segunda-feira, 30 de agosto de 2010

PREMIER LEAGUE 2010/2011 - 3ª RODADA



RESULTADOS
Blackburn 1 - 2 Arsenal
Blackpool 2 - 2 Fulham
Chelsea 2 - 0 Stoke City
Tottenham 0 - 1 Wigan
Wolverhampton 1 - 1 Newcastle
Manchester United 3 - 0 West Ham
Bolton 2 - 2 Birmingham
Liverpool 1 - 0 West Bromwich
Sunderland 1 - 0 Manchester City
Aston Villa 1 - 0 Everton

ARTILHEIROS (todos com 4 gols marcados)

Andrew Carrow (Newcastle)
Didier Drogba (Chelsea)
Florent Malouda (Chelsea)
Theo Walcott (Arsenal)

COMENTÁRIOS

Chelsea 2 x 0 Stoke City – Stanford Bridge

- O duelo entre Chelsea, que havia vencido suas duas primeiras partidas da temporada por 6 x 0, e o Stoke City, que vinha de duas derrotas, foi mais duro do que se imaginava. Nos primeiros 15 minutos de jogo, por exemplo, o Stoke conseguiu equilibrar a partida, que se mostrava muito agitada e com diversas oportunidades de gols. O Chelsea perdeu uma boa chance com Ashley Cole, desperdiçou um pênalti, sofrido pelo Malouda que Lampard bateu muito mal para defesa do goleiro Sorensen, e levou perigo em uma cobrança de falta do Drogba. Já o Stoke assustou o goleiro Peter Cech com Whitehead e Walters. Entretanto, depois deste equilíbrio inicial, o Chelsea conseguiu se impor ofensivamente e garantiu seus três pontos. Concentrando seu jogo pela esquerda, com Ashley Cole e Malouda bastante participativos, o Chelsea chegou à vitória com um gol do próprio Malouda, após bela arrancada do zagueirão Terry, e com Drogba em cobrança de pênalti sofrido pelo Anelka. Ambos os gols ocorreram aos 31 minutos, sendo o do Malouda no 1º tempo e o do Drogba na etapa final. O único momento em que o Chelsea viu sua vitória ser ameaçada, após abrir o marcador, ocorreu aos 21 minutos da 2ª etapa, quando ainda vencia por 1 x 0 e o meia do Stoke, Whelan, acertou um balaço no travessão. Duas substituições pelo lado do Chelsea chamaram a atenção na partida. A primeira foi a saída do Lampard, que esteve em péssima jornada, não tendo participado das tramas ofensivas e ainda desperdiçando uma penalidade, para a entrada de Kalou. A outra, já no finzinho do jogo, foi a estréia do brasileiro Ramires, entrando no lugar do Essien. Acredito que em pouco tempo Ramires será muito importante para os “Blues”.

Sunderland 1 x 0 Manchester City – Stadium of Light

O multi-milionário Manchester City perdeu uma daquelas partidas que um postulante ao título não pode nem sonhar em perder. Tudo bem que o Sunderland é um adversário difícil de ser batido em seus domínios e se mostrou uma equipe aguerrida e organizada, porém o futebol apresentado pelo City não foi digno de quem quer levantar o caneco. Durante a 1ª etapa, enquanto o Sunderland apenas se defendia, o City não mostrava um pingo de criatividade ofensiva e contava com os avanços do volante Yayá Touré como única arma. E foi em um destes avanços que Touré encontrou o Tévez livre, leve e solto, sem goleiro a sua frente, e o argentino isolou a pelota por cima do gol. Depois do intervalo, o Sunderland passou a buscar o campo de ataque e, contando com a força das arquibancadas, começou a assustar o goleiro Hart. A ótima entrada do jovem Welbeck pela esquerda e as investidas do egípcio El Mohamady pela direita tornaram o Sunderland uma equipe com boas alternativas ofensivas. Enquanto isso, Roberto Mancini , treinador do City, mantinha Adebayor e David Silva no banco de reservas, ao invés de buscar opções para seu time conquistar os três pontos. Vale ressaltar aqui a improdutividade do Manchester City pelos lados do campo, já que Milner e Adam Johnson, os meias abertos, não foram capazes de criar uma única boa trama durante os 90 minutos. A meu ver, a melhor das opções que Mancini poderia ter para vencer o duelo não estava nem no banco, pois ele decidiu não convocar o Robinho para o jogo. Adebayor só foi entrar aos 30 minutos e ainda conseguiu finalizar um córner de calcanhar, obrigando goleiro Mignolet a realizar inacreditável defesa. O castigo pela baixa produtividade ofensiva do City viria aos 48 minutos em cobrança de penâlti de Darren Bent, sofrido por ele mesmo. Com o gol marcado, Bent atingiu a incrível marca de ter balançado as redes nas últimas 10 vitórias do Sunderland.

domingo, 29 de agosto de 2010

CAMPEONATO BRASILEIRO 2010 - 17ª RODADA

Internacional 1 x 0 Botafogo
Vasco 1 x 1 Cruzeiro
Ceará 2 x 2 Grêmio Prudente
Santos 2 x 0 Goiás
Corinthians 2 x 1 Vitória
Guarani 2 x 1 Flamengo
Atlético-MG 1 x 2 Palmeiras
Fluminense 2 x 2 São Paulo
Atlético-GO 2 x 2 Avaí
Atlético-PR 1 x 1 Grêmio

Fluminense 2 x 2 São Paulo – Maracanã, Rio de Janeiro (RJ)

Em um duelo de altíssimo nível no Maracanã, o Fluminense empatou com o São Paulo e deixou escapar dois pontos que poderão ser muito importantes no decorrer do campeonato. Quem comemorou o resultado foi o Corinthians, que, com o triunfo sobre o Vitória, diminuiu para três pontos a diferença para o ainda líder Fluminense.

O confronto no Maracanã apresentou dois tempos completamente diferentes. Na 1ª etapa, apesar de o Fluminense ter saído na frente do placar logo aos 8 minutos, com Deco marcando seu primeiro gol pelo clube, foi o São Paulo quem controlou as ações ofensivas. Assim como ocorreu diante do Vasco no domingo passado, o Fluminense abriu o placar cedo e decidiu adotar uma postura excessivamente defensiva para segurar o resultado e explorar apenas contra-ataques. E assim, como fez o Vasco naquele clássico, o São Paulo se aproveitou do recuo do Flu e tomou conta do jogo. Com bastante participação da dupla de volantes Jean e Richarlyson e do lateral-esquerdo Júnior César, o Sampa se acostumou com o campo de ataque e encurralou o Fluminense. Richarlyson após bela jogada pela esquerda do Fernandinho, Jean em chute longo e Júnior César levaram perigo ao gol defendido pelo Fernando Henrique. Entretanto, foi somente aos 34 minutos que a pressão são-paulina deu resultado, quando o goleiro-artilheiro Rogério Ceni cobrou falta com muita inteligência para marcar seu 90º gol na carreira e empatar o placar. E o jogo permaneceu empatado por pouquíssimo tempo pois, logo no minuto seguinte, Richarlyson alçou a pelota na área, Fernando Henrique saiu caçando borboletas e Fernandão mandou pro fundo das redes de cabeça. Os dois gols foram o castigo merecido para um Fluminense que se comportou de maneira completamente equivocada. Não que o Fluminense tenha que ter uma qualidade para trocar passes do mesmo nível da Espanha Campeã do Mundo, porém uma equipe que possui Deco e Conca não pode desvalorizar tanto a posse de bola como tem feito o Flu.

O Fluminense voltou do intervalo com a obrigação de partir pra cima do São Paulo em busca da vitória e, com um comportamento muito mais incisivo e impetuoso, agrediu o rival, conquistando o empate em menos de 15 minutos. A pressão exercida pelo Flu era tão grande que em 10 minutos a equipe assustou o Rogério Ceni em três oportunidades, duas vezes com o atacante Rodriguinho, que havia entrado no lugar do apagadíssimo Belletti que nada produziu ofensivamente nem defensivamente, e uma com o argentino Conca, de cabeça, após cruzamento do Mariano. O gol do empate surgiu aos 14 minutos, com o zagueiro Leandro Euzébio cabeceando com perfeição um córner cobrado pelo Conca. Depois de igualar o escore o Fluminense continuou em cima do São Paulo, tendo desperdiçado duas oportunidades incríveis para virar o jogo. Primeiro, aos 21 minutos, Rodriguinho não aproveitou uma rara bobeada de Rogério Ceni na saída de bola e arrematou pessimamente pra fora. Depois, aos 25, o árbitro Leandro Vuaden interpretou como intencional uma jogada onde o Richarlyson colocou o braço na bola dentro da área e assinalou penalidade máxima. Assistindo o replay do lance, acredito que o Richarlyson não tenha tido a intenção de colocar o braço na bola, porém, no calor do jogo, também teria marcado pênalti, pois o braço do são-paulino estava bastante aberto. Na cobrança da penalidade, Washington bateu muito mal e Rogério Ceni defendeu. Por estas e outras que o goleiro do Tricolor Paulista é um dos maiores jogadores que já vi. Além da segurança que passa para os companheiros, da liderança que possui sobre os mesmos e da genialidade nas bolas paradas, Rogério Ceni tem a frieza para impedir o líder do campeonato, mesmo com grande apoio das arquibancadas, de virar um jogo.

Mesmo depois do pênalti desperdiçado, o Fluminense ainda chegou perto de virar o placar em três oportunidades, com Deco, Júlio César e André Luís, porém não conseguiu sair de campo com os três pontos. E poderia ter sido pior para o Flu, pois aos 41 minutos o jovem meia são-paulino Marcelinho chutou por cima do gol uma grande chance de fazer sua equipe sair com a vitória. No fim das contas, apesar do jogão de bola, o empate foi ruim para o Flu, que viu a distância para o vice Corinthians diminuir, e para o São Paulo, que permanece longe do G4, atualmente G6 devido à presença de Internacional e Santos entre os quatro primeiros colocados.

