sexta-feira, 30 de outubro de 2009

CAMPEONATO BRASILEIRO 2009 - 32ª RODADA - SÉRIE A

Atlético Paranaense 1x1 Santos
Botafogo 1x0 Náutico
Cruzeiro 3x2 Santo André
Grêmio 3x1 Avaí
Barueri 2x0 Flamengo
Vitória 0x1 Corinthians
São Paulo 1x0 Internacional
Palmeiras 4x0 Goiás
Fluminense 2x1 Atlético Mineiro
Sport 1x1 Coritiba

Olá amigos do FUTEBOLA!

Permanece o equilíbrio do Brasileirão. O Flamengo perdeu para o Barueri e o Atlético Mineiro para o Fluminense. Dois candidatos ao título perdendo para uma equipe de férias e outra que briga para não cair. Por sinal, não coloquem o Fluminense na 2ª divisão. O Campeonato ainda conta com 6 jogos, que o Flu disputará como se fossem batalhas de vida ou morte. Vamos aos comentários dessa 32ª rodada.

Barueri 2 x 0 Flamengo – Arena Barueri, Barueri (SP)

Depois de 10 jogos invicto, o Flamengo perdeu para o Barueri e deixou escapar a chance de terminar a rodada dentro do tão desejado G4.

A empolgação mostrada pela torcida rubro-negra com a chance de poder dormir a quarta-feira na liderança do torneio, camuflou a dificuldade que seria o jogo contra o Barueri. A equipe paulista, que possui o quarto melhor ataque do Brasileirão e perdeu somente duas partidas em sua casa, se mostrou muito organizada, principalmente ofensivamente, e deu um banho de bola no Flamengo. Enquanto o Flamengo foi incapaz de organizar uma boa jogada durante os 90 minutos de jogo, o Barueri criou, de acordo com meu caderninho, nada menos do que 11 chances claras de balançar as redes. Contando com grande participação de Thiago Humberto e Márcio Careca, pelo lado esquerdo, além da presença do perigoso Val Baiano como referência na área, a equipe paulista poderia ter obtido um resultado histórico. Um gol de Val Baiano no fim do 1º tempo, após linda jogada de Thiago Humberto, e outro marcado por Éverton, depois de uma tabelinha com o Val Baiano, foram o suficiente para o Barueri conquistar a vitória. Uma goleada paulista só não ocoreu pois o bom meia Thiago Humberto não possui a mesma capacidade de finalizar que tem para organizar jogadas e o goleiro flamenguista Bruno mostrou muitos de seus atributos, salvando a equipe diversas vezes.

Muitos irão creditar a péssima atuação rubro-negra à ausência do Petkovic. Claro que o sérvio fez falta, principalmente na 1ª etapa, quando o Flamengo tentava atacar apenas com bolas longas “lançadas” na direção do Adriano. Porém, essa seria uma daquelas desculpas prontas, como, por exemplo, a famosa mania de culpar a altitude por derrotas contra equipes do Equador ou da Bolívia. O Flamengo possuía alternativas para suprir a ausência do Pet, porém jogadores-chave como Juan, Léo Moura e Zé Roberto, não estavam em uma noite inspirada. Já o treinador Andrade, que não queria modificar a estrutura da equipe, mesmo com a ausência de Pet, mostrou certa incoerência. O Zé Roberto, que vem mostrando excelente futebol jogando mais próximo da área adversária, foi recuado para o meio-campo e o Willians, que sempre atuou pelo lado direito, foi escalado como meia-esquerda. Talvez a melhor estratégia para manter a equipe estruturada fosse a simples escalação do Erick Flores.

Apesar da derrota, continuo acredito que o Flamengo pode conquistar a vaga na Libertadores de 2010. Em um Brasileirão tão equilibrado, uma hora o Rubro-Negro iria perder uma partida. Agora, resta saber como o elenco reagirá após essa derrota.

Fluminense 2 x 1 Atlético Mineiro – Maracanã, Rio de Janeiro (RJ)

Apresentando um futebol superior ao, até o início da rodada, vice-líder do Brasileirão, o Flumiense conseguiu conquistar importantíssimos três pontos e aumentou as esperanças do seus torcedores para a briga pela permanência na Série A do Brasileirão.

Após essa atuação do Flumiense contra o Galo Mineiro, cheguei à duas conclusões sobre o Tricolor. A primeira delas é que, invariavelmente, uma boa atuação do Flumiense está associada a uma boa atuação do argentino Conca. Mostrando um futebol refinado e de grande categoria, Conca comandou os principais ataques e contra-ataques do Tricolor que, mesmo não ocorrendo em grande quantitade, foram essenciais para o triunfo. Essencial também foi o seu gol, logo no início da 2ª etapa, que ampliou o placar para o Tricolor, já que Fred havia cobrado pênalti com perfeição antes do intervalo. Falando em Fred, está relacionado à ele a minha segunda conclusão sobre a equipe do Fluminense. Mesmo que ele não tenha uma boa atuação, basta sua presença em campo para a equipe ter mais espaços para jogar. Com todo respeito ao garoto Allan e ao veterano Roni, o Fred é um jogador de outro nível, que intimida os defensores. Nessa partida em particular, Fred apareceu bem, atuando como pivô, e ainda assustou o ótimo goleiro Carini por duas vezes. Sua presença na equipe será de grande importância nessa guerra que o Flu terá pela frente.

Falando sobre a atuação do Atlético Mineiro, a equipe não entrou em campo com o espírito de quem busca uma liderança de Brasileirão. Não que o Galo tivesse que desrespeitar o Fluminense, pois em um torneio como o nosso, realmente todos os jogos são difíceis, mas passar toda a 1ª etapa sem levar perigo ao goleiro Rafael é respeito demais. Uma das boas surpresas desse Campeonato é o ofensivo lateral-esquerdo Thiago Feltri, que em minha opinião vem sendo uma das principais armas do Galo. Nessa partida contra o Flu, ele raramente apareceu no campo de ataque e ainda viu o lateral-direito tricolor, Mariano, ter uma bela atuação pelo seu setor. O futebol dos meias Ricardinho e Corrêa também se mostrou muito abaixo do normal. Na verdade, de normal nessa atuação do Galo só mesmo as boas defesas do Carini e mais um gol do Diego Tardelli.

Agora, o Fluminense pega mais uma pedreira. Depois de Internacional, Goiás e Atlético Mineiro, três partidas difíceis que o Flu não perdeu, chegou a vez do Cruzeiro, no Mineirão. Sobre esse jogo, concordo em gênero, numero e grau com o atacante Fred, que após o jogo disse que se o Tricolor vencer, escapa do rebaixamento.

JOGADA RÁPIDA!

Obina salvou o Palmeiras. Washington salvou o São Paulo. Mais uma vez, Thiago Ribeiro salvou o Cruzeiro. Viva os atacantes do Brasileirão!

terça-feira, 27 de outubro de 2009

CAMPEONATO BRASILEIRO 2009 - 31ª RODADA - SÉRIE A

Santo André 2 x 0 Palmeiras
Atlético Mineiro 1 x 0 Vitória
Náutico 2 x 1 Barueri
Santos 3 x 4 São Paulo
Goiás 2 x 2 Fluminense
Internacional 1 x 0 Grêmio
Coritiba 3 x 2 Atlético Paranaense
Botafogo 0 x 1 Flamengo
Corinthians 0 x 1 Cruzeiro
Avaí 2 x 2 Sport

Olá amigos do FUTEBOLA!

O melhor Campeonato do mundo está pegando fogo. O Palmeiras perdeu sua terceira partida seguida, dessa vez para o Santo André, e ainda viu todos os quatro clubes que estão o perseguindo vencerem seus jogos. Enquanto Internacional, São Paulo e Flamengo conseguiram dificílimas vitórias em clássicos estaduais, o Atlético Mineiro bateu o Vitória, em um Mineirão lotado, e está apenas um pontinho atrás do Verdão. Na parte de baixo da tabela, as vitórias de Santo André, Náutico e Coritiba, deixaram Fluminense e Botafogo ainda mais desesperados. Faltam sete rodadas para o fim e, acreditem amigos, nada será decidido até lá. Vamos aos comentários de dois grandes clássicos do nosso Brasileirão.

Internacional 1 x 0 Grêmio – Beira-Rio, Porto Alegre (RS)

Contando com a ajudinha do goleiro da Seleção Brasilera Victor, o Internacional venceu o Grêmio e continua vivo na briga pelo caneco do Brasileirão.

Antes mesmo do início da partida, já era possível prever um Internacional mais ofensivo. Não pelo fato de jogar em casa, mas sim por sua formação inicial. Enquanto o Tricolor contava com apenas o Perea de atacante, o Colorado além da dupla de ataque Alecsandro/Taison, ainda possuía os meias ofensivos D´Alessandro e Giuliano. Com o apito inicial, não precisou passar nem 5 minutos para o Internacional dar números finais ao jogo. Após lindo passe de peito de Alecsandro, D´Alessandro mandou uma bomba de longe e contou com a colaboração do Victor para sacudir o filó. Com a vantagem no placar e contra um Grêmio pouquíssimo inspirado, o Inter não teve problemas para ir para o intervalo vencendo. Queria destacar a diferença de postura do meia Giuliano na Seleção sub-20 e no Internacional. Enquanto na Seleção ele era o principal organizador ofensivo da equipe e não tinha muitas tarefas defensivas, no Internacional ele participa muito do combate no meio-campo, principalmente pelo lado direito. Acredito que no futuro poderá se tornar um jogador, além de muito bom tecnicamente, muito útil taticamente.

Após o intervalo o Grêmio buscou mais ofensividade com a entrada do atacante Herrera. Vale ressaltar que não foi apenas o fato de o Grêmio ter apenas o Perea como atacante que fez a equipe não criar nada ofensivamente no 1º tempo, mas sim a falta de participação de Souza e Fábio Rochemback e o insucesso de Douglas Costa, que apesar de buscar o jogo não conseguia superar a defesa do Internacional. Com a entrada de Herrera e uma maior aparição de Souza, apesar de não estar numa tarde inspirada, o Grêmio melhorou na partida. Os dois foram os protagonistas da principal jogada ofensiva criada pelo Tricolor, quando Souza driblou Guiñazu na ponta-direita e deixou Herrera livre para chutar, porém o argentino furou o arremate. Pelo lado Colorado, o treinador Mário Sérgio tentou mudar a postura ofensiva da equipe, que não conseguia atacar na 2ª etapa, com as entradas de Andrezinho e Marquinhos, porém com excessão de uma falta cobrada pelo Andrezinho, que o zagueiro Índio quase ampliou o marcador, e de um belo passe do Marquinhos, que deixou o Alecsandro cara-a-cara com o Vítor, o Internacional também não nada foi produtivo.

O gol marcado no início do jogo foi fundamental para o Internacional ter tranquilidade na partida e conseguir a vitória sobre um Grêmio que não mostra força longe de sua casa. Com o apito final, parecia que o Colorado havia conquistado um título, tamanha a empolgação de D´Alessandro e do treinador Mário Sérgio. Não, não foi um título, mas a vitória no clássico e a chance de conquistar o Brasileirão após 30 anos, merecem sim a festa.

