estava de pernas pro ar com o toque de bola rubro-negro. Os passes certos de Léo Moura, desta vez atuando como volante, e os inúmeros desarmes realizados pelo Willians, também foram muito importantes para o controle de jogo exercido pelo Flamengo. Após o intervalo, Zé Roberto e Fierro sentiram o peso de não atuarem uma partida inteira faz tempo. Com a queda de produção dos seus armadores, o Flamengo recuou bastante, perdeu o domínio do meio-campo e não soube aproveitar a vantagem de mais um homem em campo. Mesmo assim, o belo 1º tempo deve ser estudado para ser repetido.
- A única semelhança entre o São Paulo Campeão Brasileiro de 2008 e o time que enfrentou o Flamengo, no Morumbi, é o a qualidade do zagueiro Miranda. A contusão do melhor goleiro do Brasil na década (opinião minha), Rogério Ceni, foi mais sentida do que eu imaginava e o melhor jogador do país em 2008 (também opinião minha), Hernanes, não é nem sombra daquele dinâmico meia. Além do mais, a desorganização da equipe em campo é visível, o que faz com que o sistema defensivo esteja completamente desprotegido. Porém, com tudo contra, Miranda continua jogando um bolão. Parece que o período em que esteve na Seleção Brasileira, durante a Copa das Confederações, o fez muito bem. Sua qualidade defensiva e a calma que mostra, tanto dentro como fora de campo, o fazem ser essencial para o Tricolor neste difícil momento de transição. Nesta partida contra o Flamengo, o único zagueiro paulista que conseguiu fazer frente com o “Imperador” Adriano foi o Miranda, e ele ainda arrumou um tempinho para sofrer o pênalti que deu o empate ao São Paulo.
- A calma mostrada pelo Santo André na vitória diante do Fluminense, no Engenhão, foi surpreendente. Tudo bem que o gol contra marcado pelo tricolor Wellington Monteiro , logo aos 3 minutos de jogo, e a experiência de jogadores como Marcelinho Carioca e Fernando, colaboraram bastante para tranquilizar o Santo André. Por falar em Marcelinho Carioca, realmente é fora do comum a sua capacidade de tratar a bola, ainda mais quando ela está parada. O goleiro tricolor Ricardo Berna teve bastante trabalho com o veterano “Pé de Anjo”.
MANDOU MAL!
- Toda a pressão sofrida pelo Botafogo, durante a 2ª etapa da partida contra o Avaí, ocorreu devido à falta de controle de bola da equipe. Como quem tem a obrigação de comandar as ações ofensivas do Fogão é o Lúcio Flávio, acredito que ele foi o principal culpado pela má atuação da equipe carioca. Sei que parece exagero jogar toda a culpa de o Botafogo ter feito um péssimo jogo, após o intervalo, apenas em um jogador, porém se o Lúcio Flávio jogasse metade do que sabe, o Bota não passaria nenhum sufoco nesta partida. O camisa 10 alvi-negro sempre possuiu como principal característica a distribuição eficiente do jogo e, com uma impressionante qualidade no passe, Lúcio poderia, e deveria, ter aparecido mais no jogo para poder esfriar o ímpeto do Avaí. Apenas a assistência para o gol de Renato, é muito pouco para quem deve ser o líder técnico e o comandante do Fogão.
- Como citei anteriormente, o meia do São Paulo, Hernanes, parece ser outro jogador. Quem o viu atuar ano passado, tem em mente um meia moderno, que sabe marcar com muita qualidade e possui grande ímpeto ofensivo. Em 2009, porém, este jogador ainda não foi visto. Não sei se o fato de não ter sido vendido para a Europa o abalou, mas acredito que não. Digo isto pois nas vezes que o assisti dar entrevistas, ele se mostrou muito maduro em relação ao fato de jogar no exterior. Para mim, o mistério de 2009, no futebol brasileiro, é descobrir onde foi parar o excelente futebol do Hernanes.
