quinta-feira, 29 de novembro de 2012

ELÓIGICO E SUAS LÓGICAS
















Elóigico é um fanático torcedor do São Sebastião Futebol Clube que sempre coloca a paixão à frente da razão – como quase todos os torcedores, né? E quem fica perdida com tanto fanatismo de Elóigico é sua filha, Edinha, que mora junto com seu pai em uma simples casinha que vive futebol 24 horas por dia.

Desenho de Paulo Sales e roteiro de Diano Massarani

UMA IMAGEM
















“Explicar a emoção de ser palmeirense, a um palmeirense, é totalmente desnecessário. E a quem não é palmeirense... É simplesmente impossível!” Descanse em paz, Joelmir Beting, o criador do “gol de placa”.

COPA SUL-AMERICANA 2012 - SEMI FINAL - SÃO PAULO X UNIVERSIDAD CATÓLICA


São Paulo 0 x 0 Universidad Catolica (CHI) – Morumbi, São Paulo (SP)

São Paulo cria duas mãos cheias de oportunidades de gols e, mesmo sem balançar as redes da Universidad Católica, garante a inédita vaga na decisão da Copa Sul-Americana.

Escalado pelo Ney Franco com um onze inicial que o torcedor já conhece até de trás para frente, o São Paulo foi para o confronto organizado no 4-2-3-1 com: Rogério Ceni; Paulo Miranda, Rafael Tolói, Rhodolfo e Cortêz; Denílson e Wellington; Lucas, Jádson e Osvaldo; Luís Fabiano. Sonhando repetir o feito da Universidad de Chile, Campeão da Copa Sul-Americana no ano passado, a Universidad Católica precisava vencer ou empatar com mais de um gol. Para tal, o técnico Martín Lasarte montou o time no 4-1-4-1 com: Toselli; Álvarez, Andía, Martínez e Parot; Costa; Ríos, Peralta, Silva e Cordero; Castillo.

Se por desconhecimento ou lapso de memória algum espectador não soubesse que o empate mudo classificava o São Paulo – o jogo de ida, no Chile, terminou em 1 a 1 – seria impossível perceber a vantagem tricolor pelo que ambos os times fizeram durante os 90 minutos. O cenário do embate foi o de um São Paulo que tentava e conseguia penetrar na retaguarda adversária a todo o momento, enquanto a Universidad Católica apenas fazia das tripas o coração para se salvar.

Na 1ª etapa, comandado pelo infernal Lucas, que só era parado pelas inchadadas chilenas, o Sampa fez o diabo e só não abriu o placar porque ou pecou nas finalizações ou esbarrou no goleiro Toselli. O arqueiro chileno salvou desde bola parada do Rogério Ceni até finalizações na área de Luís Fabiano, Jádson e Osvaldo. A única diferença após o intervalo foi a troca de lado dos times, pois o Tricolor continuou mais perigoso e a Universidad desesperada, como espelha os três cartões amarelos recebidos em menos de 20 minutos, dois deles por entradas nada diplomáticas no serelepe Osvaldo. Contudo, a pontaria são-paulina não estava em dia, e nem mesmo o “Fabuloso” foi capaz de superar Toselli, o único nome digno de nota nos visitantes, que só tentaram algo perto de uma ação ofensiva nos cinco minutos finais. Muito pouco, ou melhor, nada para quem precisava levantar o véu da noiva no mínimo uma vez.

Com a classificação para a finalíssima, o São Paulo, assim como na goleada sobre a outra Universidad, a de Chile, nas quartas de final, prova que existe outra maneira para se jogar com o regulamento debaixo do braço sem ser o recuou excessivo e a espera do caminhar do relógio. Daquela vez os gols saíram em profusão e o placar final foi de cinco a zero. Desta, apesar de quase uma dezena de “melhores momentos”, não.   

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

GUARDIOLA NA SELEÇÃO BRASILEIRA X PENSAMENTO RETRÓGRADO

A escolha de Pep Guardiola para comandar a Seleção Brasileira no Mundial em que será mandante, assim como a de Abel Braga, Felipão, Muricy Ramalho, Paulo Autuori, Tite ou Vanderlei Luxemburgo, tem suas vantagens e desvantagens. Porém, encarar a nacionalidade de Guardiola como um contra é voltar ao lado mais segregador dos primórdios do futebol.

Quando o esporte bretão ainda engatinhava em terras tupiniquins, existiam clubes como o Rio Cricket e o São Paulo Athletic Club, que eram verdadeiras colônias inglesas. O Rio Cricket, por exemplo, não contou com sequer um brasileiro desde sua fundação até sua extinção. Bradar que Guardiola não pode treinar a Seleção Brasileira porque é espanhol – ou catalão, está cada dia mais difícil saber – é um golpe em tudo o que o futebol brasileiro caminhou até se tornar um esporte de todos e para todos. E uma forma agressiva de ignorar o que nomes como o uruguaio Ondino Viera, o húngaro Bella Gutman, o argentino Filpo Nuñez e outros grandes treinadores fizeram pela consolidação da forma brasileira de jogar futebol.

Qual seria a coerência em idolatrar Carlitos Tévez, Petkovic e Darío Conca, só para citar craques que recentemente foram proclamados os melhores jogadores do nosso principal torneio nacional, e, por outro lado, não aceitar que um estrangeiro treine a Amarelinha? Ainda mais se lembrarmos que este estrangeiro foi um dos principais pilares de um esquadrão que jogou, e ainda joga, um futebol que encanta grande parte da torcida brasileira. Encanta e massageia as suas melhores lembranças.

O pior da rejeição a um treinador estrangeiro é constatar que uma já longínqua – vivemos uma era onde dois anos é uma eternidade – entrevista do Andrade, ídolo e ex-treinador do Flamengo, pode ser consistente. Em dezembro de 2010, Andrade, Campeão Brasileiro um ano antes, com todos os méritos de quem foi essencial para a conquista, buscava nas suas cor e raça a explicação para estar desempregado desde abril. Negar Guardiola por suas origens é fortalecer a tese de Andrade, pois xenofobia e preconceito racial caminham lado a lado.