TRÊS TOQUES!

- Flamengo e Vasco desperdiçaram excelentes oportunidades de subir na tabela. O Flamengo teve tudo para sair de Campinas com três pontos, pois vencia o Guarani por 1 x 0 e teve, através dos pés do centroavante Val Baiano, duas grandes chances de ampliar o marcador. Porém, Val Baiano perdeu as duas oportunidades e o Flamengo, mesmo depois de Marcelo Lomba defender um pênalti, conseguiu sofrer dois gols nos acréscimos e sair de campo derrotado. Já o Vasco, jogando em São Januário, abriu o placar diante do Cruzeiro em um golaço do Zé Roberto, mas cedeu o empate para os mineiros com um gol contra do zagueiro Fernando. Este foi o terceiro empate seguido do “Gigante da Colina”, que começa a mostrar que a formação da equipe com o quarteto Felipe/Zé Roberto/Carlos Alberto/Éder Luís, apesar da grande qualidade técnica, carece da presença de homem de referência.

- Na vitória do Santos diante do Goiás por 2 x 0, que colocou o “Peixe” na terceira colocação do Brasileirão, um fato merece destaque. Nesta partida, o atacante santista Neymar perdeu sua quinta cobrança de pênalti em 2010. Como estou longe de acreditar na máxima que diz que “pênalti é loteria”, é bom o Neymar aproveitar logo e começar a treinar cobranças de penalidades. Até o momento, nas cinco partidas em que ele desperdiçou pênaltis o Santos saiu vitorioso em quatro e empatou uma. Entretanto, se continuar com este péssimo aproveitamento nas penalidades, chegará o momento em que o erro será irreversível.

- Que momento péssimo vive o futebol goiano! Mesmo com os recentes bons resultados do Atlético Goianiense, que venceu o Palmeiras e empatou com o Avaí, e da vitória do Vila Nova sobre o Bragantino na Série B, o futebol na “Terra do Sertanejo” vive uma fase dramática. Enquanto Goiás e o Atlético Goianiense são, respectivamente, lanterna e vice-lanterna na Série A, o Vila Nova é o último colocado na Segundona.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

CAMPEONATO BRASILEIRO 2010 - 16ª RODADA

Goiás 0 x 3 Fluminense
Avaí 0 x 1 Internacional
Botafogo 1 x 0 Ceará
Grêmio Prudente 0 x 1 Atlético-PR
São Paulo 0 x 0 Vasco
Cruzeiro 1 x 0 Corinthians
Grêmio 1 x 2 Santos
Flamengo 0 x 0 Atlético-MG
Vitória 1 x 1 Guarani
Palmeiras 0 x 3 Atlético-GO

Olá amigos do FUTEBOLA!

Flamengo 0 x 0 Atlético Mineiro – Maracanã, Rio de Janeiro (RJ)

No primeiro embate no Maracanã depois do início das obras visando a Copa do Mundo de 2014, Flamengo e Atlético Mineiro realizaram um jogo que espelhou o momento vivido por ambos no Brasileirão, ou seja, um jogo com pouca criatividade e que terminou com o placar mudo.

A estréia do jovem atacante Diogo, mesmo que longe das condições físicas ideais, pelo lado do Flamengo, deixava o torcedor rubro-negro mais esperançoso em ver uma evolução no péssimo setor ofensivo da equipe. Só para lembrar: nos últimos cinco jogos realizados, sem contar este duelo contra o Galo, o Fla havia sacudido o filó apenas uma vez, em gol de pênalti de Petkovic contra o Ceará. Pelo lado do Atlético Mineiro a situação ofensiva também é de deixar o torcedor com todas as pulgas atrás da orelha. Nos cinco jogos antes deste confronto contra o Fla o Galo passou quatro deles sem balançar as redes.

Durante os primeiros 30 minutos do 1º tempo, Flamengo e Atlético Mineiro mostraram o motivo desta constante falta de gols. Enquanto o Fla trocava passes sem mostrar a mínima penetração, tendo assustado o goleiro atleticano Fábio Costa apenas em uma cobrança de falta do Petkovic, o Atlético apenas se defendia. Como Renato e Petkovic, pelo lado do Flamengo, e Ricardinho e Diego Souza, pelo Atlético, não apresentavam um pingo de inspiração, ambas as equipes sofriam para criar oportunidades ofensivas de qualidade. Apenas durante um intervalo de 5 minutos, entre 30 e 35, que alguma criatividade foi vista na 1ª etapa, quando Diego Souza deixou Rafael Jataí e Diego Tardelli cara a cara com Marcelo Lomba, e o estreante Diogo fez uma jogada genial deixando Leandro Amaral livre, leve e solto para marcar. Porém as finalizações das jogadas não foram do mesmo nível das assistências e a partida foi para o intervalo com o placar inalterado.

Para a 2ª etapa o Atlético Mineiro voltou com maior atitude ofensiva e por pouco não abriu o placar. Primeiro, logo aos 6 minutos, Diego Souza arrancou e a pelota sobrou nos pés de Serginho que arrematou em cima do goleiro Lomba. Depois, aos 12, o jovem ala-esquerda atleticano Eron, de apenas 18 anos e que fazia sua primeira partida como profissional, e por sinal fez boa estréia, chegou à linha de fundo em bela jogada que fez o torcedor flamenguista prender a respiração. Depois desta pequena pressão do Atlético, o Flamengo voltou a controlar a posse de bola e se postar ofensivaente, mesmo sem ser muito incisivo. Aos 17 minutos, o treinador Rogério Lourenço colocou o jovem lateral Galhardo como meia, bem aberto pelo setor direito, buscando aumentar a produtividade do Fla. E o garoto realmente entrou bem no jogo, finalizando uma vez e participando de uma jogada com Léo Moura que Diogo cabeceou para fora.

Nos últimos 15 minutos do duelo, contra um Atlético que novamente apenas se defendia, o Flamengo passou a buscar o gol na base do abafa. Juan e Léo Moura já partiam para o ataque de qualquer maneira e a entrada de Galhardo pela direita deixou de ser explorada com organização. Neste abafa, a única coisa que o Fla conseguiu foi acertar uma bola no travessão em chute de Val Baiano que Fábio Costa espalmou. E com o apito final, mais uma vez Flamengo e Atlético Mineiro saíram de campo sem fazer a alegria da galera.

TRÊS TOQUES!

- Tudo bem que PC Gusmão vem realizando um excelente trabalho com o Vasco no Campeonato Brasileiro. O treinador, depois de largar o Ceará sem perder nenhuma partida, permanece invicto no comando do Vasco. Entretanto, apesar de em algumas situações o empate fora de casa ser um bom resultado na competição, o Vasco não pode se comportar como se comportou diante do São Paulo no Morumbi. Passar 90 minutos com uma mentalidade totalmente defensiva e sem acertar sequer um chute ao gol adversário não condiz com a grande história vascaína.

- Fluminense e Botafogo seguem realizando incríveis campanhas no Brasileirão. Enquanto o Fluminense, contando com todo o talento de Deco, triturou o Goiás por 3 x 0, alcançando sua quinta vitória seguida fora do Rio de Janeiro e abrindo cinco pontos de vantagem para o vice Corinthians, o Fogão venceu o Ceará no Engenhão e chegou à excelente marca de cinco vitórias seguidas. Muricy Ramalho, Joel Santana e seus respectivos comandados merecem todos os aplausos possíveis pelo trabalho que estão realizando.

- No dia em que o Palmeiras completava 96 anos de história, o Atlético Goianiense, lanterna do campeonato, resolveu aplicar uma daquelas que fazem do futebol o esporte mais imprevisível e sapecou 3 x 0 em pleno Pacaembu. Tenho certeza que Felipão não esperava por uma campanha destas quando assinou com o Verdão.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

PREMIER LEAGUE 2010/2011 - 2ª RODADA



RESULTADOS
Arsenal 6 - 0 Blackpool
Birmingham 2 - 1 Blackburn
Everton 1 - 1 Wolverhampton
Stoke City 1 - 2 Tottenham
West Bromwich 1 - 0 Sunderland
West Ham 1 - 3 Bolton
Wigan 0 - 6 Chelsea
Newcastle 6 - 0 Aston Villa
Fulham 2 - 2 Manchester United
Manchester City 3 - 0 Liverpool

ARTILHEIROS (todos com 3 gols marcados)
Andrew Carrow (Newcastle)
Didier Drogba (Chelsea)
Florent Malouda (Chelsea)
Theo Walcott (Arsenal)

