Atlético Mineiro 3 x 1 São Paulo – Mineirão, Belo Horizonte
(MG)
No melhor jogo do Brasileirão, Lucas Pratto marca três vezes e
Atlético Mineiro supera o São Paulo para se manter na ponta da tabela.
Mineirão com quase 50 mil enlouquecidos, gramado impecável,
linhas de ataque de alto nível técnico, duelos táticos repletos de alternativas
e dedicação do primeiro ao último minuto. Estes foram os ingredientes que
fizeram de Atlético Mineiro versus São Paulo um embate que – pasmem – terminou
com mais oportunidades de gols do que faltas cometidas.
O São Paulo começou o confronto cheio de confiança, com uma
marcação adiantada e esbanjando ímpeto ofensivo. Tanto que, em menos de 10
minutos, Luis Fabiano já havia levado dois perigos à meta do Victor. A partir
daí, o Atlético respirou fundo e buscou assumir o protagonismo esperado de um
líder. Porém, como o Tricolor não estava disposto a fazer o papel de vítima e
seguiu se lançando à frente, o jogo se tornou um lá e cá alucinante, com os
defensores de ambos os lados sem saber como parar ataques tão avassaladores.
Foi neste momento que se desenhou um duelo digno dos melhores
filmes italianos de faroeste entre os atacantes Alexandre Pato e Lucas Patto. E
o argentino mineiro foi muito mais rápido no gatilho. Até o fim da primeira
etapa, Pato bateu fraquinho em cima do Victor, bateu forte em cima do Victor e
bateu para fora quando Victor sequer estava em sua frente, após Ganso acertar a
trave. Já Pratto, mais matador do que nunca, aproveitou os passes precisos de
Marcos Rocha e Giovanni Augusto, o melhor meia do Brasileiro até o momento, para
colocar três bolas no fundo das redes de Rogério Ceni.
Valente, o São Paulo voltou do intervalo impetuoso e diminuiu
o escore quando Pato, aos 13, enfim, acertou o alvo. O Galo percebeu que era
muito cedo para recuar e voltou a trocar passes, diminuindo a pressão
são-paulina no momento certo. Com cerca de 20 minutos por jogar, o desgaste físico
fez aparecer espaços no meio-campo e enfraqueceu a potência dos ataques, um
panorama que se mostrou favorável ao Atlético, pois, se as chances de gols seguiram
a surgir dos dois lados, elas já não eram letais o suficiente para alterar o
escore.
Atlético Mineiro: Victor; Marcos Rocha, Leonardo Silva, Jemerson
e Douglas Santos; Leandro Donizete e Rafael Carioca; Cárdenas (Carlos),
Giovanni Augusto (Josué) e Thiago Ribeiro (Danilo Pires); Lucas Pratto. Técnico:
Levir Culpi.
São Paulo: Rogério Ceni; Rafael Tolói, Rodrigo Caio e Lucão;
Thiago Mendes, Hudson (Centurión), Michel Bastos, Reinaldo (Auro) e Ganso;
Alexandre Pato e Luis Fabiano (Boschilia). Técnico: Juan Carlos Osorio.