É claro que as cabeças que comandam o nosso futebol – infelizmente estas não nos passam muita confiança e segurança – devem colocar na mesa todas as possibilidades da contratação de Guardiola. Um vitorioso nato que possui experiências apenas em instruir um mesmo grupo. Um dos mentores de um estilo que abalou as estruturas táticas atuais, mas que não teria tempo hábil para o implantar numa equipe que se encontra apenas algumas horas por mês. Um sedento por treinar o maior símbolo do futebol mundial sem nunca ter visto in loco uma partida do Campeonato Brasileiro.

Não são poucas as análises para serem levadas em consideração antes de incluir Guardiola em um dos momentos mais importantes da história da Seleção Brasileira. Sua nacionalidade, porém, não é e nem pode ser uma destas.

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

OLHO TÁTICO - PREMIER LEAGUE 2012/2013 - MANCHESTER CITY













Focado no Nacional depois do adeus à UEFA Champions League, Manchester City visita o Chelsea – que está a um fio de também ser eliminado no principal torneio de clubes da Europa – e, apesar de mais seguro atrás e criativo na frente, não passa de um empate mudo. Com o resultado, a 13ª rodada termina com os “Citzens” ainda invictos, mas um pontinho atrás do rival Manchester United, líder da Premier League com 30 pontos.

Organizado no cada dia menos comum 4-2-2-2, o Manchester City foi o dono das ações ofensivas durante todo o embate. Não que Peter Cech tenha realizado defesas magníficas ou o torcedor do Chelsea necessitado tomar remédios para pressão alta, mas, de fato, quem esteve mais perto de balançar as redes sempre foi o City. E até os minutos finais o desejo dos visitantes foi a vitória, basta observar que as duas alterações realizadas por Roberto Mancini foram no ataque: Dzeko e Agüero deram lugares a, respectivamente, Tévez e Balotelli. Contudo, faltou ser letal na zona decisiva para sair de Stamford Bridge com os três pontos.

Em termos ofensivos, duas movimentações chamaram a atenção na boa atuação dos atuais Campeões Ingleses. Desta feita como volante, ao lado de Barry, o marfinense Yayá Touré, não raro escalado como meia atacante por Mancini, foi importante ao realizar a “sanfona”. Em outras palavras, ao se aproximar dos defensores para arredondar a saída de bola e ao encostar nos avantes para participar das conclusões das tramas. Curioso como Yayá Touré se tornou um jogador mais dinâmico após sair do Barcelona, justamente a equipe que mais preza pela dinâmica ofensiva no futebol atual.

Quem também apresentou uma movimentação digna de destaque foram os meias David Silva e Milner. Diferente do que a prancheta pode sugerir, ambos não ficaram estagnados nos flancos do campo, como se fossem proibidos de aparecer pelo meio ou de, momentaneamente, inverterem posições, o que confundiu mais ainda a insegura defesa do Chelsea. E mais, quando o City não tinha a bola em seus pés, David Silva e Milner recuavam para formar com a dupla Touré/Barry uma linha de quatro. Linha esta que foi a responsável por anular o que o Chelsea tem hoje de melhor: a criatividade do trio formado por Mata, Oscar e Hazard.

Com o rival Manchester ainda a dividir suas atenções com a Champions League e o Chelsea mais perdido que cupim em metalúrgica, o Manchester City, pelo elenco, entrosamento e consistência que possui, pode conseguir uma arrancada nas próximas rodadas que o coloque no caminho certo na busca pelo inédito Bicampeonato Inglês.

domingo, 25 de novembro de 2012

CAMPEONATO BRASILEIRO 2012 - 37ª RODADA – SPORT X FLUMINENSE








Sport 1 x 1 Fluminense – Ilha do Retiro, Recife (Pernambuco)

Fluzão e Sport fazem jogo eletrizante, mas empate complica vida dos pernambucanos na luta contra a degola e deixa o Tricolor com a necessidade de vencer na última rodada para se tornar a melhor campanha da era dos pontos corridos.

Para repetir a leonina atuação da vitória contra o Botafogo, no último fim de semana, o Sport foi a campo sem poder contar com o lateral-direito Cicinho e organizado pelo Sergio Guedes no 4-2-3-1 com: Saulo; Renato, Aílson, Diego Ivo e Reinaldo; Moacir e Tobi; Gilsinho, Hugo e Felipe Azevedo; Gilberto. O campeoníssimo Fluminense tinha a missão histórica de vencer para alcançar os 79 pontos, ultrapassar o São Paulo de 2006 e se tornar o maior pontuador do Brasileirão por pontos corridos. Para isso, Abel Braga esquematizou sua equipe no 4-3-1-2 com: Diego Cavalieri; Wallace, Digão, Leandro Euzébio e Carlinhos; Valencia, Jean e Edinho; Thiago Neves; Rafael Sóbis e Fred.

Com a autoridade de quem já tem o caneco em sua sala de troféus, o Fluminense ignorou a pressão da pulsante Ilha do Retiro, tomou para si o controle do jogo, alternou ataques velozes pelos lados com valorização da troca de passes e, aos 26 minutos, após escanteio cobrado por Sóbis, Fred – sempre ele! – estufou o barbante. Vendo a vaca pernambucana ir para o brejo, ainda mais com o gol da Portuguesa diante do Internacional, não restava opção aos rubro-negros a não ser partir para o ataque, tarefa que se tornou mais fácil com o já costumeiro recuo do Fluminense diante de um resultado positivo. Assim, quando o 1º tempo já agonizava, depois de Hugo ter duas boas chances para igualar, Felipe Azevedo o fez ao receber assistência de Gilberto na única bobeada do Leandro Euzébio, até então em excelente jornada.