Botafogo 0 x 1 Flamengo – Engenhão, Rio de Janeiro (RJ)

No primeiro duelo entre Flamengo e Botafogo na história do Engenhão, o Rubro-negro conseguiu conquistar mais três pontos e deixar seu torcedor ainda mais esperançoso na busca pelo hexa nacional.

O 1º tempo do clássico mostrou uma partida completamente aberta, equilibrada e com qualquer uma das equipes podendo balançar as redes a qualquer momento. Enquanto Petkovic comandava as ações do Flamengo, era Reinaldo quem aparecia bem pelo Fogão. Em duas jogadas do Pet, o Flamengo quase abriu o placar. Primeiro, o sérvio abriu bem o jogo para Juan, que cruzou para a finalização errada de Fierro. Pouco tempo depois, o gringo organizou um ataque pelo meio que resultou em uma boa finalização do Zé Roberto. Pelo Botafogo, Reinaldo fazia de tudo. Arriscou chute de longa distância, apareceu na área para cabecear e deu bastante trabalho ao sistema defensivo flamenguista. Falando em sistema defensivo, tanto o do Flamengo, quanto o do Botafogo, não apresentaram muita segurança nessa partida. Para ilustrar esse fato, o gol do Flamengo foi marcado pelo Imperador Adriano, aos 31 minutos, quando a dupla de zaga Alvi-negra Wellington/Juninho falhou. Ainda na 1ª etapa, o Flamengo organizou um contra-ataque daqueles dignos de video-aula. O lance começou com o genial Petkovic ainda na área rubro-negra, passou por Fierro e Zé Roberto e terminou com o arremate do próprio Fierro, que poderia ter caprichado mais na finalização.

Como citei anteriormente, a defesa do Flamengo não apresentou muita segurança, porém não foi por falta de qualidade de seus defensores, mas sim pelo excesso de cautela da equipe, após o intervalo. Diante do completo recuo do Flamengo, nem mesmo as boas atuações de Aírton e Fabrício foram suficientes para impedir o Botafogo de pressionar. E como pressionou. Do início ao fim da 2ª etapa, o Fogão atacou o Flamengo de tudo quanto foi maneira. Bola parada de Lúcio Flávio para André Lima desviar para fora; Passe de Alessandro para novo arremate de André Lima; Cruzamento de Reinaldo e, acreditem, mais um chute para fora de André Lima; Chute longo de Victor Simões e boa defesa de Bruno; O juiz assinala erradamente pênalti do Aírton sobre o André Lima, porém Lúcio Flávio desperdiça a chance ao telegrafar a cobrança e mandar nas mãos de Bruno; Após arrancada do mesmo Lúcio Flávio, pela esquerda, e um excelente passe, novamente André Lima manda a pelota para fora. Durante todo esse tempo, o Flamengo sequer passou perto de assustar o goleiro Jefferson.

Alguns podem falar que o resultado da partida foi injusto. Não concordo. A justiça do futebol é a justiça da bola na rede. Adriano recebeu duas bolas e marcou um gol. André Lima recebeu cinco bolas e deu cinco chutes para fora. Lúcio Flávio, ótimo nas bolas paradas, teve um pênalti para poder empatar o jogo, porém não conseguiu superar o goleirão Bruno, que se atuasse sempre como nos jogos contra o Botafogo, seria um dos melhores do mundo. Apesar de ter mostrado nesse 2º tempo os seus piores 45 minutos desde que o Andrade assumiu como treinador, o Flamengo conquistou uma vitória importantíssima. Há 3 rodadas atrás, a diferença para o líder era de 12 pontos. Agora, são somente três. Está mais do que claro que o torcedor do Mengão pode acreditar no título.

domingo, 25 de outubro de 2009

E NO VELHO CONTINENTE...

Liverpool 2 x 0 Manchester United - 10ª rodada do Campeonato Inglês

Depois de quatro derrotas consecutivas, o Liverpool conseguiu vencer. E não foi uma vitória qualquer, mas sim sobre o Manchester United, no duelo entre os dois maiores Campeões do Campeonato Inglês.

Não podendo contar com o meia Gerrard, contundido, o Liverpool apostou no trio Fábio Aurélio/Kuyt/Benayoun para organizar o setor de meio-campo e comandar as ações ofensivas da equipe. Dentre esse três meias, foi o brasileiro Fábio Aurélio quem mais participou da 1ª etapa. Dois lances seus foram simplesmente sensacionais, também pelas intervenções do goleiro van der Sar. Aos 16 minutos, Fábio cobrou uma falta com muita categoria, que o goleirão foi buscar em uma defesa daquelas que merecem ser reprisadas várias vezes. Depois, aos 36, ele deu um lançamento milimétrico para Benayoun que dominou bem e cruzou para área. Quem apareceu para completar de cabeça? O próprio autor do lançamento inicial, Fábio Aurélio, que só não abriu o placar porque van der Sar novamente mostrou seus atributos. Enquanto isso o Manchester United se mostrava uma equipe recuada e buscando os contra-ataques sem muita eficiência, assustando o goleiro Reina apenas uma vez, em uma cabeçada de Rooney.

Após o intervalo, a partida se mostrou mais equilibrada, com o Manchester não explorando somente os contra-ataques. Porém, em uma das saídas para o jogo, a equipe comandada por Alex Fergusson deixou um buraco no setor defensivo que Benayoun soube explorar muito bem, colocando Fernando Torres de frente com van der Sar que, dessa vez, nada pôde fazer: 1 a 0 Liverpool. Falando mais um pouco sobre Fernando Torres, o vejo como um dos três melhores centroavantes da atualidade. Existe um consenso de que Cristiano Ronaldo, Kaká e Messi são os três melhores do mundo, porém nenhum deles é um centroavante. Na posição de finalizador, matador, homem-gol, coloco Fernando Torres ao lado de Ibrahimovic e Luís Fabiano como os melhores da atualidade. Como Ibra não vai para o Mundial de 2010, acredito que o posto de melhor centroavante do mundo será decidido no duelo entre “El Ninõ” e “Fabuloso”.

Voltando ao jogo, o Liverpool recuou mais do que o necessário, após abrir o placar, mas o Manchester não estava em um dia inspirado. Nem mesmo as entradas de Michael Owen e Nani deram aos “Diabos Vermelhos” força ofensiva suficiente para furar a defesa do Liverpool. O sistema defensivo do Liverpool se mostrou bem organizado, com Fábio Aurélio, apesar de meia, ajudando muito no lado esquerdo e o lateral-direito Glen Johnson realizando uma ótima partida. Quanto a dupla de volantes formada por Lucas e Mascherano, acredito que eles poderiam cometer menos faltas. Tanto o brasileiro quanto o argentino cometem infrações que prejudicam sua equipe. Se o Mascherano, que foi expulso no fim do jogo, tivesse recebido o vermelho antes, teria complicado muito a situação de sua equipe.

Aos 50 minutos, com a defesa do Manchester completamente aberta (o zagueiro Vidic havia sido expulso), o Liverpool acertou um contra-ataque e Kuyt deixou Ngog livre para fechar o placar. Foi uma bela e importante vitória do Liverpool, que deixará a equipe mais tranquila para a sequência na Premier League e para buscar a vaga na próxima fase da Copa dos Campeões da Europa. Finalizando, um recadinho para o treinador da Seleção Brasileira: Olho no Fábio Aurélio!

CAMPEONATO BRASILEIRO 2009 - 32ª RODADA - SÉRIE B

América 4 x 0 Portuguesa
Atlético Goianiense 5 x 1 Brasiliense
Bragantino 4 x 1 Fortaleza
Ceará 1 x 0 Duque de Caxias
São Caetano 1 x 2 Paraná
Campinense 2 x 3 Vila Nova
Vasco 2 x 1 Bahia
Figueirense 1 x 2 Ponte Preta
Guarani 1 x 0 ABC
Ipatinga 0 x 1 Juventude

Olá amigos do FUTEBOLA!

A 32ª rodada da Segundona foi perfeita para os integrantes do G4. O motivo? Figueirense e Portuguesa, que se encontram diretamente abaixo do grupo, perderam seus jogos. Agora, a diferença do Atlético Goianiense (4º lugar) para o Figueirense (5º lugar) é de 5 pontos. Na parte de baixo da tabela, o Juventude venceu e consegui abrir dois pontos da zona da degola, que conta com o Bahia, derrotado pelo Vasco, no Maracanã. Vamos aos comentários dessa vitória do Vasco.

Vasco 1 x 0 Bahia – Maracanã, Rio de Janeiro (RJ)

No duelo entre dois Campeões Brasileiros da 1ª Divisão, o Vasco bateu o Bahia e está com um pé e quatro dedos na Série A de 2010. Pelo lado do Bahia, parece que a briga vai ser até o final para evitar a queda para a Terceirona.

Parecendo que não iria sentir a ausência de Carlos Alberto e Ramón, duas das principais armas ofensivas vascaínas durante todo o ano, o Vasco começou a partida dominando e buscando o ataque. O lateral-esquerdo Ernani, que substituía o próprio Ramón, realizou três jogadas em menos de 15 minutos. Mandou uma bomba que passou raspando o gol baiano, pelo lado do campo, deu um lindo drible por baixo das pernas do seu marcador e chegou à linha de fundo e, na terceira, arriscou um chute cruzado que Alex Teixeira quase completou para o gol. Depois disso, nada mais fez de produtivo. No setor de meio-campo, o Fumagali, que teria a responsabilidade de organizar a equipe ofensivamente, assim como o Carlos Alberto, se machucou e teve que sair do jogo ainda no 1º tempo. Com o sumiço de Ernani e a saída de Fumagali, o Vasco começaria a ter problemas para trabalhar no ataque, porém esses problemas foram minimizados pela incrível falta de qualidade individual da equipe do Bahia. Pecando muito nas saídas para o jogo, os passes errados dos defensores baianos foram o principal caminho para o Vasco levar perigo ao goleiro Marcelo. O principal “colaborador” vascaíno foi o zagueiro Evaldo que, numa bobeira gigante, deu a pelota nos pés do lateral Fágner. Após bela tabela com o atacante Adriano (que havia entrado no lugar do Fumagali), Fágner abriu o placar para o Vascão.

Devido à citada falta de qualidade do Bahia, o Vasco pôde voltar para o 2º tempo mais tranquilo e, apesar de ter passado longe de realizar uma boa partida, fez o necessário para vencer. O Cruzmaltino estava bem mais perto de ampliar o marcador do que de sofrer o empate. Alex Teixeira, após boa jogada individual, Adriano, após bate-rebate na área e Élton, após mais uma bobeada do Bahia na saída de bola, quase sacudiram o filó do goleiro Marcelo. A dupla sub-20 vascaína Souza/Alex Teixeira esteve no mesmo ritmo da equipe, ou seja, não realizou ótima partida, mas fez o que o Vasco precisava. Souza fechou bem o sistema defensivo diminuindo ainda mais a chance de o Bahia criar uma boa jogada ofensiva e Alex Teixeira apareceu bem ofensivamente, apesar de não ser constante. Em minha opinião, serão essenciais para o Vasco realizar uma boa Série A em 2010.