COMENTÁRIOS

Fulham 2 x 2 Manchester United – Craven Cottage

- A primeira metade do 1º tempo mostrou um Manchester United bastante superior, com aproximadamente 70% da posse de bola, participação dos volantes na criação das jogadas e o goleiro do Fulham, Stockdale, trabalhando bastante. Porém, apesar do bom trabalho do arqueiro da casa, o Manchester conseguiu abrir o placar com um perfeito arremate longo de Paul Scholes. Impressionante como a idade parece não prejudicar em nada o desempenho do volante Scholes, que, com 35 anos, continua com passes e chutes precisos e preciosos em seu repertório. Depois do gol, o Manchester diminuiu bastante o seu ritmo, permitiu que o Fulham gostasse do jogo e duas defesas espetaculares do Van Der Sar impediram o duelo de ir para o intervalo empatado. Se o jogo já havia sido agitado na 1ª etapa, os últimos 45 minutos foram ainda melhores. O Fulham voltou do intervalo com o mesmo ímpeto do fim da 1ª etapa e, logo aos 12 minutos, em jogada que Duff deu lindo drible de letra em Evra, chegou ao empate com o meia Davies. Vendo a vitória escapar, o Manchester teve que partir para o ataque, porém só começou a ter êxito nas tramas ofensivas depois das entradas de Nani, Owen e Giggs, pois Park, Hernandez e Valencia, os substituídos, não estiveram em boa jornada. Enquanto o Manchester criava suas oportunidades com a bola parada, o Fulham revidava na mesma moeda. Aos 38 minutos, em córner alçado na área do Fulham, o zagueiro Hangeland colocou a redonda no fundo do próprio filó. Dois minutinhos depois outra pixotada do Fulham poderia ter decidido a partida quando o meia Duff meteu a mão na bola dentro da área. Era o lance pra fechar o caixão do Fulham, porém Nani cobrou a penalidade com muita displicência e o goleiro Stockdale defendeu. Com Giggs e Scholes em campo, estou tentando entender até agora o motivo de terem permitido o Nani cobrar o penal. E o castigo dos “Red Devils” veio a cavalo. Aos 44 minutos, o zagueiro Hangeland, que apesar de ter marcado um gol contra realizou ótima partida, aproveitou córner cobrado e, de cabeça, sacudiu o barbante do lado certo. Foi o empate do Fulham neste jogão de bola.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

CAMPEONATO BRASILEIRO 2010 - 15ª RODADA

Goiás 1 x 2 Grêmio Prudente
Botafogo 1 x 0 Avaí
Ceará 2 x 1 Grêmio
Santos 2 x 0 Atlético-MG
Guarani 0 x 0 Palmeiras
Atlético-PR 1 x 0 Flamengo
Internacional 1 x 1 Atlético-GO
Corinthians 3 x 0 São Paulo
Vasco 2 x 2 Fluminense
Cruzeiro 0 x 1 Vitória

Olá amigos do FUTEBOLA!

Botafogo 1 x 0 Avaí – Engenhão, Rio de Janeiro (RJ)

No duelo entre os, até então, dois melhores ataques do Brasileirão, o Botafogo bateu o Avaí por 1 x 0, fez a alegria de mais de 35 mil alvinegros presentes no Engenhão e alcançou a terceira posição do Campeonato Brasileiro.

Antes do início do confronto a expectativa era a de uma grande partida, apesar de o Avaí ir para o jogo muito desfalcado. O zagueiro Rafal, os meias Caio e Rudinei e os atacantes Davi e Roberto eram as ausências na equipe catarinense. Presente no estádio, o que exemplifica a importância da partida, estava o treinador da Seleção Brasileira Mano Menezes, com a missão de observar possíveis convocados para vestir a amarelinha. Tinha tudo pra ser um belo jogo, mas não foi. Na realidade, foi um jogo muito fraco tecnicamente e praticamente sem emoções. Durante toda a 1ª etapa, o Avaí sequer assustou o goleiro botafoguense Jefferson. Já o Fogão, com seu veloz trio formado por Herrera, Jobson e Maicosuel, nada conseguiu diante do sistema defensivo avaiano, muito bem armado pelo treinador Antônio Lopes. Ou melhor, conseguiu furá-lo apenas uma vez, com sua arma nada secreta. Desde o início do ano, o Bota tem na bola parada seu melhor caminho para chegar ao gol adversário. E foi assim que o “Glorioso” criou o único lance digno de nota dos primeiros 45 minutos, quando, aos 31, Maicosuel cobrou falta na área e o zagueiro Fábio Ferreira, com um sutil desvio de cabeça, sacudiu o barbante.

No intervalo, Antônio Lopes, tentando aumentar a produtividade ofensiva de sua equipe, que era praticamente nula, colocou o veterano ex-flamenguista Sávio em campo. Naõ adiantou muito. Os primeiros minutos da 2ª etapa reproduziram com perfeição o que ocorrera antes do intervalo e o jogo nada mudou. Entretanto, aos 21 minutos, enfim o goleiro Jefferson fez valer um poquinho a presença de Mano Menezes no Engenhão quando realizou duas defesas sensacionais em finalizações seguidas dos zagueiros Gabriel e Emerson. E daí até o apito final Mano não veria mais nada que o alegrasse. Joel Santana até tentou mudar o Fogão, promovendo as entradas de Caio, Edno e Loco Abreu, ou seja, reestruturou todo seu ataque, porém a partida foi até o com dois chutes longos, um do Somália e outro do Marcelo Matos, e um bom passe do Maicosuel para o Edno. Falando em Maicosuel, acredito que o “Mago Alvinegro” perdeu uma grande oportunidade de mostrar que pode servir a Seleção Brasileira. É claro que ele ainda terá bastante tempo para mostrar seu valor para o Mano, mas, depois desta última semana, o colorado Giuliano está um passo à sua frente.

Na próxima quarta-feira, novamente no Engenhão, o Botafogo enfrentará outro adversário do G4, o Ceará. E o Fogão tem tudo para conquistar mais três pontos e apresentar um futebol melhor do que o deste último sábado.

Vasco 2 x 2 Fluminense – Maracanã, Rio de Janeiro (RJ)

Vasco e Fluminense fizeram um jogão de bola no lotado Maracanã com mais de 80 mil torcedores. Apesar do empate, tanto torcedores tricolores quanto vascaínos sairam do “Maior do Mundo” com um largo sorriso, afinal seus clubes retribuíram a festa nas arquibancadas e lhes proporcionaram um verdadeiro espetáculo de futebol.

Provando que não é o líder isolado do Brasileirão à toa, o Fluminense iniciou a partida à mil por hora. Comandados, para variar, pelo argentino Darío Conca, o Flu rapidamente fez a alegria de sua torcida. Logo aos 6 minutos, Conca cobrou córner na área, Gum cabeceou a redonda para linda defesa de Fernando Prass e pegou o rebote para abrir o placar. Quatro minutinhos depois, Washington fez belo trabalho de pivô e Conca quase marcou um golaço. O Vasco estava perdido em campo e o Fluminense tinha tudo para decidir o clássico logo na 1ª etapa. Porém, assim como constantemente fazia o recente e campeoníssimo São Paulo do Muricy Ramalho, o Fluminense caiu na bobeira de recuar para segurar o resultado e apenas explorar os contra-ataques. Resultado: o Vasco, sem passar o sufoco dos primeiros minutos, conseguiu se organizar em campo e o Flu não acertou sequer um contra-golpe. A mais destacada mudança ocorrida no Vasco foi o avanço de Felipe que inicara a partida na ala-esquerda. Não que o camisa 6 tenha produzido bastante ofensivamente, porém com Nílton mais aberto pela esquerda o sistema defensivo vascaíno ficou mais organizado e as subidas do ala-direita Mariano, um das grandes armas do Flu, não apareceu. O maior problema causado pelo recuo tricolor, entretanto, foi que permitiu a aparição de um jogador que até então não estava conseguindo apresentar sua qualidade com a redonda nos pés. E como tem qualidade esse tal de Carlos Alberto... Depois de tanto pará-lo com faltas, o Fluminense não conseguiu segurar uma sensacional arrancada sua aos 37 minutos e ele deixou a bola limpa com Éder Luís que só teve o trabalho de arrematar rasteiro, cara a cara com Fernando Henrique que nada pôde fazer.

Se o Flu começou o 1º tempo voando, foi o Vasco que iniciou a 2ª etapa com o dedo na tomada. Logo aos 3 minutos Carlos Alberto ganhou divida de Diguinho, arrancou com a pelota nos pés e deixou Fágner livre, leve e solto para virar o placar. Impressionante como o craque ainda faz a diferença no futebol. Em duas arrancadas individuais Carlos Alberto destruiu a muralha armada por Muricy Ramalho e o Vasco passou a liderar o duelo. Somente neste momento, com o placar adverso, que o Fluminense se lembrou que a melhor arma para parar Carlos Alberto e companhia era voltar a atacar. Em minha opinião, uma equipe como o Flu, que está caminhando firme e forte rumo ao título, não pode se dar ao luxo de tomar uma virada por adotar uma postura de time pequeno. Contando com um arsenal de armas ofensivas, como os avanços do Mariano, a velocidade do Emerson, o faro de gol do Washington, a maestria de Conca, o Flu não pode pensar em segurar resultados ainda na 1ª etapa de uma partida.

Por sorte dos tricolores ainda houve tempo para o Fluminense se recuperar, graças à uma pixotada dupla dos cruzmaltinos Felipe e Zé Roberto. Aos 15 minutos Felipe deu uma bobeada gigantesca ao tentar sair com a bola dominada de sua área, o “Sheik”Emerson lhe roubou a pelota, rolou pro meio do pagode, Zé Roberto dormiu no ponto e Júlio César empurrou pro fundo das redes. O Vasco sentiu o gol sofrido e o Fluzão cresceu demais na partida. Conca voltou a comandar as ações ofensivas e por pouco o Tricolor não virou o jogo com Emerson e novamente Júlio César. O treinador Paulo Cáesar Gusmão até tentou trazer o Vasco de volta para a partida com as entradas dos jovens Carlinhos, Alan e Jonathan, porém não teve sucesso em suas alterações. Falando em alterações, um grande momento deste clássico foi justamente uma substituição. Aos 29 minutos da 2ª etapa, a parte tricolor do Maraca veio abaixo com a entrada de Deco no lugar de Diguinho. E, aos 40 minutos, o luso-brasileiro perdeu a chance de já virar ídolo em sua estréia, quando isolou a redonda desperdiçando uma chance incrível após linda jogada de Júlio César pela esquerda, que diga-se de passagem fez, em minha opinião, sua melhor atuação em 2010. E por pouco o Flu não foi castigado por esta chance que o Deco jogou no lixo, já que, aos 47 minutos, Carlos Alberto quase aprontou mais uma ao se livrar da defesa tricolor e bater cruzado para fora, fazendo cada presente no Maraca prender a respiração.