O tento nos acréscimos da 1ª etapa prometia um Sport “na pressão” após o intervalo. Que nada. Novamente o Flu conseguiu diminuir o volume do adversário e criar as melhores tramas ofensivas, como uma cabeçada do Sóbis que Saulo defendeu milagrosamente e um gol do Fred bem anulado por um joelho de impedimento. Foi então que, aos 30 minutos, tudo mudou. Rubro-negros nas arquibancadas e no campo se encheram de ímpeto, força, garra e deram ao confronto quinze minutos finais de arrepiar. Henrique, Willians, Gilsinho e Felipe Azevedo alucinaram o duelo. Vieram chutes a tirar tinta da trave, defesas espetaculares – para variar – de Diego Cavalieri, Digão e Valencia salvando bolas sobre a linha quando os torcedores já arredondavam a boca para gritar “Goooooool”.

Tudo isso intercalado com contra-ataques do Flu, que tentava aproveitar os muitos espaços deixados pelo “possuído” Sport e podia, a qualquer momento, marcar o gol que decretaria, ali, o rebaixamento pernambucano. O gol decisivo não veio de nenhum dos lados, mas, mais uma vez, o Fluminense mostrou a lógica de ter estampado em sua camisa um plano de saúde. Ô time para deixar a pressão do espectador lá no alto!

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

ELÓIGICO E SUAS LÓGICAS















Elóigico é um fanático torcedor do São Sebastião Futebol Clube que sempre coloca a paixão à frente da razão – como quase todos os torcedores, né? E quem fica perdida com tanto fanatismo de Elóigico é sua filha, Edinha, que mora junto com seu pai em uma simples casinha que vive futebol 24 horas por dia.


Desenho de Paulo Sales e roteiro de Diano Massarani

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

BRASIL CAMPEÃO DO SUPER CLÁSSICO DAS AMÉRICAS 2012


Argentina 2 (3) x (4) 1 Brasil – La Bombonera, Buenos Aires (ARG)

Fred e Diego Cavalieri mantêm a rotina de serem decisivos e Brasil, mesmo sem inspiração e organização, conquista o Bicampeonato do Super Clássico das Américas ao vencer a Argentina na disputa por pênaltis.

A atuação mais redonda da Argentina na 1ª etapa do Super Clássico pode ser creditada a uma maior solidez tática e a um Montillo criativo e participativo como poucas vezes se viu no Cruzeiro em 2012. Taticamente, os argentinos atuavam num tradicional 3-4-1-2, com Guiñazu e Cerro a proteger o trio de zaga (Desábato, Sebá e López), Vangioni e Peruzzi nas alas e Montillo com a missão de abastecer a dupla Martínez/Barcos. Simples de se ver e de os jogadores compreenderem e se entenderem.

Por outro lado, o Brasil foi uma misturada só. Não pela linha de quatro defensores – Lucas, Réver, Durval e Fábio Santos – ou pela dupla de volantes Ralf e Paulinho, mas sim por Arouca como meia aberto pela direita e por Thiago Neves completamente perdido, sem saber se sua prioridade era marcar ou criar. Assim, esperar uma mágica do Neymar ou buscar bolas longas com o Fred se tornaram as únicas alternativas. Por volta da metade da etapa, Arouca foi para sua posição original, o Brasil formou um tripé de volantes e as jogadas começaram a fluir com mais naturalidade, ora com o próprio Arouca a avançar, ora com o dinâmico Paulinho, mas não o suficiente para a Seleção dominar o jogo ou sacudir o filó  num 1º tempo que terminou com a Argentina presente no ataque.

A etapa final iniciou com Martínez a desperdiçar boa chance cara-a-cara com Cavalieri, mas logo a bola começou a ser castigada. Enquanto a Argentina, sabe-se lá por qual motivo, já que necessitava da vitória, se encontrava mais recuada do que deveria, o Brasil dava um show de pixotadas e de incompetência para jogar com o regulamento que lhe permitia o empate. Ao invés de troca de passes e marcação bem postada, a Seleção dava chutões e deixava espaços. Espaços que o dono do jogo, Montillo, aproveitou para encontrar o perigoso Martínez, que foi derrubado fora da área por Jean mas viu o juiz apontar para a marca do pênalti e Scocco abrir o placar, aos 36 minutos. Num espirro, aos 39, Jean chutou mascado e Fred, na hora e lugar certos, igualou tudo.

No entanto, a atuação brasileira era tão apática que não foi capaz de segurar nem a vantagem nem o Montillo por mais cinco minutos e permitiu ao cruzeirense arrancar e rolar para Scocco voltar às redes, devolver o 2 a 1 de Goiânia e levar a decisão para os pênaltis. Aí, os dois melhores argentinos em campo pecaram – Martínez mandou nas mãos de Cavalieri e Montillo por cima da baliza – e Thiago Neves, Jean, Fred e, por último, Neymar, apagaram a equivocada cobrança de Carlinhos e deram o Bi para o Brasil numa La Bombonera sem um pingo de pressão.

terça-feira, 20 de novembro de 2012

FALCÃO, O MAIS PELÉ DOS PELÉS


Pelé é tão transcendental que se tornou o sinônimo para melhor inquestionável de outros esportes. Desde Kelly Slater é o Pelé do surfe até Arnold Schwarzenegger é o Pelé do fisiculturismo, a comparação com o “Rei” é a mais simples forma para dar a alguém o título de símbolo máximo em sua área. Com esta prática, todas as áreas acabam por colaborar um pouco para a solidificação de Pelé como inigualável, pois mantém sempre viva sua figura. E coube a um “irmão” do futebol, o futebol de salão, ter um ícone maior que, ao ser chamado de Pelé do futsal, mais fez para a valorização da imagem do “Rei”. O nome em questão é Alessandro Rosa Vieira, conhecido por todos como Falcão.

Entre os poucos em proporção, mas muitos em número absoluto, que tentam negar a majestade de Pelé, um dos argumentos mais utilizados é o de que ele sempre esteve a vestir a camisa 10 santista. Em outras palavras, Pelé não jogou na Europa como os três postulantes ao seu trono: Alfredo Di Stéfano, Diego Maradona e Lionel Messi, não por coincidência todos argentinos. “Mas Pelé jogava o Paulistão, o Rio-São Paulo e a Taça Brasil!”, gritam uns sem lembrarem que, naquela época, uma Seleção Paulista faria frente com qualquer Seleção Nacional do planeta, ou que entre os adversários do Alvinegro Praiano estavam o Botafogo de Garrincha, Didi e Nilton Santos e o Palmeiras de Djalma Santos, Julinho Botelho e Vavá.