Aos 34 minutos o artilheiro Élton marcou um golaçoaçoaço e parecia que o Vasco havia definido a partida. Porém, 4 minutos depois, em uma falha do sistema defensivo vascaíno, o veterano Paulo Isidoro diminuiu o placar. O jogo poderia complicar para o vasco, mas como o Bahia não teve qualidade para pressionar nos minutos finais, o jogo terminou com o 2 a 1 no placar.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

E NO VELHO CONTINENTE...

Liverpool 1 x 2 Lyon – 3ª rodada da Liga dos Campeões da Europa, Grupo E

O Liverpool foi derrotado, em pleno Anfield Road, pelo Lyon, e se complicou muito na Champions League. Com apenas três pontos e tendo que realizar duas das próximas três partidas longe de seus domínios, a equipe inglesa vai ter que suar muito a camisa para passar de fase.

A primeira metade da 1ª etapa se mostrava uma partida muito truncada, com o Liverpool nada conseguindo produzir ofensivamente e o Lyon saindo pouco para o jogo. As saídas da equipe francesa eram, invariavelmente, pelos lados do campo e, em uma delas, Lisandro López quase abriu o placar, obrigando o goleiro Reina a realizar bela defesa. Fora isso, era o Liverpool que tentava atacar, mas sem o mínimo sucesso. A situação parecia ficar pior ainda para os ingleses quando Gerrard, contundido, teve que sair. Aí, entrou em jogo a imprevisibilidade do futebol. O lateral-esquerdo brasileiro Fábio Aurélio, substituto de Gerrard, entrou no meio-campo e, em 10 minutos, participou de três ótimas jogadas ofensivas. Em uma delas, cruzou a pelota na área, que Benayoun completou para o fundo das redes.

O intervalo parecia ter feito bem ao Lyon que, logo aos 4 minutos da 2ª etapa, chegou perigosamente com o lateral-direito Reveillere. Porém, foi o Liverpool quem teve o jogo nas mãos. Entre os 10 e 15 minutos, a equipe inglesa criou 3 chances de aumentar o placar e praticamente garantir a vitória. Benayoun, Ngog e Kuyt, justamente os três homens mais ofensivos do Liverpool, desperdiçaram as chances criadas. É nessa hora que vemos a falta que faz um jogador do nível de Fernando Torres, que, contundido, não pôde jogar. Quem merece destaque, pelo lado do Liverpool é o novato lateral-direito Kelly, de apenas 19 anos. Mesmo tendo trabalho para segurar os ataques que o Lyon realizava por seu lado, ele ainda arrumou tempo para criar duas boas jogadas de ataque.

Os deuses do futebol resolveram castigar o Liverpool que, após desperdiçar essas citadas três oportunidades de sacudir o filó, ainda resolveu parar de atacar e apenas segurar o resultado. Pois é, sem nenhuma qualidade nas saídas para o jogo o Liverpool viu o Lyon gostar da partida, dominar o meio-campo e começar a assustar o goleiro Reina. E foi utilizando sua principal arma na partida que o Lyon conseguiu empatar. Após cobrança de córner, Gonalon deixou tudo igual. O Liverpool, que não mostrava a mínima condição de se reerguer na partida, tamanha a falta de criatividade e organização, ainda conseguiu chegar mais duas vezes, com o zagueiro Skirtell, isolando a pelota após boa jogada de Fábio Aurélio e Kuyt, e com um chute longo de Mascherano. Entretanto, como eu havia dito antes, os deuses da bola resolveram que o Liverpool não merecia mesmo vencer. Aos 45 minutos, após ótima jogada do também ótimo Pianíc, jovem bósnio que atua pela meia-direita, com Govou, o argentino Delgado deu a vitória ao Lyon.

Com o apito final, uma onda de abatimento caiu sobre a equipe do Liverpool e seus torcedores. Para piorar o momento, domingo é dia de clássico contra o Manchester United.

Real Madrid 2 x 3 Milan – 3ª rodada da Liga dos Campeões da Europa, Grupo C

Era um duelo ennvolvendo nada menos do que 16 títulos da Champions League. Acreditem meus amigos: o jogo que se viu no Santiago Bernabéu foi digno de cada um desses troféus. E para ficar ainda mais divertido para nós, brasileiros, foram nada menos do que seis patrícios em campo.

O apito inicial mostrou um Real Madrid mais consistente em termos ofensivos. Não que a equipe merengue estivesse pressionando e assustando o rival, mas o Milan estava mais limitado em campo. Parecia haver uma barreira imaginária bloqueando a entrada da área defendida por Casillas, pois o Milan tocava a bola, abria o jogo, fechava o jogo, dava passes longos, passes curtos, chutões para frente e nem chegava perto do gol adversário. Era um time com limites. Quanto ao fato de os jogadores estarem guardando suas posições com muita obediência, eu considero ser um ponto positivo. Muita gente boa (o comentarista da ESPN Paulo Calçade, de quem sou grande fã, é um deles) diz que o Milan precisa de mais movimentção, que não basta o Pato ficar na direita, o Gaúcho na esquerda e o Inzaghi no centro, sendo esses abastecidos pelo tripé de meio-campo formado por Pirlo/Ambrosini/Seedorf. Acredito que o técnico Leonardo não tenha um vasto conhecimento sobre organização tática e que o Milan está passando por um período onde os jogadores estão tentando se entender, após a saída do Kaká, que era comandante e centro do time. Por esses dois fatos, em meu entendimento, o melhor que o Milan tem a fazer é jogar o simples. Aparição ofensiva de um lateral de cada vez, ou sobe o Pirlo ou sobe o Ambrosini, nada de Ronaldinho com plena liberdade em campo, zagueiros só devem aparecer no ataque durante as bolas paradas... Somente o básico. Com o tempo, a equipe tende a evoluir e, aí sim, naturalmente, a mobilidade e as trocas de posições irão aparecer. Não foi a postura estática do Milan o fator responsável por a equipe não ter conseguido criar uma única boa jogada ofensiva na 1ª etapa, mas sim o fato de Pirlo e Seedorf não terem aparecido em campo. Para o Milan jogar com três atacantes, é mais do que essencial a participação desses dois meias.

Ainda na etapa inicial, vimos um Real Madrid que, não sendo agredido, manteve o domínio das ações de ataque e, se não foi um primor na organização das jogadas ofensivas, o chute de longa distância e a bola parada cobrada pelo meia Granero mostram-se perigosos. Foi de um chute do próprio Granero que o goleiro Dida engoliu um dos maiores frangos da história do futebol e deixou Raúl livre para abrir o placar. Esse frangaço deixou o Real mais confiante para arriscar os chutes longos e Diarra e Marcelo, esse após excelente jogada individual, quase ampliaram a vantagem utilizando essa arma.

Após o intervalo, parecia que o Real Madrid estava disposto a decidir logo a partida. Com 6 minutos, Raúl, Kaká e Benzema deixaram o sistema defensivo do Milan de pernas pro ar e, em três belas jogadas, poderiam ter praticamente definido a partida para os Galáticos. Mas não combinava com uma camisa do peso da do Milan a impotência mostrada pela equipe e, quando ninguém esperava, o Rubro-negro começou a jogar bola. Bastou um intervalo de aproximadamente 10 minutos de bom futebol para o Milan virar a partida. Pirlo e Seedorf apareceram para jogar e o trio ofensivo, principalmente Ronaldinho, ganhou companhia nas ações ofensivas. Com uma bomba de Pirlo e um espetacular lançamento de Ambrosini para Pato, o Milan virou a partida com dois gols que Casillas poderia ter defendido. O Real Madrid teve as chances para matar o jogo e, contra um adversário de porte, não é aconselhável desperdiçá-las. O jogo fervia! A entrada do Drenthe no Real, que já havia se mostrado interessante pela velocidade e impetuosidade que forneceu à equipe, se mostrou ainda mais importante quando, após um córner inteligentemente cobrado por Raúl, o holandês acertou bom chute de fora da área e empatou o placar. Por falar em holandês, uma perguntinha: será que o Van Nilsterooy não merece uma vaga nessa equipe do Real Madrid? Em minha opinião, sim.

Durante os últimos 15 minutos de jogo, era impossível adivinhar o vencedor. Um perigoso chute do Xabi Alonso e um gol mal anulado do Thiago Silva mostraram como qualquer equipe poderia sair com os três pontos. Aos 43 minutos, porém, após um genial passe de Seedorf, Pato concluiu de maneira perfeita e sacudiu o filó. Placar final: Real Madrid 2 x 3 Milan. Como é bom ver um jogão desses! Como é bom ver o Milan jogando bola!

terça-feira, 20 de outubro de 2009

CAMPEONATO BRASILEIRO 2009 - 30ª RODADA - SÉRIE A

São Paulo 0 x 1 Atlético Mineiro
Barueri 0 x 0 Santos
Avaí 2 x 1 Goiás
Sport 2 x 0 Corinthians
Palmeiras 0 x 2 Flamengo
Grêmio 2 x 0 Coritiba
Fluminense 2 x 2 Internacional
Atlético Paranaense 3 x 0 Santo André
Cruzeiro 1 x 0 Botafogo
Vitória 3 x 1 Náutico

Olá amigos do FUTEBOLA!

Não consigo parar de me espantar, de maneira muito positiva, com o Brasileirão. Ao final do 1º turno, Flamengo, Vitória e Cruzeiro encontravam-se, respectivamente, nas 10ª, 11ª e 14ª posições. Se pegarmos, porém, somente a tabela do 2º turno, estas três equipes se encontram, passadas 11 rodadas, nas três primeiras posições. Sensacional! Que equilíbrio! Que Campeonato!

Nesta 30ª rodada, o destaque principal tem que ser dado ao sérvio Petkovic. O meia rubro-negro detonou o líder Palmeiras e colocou o Flamengo de vez na briga dos cachorros grandes. Como destaques negativos, são vários. O Botafogo, com mais uma derrota, continua beirando a zona da degola, o Goiás esqueceu como se joga futebol, o Corinthians parece já estar de férias...

Vamos aos comentários sobre os jogos que assisti desta rodada do Brasileirão.

Palmeiras 0 x 2 Flamengo – Parque Antártica, São Paulo (SP)

Simplesmente esPETacular. Com uma atuação incrível do meia rubro-negro Petkovic, o Flamengo venceu o líder Palmeiras, em pleno Parque Antártica, e está somente um ponto da zona de classificação para a Libertadores 2010. Para os flamenguistas mais eufóricos, até o hexa é possível após essa vitória.

Contando com a volta de Diego Souza, que servia a Seleção Brasileira, o Palmeiras esperava apagar o fraco futebol das últimas duas rodadas. E logo com 4 minutos de jogo, o próprio Diego conseguiu uma cabeçada que assustou o goleiro rubro-negro Bruno. Parecia que o Verdão iria se impor pois, mesmo com Cleiton Xavier apagadíssimo, a equipe se mantinha no ataque e o Flamengo praticamente não atuava ofensivamente. Uma outra cabeçada do atacante Robert quase abriu o placar para a equipe paulista. Um detalhe: nesses dois lances de perigo criados pelo Palmeiras, o Léo Moura falhou na marcação em ambos. Aos 23 minutos, porém, a magia de Petkovic apareceu. Após tabelar pela esquerda com Juan, Pet entrou na área, passou por Edmílson, por Danilo e, marcado por Maurício e Souza, arrumou espaço para colocar a bola no fundo das redes. Não seria injustiça cobrar outro ingresso dos torcedores após esse gol.