Em termos de tabela o empate foi ruim tanto para o Flu, que viu sua diferença para o vice Corinthians diminuir, como para o Vasco, que ficou mais distante do G4. Entretanto, as duas equipes mostraram que possuem força para alcançarem estes seus respectivos objetivos no Brasileirão.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

COPA LIBERTADORES DA AMÉRICA 2010 - FINAL

Olá amigos do FUTEBOLA!

Internacional 3 x 1 Chivas – Beira-Rio, Porto Alegre (RS)

Depois de realizar um 1º tempo pra deixar todos seus torcedores apreensivos, o Internacional voltou com tudo do interavalo, mostrou sua grande superioridade técnica, marcou três gols e conquistou o Bicampeonato da Libertadores.

Durante os primeiros 45 minutos de jogo, o Internacional se mostrou muito tenso em campo e não conseguiu apresentar um bom futebol. Claramente desconcentrado, o Colorado parecia pensar apenas no apito final e não conseguia trocar passes com eficiência, o que dificultava o controle do jogo e a criação de oportunidades de gols. Por outro lado, o Chivas, mesmo com três homens de frente, Bravo, Bautista e Arellano, não mostrou o mínimo de capacidade ofensiva para construir uma trama bem trabalhada. Resumo da ópera: a pelota queimou nos pés das duas equipes em toda a 1ª etapa. E foi neste panorama de um Internacional nervoso o suficiente para não reter a redonda e o Chivas incapaz de organizar um ataque bem feito que, aos 42 minutos, o volante Baez alçou bola na área colorada, Bravo venceu o zagueiro Bolívar pelo alto, em minha opinião foi uma falha do capitão do Inter, e tocou de cabeça para Fabián acertar um belo voleio/puxeta e abrir o placar para os mexicanos.

“Se a situação no gramado não era boa quando estávamos com a vantagem, imagina agora” – deve ter pensado o torcedor colorado. Porém, os comandados de Celso Roth voltaram para a 2ª etapa com uma postura completamente diferente e, desde o primeiro minuto, conseguiram se impor ofensivamente e construir as jogadas que haviam sumido antes do intervalo. Algumas explicações para o aumento da produtividade do Inter na 2ª etapa são: troca de posição do Taison, que saiu da ponta-esquerda para a ponta direita e começou a mostrar seu talento individual, maior presença do excelente lateral-esquerdo Kléber no campo de ataque e Rafael Sóbis enfim começou a receber a redonda dentro da área mexicana. Depois de dominar por competo os primeiros 15 minutos do 2º tempo, tendo criado duas ótimas chances de empatar a partida, com Taison em chute de fora da área e Rafael Sóbis após receber lindo passe de Kléber, o Internacional enfim igualou o escore aos 16 minutos, quando o agora participativo Kléber deu perfeito cruzamento, novamente para Sóbis, e desta vez o ídolo recém-repatriado não desperdiçou. O gol de empate foi o golpe perfeito para o Internacional caminhar com tranquilidade rumo ao título. Sem repetir os erros e o nervosismo da 1ª etapa, o Colorado controlou a posse de bola e o jogo com maestria e ainda balançou as redes mais duas vezes, ambas com pratas-da-casa, assim como o autor do primeiro tento, Rafael Sóbis. Primeiro, aos 31 minutos, o estreante na Libertadores Leandro Damião roubou a pelota na linha central e arrancou com tudo até o forte arremate que o goleiro Michel não conseguiu salvar. Quinze minutinhos depois, já com a torcida comemorando o título, o talismã Giuliano, artilheiro colorado no torneio com 6 gols, deixou sua marca. E não foi uma marca qualquer, mas uma verdadeira obra-prima. Com a pelota em seus pés na entrada da área, Giuliano tentou o lance que parecia mais difícil, mais improvável, mais espetacular. Com um leve toque o meia passou por entre dois marcadores e, com mais suavidade ainda, como se estivesse assoprando a bola, ele encobriu o deitado goleiro e a redonda foi beijar o filó. Golaçoaçoaço. Pra fechar com chave de ouro a atuação do Inter na 2ª etapa.

Nem mesmo o gol de Araújo, aos 47 minutos, após cobrança de falta de Bautista na trave, foi capaz de diminuir o volume do torcedor na festa que era o Beira-Rio. O título já estava garantido. A América já era vermelha. Assim como também era vermelho o terno do Rei Pelé, que abrilhantou ainda mais a festa ao participar da entrega do troféu.

PARABÉNS, COLORADO DAS GLÓRIAS, ORGULHO DO BRASIL!!!

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

UMA IMAGEM...



O histórico goleiro colombiano René Higuita realiza a "defesa escorpião", uma de suas muitas marcas registradas.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

PREMIER LEAGUE 2010/2011 - 1ª RODADA




RESULTADOS
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Tottenham 0 - 0 Manchester City
Aston Villa 3 - 0 West Ham
Blackburn 1 - 0 Everton
Bolton 0 - 0 Fulham
Sunderland 2 - 2 Birmingham
Wigan 0 - 4 Blackpool
Wolverhampton 2 - 1 Stoke City
Chelsea 6 - 0 West Bromwich
Liverpool 1 - 1 Arsenal
Manchester United 3 - 0 Newcastle

ARTILHEIROS
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Didier Drogba (Chelsea) - 3 gols
Marlon Harewood (Blackpool) - 2 gols
Florent Malouda (Chelsea) - 2 gols

COMENTÁRIOS
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Tottenham 0 - 0 Manchester City – White Heart Lane

- No início de sua carreira ele era conhecido como “Heart Attack” (Ataque do Coração), pelos sustos que dava em seus torcedores. Agora, aos 23 anos, o goleiro inglês Joe Hart ganhou um voto de confiança do treinador Roberto Mancini, colocou o excelente Given no banco de reservas e foi o titular do Manchester City no duelo diante do Tottenham. E foi justamente graças à ele que o City conseguiu um importante empate jogando como visitante no White Heart Lane. Enquanto o Manchester City promovia a estréia de suas milionárias contratações, como o lateral-esquerdo Kolarov, o volante Yayá Touré e o meia-atacante David Silva, o Tottenham entrou em campo com a mesma base que na temporada passada fez sucesso e colocou o clube na Champions League. Vale ressaltar que a única contratação do Tottenham para a temporada foi o volante brasileiro Sandro, que irá encontrar uma equipe muito bem organizada taticamente e tem tudo para se tornar um jogador de alto nível. Durante o jogo, o Spurs se mostrou muito mais consistente, realizou uma excelente 1ª etapa, onde dominou completamente as ações ofensivas, e criou excelentes oportunidades de balançar as redes. Porém, Joe Hart estava inspiradíssimo e foi o principal responsável por deixar o placar mudo. Se manter o nível durante a temporada, Hart tem tudo para acabar com o crônico problema da falta de goleiros qualificados que atinge a Seleção da Inglaterra.

Liverpool 1 - 1 Arsenal – Anfield

- No primeiro encontro entre dois integrantes do “top four” da Premier League, Liverpool e Arsenal realizaram uma boa partida. O 1º tempo do duelo não foi muito agitado. Enquanto o Arsenal sentia muita falta do Fábregas, que está recuperando a forma física, e encontrava problemas para criar tramas ofensivas mais efetivas, o Liverpool não conseguiu apresentar um bom encaixe entre o seu quarteto ofensivo que contava com o desentrosado tripé de meias Kuyt, Joe Cole e Jovanovic (da direita para a esquerda) e o atacante Ngog. “E o Gerrard?” – você deve estar se perguntando – , estava atuando, e bem, como volante, ao lado do Mascherano. O jogo pegou fogo mesmo depois do intervalo, quando o Liverpool, que estava com um homem a menos pois o Joe Cole havia sido infantilmente expulso por um carrinho criminoso aos 44 minutos da 1ª etapa, abriu o placar logo no inicinho da etapa com um belo arremate do Ngog. Daí em diante o Arsenal tentou se postar no campo de ataque e pressionar o rival, que segurava o resultado com unhas e dentes. E o empate veio aos 44 minutos quando Rosicky cruzou uma bola da esquerda e o goleiro Reina – atrapalhado pelo sol? – se embolou com o atacante Chamakh e empurrou a redonda contra o próprio gol.

CAMPEONATO BRASILEIRO 2010 - 14ª RODADA

Atlético-GO 0 x 2 Botafogo
Palmeiras 2 x 0 Atlético-PR
Flamengo 1 x 0 Ceará
Atlético-MG 3 x 1 Guarani
São Paulo 2 x 2 Cruzeiro
Grêmio Prudente 1 x 2 Vasco
Avaí 3 x 2 Corinthians
Fluminense 3 x 0 Internacional
Vitória 4 x 2 Santos
Grêmio 2 x 0 Goiás

Olá amigos do FUTEBOLA!

Gêmio Prudente 1 x 2 Vasco – Prudentão, Presidente Prudente (SP)

Jogando no Prudentão o Vasco venceu o Prudene por 2 x 1 e conquistou o seu primeiro triunfo como visitante no Brasileão. Está foi a sétima partida de PC Gusmão no comando do Vascão sem derrotas e a equipe já se encontra a apenas um pontinho da zona de classificação para a Libertadores.