E eis que agora, nos anos 2000, brota um exemplo de mão cheia para os defensores do Rei. Falcão, o mesmo que há poucos dias, “todo torto”, como ele mesmo disse, devido a uma paralisia facial, foi protagonista de mais uma conquista mundial da Seleção Brasileira, sempre defendeu e venceu tudo com clubes nacionais. Tal qual Pelé, se deixarmos um pouco de lado a passagem pelo New York Cosmos. Contudo, quando veste a camisa brasileira e realiza suas jogadas mais inacreditáveis do que uma escapada do Houdini ou uma entortada de talher do Uri Geller, quando bate o recorde de gols por uma Seleção nacional em qualquer tipo de futebol, quando conquista títulos mundiais como em 2008 e 2012, Falcão prova que não precisa viver o dia-a-dia da Europa para ser o melhor de todos. Assim como já havia provado Pelé, nas Copas do Mundo de 1958 e 1970.

A partir do último domingo, com mais uma página escrita por Falcão e seus companheiros na história do esporte nacional, se tornou ainda mais fácil do que sempre foi defender a supremacia de Pelé perante alguns gigantes da bola. Quando uma voz se levantar para dizer que Pelé nunca defendeu um clube do “Velho Continente”, a resposta já estará engatilhada: “E daí, o Falcão também não e isto não o impediu de ser o maior de todos os tempos no futsal”. Touché! 

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

BIBLIOTECA DO FUTEBOLA - TIM - O ESTRATEGISTA


Esta é mais uma obra da saudosa Editora Gol. Como o próprio nome indica, ela conta a vida do genial Elba de Pádua Lima, o Tim, “El Peón”, quando craque dos gramados, e “O Estrategista”, na função de treinador, que, por sinal, cumpriu com uma maestria poucas vezes vista. Além de agradável leitura, o livro prima por passar por todos os momentos da vida de Tim, desde impetuoso futebol demonstrado no ínicio de carreira na Portuguesa Santista até as revoluções táticas implantadas em clubes cariocas, brasileiros e sul-americanos como técnico. E, claro, dedica um bom espaço a sua histórica passagem pelo Fluminense, clube do qual é um grande ídolo.

















Tim – O Estrategista
Pedro Zamora
Editora Gol

domingo, 18 de novembro de 2012

CAMPEONATO BRASILEIRO 2012 – 36ª RODADA – SPORT X BOTAFOGO








RESULTADOS
Santos 2 x 0 Figueirense
Coritiba 1 x 2 Vasco
Flamengo 1 x 1 Palmeiras
Fluminense 0 x 2 Cruzeiro
Atlético Mineiro 2 x 2 Atlético Goianiense
Bahia 1 x 0 Ponte Preta
São Paulo 2 x 1 Náutico
Internacional 0 x 2 Corinthians
Portuguesa 2 x 2Grêmio
Sport 2 x 0 Botafogo

ARTILHARIA
19 Gols – Fred (Fluminense)
17 Gols – Luís Fabiano (São Paulo)
14 Gols – Bruno Mineiro (Portuguesa) e Hernán Barcos (Palmeiras)

Sport 2 x 0 Botafogo – Ilha do Retiro, Recife (PE)

Botafogo não segura a força do “Leão”, perde por 2 a 0 e dá adeus à Libertadores 2013. Resultado mantém o Sport vivo na luta contra a degola.

Pressionado pela vitória do Bahia minutos antes de entrar em campo, o Sport, montado pelo Sergio Guedes no 4-2-3-1, foi em busca dos três pontos com: Saulo; Cicinho, Alison, Diego Ivo e Reinaldo; Tobi e Moacir; Felipe Azevedo, Hugo e Gilsinho; Gilberto. Ao Botafogo, que tinha no retorno de Seedorf o destaque na escalação, era vencer ou vencer para manter as chances de classificação para a Libertadores, e Oswaldo de Oliveira montou a equipe no 4-2-3-1 com: Jefferson; Lucas, Antônio Carlos, Dória e Márcio Azevedo; Renato e Gabriel; Andrezinho, Seedorf e Lodeiro; Bruno Mendes.

Minutos após o apito final na lotada Ilha do Retiro, Seedorf demonstrava, aos microfones, não saber sobre a vitória do São Paulo que obrigava o Botafogo a ganhar. Talvez esta seja a explicação para o Alvinegro não ter apresentado em campo um pingo da raça e disposição do adversário, atitude que acabou por ser determinante para o placar final de dois a zero para o Sport. Um Sport que fez juz ao apelido de Leão e mostrou garras e dentes afiados para conquistar uma vitória maiúscula.

No 1º tempo, os pernambucanos dominaram completamente as ações ofensivas e criaram tramas de qualidade iniciadas com Moacir, Reinaldo, Felipe Azevedo e, principalmente, Cicinho, em atuação digna dos seus melhores momentos. Pela direta, esquerda e meio, pelo alto e por baixo, com a cabeça e os pés... de tudo quanto é maneira o Sport assustou o goleiro Jefferson, enquanto o Botafogo foi incapaz de dar uma bola redonda para o seu centroavante, Bruno Mendes, arrematar.

Apesar de uma boa escapulida do Seedorf quase resultar em gol do Lucas com apenas uns segundinhos da etapa final, os primeiros minutos pós-intervalo continuaram com o Sport em cima e mais perigoso. Reinaldo e Cicinho, os laterais rubro-negros, infernizavam a espaçosa retaguarda botafoguense. O gol rubro-negro, entretanto, não vinha. Aos 10 minutos, sabedor da vitória parcial da Portuguesa por 2 a 0, Sergio Guedes fez a alteração que mudaria o rumo da partida. O atacante Henrique entrou em campo e, em sua primeira jogada, arrancou em velocidade e deixou Gilberto livre para abrir o placar.