Com o 1 a 0 no placar, o Palmeiras precisava mais do que nunca sair para o jogo. Se antes o Flamengo não conseguia iniciar os contra-ataques, agora eles começavam pelos pés de Petkovic e, apesar de não serem concluídos com muita eficiência, se mostravam mais perigosos. Até o final da 1ª etapa, o Verdão assustou mais duas vezes, ambas com Vágner Love. Primeiro, o atacante entortou ninguém menos do que Maldonado e mandou uma bomba, depois, um bom chute de fora da área. As duas finalizações foram perfeitamente defendidas por Bruno.

Após o intervalo, o Palmeiras não conseguiu se achar ofensivamente. Já o Flamengo, deu um show de bola. Era um lance de perigo atrás do outro. Zé Roberto armou excelente contra-ataque que, após o corta-luz do Adriano, Léo Moura finalizou para excelente defesa do Marcos. Petkovic driblou Edmílson e mandou um petardo que passou perto. Se a situação do Palmeiras estava ruim, piorou muito após Petkovic marcar o “Gol Rio 2016”. Isso mesmo. Córner na esquerda e o magistral Pet marcou um gol olímpico. 2 a 0 Mengão! A partida, apesar de ainda não estar decidida, se mostrava totalmente favorável para o Rubro-negro. O Palmeiras dava espaços, a dupla de volantes Edmílson/Souza não conseguia dar solidez defensiva e a de armadores Cleiton Xavier/Diego Souza era incapaz de criar uma única jogada ofensiva de qualidade. Enquanto isso, Zé Roberto anda arrumou tempo para acertar o travessão de Marcos com um lindo chute longo.

Aos 41 minutos, o torcedor do Verdão conseguiu ficar ainda mais irritado, quando Vágner Love isolou um pênalti cometido por Ronaldo Angelim em Ortigoza. Criticar o Love pela penalidade perdida seria um exagero, afinal ele foi o único jogador do Palmeiras que produziu ofensivamente. Para provar, logo depois ele novamente deixou Maldonado perdido e quase marcou um golaço. Vale ressaltar que apesar da boa atuação de Aírton, como zagueiro-central, o Flamengo não esteve muito seguro defensivamente. Maldonado, como citado, foi batido por Love, o Palmeiras conseguiu levar perigo em três cabeçadas e Juan e Léo Moura sofreram pelos lados do campo.

Após vencer Santo André, Sport e Coritiba, muitos diziam que o Flamengo estava batendo em bêbado (como se existisse isso em um torneio equilibrado como o nosso). Agora, que venceu São Paulo e Palmeiras, não tem mais como negar: o Flamengo não deve nada para nenhuma equipe do Brasileirão e Diego Souza e Diego Tardelli ganharam a companhia de Petkovic, na briga pelo prêmio de craque do Campeonato.

Cruzeiro 1 x 0 Botafogo- Mineirão, Belo Horizonte (MG)

No Mineirão, o Cruzeiro bateu o Botafogo, conseguiu a terceira vitória seguida, se manteve como líder do 2º turno do Brasileiro e está na briga pela vaga na Libertadores 2010.

Diante de um adversário que atacava pouco e quando ia a frente ficava impedido, como era o Botafogo, o Cruzeiro não precisou nem de uma boa atuação para vencer a partida. No 1º tempo, sentindo muita falta de um meia de criação, já que o Leandro Lima não chamava a responsabilidade de organizar a equipe, o Cruzeiro criou suas principais jogadas pelos lados do campo. O lateral-esquerdo Diego Renan, com um ótimo cruzamento para Leandro Lima, e o equatoriano Guerrón, com um potente chute pela direita, foram os criadores das jogadas que transformaram o goleiro alvi-negro Jefferson no melhor em campo, na 1ª etapa. Sobre o Guerrón, jogador de quem sou um grande fã, confesso ainda estar desapontado com suas atuações pelo Cruzeiro. São raras as vezes em que o equatoriano consegue dar sequência à uma jogada de ataque.

Na saída para o intervalo, o atacante cruzeirense Thiago Ribeiro comentou, até com uma certa dose de irritação, que a equipe precisava colocar mais a bola no chão, para melhor qualificar as jogadas ofensivas da equipe. Talvez pensando de maneira semelhante, Adílson Batista sacou Leandro Lima e Guerrón e colocou Fernandinho e Soares. A principal modificação, porém, ocorreu com o lateral-direito Jonathan, que passou a jogar no meio-campo. Foi de seus pés que saiu um lindo passe para Thiago Ribeiro abrir o placar para o Cruzeiro. Ponto para Jonathan. Ponto para Thiago Ribeiro. Ponto para Adílson Batista. Quanto ao Botafogo, a mesma falta de qualidade ofensiva do 1º tempo. O Fogão foi, neste duelo, a prova de que três atacantes não é sinônimo de ofensividade. Contando com um Lúcio Flávio apático e sem um pingo de criatividade, o trio Jobson/André Lima/Victor Simões levou muito pouco perigo ao sistema defensivo do Cruzeiro. Somente aos 35 minutos da 2ª etapa, quando Soares se contundiu e o Cruzeiro, que já havia feito três substituições, teve que jogar com um homem a menos, que o Botafogo foi incisivo no ataque. Porém, um chute de Jobson, outro de Rodrigo Dantas e uma falta cobrada por Lúcio Flávio, foi muito pouco para superar um dos melhores goleiros do Brasil, que é o Fábio.

Mesmo com a ausência do “Gladiador” Kléber e o fraco futebol apresentado por Guerrón, o Cruzeiro está vencendo suas partidas, cumprindo suas missões e chegando no topo da tabela. Os próximos duelos são contra Corinthians e Santo André, dois jogos que, em minha opinião, a Raposa tem tudo para vencer. Quanto ao Botafogo, pensei que as vitórias sobre Goiás e Atlético Mineiro fariam a equipe acreditar que a melhor defesa é o ataque.

JOGADA RÁPIDA!

Aqueles que acham que o Diego Tardelli é apenas um tapa-buraco na Seleção Brasieira podem estar enganados. O cara está voando e, contra o São Paulo, no Morumbi, deu a vitória para o, agora vice-líder, Atlético Mineiro.

domingo, 18 de outubro de 2009

E NO VELHO CONTINENTE...

Manchester United 2 x 1 Bolton - 9ª rodada do Campeonato Inglês

O Manchester entrou em campo já sabendo da derrota sofrida pelo Chelsea, diante do Aston Villa, e só dependia de suas próprias forças para assumir a liderança do Campeonato Inglês. Mesmo contando com o importante desfalque de Wayne Rooney, os Reds conseguiram mostrar bom futebol e fizeram o dever de casa.

Bastou o apito inicial para o Manchester mostrar sua imensa superioridade técnica diante do Bolton. Com 12 minutos de partida, a equipe já havia aberto o placar (gol contra do zagueiro Knight após bela jogada de Evra e conclusão de Michael Owen) e criado mais duas grandes oportunidades de balançar as redes. Durante todo o 1º tempo, o Manchester pressionou o Bolton atacando com muita intensidade e qualidade pelos lados do campo. Pela esquerda, o veterano Ryan Giggs deixou o sistema defensivo adversário de pernas pro ar. Um conselho para os amantes do futebol: diante da iminente aposentadoria do craque, assistam-o jogar o máximo possível, pois o futebol que ele vem apresentando é de encantar. Se por um lado o Giggs dava show, pelo outro, apesar da menor intensidade, o equatoriano Valencia estava imparável. O meia/ponta – direita deu lindo passe para Berbatov quase marcar, arriscou chute longo e, o principal, após uma tabelinha excelente com Gary Neville, colocou o 2 a 0 no marcador.

Após o intervalo, o Manchester voltou disposto a fechar o caixão do Bolton. Com melhor presença dos atacantes Berbatov, com jogadas muito bonitas como um toque de letra e um voleio, que foram sensacionais, e Owen, com muita movimentação e participação, os Reds criaram, em 11 minutos, quatro chances de aumentar o placar. O lance mais espetacular ficou, como esperado, por conta de Ryan Giggs. Após roubar a bola no campo ofensivo, Giggs entrou na área e entortou o defensor de uma maneira que deu dó. Acredito que o beque do Bolton terá de gastar um bom tempo cuidando da coluna. Porém, o Bolton, que só havia criado duas oportunidades de balançar as redes durante toda a partida, conseguiu diminuir o placar com um gol marcado por Taylor, que por sinal foi o melhor jogador ofensivo da equipe. Esse gol sofrido aos 29 minutos poderia desestabilizar o Manchester, entretanto não foi o que ocorreu. A partida caminhou até o seu fim com o Bolton alçando algumas bolas na área e só conseguiu assustar o goleiro van der Sar aos 49 minutos, fazendo-o defender uma cabeçada que deixou os torcedores do Manchester com o coração na garganta.

Com essa vitória obtida em uma partida muito agitada, com o Manchester atacando muito, e com qualidade, mas quase cedendo o empate no fim, os Reds voltaram a liderança. Pela caminhada, parece que Alex Fergusson vai coseguir fazer o Manchester esquecer Cristiano Ronaldo.

Hamburgo 0 x 0 Bayer Leverkusen - 9ª rodada do Campeonato Alemão

O futebol apresentado no duelo entre os líderes da Bundesliga passou longe do que era esperado. Em uma partida com baixíssimo número de jogadas ofensivas bem organizadas, o placar de 0 x 0 foi justíssimo.

Apesar dos desfalques ofensivos de Petric e Paolo Guerrero, o Hamburgo, por jogar em casa, precisava partir para o ataque. O que se viu, porém, foi uma equipe que, mesmo contando com os ótimos Zé Roberto e Trochowski no meio-campo, não conseguia organizar sequer uma trama ofensiva. Impressionante. Uma equipe que briga pelo título, atuando em casa, não consegue criar, em 45 minutos, uma única chance de balançar as redes. Pelo lado do Leverkusen, tivemos um time preocupado apenas em se defender, o que conseguiu com eficiência.

Após o intervalo, o jogo voltou um pouco mais aberto e com melhor qualidade, até porque pior do que a 1ª etapa seria quase impossível. Essa pequena evolução ofensiva das equipes, entretanto, não foi o suficiente para fazer os goleiros trabalharem. A superioridade das defesas sobre os ataques foi a tônica de quase toda a partida. Digo quase pois, quando faltavam 5 minutos para o fim do jogo, o Leverkusen resolveu atacar. Em duas excelentes jogadas do meia suiço Barnetta, Hypia e Kiesling transformaram o goleiro Roost, do Hamburgo, no melhor homem em campo. Com duas defesas sensacionais, Roost garantiu o empate para o time da casa.