- Absolutamente desastrosa a atuação do Fluminense na derrota sofrida para o Santo André. Talvez a força de vontade do Conca ou alguns ataques do estreante lateral-direito Rui, merecessem alguns elogios, porém a apresentação do Flu, no geral, foi tão ruim que estes elogios ficam ofuscados. Uma vez mais Wellington Monteiro mostrou que não tem condições de ser titular. Não só pelo pífio gol contra, mas pela falta de segurança que ele dá para a equipe. Porém, sejamos sinceros. A culpa desta derrota não foi do Wellington Monteiro. Desde o treinador Parreira até o sumido atacante Leandro Amaral, passando pelo experiente Luiz Alberto, o Fluminense não mostrou nada que o fizesse vencer o jogo. Isso pois estou evitando criticar a fraca atuação dos mais jovens.
JOGADA RÁPIDA!
Acreditem! Luxemburgo, Muricy Ramalho e Parreira estão desempregados.
sexta-feira, 10 de julho de 2009
COPA LIBERTADORES DA AMÉRICA - FINAL
Olá amigos do FUTEBOLA!
O Cruzeiro deu um grande passo rumo ao título da Copa Libertadores ao segurar o ímpeto do Estudiantes na Argentina. Em um jogo onde a torcida adversária parecia entrar em campo, tamanha a empolgação, o goleiro Fábio foi o principal responsável pelo belo resultado alcançado pelo time celeste. Vamos aos comentários deste importante jogo.
MANDOU BEM!
- Simplesmente monumental a atuação do goleiro cruzeirense Fábio. Tudo bem que após os 10 minutos do 2o tempo, o Estudiantes não levou mais nenhum perigo a sua meta, porém antes disso ele teve muito trabalho. Na 1a etapa, Fábio defendeu dois belos chutes longos do Verón e um arremate, a queima-roupa, do excelente Pérez. Já no início do 2o tempo, até os citados 10 minutos, depois dos quais o Estudiantes perdeu forças, Fábio decidiu a partida. O goleirão do Cruzeiro salvou uma perigosa conclusão do atacante Boselli, de dentro da área, e uma cabeçada do zagueiro Schiavi, que foi o lance mais espetacular de toda a partida. Esta apresentação de Fábio ficará marcada para a história. Enquanto milhares de torcedores empurravam o Estudiantes para frente, Fábio tratou de acabar com a festa.
- Mesmo sem realizar uma grande partida, é muito bom de assistir um jogador da classe do meia argentino Verón. Jogadas simples como uma lançamento ou um chute longo, tornam-se belíssimas quando saem de seus pés. Junto com o rápido e perigoso Pérez, Verón comandou as ações ofensivas do Estudiantes. O fato de não ter marcado gols, não significa que a equipe argentina não realizou uma bela partida ofensivamente ou que o Cruzeiro tenha sido uma muralha. Na realidade, a defesa celeste, em alguns lances, mostrou muitos buracos e o Estudiantes fez um bom papel criando 6 oportunidades de balançar as redes. Entretanto, era o dia do Fábio.
MANDOU MAL!
- Tudo bem que o resultado obtido pelo Cruzeiro foi sensacional, afinal basta uma simples vitória no Mineirão para a equipe sagrar-se Campeã da América. A atuação da equipe mineira, porém, não me agradou. Acho inadmissível um time com um quarteto formado por Wágner, Ramires, Kléber e Welington Paulista, só conseguir manter uma postura ofensiva após os 30 minutos do 2o tempo. E tem mais! Durante o período em que só se defendia e rifava bolas para frente, o Cruzeiro permitiu que o Estudiantes criasse chances sacudir o filó e, quando finalmente foi ao ataque, Kléber perdeu um incrível gol quase na pequena área. Espero que a atuação no Mineirão seja melhor.