Depois de quase ampliar a vantagem com Felipe Azevedo, o Sport adotou a cautela e recuou para explorar os contra-ataques. Naturalmente o Botafogo cresceu, começou a alçar bolas na área de ambos os flancos e teve sua melhor chance com o Bruno Mendes. Porém, estes 20 minutos de ataque não só não foram suficientes para o Bota superar a força de vontade pernambucana como, aos 44, Felipe Menezes, ex-General Severiano, fez linda jogada pela esquerda e o dono da noite, Henrique, selou o triunfo.

Com duas rodadas por jogar, o Sport continua na sua briga. O Botafogo, não mais. Muito pelo empenho dos seus respectivos jogadores no decisivo embate da Ilha do Retiro.

CURTINHAS DO BRASILEIRÃO!

- A 36ª rodada do Brasileirão foi ao som de “Amor Bandido”, da dupla Bruno e Marrone.Vagner Love, herói alviverde na campanha do retorno à Primeira em 2003, foi o autor do golpe de misericórdia que degolou o Palmeiras. Zé Roberto, craque revelado pela Lusa na histórica campanha do vice-campeonato de 1996, empatou para o Grêmio o jogo que a Portuguesa vencia até o finzinho, resultado que pode rebaixar o Rubro-Verde.

- Um dos maiores chavões do futebol brasileiro é aquele que diz que faz bem para um gigante a queda para a Segundona, pois assim o clube encontra terreno para se reestruturar. Os que acham esta máxima uma balela das grandes acabam de ganhar um exemplo sem igual com a nova queda palmeirense. E a decisão de priorizar a Copa do Brasil, que rendeu ao Alviverde apenas cinco pontos em oito rodadas, cobra o seu preço.

- Pela tenebrosa situação finaceira que os jornais estampam, o Vasco vai precisar, e demais, dos pratas da casa. Marlone, Jhon Cley, Romário... E os duelos contra Flamengo e Fluminense são boas oportunidades para colocar estes garotos em campo, assim como foi a vitória de virada sobre o Coritiba – que gol magnífico do Lincoln! –, uma vitória que não vinha há mais de 40 dias. Ou sete partidas.

- Pior campanha como visitante no campeonato, o Náutico até tentou azedar a festa armada pela torcida são-paulina para a estreia de Paulo Henrique Ganso. Contudo, o cada dia mais letal trio ofensivo formado por Osvaldo, Lucas e Luís Fabiano se encarregou de virar o placar e carimbar o passaporte tricolor para a Libertadores 2013.

- Engenhão lotado, taça nas mãos, baliza escalada, volta olímpica... E viva o Fluzão!

sábado, 17 de novembro de 2012

OLHO TÁTICO - ITALIA SERIE A 2012/2013 - 13ª RODADA - JUVENTUS















Juventus domina Lazio do primeiro ao último minuto mas esbarra na atuação milagrosa do arqueiro Marchetti, em jornada digna daqueles goleiros macetados do video game que não podem sofrer gols de maneira alguma. O confronto abriu a 13ª rodada da Serie A Italiana, que terminará com a Juve na liderança (32 pontos) independentemente dos outros resultados.

Seria impossível realizar qualquer análise tática da Juventus, assim como da Seleção “Azzurra”, sem destacar o papel daquele que os italianos chamam de “regista”. Para o duelo contra a Lazio, a “Vecchia Signora” não poderia contar com o suspenso Pirlo, símbolo máximo do que é ser um regista desde a virada do século, e escalou o jovem Pogba na sua posição. E não é que o francês, de apenas 19 anos, deu conta do recado? Posicionado à frente da linha de defensores, mas a zilhões de quilômetros de poder/merecer ser chamado de cão-de-guarda, como muitos dos nossos, Pogba cumpriu bem a função de qualificar a saída de bola e de tentar passes verticais e clarividentes, mesmo sem se encontrar próximo dos avantes.

Esta foi uma das estratégias utilizadas pela Juventus, armada num tradicional 3-5-2 (vejam ilustração acima), para furar o sistema defensivo da Lazio, que, com o passar dos minutos, se encontrou cada vez mais povoado e pressionado. E é aí que se encontra outro ponto tático a se destacar no Alvinegro de Turim: o posicionamento avançado de seus jogadores, principal responsável pelo caráter ataque x defesa do embate. Durante praticamente toda a partida, Pogba, Marchisio, Vidal, Isla e Asamoah se mantiveram no campo ofensivo, a sufocar qualquer tentativa de escapada dos azuis romanos. Foi assim que através de infiltrações de Giovinco e Quagliarella, chutes longos de Marchisio e Vidal, avanços do Asamoah, bolas alçadas na área pela direita ou esquerda, paradas ou em movimento, a Juventus fez de Marchetti o melhor homem em campo.

E vale ressaltar também que, com o jogo em andamento, o técnico Angelo Alessio – substituto do ainda punido Antonio Conte – buscou alternativas para chegar às redes. Vidal e Pogba inverteram de posições na 2ª etapa, o centroavante Matri substituiu Quagliarella, Pepe entrou no lugar de Isla para dar mais poder aos ataques pela direita e, já no fim, Pogba deu vaga ao atacante Bendtner. Apesar das tentativas ofensivas de técnico e jogadores, porém, a partida já tinha um dono definido: Federico Marchetti. 

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

PARABÉNS, FLAMENGO!!!
















Parabéns  ao Clube de Regatas do Flamengo pelos 117 anos a brilhar, seja na terra, seja no mar!


AMISTOSOS INTERNACIONAIS 2012 - BRASIL X COLÔMBIA


Brasil 1 x 1 Colômbia – Metlife, Nova Jersey (EUA)

Em amistoso que nada teve de amistoso – o que é uma raridade em se tratando de jogos da nossa Seleção – Brasil e Colômbia se doam ao máximo, fazem ótimo duelo e terminam iguais.