Olhando para a escalação inicial do Vasco confesso que não gostei da opção ofensiva escolhida pelo PC em escalar o trio Éder Luís, Felipe e Zé Roberto. O motivo? A ausência de um jogadore como referência dentro da área, para prender a atenção das defensores e finalizar as tramas ofensivas que fossem criadas. Entretanto, durante toda a 1ª etapa, o Vasco soube compensar bem a ausência deste centroavante com a movimentação de Zé Roberto e Éder Luís. Logo aos 4 minutos, o “Zé da Colina” apareceu dentro a área em jogada que Felipe chutou para fora. No minuto seguinte, Zé caiu pela direita e cruzou para Éder Luís, que fez belo corta-luz para o lateral-esquerdo Max arrematar por cima do gol. Pouco depois, aos 9 minutos, foi o lateral-direito Fagner quem alçou a redonda e Éder Luís mandou de bate-pronto para o fundo das redes. Durante 10 minutos o Vasco apresentou um futebol muito dinâmico e envolvente, com o tripé ofensivo e os laterais massacrando o sistema defensivo rival. Depois do gol marcado, e apesar de ter levado uma bola na trave em jogada do atacante Wesley pela meiúca da defesa, o Vasco continuou criando oportunidades de sacudir o filó e por pouco não ampliou a vantagem antes do intervalo. Vale ressaltar que Felipe e Zé Roberto se entenderam muito bem e produziram, na segunda metade desta 1ª etapa, nada menos do que três boas jogadas em dupla.

No intervalo, o treinador Márcio Barros sacou o volante Rodrigo Mancha e colocou o zagueiro Diego, formando um esquema com três defensores para tentar conter o bom poder ofensivo que o Vasco apresentava. Se não conseguiu seu objetivo por completo, já que em nenhum momento o sistema defensivo do Prudente anulou totalmente o ataque vascaíno, a equipe paulista melhorou, principalmente depois de conseguir o empate aos 13 minutos em uma bomba espetacular do João Vítor que Fernando Prass nem sonhou em defender. O gol fez crescer o ritmo do Prudente em campo, que melhorou mais ainda com a entrada do Gadelha no lugar do sumido camisa 10 Adriano Pimenta. Como citei anteriormente, o ataque do Vasco não foi anulado pelo sistema defensivo prudentino e a equipe assustou o goleiro Giovani em duas oportunidades, entre 20 e 30 minutos. Porém, neste período, foi o Prudente quem criou as melhores oportunidades de ficar em vantagem no marcador, com Carlos Eduardo, Wesley e Wanderley levando bastante perigo à meta defendida por Fernando Prass. Foi neste momento equilibrado da partida que o Vasco conseguiu marcar o tento que lhe deu a vitória, quando, aos 34 minutos, o lateral Max avançou pela esquerda e foi derrubado na área pelo volante Roberto. Nílton foi para a cobrança e bateu muito mal para defesa de Giovani, porém pegou o rebote e mandou pro fundo do gol. A assistência do primeiro gol vascaíno foi do Fagner e o pênalti que originou o segundo foi sofrido pelo Max. Esta excelente participação ofensiva dos laterais vascaínos está diretamente relacionada ao não menos exelente trabalho realizado pelo PC Gusmão e ao esforço do tripé de volantes formado por Nílton, Rafael Carioca e Rômulo em cobrir os espaços nos lados do campo. Voltando ao jogo, o Prudente ainda perdeu uma chance incrível de empatar o duelo aos 40 minutos, quando o atacante Rafael, que acabara de entrar em campo, deu belo passe para Wanderley desperdiçar debaixo da trave.

A cada rodada do Brasileirão que passa percebe-se mais que PC Gusmão trabalhou muito bem no período que teve durante a Copa do Mundo. A transformação sofrida pelo Vasco foi muito grande e uma equipe que parecia que iria brigar na parte debaixo da tabela começa a dar sinais de que pode sonhar com algo mais na competição.

TRÊS TOQUES!

- A 14ª rodada foi dos sonhos para o futebol carioca. No sábado o Botafogo, contando com o melhor ataque do Brasileirão, não teve problemas para bater o Atlético Goianiense, conquistar sua terceira vitória seguida e chegar ao G4. O Flamengo, que continuou mostrando gigante falta de qualidade ofensiva mesmo com as estréias de Renato Abreu e Leandro Amaral, suou muito mas venceu o Ceará com um gol de Petkovic em cobrança de pênalti. No domingo, além da vitória do Vasco, o Fluminense deu mais um show de bola. Apoiado na qualidade daquele que vem se mostrando o melhor trio ofensivo do país neste segundo semestre, o Fluzão engoliu o “time B” do Internacional. Conca, Emerson e Washington estão realmente impossíveis, fazendo o torcedor tricolor não sentir falta do contundido Fred. E ainda falta estrear o Deco!!!

- Acho muito legal quando outros esportistas interagem com o futebol. Mais legal ainda quando o outro esportista é um dos maiores da história no seu ramo, caso do fanático torcedor do Avaí Gustavo Kuerten, o Guga, que esteve presente na Ressacada na grande vitória de sua equipe sobre o Corinthians. Com o triunfo, o Avaí alcançou nada menos do que a terceira posição na tabela e o posto de carrasco do “Trio de Ferro” Paulista. O motivo? Neste 1º turno a equipe catarinense já venceu o Palmeiras, o São Paulo e o Corinthians.

- Depois de um longo período sem vitórias enfim Luxemburgo e Luís Felipe Scolari venceram no Brasileiro. Sem ganhar uma partida desde a 8ª rodada, o Atlético Mineiro, comandado pelo Luxa, bateu o Guarani por 3 x 1 com 2 gols de Diego Tardelli que novamente brigará para ser o goleador da competição. Já Felipão conquistou sua primeira vitória após seu retorno ao banco do Verdão com um 2 x 0 sobre Atlético Paranaense. Será que é o início de duas arrancadas?

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

COPA LIBERTADORES DA AMÉRICA 2010 - FINAL

Olá amigos do FUTEBOLA!

Chivas 1 x 2 Internacional – Estádio Omnilife, Guadalajara (MEX)

Jogando no novo Estádio Omnilife o Internacional conseguiu uma excelente vitória de virada sobre o Chivas e deu um grande passo para conquistar seu segundo caneco da Libertadores.

Desde o apito inicial a equipe brasileira mostrou muito mais qualidade ofensiva do que a mexicana. Seria um exagero dizer que o Inter pressionou o adversário desde o primeiro minuto, porém que o Colorado adotou uma postura mais ofensiva e dominou as ações de ataque, isso é a mais pura verdade. Controlando a posse de bola e diminuindo a velocidade e o ímpeto do Chivas, que não conseguiu acertar um contra-ataque durante toda a 1ª etapa, o Internacional assustou o goleiro Michel em duas oportunidades, com a trave salvando os mexicanos. Com menos de 10 minutos de partida, Kléber realizou bela ultrapassagem pela esquerda, recebeu a pelota e chutou cruzado para acertar o poste. Mais tarde, já aos 29 minutos, Alecsandro soltou uma bomba em cobrança de falta e também acertou a trave. Se o Internacional não criava oportunidades em demasia, pelo menos as que criava eram muito perigosas. Já o Chivas estava completamente fora de partida e não conseguia superar a maior qualidade do meio-campo e a segurança defensiva dos gaúchos. Os velozes e perigosos meias Arellano e Fabián pareciam nem estar em campo, tamanha a aceitação do ataque mexicano à marcação colorada. Entratanto, nos acréscimos do 1º tempo, quando tudo indicava que o jogo iria para o intervalo com o placar mudo, Fabián cruzou a redonda na cabeça de Bautista que, de fora da área, encobriu o pessimamente colocado goleiro Renan. Depois de uma gigantesca falha no segundo duelo semi-final contra o São Paulo, Renan mais uma vez bobeou e não está justificando o investimento do Internacional para repatriá-lo.

O jogo voltou do intervalo com a mesma cara. Tudo bem que o Chivas conseguiu uma boa jogada pela direita e um perigoso arremate de longa distância, mas isso nem de longe é o suficiente para dizer que os mexicanos buscaram o ataque na 2ª etapa. Durante todo o 2º tempo o Chivas se entregou por completo a marcação e o Internacional voltou suas forças para buscar um resultado melhor. O momento que exemplifica o comportamento das equipes nesta etapa ocorreu aos 23 minutos, quando o treinador José Luis Real sacou o Arellano, que apesar de ter realizado uma partida abaixo do que é capaz era a principal alternativa para o Chivas sair para o jogo em velocidade, e colocou o volante Araújo. E esta equivocada atitude do técnico mexicano não tardaria a ser castigada, pois em um pequeno intervalo de 4 minutos o Internacional conseguiu virar a partida. Primeiro o lateral-esquerdo Kléber, que teve boa atuação, colocou a bola na cabeça do talismã Giuliano que, sozinho, não precisou se esforçar muito para sacudir o barbante. Depois de marcar o gol da classificação diante do Estudiantes e o gol da vitória diante do São Paulo no Morumbi, Giuliano escreveu mais uma importante linha na sua história pelo Internacional. Com o placar empatado o Colorado não diminui o ritmo e novamente em uma bola cruzada na área passou a frente no marcador. Desta vez, aos 31 minutos, foi o D’Alessandro, o líder técnico da equipe, quem colocou a gorducha na área para Índio dar perfeita assistência e Bolívar balançar as redes.

Com a excelente vantagem nas mãos, o Internacional fechou com chave de ouro sua belíssima atuação, trocando passes com bastante qualidade e fazendo o tempo passar. Tendo mostrado ser superior em todos os setores do campo, defesa, meiúca e ataque, o Inter não poderia mesmo voltar para casa com outro resultado se não a vitória. Agora, mesmo sem valer o critério de gols fora de casa, o Internacional tem tudo para levantar a taça no Beira-Rio, afinal necessita apenas do empate. Só não pode cair na bobeira de pensar que já é Campeão ou entrar em campo para empatar, né?