segunda-feira, 6 de julho de 2009
CAMPEONATO BRASILEIRO 2009 - 9ª RODADA
Santos 1 x 0 Sport
Santo André 1 x 1 Barueri
Flamengo 2 x 1 Vitória
Atlético Mineiro 1 x 1 Botafogo
Coritiba 2 x 0 São Paulo
Goiás 1 x 0 Cruzeiro
Grêmio 4 x 1 Atlético Paranaense
Avaí 0 x 3 Palmeiras
Náutico 0 x 2 Internacional
SÉRIE B
Vasco 0 x 0 Bragantino
Brasiliense 1 x 1 Duque de Caxias
Portuguesa 1 x0 Paraná
Vila Nova 0 x 0 Guarani
ABC 1 x 1 Ipatinga
Ponte Preta 3 x 0 Juventude
Campinense 0 x 1 América
Bahia 0 x 1 Figueirense
Fortaleza 0 x 0 Ceará
São Caetano 2 x 2 Atlético Goianiense
Olá amigos do FUTEBOLA!
Esta 9ª rodada do Brasileirão foi muito importante para as equipes gaúchas. Depois de um meado de semana triste, com o Inter perdendo a Copa do Brasil e o Grêmio a vaga na final da Libertadores, ambos venceram seus jogos. São equipes fortíssimas e quanto mais cedo focarem as atenções no Brasileiro, mais chances terão de brigar pelo título, que é o que acredito que ocorrerá. A rodada também foi muito importante para Flamengo e Palmeiras ganharem corpo na competição, porém enquanto o primeiro deve perder o Íbson, o segundo deve ganhar o Muricy Ramalho.
Vamos aos comentários dos jogos que assisti, lembrando que a rodada irá se encerrar com Corinthians x Fluminense, na quarta-feira, e os cometários do jogo Vasco 0 x 0 Bragantino, já foi postado.
Flamengo 2 x 1 Vitória – Engenhão, Rio de Janeiro (RJ)
Atlético Mineiro 1 x 1 Botafogo – Mineirão, Belo Horizonte (MG)
MANDOU BEM!
- Na decisão da Copa do Brasil, entre Corinthians e Internacional, vimos como o período com a Seleção Brasileira fez bem para o lateral-esquerdo André Santos. O duelo pelo Brasileirão entre Flamengo e Vitória também mostrou como foi positivo para o meia Kléberson o retorno para Seleção Brasileira. Jogando mais recuado após a contusão de Toró, Kléberson teve que participar bem da composição defensiva rubro-negra, porém nem por isso deixou de ser importante ofensivamente. O lançamento que deu para Juan abrir o placar para o Flamengo foi sensacional e deve ter feito os saudosistas lembrarem bem dos grandes lançadores de antigamente. Outros ótimos passes também saíram dos pés de Kléberson e eles foram muito importantes para o Flamengo manter sua maneira de jogar com a bola de pé em pé.
- O treinador Cuca surpreendeu bastante quando substituiu o volante Toró (contundido) pelo meia Éverton, ainda no 1º tempo. Esta sua opção deixou o Flamengo bastante ofensivo e foi fundamental para a equipe conseguir a vitória. A presença constante dos laterais Juan e Léo Moura aliada a movimentação de Íbson, Éverton e Emerson, dificultou bastante o sistema de marcação do Vitória e, mesmo sem uma boa atuação de Adriano, o Flamengo conseguiu vencer um adversário que estava melhor posicionado na tabela. Foi uma vitória importante.
- O duelo particular entre os laterais Apodi e Juan foi muito legal de assistir. Os dois jogadores são muito ofensivos e possuem dificuldades para marcar, o que fez o setor do campo onde eles jogam ser o mais importante da partida. Foi por ali, pelo lado esquerdo de ataque do Flamengo, que Juan recebeu o lindo passe de Kléberson e mandou um arremate certeiro para o fundo das redes. Também por aquele lado do campo que Apodi deu excelente cruzamento para Roger vencer Willians e Ronaldo Angelim e sacudir o filó flamenguista. Além dos gols e assistências, os dois laterais mostraram muito velocidade e foram, no geral, as principais armas ofensivas de suas equipes.