Para repetir em seu milésimo jogo – segundo a CBF – a boa vitória conseguida diante do Japão, há pouco mais de um mês, o Brasil foi montado por Mano Menezes no 4-2-3-1 com: Diego Alves; Daniel Alves, David Luiz, Thiago Silva e Leandro Castán; Paulinho e Ramires; Oscar, Kaká e Thiago Neves; Neymar. Com nove nomes dentre os que estiveram em campo no triunfo sobre o Paraguai por 2 a 0, seu último nas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2014, a Colômbia foi esquematizada pelo Jose Pekerman no 3-4-1-2 com: Ospina; Valencia, Mosquera e Yepes; Cuadrado, Macnelly Torres, Sánchez e Armero; Rodríguez; Martínez e Falcão Garcia.

Que amistoso bom de se ver! Repleto de detalhes interessantes. O tricolor carioca Valencia na função de zagueiro pela direita para dar toda a liberdade do mundo ao ala Cuadrado, que de quadrado não tem nada. Neymar de centroavante mas sem dar brecha para ser chamado de homem de área, pois sempre que possível caía pela esquerda para entrar em diagonal. David Luiz a mostrar uma segurança de veterano quando teve o badalado Falcão Garcia a sua frente. Kaká participativo, confiante, buscando tabelas, infiltrações e arremates, assim como também esteve ligado durante os 90 minutos o camisa 10 colombiano, Rodríguez. Paulinho, como sempre, com aparições preciosas no campo de ataque, como a que rendeu um cinematográfico passe de letra para Daniel Alves sofrer um pênalti.

Do primeiro ao último trilar do apito, e até mesmo após este, o duelo não teve cara, sequer um fio de bigode, de amistoso. Bolinha para cá e para lá, trocentas substituições, pé-de-pluma... nada disso foi visto. Pelo contrário, ambos, Brasil e Colômbia, jogaram para vencer. Na 1ª etapa, muito aberta, os “cafeteros” estiveram sempre a rondar a área brasileira, mas foram os pés de Neymar e Kaká que produziram as oportunidades mais claras de bola na rede. Bom, isto até o encapetado Cuadrado, aos 43, receber lindo passe de Rodríguez e bater cruzado para fazer um a zero.

O Brasil voltou mais senhor do jogo após o intervalo, e Neymar muito mais vivo, chutando daqui, arrematando dali e marcando um golão, aos 18, após deixar Mosquera fora de órbita. A Colômbia reagiu bem ao empate e construiu duas excelentes chances de voltar a liderar o escore, ambas com participação do Rodríguez, mas a bola do jogo foi do Brasil. E Neymar a desperdiçou ao cobrar um pênalti na bandeira dos Estados Unidos. Não a que estava pendurada na arquibancada, mas sim aquela fincada na lua.

Assim, o apito final decretou o empate e, mais uma vez, o Brasil não conseguiu superar o tabu da era Mano Menzes de vencer uma Seleção top 10 do ranking da FIFA. Pena que, por incompetência de muitos cartolas, jogos como este não sejam constantes no currículo da Seleção do Mano.

terça-feira, 13 de novembro de 2012

O PARADOXO TRICOLOR



Na eterna batalha entre os pontos corridos e o mata-mata, o primeiro tem a desvantagem da possibilidade de ganhar contornos definitivos muito cedo. Algo como um filme cujos minutos finais são sem emoção. Essa particularidade do “todos contra todos em dois turnos” é de deixar o torcedor-de-tabela furioso. Os amigos conhecem o torcedor-de-tabela? É aquele que a primeira coisa que faz ao pegar o jornal é buscar a tábua de classificação do campeonato, mesmo que na véspera não tenha ocorrido nenhum confronto. É como o cão Mutley do desenho animado, só que ao invés de medalhas, ele é louco por “tabela, tabela, tabela”.

O Brasileirão 2012 foi bem mais ou menos para este tipo de torcedor. Na 29ª rodada, o Fluminense venceu o Bahia, então um dos melhores times do 2º turno, por 2 a 0, em Pituaçu, com golaços de Bruno e Rafael Sóbis, enquanto, sem Ronaldinho Gaúcho, o Atlético Mineiro levou 3 a 0 do Internacional, no Beira-Rio. Ali, o Tricolor Carioca abriu nove pontos de vantagem sobre o Galo Mineiro, e o torcedor-de-tabela não teria mais o prazer de olhar a classificação e ver uma briga acirrada pelo título. Isso foi no dia 10 de Outubro, quase dois meses antes da última rodada do campeonato, que estar por vir.

“Então quer dizer que o Brasileirão não foi emocionante?”, pode perguntar o amigo. Pelo contrário, apesar da incontestável superioridade do Campeão – até o momento tem melhor ataque, melhor defesa, artilheiro, mais vitórias, menos derrotas e absurdos 72,4% de aproveitamento – praticamente todos os jogos do 2º turno do Fluminense foram de deixar o coração a bater na goela.

E aí está o grande paradoxo tricolor. O mesmo responsável por disparar na liderança e tirar a graça das últimas rodadas de um campeonato como o Brasileiro, que desde 2008 nunca teve um vencedor com mais do que três pontos de vantagem em relação ao vice, foi também responsável por partidas que representam ao pé da letra o quão o futebol pode ser emocionante.

Para facilitar a ilustração, fiquemos somente no período citado anteriormente, desde o qual o Fluzão começou a transformar o caneco em realidade e uma reviravolta atleticana em milagre, ou seja, a partir da 29ª rodada. De todos os jogos do Flu desde então – contra Bahia, Ponte Preta, Grêmio, Atlético Mineiro, Coritiba, São Paulo e Palmeiras – apenas o empate com o Sampa foi tranquilo. Os outros seis duelos foram batalhas monumentais, daquelas de desnortear qualquer um nas arquibancadas ou poltronas e decididas apenas no último trilar do apito. O apelido de “Guerreiro” foi justificado rodada após rodada.

Com o Fluzão em campo, não existiu aquele tão famoso “vou ver um futebolzinho para relaxar”. Foi sempre dose pura de adrenalina na veia. E foi essa adrenalina de cada jogo tricolor que salvou um campeonato o qual a sua própria avassaladora campanha fez de tudo para deixar sem graça. E que bom que não conseguiu!