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

AMISTOSO INTERNACIONAL - ESTADOS UNIDOS X BRASIL

Olá amigos do FUTEBOLA!

Estados Unidos 0 x 2 Brasil – New Meadowlands, New Jersey (EUA)

A estréia de Mano Menezes como treinador da Seleção Brasileira superou muito, mas muito, as minhas expectativas. Neste momento, estou diante do meu teclado com um largo sorriso no rosto, graças ao futebol encantador jogado por Neymar, Ganso e primorosa companhia.

Bastou apenas uma partida para a Seleção Brasileira apresentar um futebol absurdamente diferente do que vinha apresentando nos últimos anos, sob o comando do treinador Dunga. Se antes a principal arma “canarinho” eram contra-ataques e bolas paradas e as jogadas ofensivas se concentravam no lado direito, nesta nova equipe as armas são outras. Para se ter uma idéia, o Brasil criou nada menos do que 16 boas oportunidades de abrir o marcador e nenhuma destas surgiu de uma bola parada. Sob a batuta do trio santista Robinho, Ganso e Neymar, que formavam um tripé de meias atrás do atacante Pato e a frente de Ramires e Lucas, a Seleção mostrou precioso toque de bola, enorme talento para jogadas individuais e alternância entre ataques pela esquerda, pela direita e pela meiúca. Os partidários do futebol-arte já estão gritando que a Seleção mudou da água pro vinho.

Apesar de o Estados Unidos ter criado a primeira boa oportunidade de abrir o placar, logo aos dois minutinhos em uma penetração do Donovan pelo meio, a Seleção Brasileira aos poucos ganhou o controle das ações ofensivas do jogo. Aos 28 minutos, quando já dominávamos os norte-americanos por completo e já havíamos perdido duas excelentes oportunidades, uma com o Pato e outra com o André Santos, o mesmo André Santos chegou a linha de fundo e cruzou a pelota na cabeça do estreante e iluminado Neymar que marcou seu primeiro gol com a camisa amarelinha. Adotando uma postura digna de muitos aplausos, a Seleção ignorou o fato de estar em vantagem no placar, permaneceu bem postada no campo de ataque e não parou de criar chances de gols. Entretanto, as tramas ofensivas brasileiras ganharam um toque de qualidade maior após o 1 x 0. O motivo? Paulo Henrique Ganso, que não realizou boa primeira metade do 1º tempo, se ligou na partida e passou a reger o ataque brasileiro. E é impressionante a capacidade deste nosso novo camisa dez. Em apenas 10 minutinhos mostrando o que sabe, Ganso participou de três ótimas jogadas. Primeiro aproveitou uma precisa e preciosa roubada de bola do volante Lucas, que diga-se de passagem também esteve em grande noite, e puxou um contra-ataque que Robinho finalizou levando perigo ao goleiro Howard. Depois foi a vez de Ganso achar Neymar que fez a galera gritar “Uhhhh”. Por fim, aos 46 minutos, Ganso deixou a redonda com o já titular absoluto da Seleção Ramires e o mais novo reforço do Chelsea deu passe magistral para Pato driblar o goleiro e ampliar a vantagem brazuca.

Após o intervalo o jogo não mudou de cara e durante toda a 2ª etapa o Brasil esteve mais próximo de fazer o terceiro do que o Estados Unidos de diminuir o placar. A dupla de zaga formada por Tiago Silva e David Luiz e o goleiro Victor apenas assistiram a partida, tamanha a superioridade brasileira. Mantendo a alternância de jogadas, ora pela direita, ora pela esquerda, e ainda aproveitando o aparecimento de algumas oportunidades de acertar um contra-ataque, pois o Estados Unidos começava a deixar mais espaços defensivos, o Brasil só não chegou ao terceiro gol pois não caprichou como devia nas finalizações. Nestes 45 minutos do 2º tempo, a Seleção criou incríveis 10 claras chances de sacudir o filó, com Robinho acertando o pé da trave, Ganso mandando um balaço também no poste e o meia Carlos Eduardo perdendo um gol sozinho na pequena área. Vale ressaltar a naturalidade com a qual o Brasil chegava ao gol norte-americano, com gigante qualidade na troca de passes, lindos dribles (como o lateral-direito Spector sofreu, principalmente diante do Neymar) e muita objetividade.

Pensei que demoraria mais um tempo para fazer esta afirmação, porém precisei de apenas 90 minutos para acreditar e dizer: Começou uma nova Era na Seleção Brasileira!

domingo, 8 de agosto de 2010

CAMPEONATO BRASILEIRO 2010 - 13ª RODADA

Botafogo 3 x 0 Atlético-MG
Guarani 4 x 1 Avaí
Corinthians 1 x 0 Flamengo
Goiás 1 x 1 Palmeiras
Ceará 0 x 0 Atlético-GO
Grêmio 1 x 2 Fluminense
Vasco 1 x 0 Vitória
Cruzeiro 0 x 0 Grêmio Prudente
Atlético-PR 1 x 1 São Paulo
Santos x Internacional (adiada)

Olá amigos do FUTEBOLA!

Vasco 1 x 0 Vitória – São Januário, Rio de Janeiro (RJ)

Jogando em casa o Vasco mostrou muita raça para superar a expulsão do capitão Carlos Alberto no final da 1ª etapa, bater o Vitória, Vice-Campeão da Copa do Brasil, e se distanciar da zona de rebaixamento.

Contando com um trio ofensivo muito técnico, formado por Carlos Alberto, Felipe e Zé Roberto, além do posicionamento avançado dos dois laterais, Fágner e Max, o Vasco mostrou um bom posicionamento ofensivo na primeira metade do 1º tempo e conseguiu abrir o placar do jogo. Aos 7 minutos Carlos Alberto já havia acertado uma bomba no travessão em cobrança de falta, mas foi aos 23, em uma trama que contou com a participação de Felipe e Rafael Carioca, que o lateral-esquerdo Max chutou cruzado para a meiúca da área baiana e Zé Roberto inaugurou o marcador. Este foi o primeiro gol do “Zé da Colina” com a camisa cruzmaltina. A excelente participação do Max neste lance do gol tem o dedo do treinador PC Gusmão, que novamente escalou a equipe com três volantes justamente para dar liberdade aos laterais, tornando as tramas pelos flancos uma boa arma ofensiva vascaína. O tripé de volantes formado por Nílton, Rafael Carioca e Rômulo realizou boa partida principalmente na 2ª etapa, quando o Vasco teve um homem a menos e apenas se defendeu.

Após o gol do Zé Roberto, o Vitória assustou o goleiro Fernando Prass em duas oportunidades, uma com o centroavante Schwenk e outra com o meia Elkson, enquanto o Vasco chegou à meta do goleiro Lee em um arremate longo do Rafael Carioca. Parecia que este panorama equilibrado se manteria até o final do jogo, porém, aos 46 minutos, Carlos Alberto reclamou de uma falta sofrida, foi advertido com o cartão amarelo, bateu palmas para ironizar a atitude do árbitro e recebeu o cartão vermelho. Em minha opinião a atitude do árbitro foi incoerente. Minutos antes de expulsar o capitão vascaíno, o atacante do Vitória Soares cuspira abelhas africanas em cima do bandeira e o também atacante baiano Schwenk já havia reclamado bastante e, em ambos os casos, o juiz nada fez.

No intervalo o treinador do Vitória Ricardo Silva sacou o volante Bida e o meia Elkson colocando os meias ofensivos Henrique e Renato, buscando aumentar o poder de penetração da sua equipe. Como era de se esperar, o “Leão” se postou integralmente no campo de ataque e o Vasco apenas se defendeu durante praticamente toda a etapa. Entretanto, como citei anteriormente, o tripé de volantes vascaíno, assim como a linha de quatro defensores, impediu o Vitória de criar uma única trama ofensiva bem sucedida. Isso mesmo, durante os 45 minutos do 2º tempo o Rubronegro Baiano não levou perigo nenhuma vez ao gol defendido pelo goleirão Fernando Prass. Gostaria de elogiar aqui principalmente o lateral-direito Fágner, que novamente se mostrou um jogador de bastante valor ofensivo, e o volante Nílton, um verdadeiro touro na proteção da defesa vascaína. Na metade final da etapa, após as entradas de Éder Luís e Fumagali, o Vasco ainda teve oportunidades de ampliar o o placar em dois contra-ataques, mas não os completou da maneira adequada e o jogo terminou mesmo em 1 x 0.

Assim como o Botafogo, o Vasco vem aproveitando muito bem os seus novos reforços e não pára de subir na tabela de classificação. Hoje, o Vasco está mais próximo da zona de classificação para a Libertadores, três pontos, do que da zona de rebaixamento, quatro pontos. Com diretoria, comissão técnica e jogadores mostrando qualidade e empenho, o resultado não poderia ser diferente.

TRÊS TOQUES

- Com muita gente boa de bola e um excelente treinador o Fogão começa a fazer bonito no Brasileirão. Contando com Jobson, Herrera e o “Mago” Maicosuel em grande noite, o “Glorioso” engoliu o Atlético Mineiro no Engenhão com um excelente público de quase 25 mil pagantes e está a apenas dois pontinhos do Internacional, o quarto colocado com um jogo a menos. E a meu ver a tendência é o Fogão melhor ainda mais.

- Fluminense e Corinthians continuam firmes e fortes na campanha rumo a título do Brasileirão. O Tricolor conseguiu uma excelente vitória diante do Grêmio no Olímpico, com mais um gol do “Sheik” Emerson, que balançou as redes em todos os seus jogos pelo Flu. Já o “Timão” bateu o fraquíssimo time do Flamengo no Pacaembu e segue em segundo, um ponto atrás do Fluzão. A superioridade destas duas equipes em relação as demais está perfeitamente mostrada na tabela de classificação. Enquanto Flu e “Timão” possuem, respectivamente, 29 e 28 pontos, o Ceará, terceiro colocado, possui “apenas” 21. É muita diferença para um campeonato que prometia ser mais equilibrado.