- Já faz algum tempo que a única arma ofensiva do Botafogo é a bola parada com Juninho. Tudo bem que isto é um problemão, afinal nenhuma equipe pode depender somente de uma jogada para poder balançar as redes, porém o Juninho está cumprindo seu papel com muita qualidade. Nesta partida contra o Atlético Mineiro, Juninho deu muito trabalho ao goleiro Aranha, que teve que espalmar duas bombas lançadas pelo zagueiro do Fogão e nada pôde fazer para evitar que uma sacudisse o filó. Confesso que não sou o maior fã do futebol de Juninho como defensor, porém como cobrador de faltas, tiro meu chapéu para ele.
MANDOU MAL!
- O torcedor possui todos os direitos de vaiar o time ou um jogador em particular e, na partida contra o Vitória, o lateral flamenguista Juan não podia tocar na bola que recebia um sonoro “Uhhhhhhhhhhhh”. As recentes atitudes de Juan fora de campo, como reclamar do horário dos treinos e da preparação física, assim como algumas ruins atuações dentro das quatro-linhas, colaboram muito paa a torcida pegar no seu pé, porém acredito que no jogo de sábado isso não era necessário. Como citei anteriormente, o duelo-chave da partida acontecia pelo lado de Juan e o jogador rubro-negro precisava do máximo de atenção na partida. Porém, bastava um erro de passe para a torcida começar a vaiá-lo. Até mesmo o gol que ele marcou não serviu para diminuir o ímpeto dos torcedores em criticá-lo. Sei que o torcedor tem esse direito, mas acredito que nesta partida, vaiar o Juan foi, no mínimo, imprudente.
- Totalmente decepcionante o duelo entre Atlético Mineiro e Botafogo. Estava empolgado para ver o Galo jogar, afinal a equipe está no topo da tabela do Brasileirão, porém o que assisti foi uma equipe sem nenhuma inspiração e criatividade. Durante os primeiro minutos de jogo, até que o Atlético mostrou um bom jogo pelas laterais, principalmente com Carlos Alberto, pela direita, até que conseguiu abrir o placar. Depois dali, o time mineiro perdeu totalmente o controle do jogo, sofreu o empate e só tentou a vitória com bolas alçadas na área pelo lateral (depois meia) Júnior. O duelo de alvi-negros pode ser resumido em faltas cobradas por Juninho x bolas alçadas por Júnior. Dois fatores contribuíram muito para a falta de qualidade do jogo. O primeiro foi o excesso de faltas cometidas, algo próximo de 60, uma enormidade, o outro foi a falta de participação dos organizadores, Lúcio Flávio (Botafogo) e Renam Oliveira (Atlético Mineiro). Com o sumiço destes que deveriam ser o centro de criatividade de suas equipes, o jogo se tornou muito fraco tecnicamente. Resumo da ópera: foi muito pouco para um clássico que decidiu o primeiro Campeonato Brasileiro da história, em 1971.
JOGADA RÁPIDA!
“No momento, parece que o melhor para o Flamengo e para o próprio Obina, que o centroavante busque novos ares”. Foi assim que eu terminei os comentários do jogo Santo André 1 x 2 Flamengo, no início do Brasileirão. Na época, muitos comentaristas e torcedores, criticavam o Obina fortemente e só faltavam mandá-lo se aposentar. Eu também o criticava muito, mas menos que o geral. Obina está longe de ser um craque, porém também não é nenhum inútil. O longo período ruim que estava passando no Flamengo iria acabar mais cedo ou mais tarde e eu acreditava que seria mais fácil acabar longe da Gávea. Agora, quem vive com o mesmo problema é o centroavante do Grêmio, Alex Mineiro. Vocês realmente acreditam que nunca mais o Alex Mineiro irá balançar as redes?