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

OLHO TÁTICO - LIGUE 1 2012/2013 - 12ª RODADA - LYON













Em uma rodada marcada por empates no topo da tabela – os líderes PSG e Olympique de Marseille ficaram no igual com Montpellier e Nice, respectivamente – Lyon tem fraca atuação, não passa do 1 a 1 com o Sochaux e perde a chance de assumir a ponta da Ligue 1. Após 12 rodadas, o Francês é puro equilíbrio, com apenas nove pontos a separar o primeiro colocado (PSG) do nono (Stade Rennais).

Repleto de ausências – Michel Bastos ainda se encontra contundido, e a dupla Gourcuff e Gomis foi poupada e iniciou o confronto no banco de reservas – o Lyon teve uma apresentação abaixo da média diante do Sochaux, um rival que terminaria a rodada na zona da degola. Com uma retaguarda que não tinha buracos, mas sim crateras, e um ataque cujo jogador de maior destaque foi o volante Fofana, o ex-time do Juninho Pernambucano se postou durante os 90 minutos no cada dia mais comum 4-2-3-1 (vejam a planilha acima).

Seria possível adjetivar o esquema montado pelo treinador Rémi Garde de inflexível, não fosse o vigoroso volante Fofana, de apenas 21 anos. Enquanto todos os jogadores do Lyon guardavam suas posições em campo, Fofana não o fazia. Felizmente para sua equipe, pois o jovem francês não só buscava iniciar as jogadas ofensivas como aparecia nas proximidades da área rival para participar dos momentos derradeiros da trama. Sem dúvidas foi o melhor – para não dizer o único – ponto positivo da partida dos “Les Gones”.

Já o sistema defensivo foi filme de terror daquele de assustar até coveiro. Se Gonalons foi o autor do gol que abriu o placar, aos 24 minutos do 1º tempo, e Fofana, como dito, o único brilho no ataque do opaco Lyon, no assunto proteção os dois não cumpriram bem o papel. Deste modo, a linha de quatro defensores se tornou ainda mais frágil e permitiu ao Sochaux uma enorme liberdade. Liberdade esta que os meias Boudebouz e Camara e o centroavante Privat aproveitaram para fazer o diabo. “Mas o Sochaux só fez um gol”, o amigo pode dizer. É verdade, a única bola que os anfitriões colocaram no filó ocorreu aos 26 da 2ª etapa, com o Privat, contudo, antes de igualar o escore, quase uma dezena de boas oportunidades já haviam sido criadas.

Se os espaços que teve o Sochaux forem oferecidos pelo Lyon nos embates contra os rivais diretos no topo da tabela, PSG e Olympique de Marseille, o estrago poderá ser grande.

domingo, 11 de novembro de 2012

CAMPEONATO BRASILEIRO 2012 – 35ª RODADA – FLUMINENSE CAMPEÃO DO BRASILEIRÃO 2012


Palmeiras 3 x 2 Fluminense – Prudentão, Presidente Prudente (SP)

Fluzão conquista vitória épica – mais uma! –, desta vez sobre o valente Palmeiras, e consolida sua inquestionável e incontestável supremacia nacional ao levantar o caneco do Brasileirão com três rodadas de antecedência.

O melhor goleiro do país em 2012, Diego Cavalieri, realizou defesas elásticas, o leão Gum deixou sua alma no gramado, o incansável Jean jogou uma barbaridade em todos os setores do campo, o “Capeta em Forma de Guri” Wellington Nem foi um tormento para os rivais e o dono do Brasileirão, o “Terror”, o decisivo Fred mostrou o quanto entende de bola na rede. O Fluminense largou na frente, teve a chance de tirar a eletricidade do duelo, não conseguiu, deixou o rival crescer, transformou o jogo numa batalha digna dos maiores épicos da literatura e cinematografia, e, no fim, foi letal para chegar a mais um resultado positivo.

Assim foi durante o Brasileirão. Assim foi contra o Palmeiras. Fred, com um gol e um cruzamento para Maurício Ramos empurrar contra o próprio patrimônio, colocou dois a zero no placar. O Palmeiras renasceu, sabe-se lá como, e, em três minutos, em duas bolas alçadas na área pelo Corrêa, igualou tudo com Barcos e Patrick. Aí, tricolores cariocas, alviverdes paulistas e amantes do futebol de todas as cores assistiram a um lá e cá tão alucinante que cabe perfeitamente no tradicional slogan onde o Ministério da Saúde adverte quanto às consequências ao bem estar. Os jogadores, esgotados, deixavam tudo e mais um pouco em campo. Até que, quando as cortinas se fechavam, o gigante Jean cruzou e o enorme Fred – sempre ele! – endereçou a taça para as Laranjeiras.   

Não existiu “jogo-spa” com o Fluminense em campo neste campeonato. Foi sempre ação, muita ação. Perseguição de carros em alta velocidade, duelos de arma na cintura sob o pôr do sol no deserto, kung-fu voador no meio da floresta, um guerreiro solitário contra um exército inteiro no meio do nada... nenhum roteiro de cinema supera as partidas do Flu em emoção. Porém, como os filmes hollywoodianos, o final foi feliz para os tricolores. E põe feliz nisso! Uma campanha poucas vezes vistas na história do futebol brasileiro e que termina coroada com mais um título do Brasileirão.

PARABÉNS, FLUMINENSE! UM TIME COM AMOR, VIGOR E QUE FAZ A TORCIDA QUERIDA VIBRAR DE EMOÇÃO!

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

ELÓIGICO E SUAS LÓGICAS














Elóigico é um fanático torcedor do São Sebastião Futebol Clube que sempre coloca a paixão à frente da razão – como quase todos os torcedores, né? E quem fica perdida com tanto fanatismo de Elóigico é sua filha, Edinha, que mora junto com seu pai em uma simples casinha que vive futebol 24 horas por dia.

Desenho de Paulo Sales e roteiro de Diano Massarani

UMA IMAGEM















Que duelo peculiar! O “Rei” Pelé disputa a pelota com o zagueiro vascaíno Joel Santana, o hoje “Papai” Joel.