- Retrospecto de Felipão na sua volta ao Palmeiras: 5 jogos, 4 empates e 1 derrota. Isso mesmo, com Scolari no banco o Verdão ainda não venceu no Brasileirão. Com jogadores como Vítor, Pierre, Lincoln, Kléber “Gladiador” e Ewethon, Felipão deveria estar fazendo um trabalho melhor ao invés de reclamar que não recebe reforços.

ENQUANTO ISSO NO VELHO CONTINENTE...

- No jogo que abriu a temporada do futebol na “terra da rainha”, o Manchester United bateu o Chelsea por 2 x 1 e conquistou a Community Shield. Me chamou muito a atenção neste duelo o péssimo futebol apresentado por todos os jogadores que estiveram presentes na Copa do Mundo vestindo a camisa da Seleção Inglesa. Pelo Chelsea, Ashley Cole foi uma verdadeira avenida, tomando uma baile do meia-direita Valencia, John Terry também não realizou boa partida, apesar de não ter sido o desastre que foi Cole e Frank Lampard, parecia nem estar em campo, tamanha a apatia ofensiva. Enquanto isso, pelos “Diabos Vermelhos”, Wayner Rooney, durante os 45 minutos em que atuou, esteve muito, mas muito, abaixo do que é capaz. Neste primeiro contato com o futebol inglês da temporada 2010-2011, não fiquei satisfeito com o futebol que vi. Esta parece ser a temporada perfeita para Liverpool, Arsenal, Tottenham ou Machester City conquistare o caneco e acabar com a sequência de títulos de Chelsea e Manchester United, que se alternam como Campeões desde 2004-2005.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

FIGURINHA CARIMBADA - ROBERTO CAVALO



Nome: Roberto Fernando Schneiger

Data de nascimento: 13 de abril de 1963

Posição: meio-campo

Clubes:

Atlético Paranaense (1985 até 1988)
Criciúma (1989 até 1992)
Vitória (1993 e 1994)
Botafogo (1994 e 1995)
Sport (1995 até 1997)
Avaí (1997)

Títulos:

Campeão Paranaense – 1985 e 1988 – Atlético Paranaense
Campeão Catarinense – 1989, 1990 e 1991 – Criciúma
Campeão da Copa do Brasil – 1991 – Criciúma
Campeão Catarinense – 1997 – Avaí

Destaques:

- Depois de se profissionalizar e ter atuado por aproximadamente quatro anos no Atlético Paranaense, o meia Roberto Cavalo chegou ao Criciúma em 1989 para, com seus potentes chutes, que lhe renderam o apelido, entrar para a história do futebol catarinense. Logo no ano de sua chegada, Roberto já colocou a faixa de Campeão Estadual no peito, feito que iria se repetir em 1990 e 1991. E foi também em 1991, ano do Tri Estadual do Tigre, que o futebol de Santa Catarina alcançou seu ápice em termos nacionais. O motivo? Comandado pelo treinador Luiz Felipe Scolari, o Criciúma realizou uma memorável campanha e se sagrou Campeão da Copa do Brasil de maneira invicta. Durante a caminhada, o Tigre passou por difíceis adversários como Atlético Mineiro e Goiás antes de chegar à decisão do torneio, contra o também invicto Grêmio, e conquistar o caneco após dois empates (0 x 0 no Heriberto Hulse e 1 x 1 no Olímpico). Aqui vai a equipe Campeã da Copa do Brasil de 1991: Alexandre, Sarandi, Vilmar, Altair e Itá; Roberto Cavalo, Gélson e Grizzo (Vanderlei); Zé Roberto, Soares e Jairo Lenzi. Técnico: Luiz Felipe Scolari. E a gloriosa passagem de Roberto pelo Tricolor Catarinense não parou na Copa do Brasil. No ano seguinte, o Tigre disputou a Taça Libertadores e terminou na excelente quinta colocação. Com Roberto Cavalo e o ponta-esquerda Jairo Lenzi jogando o fino da bola, o Criciúma terminou a primeira fase, a fase de grupos, em 1º lugar, superando o São Paulo e os bolivianos San José e Bolívar. Nas oitavas-de-final viriam duas vitórias contra o Sporting Cristal (PER) e a classificação para um novo confronto contra o São Paulo. Desta vez, porém, pelas quartas-de-final, o Tigre não conseguiu vencer o Sampa de Telê Santana, Zetti, Cafu, Raí, Palhinha e companhia, que caminhava firme e forte para a conquista da América e do Mundo.

- Como que para provar que craque que é craque joga em qualquer canto, Roberto Cavalo saiu do Sul para o Nordeste e pendurou sua foto na galeria de ídolos do Vitória. Ao lado de jogadores que viriam a se consagrar Campeões da Copa do Mundo de 2002, casos do goleiro Dida e do volante Vampeta, além de nomes como Paulo Isidoro e o atacante “capoeirista” Alex Alves, Roberto Cavalo fez parte da histórica equipe que se tornou Vice-Campeã Brasileira de 1993. Após uma excelente campanha, onde conseguiu nove vitórias e quatro empates nos seus 16 jogos da primeira fase, quando enfrentou equipes, digamos, de menor porte (algo semelhante ao módulo amarelo da Copa União de 1987 e da Copa João Havelange de 2000), o Vitória alcançou a vaga para a fase final do Brasileirão. Esta fase final seria da seguinte maneira: foram formados dois grupos de quatro equipes cada onde ocorreriam confrontos de ida e volta, com os primeiros colocados se garantindo na grande final. E mesmo diante de fortíssimos adversários, o Leão continuou a dar um show de bola. Logo na primeira partida desta fase final, Roberto Cavalo marcou o único gol da vitória sobre o Flamengo de Renato Gaúcho e Marcelinho Carioca. No jogo seguinte, novo triunfo, desta vez por 2 x 1 sobre o Corinthians de Rivaldo e Viola. Depois destas duas vitórias, o Rubro-Negro Baiano empatou seus quatro jogos seguintes, dois contra o Santos e novamente contra Corinthians e Flamengo. Destes quatro empates, Roberto Cavalo balançou as redes em três, tendo marcado um antológico gol de falta contra o Corinthians em um Morumbi com mais de 65 mil torcedores. Na decisão, o Vitória não resistiu a um dos maiores esquadrões da história do futebol brasileiro, o Palmeiras do treinador Vanderlei Luxemburgo, que era uma verdadeira Seleção Brasileira e contava com Antônio Carlos, Cléber, Roberto Carlos, César Sampaio, Mazinho, Zinho, Edílson, Edmundo e Evair.


- Depois das memoráveis passagens pelo Criciúma e pelo Vitória, Roberto Cavalo jogaria ainda pelo Botafogo, onde disputou a final da Recopa Sul-Americana ao lado de Wagner, Wilson Gottardo e Túlio Maravilha - perdeu para o São Paulo por 3 x 1, em duelo realizado no Japão - e também foi Vice-Campeão Pernambucano com o Sport, em 1995. Fechando a carreira com chave de ouro, Roberto, para a tristeza dos torcedores criciumenses, conquistou o Campeonato Catarinense de 1997 com o Avaí.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

COPA DO BRASIL 2010 - FINAL

Olá amigos do FUTEBOLA!

Vitória 2 x 1 Santos – Barradão, Salvador (BA)

Mesmo longe de apresentar metade do seu futebol o Santos saiu do Barradão com o título da Copa do Brasil e conquistou seu segundo caneco em 2010, afinal já havia levantado o Paulistão.

Depois de vencer a partida de ida, na Vila Belmiro por 2 x 0, o Santos entrou em campo com o regulamento debaixo do braço. Melhor dizendo, o Santos entrou abraçado ao regulamento, tamanha a falta de ousadia mostrada pela equipe. Isso mesmo, parece mentira, mas o Santos não teve um pingo de ousadia durante os 90 minutos de jogo. O Vitória, por sua vez, mesmo sem ter saído para o jogo com muita convicção, fato exemplificado pela formação com um tripé de volantes (Bida, Neto Coruja e Elkson, da esquerda para a direita) durante quase toda a partida, foi muito mais incisivo ofensivamente do que o Santos. Você pode estar pensando: “claro que o Vitória saiu mais para o jogo, afinal precisava vencer”. É um pensamento totalmente coerente, porém ver o Santos recuado e atacando menos do que o rival foi algo raro esse ano.

Na 1ª etapa, o Vitória conseguiu levar perigo ao goleiro Rafael em quatro oportunidades, sendo o atacante Schwenk o jogador que mais incomodou o sistema defensivo santista. Na melhor das chances criadas Schwenk chegou a sacudir o filó, de cabeça, mas estava impedido. Já o Santos tinha atacado apenas duas vezes pela direita, uma com Robinho e outra com o Pará, quando, aos 44 minutos, com o intervalo batendo a porta, Neymar, que nada havia feito em todo o 1º tempo, colocou a redonda na cabeça de Edu Dracena que abriu o placar. A vantagem de 1 x 0 conseguida nos minutos finais da 1ª etapa foi um presentaço ao irreconhecível Santos, que agora poderia perder por até 2 gols de diferença.