sábado, 4 de julho de 2009
COPA DO BRASIL / TAÇA LIBERTADORES / SÉRIE B
O meado de semana contou com dois duelos do mais alto nível. Pela Copa do Brasil o Coringão mostrou que não só voltou à elite como está no topo dela. Talvez somente o Cruzeiro, que venceu o Grêmio na semi-final da Libertadores, esteja no mesmo ritmo que o Corinthians. Não digo isso pelos resultados obtidos apenas, mas sim pelo futebol apresentado. Vamos ver como o Timão conquistou o merecido título, como o Cruzeiro irá brigar para ter a honra de enfrentar o Barcelona em dezembro e, como o Vasco, em um jogo meio que escondido dentre tantos duelos decisivos, empatou novamente em 0 a 0, na Série B.
Vasco 0 x 0 Bragantino – São Januário, Rio de Janeiro (RJ)
MANDOU BEM!
- É provável que muitos estejam “metendo o pau” no Vasco da Gama, após o empate, mais um, em 0 a 0 com o Bragantino. Desta vez não vou criticar a equipe cruzmaltina, pois foi louvável a atitude do treinador Dorival Júnior e de todo o time de não desistir de buscar a vitória. Claro que faltou qualidade técnica e competência, mas prefiro deixar as críticas para a próxima vez que o Vasco as merecer. Mesmo tendo feito um 1º tempo ruim, o Vasco poderia ter ido para o intervalo vencendo o jogo. Como o empate persistia, na 2ª etapa, Dorival abandonou a cautela e foi para cima, deixando em campo Carlos Alberto, Alex Teixeira, Robinho, Alan Kardec e Philippe Coutinho. Claro que a equipe ficou exposta, porém o Bragantino sofreu mais com a pressão vascaína do que o Vasco com os contra-ataques paulistas. Cobranças de falta com o jovem e improvisado lateral-esquerdo Morisco, cabeçadas com Titi e Alan Kardec, chute de fora da área com Carlos Alberto, chutes de dentro da área com Alex Teixeira, Robinho e Philippe Coutinho, cruzamentos do Paulo Sérgio... O Vasco tentou de tudo quanto foi maneira, mas realmente este não era o dia de balançar as redes.
- Dentre os jogadores ofensivos vascaínos, queria destacar a atuação do Robinho. Após realizar um bom Cariocão, pelo Volta Redonda, Robinho começou a atuar pelo Vasco em um período onde a equipe vem sendo bastante criticada. Ainda é cedo para falar, mas parece que o atacante não sentiu o peso e a pressão de vestir a camisa cruzmaltina. Nesta partida contra o Bragantino, aparecia no jogo em todos os momentos e sempre tentava ser objetivo. Além de ser bastante incisivo, suas jogadas foram muito bonitas, como uma pela ponta-direita, ainda no 1º tempo, quando deixou dois adversários para trás. Repito que ainda é muito cedo para fazer algum prognóstico, mas sendo otimista, pode ser que a dupla Robinho/Aloísio Chulapa consiga fazer o Vasco mostrar uma força ofensiva que anda sumida.
- Sensacional a atuação do goleiro do Bragantino, Gilvan. Desde bolas fáceis até as bolas impossíveis, ele agarrou tudo. Mesmo com muitos jogadores atrás, o Bragantino não mostrava nenhuma qualidade defensiva e se escorava no seu arqueiro. Dentre suas principais defesas, a mais marcante foi quando voou para buscar uma cabeçada certeira de Alan Kardec. A bola foi no chão, como manda o figurino, e tinha endereço certo, mas Gilvan foi buscá-la e assegurou o empate que interessava sua equipe. Disparado o melhor homem em campo.
MANDOU MAL!