Sobre as atuações dos brasileiros Renato Augusto, pelo Leverkusen, e Zé Roberto, pelo Hamburgo, digo que os dois ficaram devendo muito. Pela qualidade técnica e importância ofensiva que ambos possuem, esperava muito mais deles. O empate em 0 x 0, desta vez, ilustra perfeitamente o que foi a partida.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

ELIMINATÓRIAS SUL-AMERICANAS PARA A COPA DO MUNDO DE 2010

Uruguai 0 x 1 Argentina – Centenário, Montevidéu (URU)

Ao término do clássico entre Uruguai e Argentina, confesso que fiquei desapontado com o nível do futebol mostrado por ambas as equipes. Porém, pensando mais um pouquinho, me convenci de que, diante de tamanha tensão, seria impossível uruguaios e argentinos apresentarem um jogo aberto.

Uruguai e Argentina já se enfrentaram quase 200 vezes, em partidas oficiais. Acredito que poucas dessas partidas tenham sido tão importantes quanto foi este último duelo. Com o prestígio e a importância que a Copa do Mundo possui atualmente, disputá-la é o sonho de todo jogador. No caso dos argentinos, não disputar um Mundial seria algo como o fim do mundo. Imaginem vocês o nível das críticas que Messi e Maradona, o maior ídolo atual e o ídolo eterno, respectivamente, receberiam em caso de eliminação da Copa da África. Já os uruguaios, mesmo não possuindo a força de antes, ainda são os Bi-campeões Olímpicos e Bi-campeões do Mundo e o fato de não terem participado da última edição do Mundial deixa jogadores e torcedores ainda mais ansiosos.

Com o apito inicial e a pelota rolando, o Uruguai se mostrou muito mais disposto a buscar a vitória. Comandada pelo incisivo e habilidoso Luís Suarez, a Celeste se mantinha no campo ofensivo e, de vez em quando, conseguia assustar o goleiro Romero. Uma ótima jogada do próprio Suarez pela esquerda, uma cabeçada do zagueiro Scotti e uma “bundada” do capitão Lugano foram as principais oportunidades criadas pelo Uruguai. Já o futebol mostrado pela Argentina ficou somente nas bolas paradas alçadas na área pelo Verón. Mesmo com o citado nervosísmo que as duas equipes apresentavam, fica impossível não se espantar com a falta de qualidade ofensiva mostrada pela Seleção Argentina. Não possui jogadas pelos flancos, tabelinhas pelo meio, bolas paradas ensaiadas, chutes de longa distância... Não se pode nem falar que a equipe ficou a espera de um lance genial do Messi, pois nem no “Pulga” a bola chegou.

Se no 1º tempo a tensão das equipes era ainda maior pelo fato de Equador e Chile permanecerem empatados, logo no início da 2ª etapa o Chile abriu o placar em Santiago. Com o gol chileno, o Equador, que precisava da vitória, praticamente se viu fora da briga. Sendo assim, o pior que poderia ocorrer com Argentina ou Uruguai seria disputar a repescagem. Esse fato poderia ter deixado o jogo mais aberto, porém nem de longe isso ocorreu. O treinador uruguaio fez sua parte e mandou sua equipe para frente, com as entradas de Cavani e Rodríguez, na primeira metade da etapa. Já pelo lado argentino, Maradona, em resposta, sacou os ofensivos Di María e Higuaín para colocar o lateral Monzón e o volante Bolatti. Assim como no jogo contra o Peru, quando quase mandou a Copa pro brejo, Dieguito optou pela pior maneira de se segurar um resultado. Ao invés de utilizar o tão famoso toque de bola argentino, para controlar a partida e diminuir o ímpeto uruguaio, o treinador preferiu entupir seu campo de defensores.

Se a baixa qualidade técnica do Uruguai não permitia qualquer mudança no placar, a Argentina conseguiu, após um bate-rebate digno de pelada de fim de churrasco, mudar o marcador. O apagadíssimo Messi, de longe a pior partida sua que já assisti na vida, cruzou a pelota na área e, depois de uma briga de foice, a redonda sobrou para o volante Bolatti arrematar para o fundo das redes.

Com essa importante vitória, a Argentina conseguiu se classificar para o Mundial, o que, convenhamos, não passava de uma obrigação. Durante aproximadamente 8 meses, Maradona – será que ele permanece? – terá muito, mas muito trabalho pela frente. Se nossos hermanos mostrarem na África um futebol semelhante ao apresentado contra Peru e Uruguai, irá passar um dos maiores vexames de sua história. Ao Uruguai, resta disputar a repescagem pela terceira vez seguida. Desta vez contra a Costa Rica.

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

CAMPEONATO BRASILEIRO 2009 - 29ª RODADA - SÉRIE A

Santo André 1 x 2 Fluminense
Corinthians 2 x 1 Grêmio
Flamengo 2 x 1 São Paulo
Internacional 1 x 1 Atlético Paranaense
Coritiba 1 x 2 Barueri
Santos 0 x 0 Vitória
Náutico 3 x 0 Palmeiras
Goiás 1 x 1 Sport
Atlético Mineiro 0 x 1 Cruzeiro
Botafogo 2 x 2 Avaí

Olá amigos do FUTEBOLA!

É simplesmente impressionante este nosso Brasileirão. Na rodada passada, apenas o Internacional, dos que se encontravam entre os oito primeiros colocados, havia conseguido vencer. Agora, nesta 29ª rodada, apenas o Flamengo, dos que estão entre os seis primeiros, conseguiu os três pontos. Neste 2º turno, Flamengo e Cruzeiro estão realizando excelentes campanhas e a cada rodada que passa o sonho da Libertadores 2010 se torna mais real. Na parte final da tabela, o Fluminense conseguiu uma importantíssima vitória, porém foi o Náutico que, ao enfiar 3 a 0 no Palmeiras, surpreendeu. Vamos aos comentários da rodada.

Flamengo 2 x 1 São Paulo – Maracanã, Rio de Janeiro (RJ)

Em uma de suas melhores atuações no Brasileirão, o Flamengo conseguiu vencer o vice-líder São Paulo, está na beirada do G4 e, mais do que nunca, na briga por uma vaga na Libertadores 2010.

Comandado por Petkovic e Zé Roberto, como já era de se esperar, o Flamengo foi muito superior ao São Paulo na 1ª etapa. Atacou pela direita e pela esquerda, chutou de longe, alçou bolas na área, levou perigo nas bolas paradas... Um chute do Juan, após linda jogada de Zé Roberto pela direita, que o zagueiro Renato Silva salvou sobre a linha, uma cabeçada do Ronaldo Angelim e uma bomba chutada pelo Éverton Silva, ambas sensacionalmente defendidas pelo goleirão Rogério Ceni, foram as principais chances criadas pelo Rubro-Negro. Já o São Paulo, podemos dizer que foi 100% eficiente. O Tricolor foi ao ataque uma única vez e balançou as redes. Após perfeito lançamento de Gérson, ops..., Dagoberto, Hernanes contou com a falha de Angelim e abriu o placar para o Sampa. Com a saída para o intervalo, o pensamento Rubro-Negro era um só: Manter a ofensividade pois o caminha para o triunfo era este.

Início da 2ª etapa e o São Paulo conseguiu mostrar uma postura ainda mais defensiva. Das inúmeras maneiras existentes para segurar um resultado positivo, o Tricolor escolheu a pior delas, ou seja, recuar excessivamente. No Flamengo, as entradas de Toró e Bruno Mezenga fizeram a equipe conseguir seu objetivo de continuar pressionando. Falando em Bruno Mezenga, o jovem atacante já está merecendo a vaga do Denis Marques, que vem se mostrando um jogador inoperante ofensivamente e sem a garra que a torcida tanto aprecia. Aos 20 minutos, no momento crucial para o andamento da partida, o Flamengo conseguiu sua melhor chance para empatar a partida, quando Toró brigou pela pelota e foi chutado por Jorge Wagner dentro da área. Pênalti que Petkovic bateu pessimamente, mas o juiz anulou a defesa de Rogério Ceni, acusando que o goleiro havia se adiantado. Realmente o goleirão tricolor se adiantou, mas o juiz foi de um rigor desnecessário ao mandar voltar a cobrança. Na segunda tentativa, Pet mostrou toda sua classe e empatou a partida para o Fla.

Se com o placar em desvantagem, a torcida do Mengão não parava de cantar, com a vitória mais perto ela ficou ainda mais eufórica. Foi neste embalo que Petkovic quase virou a partida em um balaço que Rogério Ceni salvou. Sobre o goleiro do São Paulo, fico espantado como tem gente que diz que ele só tem qualidade para bater faltas, que não é bol goleiro debaixo das traves. Em minha opinião, Rogério não deve absolutamente nada para nenhum grande goleiro do futebol mundial. Voltando para o jogo, o mostruoso e imparável Petkovic conseguiu o que buscou com tanta raça. O gringo deu a vitória ao Flamengo. Após receber lindo passe de peito de Bruno Mezenga, Pet conseguiu deixar a jogada ainda mais bela com a assistência que deu para Zé Roberto marcar o gol e dar ao Flamengo uma merecida vitória.

Enquanto Palmeiras e Atlético Mineiro sofreram muito com as ausências de, respectivamente, Diego Souza e Diego Tardelli, e perderam importantes pontos no torneio, o Flamengo soube superar a falta de Adriano. O empate diante do Vitória, já no fim do jogo, e a vitória sobre o São Paulo, mostram que o Flamengo tem sim um dos melhores times do Brasil. Petkovic e Zé Roberto que o digam.

Atlético Mineiro 0 x 1 Cruzeiro – Mineirão, Belo Horizonte (MG)

Em uma partida onde a criatividade não esteve presente, o Cruzeiro conseguiu vencer o Atlético e mantém vivo o sonho de se classificar para a Libertadores 2010.

O clássico mineiro apresentou um 1º tempo muito equilibrado e com poucas jogadas ofensivas bem organizadas. Pelo lado cruzeirense, Gilberto não estava no melhor de sua forma e só foi notado em campo quando deu uma linda caneta no volante Jonílson. Pelo Atlético, o motorzinho Correa não foi muito efetivo nos seus passes. Com essas duas importantes peças em dívida com o bom futebol, ambas as equipes, principalmente o Galo, exploraram muito as bolas alçadas na área. Foi assim que o Cruzeiro conseguiu marcar o seu gol. Após uma bela arrancada do volante Fabrício, que diga-se de passagem realizou boa partida tanto defensiva quanto ofensivamente, Thiago Ribeiro cruzou para Wellington Paulista, livre livre na área, escorar para o fundo das redes.

No 2º tempo, a falta de criatividade do Cruzeiro ficou ainda mais visível com as saídas de Gilberto e Thiago Ribeiro. O equatoriano Guerrón, que nem de longe parece aquele jogador infernal que acabou com a Libertadores de 2008, não conseguia dar sequência a nenhuma jogada e o Leandro Lima, que entrou com o objetivo de segurar a posse da bola para o Cruzeiro, esteve longe do sucesso. Contando com essa incapacidade do Cruzeiro de controlar a partida, o Atlético mandou no 2º tempo, apesar de não mostrar o mínimo de solidez ofensiva. Na base do abafa e da marcação no campo ofensivo, o Galo tentou o empate até o fim da partida, porém o máximo que conseguiu foi consagrar a defesa cruzeirense que, diante de jogadas tão mal elaboradas, não teve muita dificuldade em segurar a vitória.