O Vitória voltou do vestiário mais agressivo, apesar de com os mesmos jogadores, enquanto o Santos voltou com o mesmo futebol sem inspiração. Troca de passes comandada pelo Ganso, dribles do Robinho e do Neymar, jogadas com o André segurando a bola de costas para sofrer faltas... o que mais o Santos tinha eram armas para segurar o placar e garantir o título que estava quase garantido, porém os “Meninos da Vila” preferiram apenas se defender. Um dos jogadores que mais me encantam neste “Peixe-2010” é o volante Wesley, que ataca e defende com a mesma excelente qualidade e que trabalha durante os 90 minutos. Neste duelo, o fato de Wesley praticamente não ter passado do meio-campo espelha a fraca atuação ofensiva do Santos. Wesley passou todo o jogo no lado esquerdo do setor defensivo, auxiliando o jovem lateral-esquerdo Alex Sandro, que esteve muito bem defensivamente.

Como havia dito antes, o Vitória voltou mais forte para a 2ª etapa e em 20 minutos levou perigo com o atacante Júnior, o volante Bida, em linda jogada individual, e com o veterano Ramón, além de conseguir o empate com um gol do zagueiro Wallace. O treinador Dorival Junior desistiu do centroavante André, completamente sumido em campo, e colocou o meia Marquinhos, melhorando a troca de passes na meiúca santista. A entrada do Marquinhos deu a entender que o Santos conseguiria controlar o jogo, principalmente depois de ele ter deixado Ganso na cara do gol com um passe magistral e ter realizado boa jogada individual. Porém, pouco depois destes lances, que diga-se de passagem foi praticamente tudo que o Santos fez na 2ª etapa, o Vitória voltou a atacar. Aos 25 minutos o meia Renato, que havia entrado no lugar do Ramón, mandou uma cabeçada na trave e, aos 32, após sensacional passe do Elkson o atacante Júnior esbanjou categoria e colocou a pelota no fundo do gol.

Nos pouco mais de 15 minutos restantes, o Rubronegro Baiano se manteve postado no ataque mas não conseguiu ampliar o marcador, apesar de todo o esforço. Com o final do jogo, o Santos levantou pela primeira vez o caneco da Copa do Brasil. E se não mostrou um bom futebol nesta partida, isso não apaga nem um pouco da histórica campanha santista, que venceu jogos por 10 x 0 e 8 x 1, que eliminou os na época badalados Atlético Mineiro e Grêmio, que marcou 38 gols na competição e bateu o recorde de gols marcados em uma só edição do torneio. Sem dúvida alguma este Santos de Neymar, Robinho e Ganso entrou para a história do nosso futebol.

PARABÉNS, “MENINOS DA VILA”!!!

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

CAMPEONATO BRASILEIRO 2010 - 12ª RODADA

Fluminense 3 x 1 Atlético-PR
Atlético-GO 1 x 1 Guarani
São Paulo 2 x 1 Ceará
Palmeiras 1 x 1 Corinthians
Vitória 1 x 3 Botafogo
Avaí 4 x 1 Goiás
Internacional 0 x 0 Grêmio
Atlético-MG 0 x 1 Cruzeiro
Grêmio Prudente 1 x 2 Santos
Flamengo 0 x 0 Vasco

Olá amigos do FUTEBOLA!

Flamengo 0 x 0 Vasco – Maracanã, Rio de Janeiro (RJ)

Com o Maraca recebendo um excelente público de mais 60 mil torcedores, Flamengo e Vasco realizaram um clássico morno em que todas as emoções ficaram guardadas para os últimos minutos. O empate final foi ruim para os dois, já que o Fla se afastou do G4 e o Vasco se manteve perto da zona de rebaixamento.

Olhando a escalação das equipes o torcedor vascaíno tinha mais motivos para acreditar na vitória, afinal este clássico marcaria a reestréia de Felipe e a estréia de Zé Roberto com a camisa cruzmaltina. Já o torcedor rubro-negro sentiu uma baita de uma saudade do “Império do Amor”, dupla formada por Adriano e Vágner Love, ao chegar no final da escalação de sua equipe e ver que o ataque contaria com o colombiano Borja e Val Baiano. E apesar de a primeira boa oportunidade de abrir o marcador ter sido criada pelo Fla, com Juan dando bela assistência para Kléberson arrematar por cima da meta, a superioridade técnica dos homens de frente vascaínos deu o ritmo do jogo na 1ª etapa. Não que o Vasco tenha engolido o Flamengo, longe disso, mas o goleiro rubro-negro Marcelo Lomba teve que mostrar trabalho em um arremate do Zé Roberto e outro do Felipe. Estes lances espelham a situação do Vasco em campo. Com jogadores de grande qualidade técnica, porém completamente desentrosados, as melhores tramas ofensivas vascaínas foram individuais e não coletivas. E quem foi o mais prejudicado por esta falta de entrosamento foi o centroavante Nunes, completamente ausente das jogadas de ataque e tendo recebido apenas um cruzamento, do outro estreante vascaíno, o lateral-direito Irrazábal. Fazendo o papel de auxiliar do treinador PC Gusmão, eu acredito que a melhor formação para a equipe cruzmaltina seria trocar um dos volantes por um parceiro de ataque para o Nunes. Sendo mais específico, trocaria o volante Rômulo pelo atacante Jonathan, enquanto Carlos Alberto não estiver apto a iniciar as partidas, recuaria Felipe e Zé Roberto e organizaria o Vasco em um clássico 4-2-2-2.

Vale citar aqui uma excelente opção do treinador PC Gusmão para diminuir a força ofensiva do Flamengo. PC adiantou seus laterais Irrazábal e Carlinhos colocando-os constantemente no campo defensivo do Flamengo e, com isso, prendeu Léo Moura e Juan, que ficaram preocupados em não deixar o Vasco atacar por suas costas. Após o intervalo, o Flamengo até voltou um pouco melhor do que o Vasco, tendo assustado o goleiro Fernando Prass com o Kléberson e o Val Baiano em aproximadamente 10 minutos. Entretanto, logo o Vasco conseguiu encaixar a marcação novamente e controlar as ações ofensivas do Fla. Além dos méritos defensivos vascaínos, mais uma fraca apresentação do Kléberson, uma apagada noite do Petkovic e a previsível e pífia atuação da dupla Borja/Val Baiano foram responsáveis pelo ruim jogo do Flamengo.

Com Felipe e Zé Roberto longe da forma física ideal e mais cansados em campo, o Vasco perdeu poder ofensivo e o jogo esfriou bastante. As alterações realizadas pelos treinadores, com Vinícius Pacheco entrando no Fla e Carlos Alberto e Éder Luís no Vasco, só foram ter efeito depois dos 30 minutos, com ambas as equipes criando as melhores oportunidades de gols da partida. A boa estréia de Éder Luís poderia ter dado a vitória ao Vasco, pois o atacante entrou voando e participou de quatro tramas ofensivas que levaram bastante perigo ao goleiro Marcelo Lomba. Entretanto, a chance, ou melhor, as chances mais claras de balançar as redes foram rubro-negras. Aos 41 minutos, Juan encontrou Vinícius Pacheco na área adversária e o avante flamenguista arrematou para bela defesa de Fernando Prass. No rebote, Borja dominou a pelota, driblou o zagueiro Fernando e chutou para outra e mais sensacional defesa de Prass. Para testar o coração de todos os torcedores, presentes no Maraca ou não, o rebote da segunda defesa caiu na cabeça do lateral rubro-negro Juan que, quase na linha do gol, cabeceou para, acreditem, nova defesa de Prass. Três finalizações de dentro da área vascaína e todas defendidas pelo goleirão Fernando Prass. E não contente em ter se tornado o melhor jogador em campo em apenas 1 minuto, Fernando Prass ainda voaria para salvar uma magistral cobrança de falta de Petkovic aos 48 minutos da 2ª etapa. Bom, se o jogo não foi espetacular, os últimos 15 minutos valeram o ingresso e a mensalidade do pay-per-view.

As atuações de Felipe e Zé Roberto no 1º tempo, o retorno, mesmo que discreto, do Carlos Alberto e os últimos 15 minutos do Éder Luís são para deixar o torcedor vascaíno bastante animado. Por outro lado, a atuação da dupla de ataque Borja/Val Baiano, a sensação de que este ataque deverá aparecer mais vezes e a terceira partida seguida sem vitória são para deixar o torcedor rubro-negro, que espera a classificação para a Libertadores, com a pulga atrás da orelha.

TRÊS TOQUES…

- Como estava assistindo ao clássico paulista entre Palmeiras e Corinthians, não consegui ver a reestréia do Maicosuel pelo Fogão. Entretanto, e apesar da que deve ter sido mais uma grande atuação do Jóbson, é impossível não associar o retorno do Maicosuel aos gramados com o reencontro do Botafogo com as vitórias. A última vitória do “Glorioso” havia ocorrido na 3ª rodada, mas a volta do “Mago” promete ser o início de um novo campeonato os comandados do Joel Santana.

- Falando em reestréias, Washington voltou com tudo para o Fluminense. Aproveitando a brecha deixada pela contusão do titular absoluto Fred, o “Coração Valente” já retornou ao Fluzão jogando e fazendo gols. Inspiradíssimo, Washington soube aproveitar toda a genialidade do argentino Conca, balançou as redes duas vezes e ainda deu uma bela assistência para Emerson deixar sua marca. Foi essencial para o Tricolor voltar a comandar a tabela do Brasileirão.

- Corinthians, Internacional e Ceará, os componentes do G4 junto com o Fluzão, não venceram nesta 12ª rodada. Enquanto o Timão empatou com o Palmeiras em um clássico sem muitas emoções e o Colorado empatou com o também rival Grêmio, o Ceará seguiu sua derrocada após a saída do treinador PC Gusmão e perdeu para o São Paulo. Quem gostou destes resultados foi o Cruzeiro e o Avaí, que venceram e estão coladinhos na zona de classificação para a Libertadores.