- Que Nílton e Léo Lima não vem apresentando um futebol de alto nível, não é nenhuma novidade. Neste duelo contra o Bragantino, entretanto, ambos, além de não ajudarem a equipe, ainda atrapalharam. A criatividade do meio-campo do Vasco, que dependia muito dos dois, foi praticamente nula e as bolas que eles perderam tentando organizar o time resultavam sempre em perigosos contra-ataques. Ou seja, não conseguiram criar situações ofensivas para o Vasco, mas as criavam para o Bragantino. Se repetirem mais atuações como esta, tanto Nílton quanto Léo Lima serão rapidamente sacados do time.
Corinthians 2 x 2 Internacional – Beira-Rio, Porto Alegre (RS)
MANDOU BEM!
- Para variar, o atacante corintiano Jorge Henrique realizou mais uma apresentação de gala na Copa do Brasil. Sei que estou sendo repetitivo, já que venho o elogiando desde sua excelente atuação contra o Fluminense, no Maracanã, mas ele merece. A velocidade e a raça que o fazem infernizar qualquer defesa, Jorge Henrique já mostrava nos tempos de Botafogo, porém a qualidade que tem demonstrado nas finalizações parece ser fruto de muito treinamento. Após ter marcado um belo gol no primeiro jogo da decisão, Jorge Henrique outra vez balançou a rede, na partida decisiva. Além destas qualidades ofensivas, o atacante é peça fundamental na composição defensiva do Timão, já que está sempre presente na marcação pelos lados do campo. Em minha opinião, Jorge Henrique merece o prêmio de melhor jogador da Copa do Brasil.
- Mesmo não tendo realizado boas partidas com a Seleção Brasileira, na Copa das Confederações, André Santos claramente voltou do torneio mais prestigiado do que seu “rival” na briga pela vaga, Kléber. Se levarmos em consideração esta final da Copa do Brasil, podemos falar que Kléber nem é mais uma ameaça ao André Santos. O lateral-esquerdo corintiano teve uma atuação de altíssimo nível. Participando efetivamente do ataque e da defesa, ele deu linda assistência para o gol de Jorge Henrique, marcou um belo gol em chute forte dentro da área e não deixou D´Alessandro ter vida fácil em seu setor. Pode não parecer, mas, mesmo ainda faltando um ano para a Copa do Mundo, André Santos deu um grande passo rumo à África do Sul.
- Tendo elogiado os dois jogadores que, em minha opinião, foram os melhores em campo, está na hora de dar os parabéns à toda equipe do Timão. Neste duelo contra o forte Internacional, o Corinthians mostrou, mais uma vez, uma organização e um jogo coletivo empolgantes. O time esteve excelente “do goleiro ao ponta-esquerda”, diriam os antigos. A cada dia que passa a dupla de zaga formada por Chicão e William demonstra mais qualidade e competência. O trabalho dos dois é muito facilitado pela mentalide dos seus companheiros. Os laterais, os volantes e até os atacantes sabem perfeitamente como devem se portar em campo. Já ofensivamente, podemos dizer que a bola não “queima” nos pés do Corinthians. Talvez pela presença de Ronaldo, que prende muito a atenção dos marcadores, os jogadores corintianos conseguem se movimentar com bastante qualidade, pois sempre possuem um espaço em aberto no campo. É visível que o trabalho do Mano Menezes está rendendo frutos. Claro que o Timão tem alguns erros para acertar (não gosto quando a equipe recua muito, como contra o Fluminense, no Maracanã, e neste jogo, após abrir 2 a 0), porém uma boa campanha na Taça Libertadores, em 2010, ano do centenário corintiano, está muito bem encaminhada.
MANDOU MAL!
- Fiquei muito desapontado com as atuações de Ronaldo e Nilmar, os dois atacantes que são, para muitos, os melhores do país. Como tudo que Ronaldo faz é grandioso, o passe que ele deu para André Santos marcar o segundo gol do Timão está sendo mais valorizado do que o normal. Fora isso, sua presença em campo foi notada apenas pelas duas claríssimas chances de gols que desperdiçou. Já Nilmar nem foi percebido em campo. Como centroavante, no 1º tempo, e ponta-direita, no segundo, Nilmar não conseguiu participar do jogo. Pode até ser que o período em que ficou apenas brincando de “rachão”, enquanto servia a Seleção Brasileira, tenha o prejudicado, porém não é a justificativa para uma partida tão ruim quanto a que realizou.