É claro que o Galo iria sentir a falta do Diego Tardelli, que está servindo a Seleção, porém a atuação do setor criativo da equipe foi muito mais ineficiente do que o esperado. E pelo lado azul, os três pontos vieram na hora exata, quando o Campeonato começa a ser decidido.

ELIMINATÓRIAS SUL-AMERICANAS PARA A COPA DO MUNDO DE 2010

Argentina 2 x 1 Peru - Monumental de Nuñez, Buenos Aires (ARG)

Em uma partida épica, digna do mais dramático tango argentino, a Seleção Alvi-celeste conseguiu bater o Peru e agora só depende de suas forças para se classificar para a Copa do Mundo de 2010.

Antes mesmo de começar a partida, somente ao olhar a escalação da Seleção Argentina, encontro uma crítica ao trabalho do treinador Maradona. Lembram da goleada que a Argentina sofreu para a Bolívia, por 6 a 1, em abril? Pois então, somente Heinze, Mascherano e Messi, que haviam sido titulares naquele vexame, estavam presentes na escalação inicial do duelo contra o Peru. Vejamos mais números: em 9 convocações para jogos das Eliminatórias, Maradona chamou nada menos do que 78 jogadores diferentes. Em minha opinião, mesmo que a Argentina se classifique para a Copa, e acredito que vai se classificar, o período de menos de um ano será muito pequeno para organizar taticamente e entrosar um grupo de jogadores que não se conhecem dentro de campo. Alguns podem defender nossos hermanos dizendo que a qualidade individual dos craques pode resolver. Mas será que a atual Seleção Argentina possui tantos craques assim? Romero; Gutiérrez, Schiavi, Heinze e Insúa; Pérez, Mascherano, Aimar e Di María; Messi e Higuaín. Desses 11 titulares que iniciaram a partida contra o Peru, vejo apenas o Messi com o poder de decidir uma partida pela sua qualidade individual.

Com a bola rolando, a 1ª etapa correu como o esperado. A Argentina passou todo o tempo no campo ofensivo, com o controle da posse de bola e criando as oportunidades de gols. Pelas minhas contas, foram nada menos do que 13 jogadas pelos flancos do campo. Di María e Messi realizavam boas jogadas pelos lados, mas faltava o pé de um centroavante para empurrar a pelota para o fundo das redes. É aí que acredito que o Maradona tenha se equivocado. Se ele escolheu preparar a equipe para atuar pelos lados do campo, não seria melhor começar a partida com o Palermo atuando como referência na área? Coincidência ou não, o fato é que o Palermo entrou no intervalo e logo com 3 minutos do 2º tempo o Higuaín aproveitou um belo passe de Aimar e abriu o placar para a Argentina. Teria a entrada do centroavante do Boca Juniors dado mais liberdade para o Higuaín se movimentar, já que não precisava mais ficar preso entre os defensores? Apenas três minutos passados é muito pouco para afirmar isso e a atuação dos hermanos, ao longo da 2ª etapa, também nos tirou a oportunidade de saber se um ataque com Higuaín e Palermo teria sido mais eficiente. O motivo? A Argentina simplesmente parou de jogar após colocar o 1 a 0 no placar.

Se aproveitando do recuo da Seleção Argentina, após abrir o marcador, o Peru passou a se aventurar no ataque e infernizou o frágil sistema defensivo argentino. Enquanto o treinador peruano Del Solar buscava opções ofensivas para sua equipe evoluir na partida, como foram as entradas de Palacios e Rengifo, Maradona acabava com qualquer possibilidade de a Argentina voltar a se impor na partida. Em um momento crítico do jogo, na metade do 2º tempo, quando o duelo começava a ganhar contornos dramáticos, Maradona resolveu sacar Aimar e Higuaín e colocar Federico Insúa e Demichelis. Errou em cheio. Após muito pressionar, o Peru conseguiu seu merecido gol, marcado por Rengifo aos 44 minutos, quando um temporal já atingia o Monumental de Nuñez.

O gol peruano silenciou o estádio. A imagem de Maradona, cabisbaixo, ilustrava como se encontravam todos os torcedores argentinos naquele momento. Ninguém parecia acreditar mais na classificação para a Copa do Mundo. Mas ainda falatavam 5 minutos e, nesta partida, esse tempo é uma eternidade. Aos 47 minutos, após bate-rebate na área, Palermo, quase um metro impedido, coloca o pé em uma bola espirrada e a Argentina novamente na frente. Delírio no Monumental. Maradona não se aguenta e mergulha, num peixinho histórico, na encharcada grama. Palermo, segundo maior artilheiro da história do Boca Juniors, centroavante que já balançou as redes de tudo quanto é maneira, não sabe como comemorar este gol salvador. Na saída de bola, quando a Argentina inteira ainda festejava, Palácios chuta a bola do grande círculo e ela estoura no travessão. Inacreditável. Espetacular. Inesquecível. Ainda restou mais alguns segundos para o Peru reclamar um pênalti não marcado. Realmente não era o dia de a Seleção peruana vencer.

Com o apito final veio uma sensação de alívio indescritível em toda a equipe argentina. O choro de Maradona e Palermo, abraçados, é digno de ter uma foto nos principais museus argentinos. Mas ainda não acabou. Quarta-feira tem Uruguai x Argentina, no lendário Centenário de Montevidéu. O mais importante duelo entre argentinos e uruguaios desde a final da Copa do Mundo de 1930. Imperdível!

Bolívia 2 x 1 Brasil - Hernando Siles, La Paz (BOL)

O Brasil entrou em campo para enfrentar a Bolívia com a desculpa prontinha para o caso de uma derrota. Além do mais, deu ao jogo uma insignificância que ele não merecia. Resumo da ópera: Foi derrotado.

Basta qualquer sequência ruim de jogos da Seleção Brasileira, para a comissão técnica reclamar da falta de tempo para treinar e entrosar a equipe. “Não tem como ajustar a equipe com uma semana de treino”, diz o treinador. Porém, quando a Seleção já está classificada para a Copa do Mundo e tem um jogo onde pode treinar a entrada de algumas peças em um esquema que já vem sendo utilizado, o mesmo treinador resolve colocar em campo uma equipe que nunca jogou junta. Uma coisa é testar o Nilmar ao lado do Luís Fabiano, verificar o comportamento do Daniel Alves ao lado do Kaká, afinal estas possibilidades que podem ocorrer na Copa do Mundo. Entretanto, ao deixar Kaká, Luís Fabiano e Gilberto Silva descansando, e mandar para o jogo uma formação que não tem o mínimo de entrosamento, eu juro que não vejo nenhuma vantagem.

Brasil em campo, apito inicial, começa o jogo. Apesar da imprensa e dos torcedores, em geral, acreditar ser uma partida inútil, esta era a oportunidade de alguns jogadores mostrarem ser capazes de vestir a camisa amarelinha. Se um jogo só não é o suficiente para garantir uma convocação, pode ajudar muito. Alguém tem dúvida de que a atuação de Nilmar, contra o Chile, no mês passado, será de extrema importância para seu futuro na Seleção? De todos os jogadores que estão na disputa para conseguir um lugar no grupo da Copa, é do Diego Souza que esperava maior destaque nesta partida. Jogador de muita garra, acreditava que ele fosse disputar esta partida como se fosse o jogo mais importante de sua vida. O que vi, porém, foi um jogador que se contentou em compor o setor de meio-campo e em nenhum momento buscou o comando do jogo.

Foi com esta atuação desinteressada que o Brasil levou um baile da Bolívia. A Seleção Boliviana soube explorar com muita eficiência a insegurança demostrada pela nossa defesa nas bolas aéreas. O destaque ficou para o meia Olivares que conseguiu vencer a defesa brasileira em nada menos que cinco bolas alçadas na área. Em uma dessas, Júlio César saiu procurando borboletas e ele abriu o placar. Mostrando muito interesse na partida, a Bolívia continuou mandando no jogo e Marcelo Moreno cobrou um falta com categoria, mas defensável, e colocou 2 a 0 no marcador. Placar justíssimo.

Somente na parte final da partida que o Brasil pareceu se interessar um pouquinho. Talvez tenha sido o belo gol marcado por Nilmar, após perfeito contra-ataque organizado por Ramires e Maicon, que tenha acendido a equipe. Porém, como as vezes o futebol parece ser justo, a Bolívia conseguiu segurar a merecida e histórica vitória. E o Brasil, que estava sem perder havia 19 partidas, preferiu descansar do que manter esta agradável e intimidadora invencibilidade.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

CAMPEONATO BRASILEIRO 2009 - 28ª RODADA - SÉRIE A

Sport 0x1 Santos
Barueri 0x0 Santo André
Atlético Paranaense 0x0 Grêmio
São Paulo 2x2 Coritiba
Fluminense 1x1 Corinthians
Vitória 3x3 Flamengo
Internacional 3x1 Náutico
Botafogo 3x1 Atlético Mineiro
Palmeiras 2x2 Avaí
Cruzeiro 3x0 Goiás

Olá amigos do FUTEBOLA!

A rodada do meado de semana mostrou como o Brasileirão é um torneio equilibrado. Das equipes que atualmente ocupam as 8 primeiras posições na tabela, apenas o Internacional conseguiu conquistar três pontos. Com isso, o Campeonato permanece embolado e indefinido. Vamos aos comentários da partida que assisti desta 28ª rodada.

Vitória 3 x 3 Flamengo – Barradão, Salvador (BA)

Vitória e Flamengo realizaram, no Barradão, um dos melhores jogos do Brasileirão. Se o 2º tempo foi tenso e não muito rico em oportunidades de gols, a 1ª etapa foi um verdadeiro espetáculo. O destaque ficou por conta da grande atuação de dois craques veteranos: Petkovic pelos cariocas e Ramón pelos baianos.

Contando com um lado esquerdo fortíssimo, por onde caiam Éverton, Petkovic e Zé Roberto, o Flamengo, mesmo atuando fora de casa e sem sua principal estrela, o atacante Adriano, partiu para cima em busca da vitória. Com 7 minutos Pet passou a pelota para Zé Roberto na esquerda que em grande jogada individual quase marcou. Cinco minutos mais tarde, o mesmo Zé Roberto deixou Denis Marques em condições de arrematar para o gol e, mesmo com o chute errado do atacante, o Flamengo abriu o placar. Este gol era muito importante para o Fla, já que sua defesa não sofria gol havia 6 jogos e poderia segurar o resultado. Porém, bastou 3 minutos para Ramón acertar um córner na cabeça do centroavante Roger que, contando com a falha de marcação de Aírton, empatou a partida. A partida pegava fogo. A torcida do Vitória ainda comemorava o empate quando em uma cobrança de falta na ponta-esquerda, Pet colocou um veneno na pelota que entrou no cantinho do goleiro Gléguer. Craque na bola parada de um lado, craque na bola parada de outro. Aos 21 minutos, o excelente Ramón cobra com perfeição uma falta cometida pelo Álvaro e empata a partida. Jogaçoaçoaço de bola!

Seguindo em ritmo alucinante, Petkovic comandava o Flamengo na tentativa de voltar a liderar o placar. Principalmente depois que Zé Roberto deu uma sumida da partida, pois começou a ser marcado de perto, Pet se transformou no organizador ofensivo do Mengão. Continuando pelo lado esquerdo e perigoso na bola parada, Pet também apareceu ao dar lindo passe para Denis Marques, sozinho na área, chutar para fora. Do outro lado, o genial Ramón também continuava seu show. Aos 40 minutos, Glácio passou por Álvaro (acredito que esta foi a pior partida do zagueiro pelo Mengão, porém ele tem crédito) e rolou para Ramón, como um autêntico centroavante, sacudir o filó do Mengão. Um fato sobre este belíssimo 1º tempo deve ser mencionado. Os laterais-direito Léo Moura, pelo Fla, e Apodi, pelo Vitória, que são conhecidos por grande potencial ofensivo, pouco participaram desta etapa recheda de bom futebol e muitas chances de gols.

Após o intervalo, o ímpeto ofensivo das duas equipes diminuiu e o futebol aberto foi substituído por um jogo mais fechado. A tensão, porém, era grande, pois tanto Flamengo quanto Vitória necessitavam dos três pontos. Os treinadores modificaram suas equipes em busca dos objetivos, mas o jogo caminhava sem grandes alterações em sua estrutura. O tempo passava rápido para o Flamengo que, nervoso, caía na catimba do Vitória e dos gândulas que retardavam o retorno das bolas. Foi somente aos 46 minutos que as modificações realizadas pelo Andrade surtiram efeito. Bruno Mezenga e Juan, realizaram boa jogada que terminou nos pés de Zé Roberto e, em sequência, no fundo da rede. O meia flamenguista que havia começado a partida voando e depois sumido em campo, apareceu no finzinho para garantir um pontinho para o Fla.

Seria chover no molhado falar da falta que Adriano faz ao Flamengo. Porém, em minha opinião, as equipes que querem algo grande no Brasileiro devem saber enfrentar essas situações adversas e o Flamengo não é a única equipe com jogador convocado para a Seleção. Portanto, sem a desculpa da ausência do Adriano, o Flamengo precisava conquistar os três pontos, mas diante de uma atuação grandiosa de Ramón, o empate ficou de bom tamanho.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

CAMPEONATO BRASILEIRO 2009 - 27ª RODADA - SÉRIE A

Náutico 1 x 2 São Paulo
Corinthians 1 x 3 Atlético Paranaense
Santo André 1 x 0 Vitória
Atlético Mineiro 2 x 1 Barueri
Santos 1 x 3 Palmeiras
Goiás 1 x 3 Botafogo
Grêmio 3 x 3 Sport
Coritiba 2 x 0 Internacional
Flamengo 2 x 0 Fluminense
Avaí 2 x 2 Cruzeiro

Olá amigos do FUTEBOLA!

A 27ª rodada do Brasileirão foi recheada de resultados improváveis. No Serra Dourada, o Botafogo sapecou 3 a 1 no Goiás, então o vice-líder. Mais surpreendente ainda foi o empate entre Sport e Grêmio, no Olímpico. Para finalizar as surpresas, o Coritiba venceu o Internacional por 2 a 0 e o técnico colorado Tite caiu. Em seu lugar, para tentar levar o Inter pelo menos para a Libertadores 2010, chegou o ídolo Mário Sérgio. Quem fez o seu trabalho com muita eficiência ao vencer um time da parte de baixo da tabela foi o Flamengo, que bateu o Fluminense em um Maracanã digno de final de Copa do Mundo e, agora, de abertura das Olimpíadas. Vamos aos comentários dos jogos desta rodada.

Atlético Mineiro 2 x 1 Barueri – Mineirão, Belo Horizonte (MG)

Com uma apresentação muito convincente durante o 1º tempo e contando com uma excelente atuação do volante Correa, o Atlético bateu o Barueri no Mineirão e manteve-se no G4.

Nos primeiros 45 minutos de jogo, o Galo Mineiro soube explorar muito bem sua superioridade técnica e tática em relação ao Barueri. Mesmo tendo pecado em algumas saídas de bola, o que mostra como o Ricardinho, que entrou apenas no 2º tempo, pode ser útil para a equipe, o Atlético conseguiu criar boas oportunidades de gol e a vantagem de 1 a 0, ao final da etapa, poderia ter sido maior. Com a participação dos laterais Carlos Alberto e Thiago Feltre, que apareceram bem ofensivamente sem deixarem buracos defensivos, e, principalmente, do volante Correa, os atacantes Éder Luís e Diego Tardelli não ficaram isolados no ataque.

A contratação do Correa se mostrou perfeita nesta fase de recuperação do Galo no Brasileirão. Além de dar uma grande sustentação defensiva para a equipe, sempre compondo o sistema de marcação no setor de meio-campo, Correa vem mostrando saber muito bem o que fazer com a pelota nos pés. Foi ele o principal organizador do Atlético em campo, criando excelentes lances ofensivos tanto com a bola parada como com ela rolando. Apesar de ter dado a assistência para o matador Diego Tardelli abrir o placar na 1ª etapa, foi após o intervalo que Correa se destacou mais ainda. Bola parada ensaiada com Tardelli, roubada de bola na meiúca com ótimo passe em sequência para Rentería, lindo lançamento para Diego Tardelli sofrer a falta que gerou a expulsão do zagueiro Xandão e perfeita cobrança de falta para ampliar o marcador, estiveram no repertório do volante na partida.

A apresentação do Atlético só não teve maior destaque por algumas falhas cometidas pelo sistema defensivo, como no lance em que o velho e veloz Basílio sofreu um pênalti e no gol de cobertura marcado pelo Flavinho, e por ter mostrado dificuldade em sair do seu campo de defesa com a bola dominada. São defeitos que podem ser consertados pelo Celso Roth e fazem com que eu, após pesar os prós e contras da atuação atleticana, prefira ficar com os elogios à qualidade nos passes do Correa e à capacidade de finalização do Diego Tardelli, que fizeram o Atlético permanecer no tão desejado G4.

Santos 1 x 3 Palmeiras – Vila Belmiro, Santos (SP)

A vitória sobre o Santos, em plena Vila Belmiro, serviu para colocar o Palmeiras de vez como principal candidato ao título do Brasileirão e provar que o Diego Souza realmente merece sua vaga na Seleção Brasileira.

Em uma partida muito equilibrada, principalmente no 1º tempo, o Palmeiras precisou suar muito para vencer o Peixe. Nesta etapa, as chances de gols até foram criadas, mas não foram bem finalizadas o suficiente para modificar o marcador. O Santos foi comandado por um sempre participativo e perigoso Mádson, que com com dribles muito rápidos deu bastante trabalho ao Palmeiras, que por sua vez assustou em chutes longos do Diego Souza e com tentativas do Vágner Love pelo meio da área.

Após o intervalo, o Santos voltou bem mais aceso e contando, além da citada participação do Mádson, com a aparição do até então disperso Neymar. Em pouco mais de 10 minutos, o Santos conseguiu criar 4 oportunidades de balançar as redes, tendo coseguido sucesso em uma delas com um belo chute do Luisinho, após mais bela ainda jogada do Neymar. Porém, minutos depois, disposto a provar que o craque ainda resolve no futebol, Diego Souza acertou uma cabeçada e empatou a partida para um tímido Palmeiras. O Santos não sentiu o golpe e continuou partindo para cima. Em duas jogadas do incansável Mádson, Kléber Pereira não conseguiu, de dentro da pequena área, acertar as finalizações e então Diego Souza resolveu castigar o Santos novamente. Com uma linda jogada pela esquerda, o meia palmeirense colocou a bola com mel e açucar para Robert virar a partida. 2 a 1 Palmeiras. Desta vez o Santos sentiu. E sentiria mais ainda quando, 4 minutos depois, Diego “sempre ele” Souza, iniciou uma jogada de cinema na meiúca que contou a participação de todo ataque verde e terminou com Love empurrando para o filó. Contando com menos de 15 minutos para tentar se reerguer, o Santos não teve forças para evitar mais uma vitória do Verdão.

Falar que no futebol atual vários são os fatores (organização tática, entrosamento, preparo físico, mentalidade dos jogadores...) que determinam o sucesso de uma equipe, é chover no molhado. Porém, diferente da opinião de muitos, acredito que o craque, seja ele goleiro, zagueiro, meia ou atacante, ainda decide jogos e campeonatos. Diego Souza mostrou neste clássico paulista que, mesmo com uma ruim atuação defensiva da equipe e com um Cleiton Xavier que esteve sumido em campo, bastou mostrar seu potencial para o Palmeiras vencer um difícil duelo.

Flamengo 2 x 0 Fluminense – Maracanã, Rio de Janeiro (RJ)

Contando com o “Imperador” Adriano em uma noite de gala, o Flamengo venceu o Fluminense e manteve vivo sonho de se classificar para a Libertadores 2010.

O 1º tempo do Fla-Flu foi muito equilibrado, com o Fluminense tendo criado as chances mais claras de abrir o marcador. O destaque tricolor ficou por conta do ponta-esquerda Adeílson que deu muito trabalho ao sistema defensivo do Flamengo e com duas belas jogadas quase fez o Flu sair na frente. Em uma delas, após tabelar com o lateral Dieguinho, deixou Alan livre para marcar, mas o jovem atacante do Flu, de frente para o gol, mandou por cima da baliza. No Flamengo, Zé Roberto se esforçava bastante, Petkovic não brilhava como nos últimos jogos, Denis Marques, completamente perdido, apenas atrapalhava o Fla e Adriano estava controlado pela defesa do Flu.

O intervalo e a entrada de Willians no lugar de Denis Marques fizeram muito bem ao Rubro-Negro. Com uma forte marcação no meio-de-campo, contando principalmente com a já citada vontade de Zé Roberto, o Flamengo dominou a partida e anulou as chances ofensivas do Flu. Foi com essa marcação que, em duas bobeadas do volante Tricolor Fabinho, Zé Roberto roubou duas bolas e Adriano marcou dois gols. Primeiro, o próprio Zé deixou Adriano em condições de preparar sua potente canhota e balançar as redes. Depois foi Léo Moura quem, após a roubada de bola, lançou perfeitamente Adriano que não perdoou. Com dois gols de vantagem no placar, o Flamengo foi bastante inteligente e, ao invés de recuar para segurar o resultado, continuou ameaçando o Flu e esteve mais perto de aumentar a diferença do que de sofrer um gol. Falando em sofrer gols, pela sexta partida consecutiva do Brasileirão, o Flamengo saiu de campo sem ter suas redes balançadas.

Sobre a atuação do Fluminense, podemos fazer o mesmo comentário de sempre. Não faltou vontade, mas sim qualidade técnica. Como citado, Adeílson participou bem no 1º tempo e, fora isso, apenas alguns bons passes do Conca e o zagueiro Digão provando que deve mesmo ser titular desta frágil defesa tricolor, pois enquanto esteve em campo realizou uma boa partida. Quanto às atuações dos volantes Fabinho e Diguinho, que não conseguem organizar uma única saída de jogo com qualidade e não dão o mínimo de segurança para a defesa, acredito que o Cuca precisa realizar alterações urgentes na posição.