- A atitude do argentino D´Alessandro, após ser expulso, de querer brigar com o William, foi de uma imaturidade imensa. Tudo bem que ele teve motivos para ficar nervoso, já que claramente o Cristian estava fingindo contusão para retardar o jogo, porém querer brigar em campo já é demais. Este papelão foi idêntico ao do palmeirense Diego Souza, que agrediu o zagueiro do Santos, Domingos, na semi-final do Paulistão. A intenção de ambos, D´Alessandro e Diego Souza, era fazer filme para a torcida. E pior que tem gente que aplaude.
Grêmio 2 x 2 Cruzeiro – Olímpico, Porto Alegre (RS)
MANDOU BEM!
- Amigos, é bem provável que muitos não concordem com esta opinião que vou dar agora, mas lá vai ela. O atacante cruzeirense Kléber é o melhor jogador do Brasil nesta metade de 2009. De janeiro para cá, ninguém jogou mais bola do que o “Gladiador”. Eu não sou daqueles que insistem em dizer que o futebol brasileiro é nivelado por baixo e gosto de assitir muitos talentos do nosso futebol, sendo, atualmente, o Kléber quem mais me agrada. É impressionante a união de técnica, força física e raça presente neste jogador. Após estes dois duelos contra o Grêmio na Libertadores, mais uma qualidade do Kléber me chamou a atenção: sua inteligência em campo. A capacidade que ele possui de saber explorar os espaços vazios que surgem é sensacional. No primeiro jogo semi-final, suas principais jogadas foram realizadas pelo lado esquerdo do ataque cruzeirense e, neste jogo de agora, preferiu utilizar o outro lado do campo. Em ambas as partidas, ele infernizou a defesa gremista. A semana começou com Fred e Adriano decepcionando no Fla-Flu, passou pelo apagado duelo entre Nilmar e Ronaldo, na final da Copa do Brasil, e chegou em mais uma atuação excelente de Kléber, contra o Grêmio. Pontos para o “Gladiador”. Que a briga pelo posto de melhor do país siga até o fim do ano.
- O torcedor botafoguense não deve estar nada satisfeito com a situação da equipe, que ocupa a lanterna do Brasileirão. Por que estou falando disso? Porque enquanto o Botafogo mostra um pequeno poderio ofensivo, sua antiga dupla de ataque, formada por Jorge Henrique e Welington Paulista, está arrebentando. Contando com um parceiro que, como citei antes, sabe se movimentar, Welington Paulista está fazendo um excelente papel como referência. Além do gol marcado no primeiro duelo contra o Grêmio, o centroavante azul foi de uma eficiência impressionante savudir o filó duas vezes em três minutos, no Olímpico. Se o sistema defensivo do Cruzeiro não é dos mais confiáveis, o ataque está se mostrando de alto nível. Que venha o Estudiantes.
MANDOU MAL!
- Se a palavra eficiência é a que ilustra a classificação do Cruzeiro para a final da Libertadores, ela passa longe da atuação gremista. Ou melhor, das atuações gremistas. Se no primeiro duelo o Tricolor perdeu, em 22 minutos, três claríssimas oportunidades de balançar as redes, no jogo no Olímpico pressionou o Cruzeiro por 33 minutos para, em seguida, sofrer um gol aos 34 e outro aos 36. Tudo bem que a raça mostrada pelo Grêmio no 2º tempo foi contagiante, porém não pode apagar os erros cometidos pela equipe. O treinador Paulo Autuori terá trabalho para transformar os bons jogadores ofensivos do Grêmio em um bom setor ofensivo.