Apesar de clássicos raramente serem previsíveis, o Flamengo conseguiu impor sua superioridade e mereceu a vitória. A esperança rubro-negra de alcançar o G4 aumenta a cada rodada, mesmo que nas próximas duas difíceis partidas (Vitória e São Paulo) Adriano não possa jogar por estar servindo a Seleção Brasileira. Já pelo lado do Flu, está praticamente impossível citar a palavra esperança.

E NO VELHO CONTINENTE...

Chelsea 2 x 0 Liverpool – 8ª rodada do Campeonato Inglês

Contando com a qualidade ofensiva de Didier Drogba e com com um sólido sistema defensivo, característico do treinador Carlo Ancelotti, o Chelsea bateu o Liverpool por 2 a 0 e assumiu a ponta da Premier League.

A 1ª etapa do clássico não contou com a superioridade de nenhuma das equipes. Enquanto no Liverpool Gerrard jogava no ataque, dificultando a criação de jogadas da equipe, o Chelsea também não conseguia encontrar uma maneira de tomar as rédeas do jogo. Sobre o fato de escalar o Gerrard como segundo atacante, acredito ser uma invenção digna de Professor Pardal. Reconhecidamente um dos melhores organizadores do futebol mundial, Gerrard precisa ter a liberdade necessária para buscar o jogo no seu próprio campo, cair pelo lado em que achar mais espaços, arrancar com a pelota, aparecer na área para finalizar... Resumindo: Gerrard é um jogador que precisa, ele mesmo, encontrar seu espaço em campo, tamanha sua inteligência. Com sua escalação para jogar ao lado de Fernando Torres, ele não pôde aproveitar todo seu potencial e a organização da equipe ficou sob responsabilidade de Mascherano e Lucas, fato este o principal motivo de o Liverpool não ter criado jogadas ofensivas de qualidade.

Após o intervalo, o Chelsea voltou com mais ímpeto ofensivo. Melhor dizendo, Drogba voltou com tudo. Enquanto Essien, Lampard e Ballack bloqueavam qualquer tentativa do Liverpool de controlar o meio-campo, o atacante marfinense começou a mostrar toda sua qualidade com a pelota nos pés. Em ordem cronológica, ele recebeu a bola na ponta esquerda e deu milimétrico passe para Anelka abrir o placar, cobrou uma falta perigosíssima, que assustou muito o goleiro Reina, e, após receber lançamento de Lampard, mostrou sua genialidade ao dominar a bola com o calcanhar, passar por dois adversários e deixar Malouda livre para fechar o caixão do Liverpool.

Me agradou muito a solidez apresentada pelo Chelsea no setor de meio-campo, com Essien, Lampard e Ballack dando grande sustentação à defesa e, por consequência, à equipe. Pelo lado do Liverpool, além do fato de acreditar que o futebol de Gerrard foi prejudicado pela posição em que atuou, acredito que também faltou ímpeto e ousadia para Kuyt, Fernando Torres e Riera, que apareceram muito pouco e foram controlados pelo sistema defensivo do Chelsea.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

CAMPEONATO BRASILEIRO 2009 - 27ª RODADA - SÉRIE B

Brasiliense 0x1 Paraná
Ponte Preta 4x0 América
Portuguesa 2x0 Bragantino
Campinense 1x3 Ceará
ABC 2x1 Atlético Goianiense
Vasco 1x2 Figueirense
São Caetano 1x2 Guarani
Bahia 1x2 Duque de Caxias
Vila Nova 1x0 Juventude
Fortaleza 1x0 Ipatinga

Olá amigos do FUTEBOLA!

Na briga para escapar do rebaixamento para a Série C, o Duque de Caxias conseguiu excelente vitória sobre o Bahia, fora de casa. Um outro destaque da 27ª rodada da Segundona foi o Figueirense. Confirmando a excelente arrancada que vem dando na Série B, o Figueirense conseguiu um ótimo resultado ao bater o Vasco em São Januário. Vamos aos comentários desta partida.

Vasco 1 x 2 Figueirense – São Januário – Rio de Janeiro (RJ)

O Vasco levou, principalmente no 1o tempo, um verdadeiro baile do Figueirense. Comandado pelo meia Fernandes e pelo lateral-esquerdo, ex-Flamengo, Egídio, o time catarinense dominou o cruzmaltino. Explorando muito a fragilidade defensiva que o Vasco apresentou no lado direito, já que o jovem Fágner desta vez esteve muito mal, e com uma marcação que impedia o adversário de conseguir sair para o jogo, o Figueirense controlou a partida e mereceu ir para o intervalo com a vitória por 2 a 0 no placar.

Enquanto Fernandes e Egídio, disparados os melhores em campo, criavam jogadas com a bola rolando e com ela parada, Carlos Alberto e Ramón, respectivamente meia e lateral-esquerdo, assim como os destaques catarinenses, nada faziam em campo. Para piorar a situação, o sistema vascaíno que mostra relativa segurança na Série B, resolveu realizar uma péssima partida. Assim como o já citado Fágner, todos defensores estiveram péssimos, principalmente o zagueiro Vílson e o volante Amaral. A imagem da fragilidade defensiva cruzmaltina foi o segundo gol do Figueira, marcado por Fernandes. Se utilizando de habilidade e raça, o meia conseguiu se livrar de três marcadores antes de marcar um golaço.

Após o intervalo, o treinador Dorival Júnior tentou, de maneira desesperada, levar sua equipe a frente. As entradas de Pimpão, Robinho e Philipe Coutinho deram apenas um pouco mais de ímpeto ao Vasco, que conseguiu diminuir placar. Diante de tamanha desorganização e falta de criatividade, o gol vascaíno só poderia mesmo ter saído na bola parada.

Durante a semana, Dorival havia falado que o Vasco tem realizado ruins partidas, apesar das vitórias. Bom, desta vez a equipe manteve o ruim desempenho e, pela primeira vez em São Januário, saiu derrotado na Segundona. O Vasco ainda tem bastante gordura para queimar, mas faltando 11 rodadas para o fim do torneio é melhor não relaxar ainda.

E NO VELHO CONTINENTE...

Barcelona 2 x 0 Dínamo de Kiev - 2ª rodada da Liga dos Campeões da Europa, Grupo F

O Barcelona não precisou se esforçar muito para vencer o Dínamo de Kiev. A equipe catalã se encontra em um estágio onde, sem ser prepotente, parece saber quando vai vencer uma partida. Tanto individualmente quanto coletivamente, o futebol mostrado pelo Barça é de um nível elevadíssimo.

Na partida contra o Kiev, Messi foi o principal destaque em campo. Com sua habilidade, velocidade e impetuosidade, o argentino infernizou a defesa ucraniana. Os brasileiros Leandro Almeida, que não realizou uma má partida, Gérson Magrão e Betão, nem de longe conseguiram parar o “Pulga”. Além do mais, Messi vem evoluindo com relação às finalizações, como podemos ver no lance em que, com muita rapidez, ele cortou o defensor e colocou a bola no fundo da rede.

Porém, o Barcelona está longe de ser só o Messi. E nem digo da organização tática e do entrosamento, mas da qualidade individual dos outros jogadores. Daniel Alves voa pela direita e participa ativamente das ações ofensivas. Xavi é um poço fundo de criatividade e controla o meio-campo como poucos no mundo, sabendo a hora de chutar de longe, de lançar, de tocar curto, de acelerar o ritmo da partida. Iniesta é quase imarcável, tamanha a movimentção em campo. Se a defesa adversária não estiver atenta aos seus passos, ficará de cabelos em pé com sua dinâmica. Por fim, Ibrahimovic, que caiu como uma luva na equipe azul-grená. Concordo que o antigo atacante Eto´o era muito útil para a equipe, mas Ibrahimovic é diferenciado. Se o camaronês tinha como principal arma a velocidade, Ibra tem um imenso arsenal. Cai pelas pontas, funciona como pivô, joga enfiado como referência, finaliza, dá assistências, dribla... O cara tá demais.

Tenho uma opinião em relação à presença de Ibra no Barça. Káká, Cristiano Ronaldo e Messi já foram Campeões da Champions League e, com o prêmio que o Messi deve conquistar no fim do ano, todos terão o título de melhor do mundo. Estes três craques se encontram na Espanha e, sem dúvida alguma, querendo chegar neste nível de Campeão da Champions e de melhor jogador do planeta, Ibrahimovic está jogando com uma vontade de leão.

Voltando ao jogo, o Dínamo de Kiev de Schevchenko, que nem de longe lembra o craque do Milan, fez o que podia para tentar parar o Barcelona, mas não conseguiu. O Barça, por sua vez, venceu com tranquilidade e continua sua caminhada rumo ao Bi-campeonato.

Bayern de Munique 0 x 0 Juventus - 2ª rodada da Liga dos Campeões da Europa, Grupo A

Em Munique, Bayern e Juventus realizaram um bom 1º tempo e um nada empolgante 2º tempo, na partida que terminou 0 a 0. Analisando apenas o placar, o resultado não foi muito bom para a Juve, já que foi o segundo empate da equipe, porém se analisarmos a bola rolando ela escapou de uma baita derrota, pois a 1ª etapa que o Bayern apresentou foi ótima.

Contando com um infernal Ribéry, que só era parado na pancada, e com uma equipe muito ofensiva, o Bayern pressionou muito a Juventus nos primeiros 45 minutos do duelo. Apesar de não conseguir balançar as redes, a equipe alemã mostrou um futebol de boa qualidade e foi bastante superior ao adversário. A presença de dois avantes abertos pelos lados, Ribéry e Robben, de Klose como centroavante referência e de Muller e Schweinsteiger aparecendo ofensivamente, o Bayern atacou durante toda a etapa e merecia ter saído com a vantagem no placar, principalmente pelo espetacular lance de Ribéry aos 20 minutos. Marcado por 2 defensores, o francês não se sentiu acanhado e passou por entre ambos, finalizando na saída de Buffon com um leve toque de cobertura. Por um capricho do destino a pelota saiu por cima da baliza.

Enquanto o Bayern era mais consistente nos seus ataques, a Juve conseguia assustar apenas em chutes longos, com Diego e Camoranesi. A escolha do treinador Ferrara pela dupla de ataque formada por Trezeguet e Iaquinta se mostrou equivocada e ambos foram nulos na 1ª etapa. Acredito que as presenças de Del Piero e Amauri, que entrou tarde na partida, causariam mais problemas para o sistema defensivo alemão. Sobre os brazucas da Juve, Felipe Melo apenas se comportou bem na marcação, enquanto o Diego apareceu reclamando muito da arbitragem e com os citados chutes longos, ou seja, foram discretíssimos.

Após o intervalo, as equipes pareceram ter deixado a vontade de jogar no vestiário. Uma Juventus penando para conseguir organizar uma jogada razoável e um Bayern sofrendo muito pelo sumiço de Ribéry na partida se arrastaram em campo e o placar permaneceu mostrando 0 a 0. Não considero nem Juventus nem Bayern favoritas ao caneco, mas ambas podem chegar longe na competição, desde que não insistam no futebol medíocre apresentado nos últimos 45 minutos desta partida.