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

COPA SUL-AMERICANA 2012 - QUARTAS DE FINAL - SÃO PAULO X UNIVERSIDAD DE CHILE


São Paulo (7) 5 x 0 (0) Universidad de Chile – Pacaembu, São Paulo (SP)

São Paulo promove exposição de artes num Pacaembu lotado, pinta cinco golaços dos mais diferentes estilos e conquista um histórico placar agregado de 7 a 0 sobre o há pouco tempo badalado Universidad de Chile.

Não seria exagero dizer que o São Paulo teve meia hora de um futebol nota 10 diante da Universidad de Chile. Nos primeiros trinta minutos do duelo, o arqueiro Rogério Ceni precisou apenas esticar os braços algumas vezes para conter uns míseros cruzamentos, enquanto a ofensiva tricolor foi tão veloz e letal nos contra-ataques que transformou a vantagem inicial de dois gols em cinco. Jadson, Lucas e Luís Fabiano foram os autores dos golaços – o do “Fabuloso” um colírio para os olhos –, mas o dono da apresentação de gala são-paulina foi o volante Denílson, que mesclou vontade leonina, posicionamento defensivo impecável e passes dourados, como as assistências para os dois primeiros tentos que iniciaram a queda dos atuais Campeões da Copa Sul-Americana.

Com um palmo aberto de gols à frente do rival, no somatório dos embates, o Sampa, pouco a pouco, afrouxou a pegada e o assustador ritmo de ataque. Ney Franco não mexeu no intervalo, mas, com o caminhar da 2ª etapa, sacou seus principais jogadores. Primeiro foi Lucas, depois Luís Fabiano e, por último, Denílson, que, antes de deixar o gramado, arrancou num contra-golpe e sofreu falta por trás. Na cobrança, aos 19 minutos, Tolói soltou um Dinamite que nem três do Herrera seriam capazes de buscar. Quatro a zero! Que logo se transformaria em cinco quando Cortez costurou três defensores como se enfrentasse juvenis e deixou Jadson livre para lacrar ainda mais o caixão chileno.

Com o Brasileirão muito – mas, muito! – próximo de seu desfecho, o São Paulo encontrou na Sul-Americana a chance de conquistar um caneco, que não vem desde 2008. E pelo visto, vai em busca dele com unhas e dentes.

terça-feira, 6 de novembro de 2012

A IMPRENSA E O CASO DA IRMÃ DO HULK


Um rápido exercício de realizar uma buscar no Google com as palavras “Hulk” e “salário” mostra o quanto a imprensa valorizou e divulgou a transferência do atacante brasileiro para o Zenit, da Rússia. A busca tem um retorno de nada menos do que 617 mil links, a maior parte deles a enfatizar a quantia que o jogador recebe do clube russo e o problema que esta o proporcionou com os seus novos companheiros de time.

Numa sociedade onde poucos têm muito, muitos têm pouco, e alguns destes muitos não se importam em agir inescrupulosamente para ter mais, a divulgação constante da saúde econômica de celebridades é uma ação que pode trazer sérias consequências. A partir do momento que o adjetivo “milionário” se tornou um companheiro inseparável do Hulk e que os jornais, rádios, sites, revistas, programas televisivos e as cada dia mais diferentes fontes de informação começaram a jorrar notícias sobre o seu elevado salário, os já citados inescrupulosos passam a enxergar ali uma possibilidade de ascensão financeira. Uma ascensão até certo ponto fácil, diante das falhas de segurança encontradas em todos os cantos do país.

O sequestro da irmã do Hulk, uma repetição de algo já ocorrido, por exemplo, com Romário, Luís Fabiano e Robinho, nada mais é do que uma ação de bandidos que, se não possuem condições de roubar bancos, shoppings ou supermercados, possuem para colocar uma pessoa em cativeiro. E, a partir daí, tentar extorquir o dinheiro que eles sabem que esta pessoa tem. Como que sabem? A imprensa martelou na cabeça deles durante semanas, com a repetição exaustiva da palavra “milionário” e gráficos do tipo: com o novo salário do craque é possível comprar inúmeras casas, incontáveis carros, vários aviões, diversos iates...

É claro que com o impacto financeiro que o esporte, em geral, e o futebol, em particular, possui no planeta, seria uma incoerência ignorar assuntos econômicos. No entanto, uma coisa é uma boa matéria sobre o quanto uma estratégia de marketing valorizou um clube ou discussões sobre a prática do teto salarial, outra é tudo quanto é veículo de comunicação cuspir, repetidamente, o valor do salário de um jogador. Sem o mínimo objetivo de produzir algo útil.

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

BATENDO BAFO - CRUZEIRO 1998 E ATLÉTICO MINEIRO 1999


Minas Gerais esteve muito perto do Bicampeonato Brasileiro no finzinho do século passado. Para ser mais exato, no biênio 1998/1999, quando Cruzeiro e Atlético Mineiro chegaram às finais do Brasileirão em anos consecutivos, porém, apesar de muito fortes, não conseguiram superar o Corinthians de Rincón, Edílson e Marcelinho Carioca. Como um exemplo do poder de “Raposa” e “Galo”, vale citar que, cada um em seu ano,  tiveram mais jogadores que receberam o Prêmio Bola de Prata – dado pela Revista Placar aos que compõem a Seleção do Campeonato – do que o Corinthians. Em 1998, o goleiro Dida (grande ausência no álbum de figurinhas), o zagueiro Marcelo Djian, o meia Valdo e o atacante Fábio Junior foram os cruzeirense premiados, enquanto, no ano seguinte, foram cinco os atleticanos na Seleção final: O lateral-direito Bruno, o zagueiro Caçapa, o então meia Belletti, e a entrosada dupla de ataque formada por Guilherme e Marques. Abaixo, as figurinhas completas do Cruzeiro de 1998 e do Atlético Mineiro de 1999.  





domingo, 4 de novembro de 2012

CAMPEONATO BRASILEIRO 2012 – 34ª RODADA – SÃO PAULO X FLUMINENSE









RESULTADOS
Cruzeiro 0 x 4 Santos
Grêmio 1 x 0 Ponte Preta
Flamengo 1 x 0 Figueirense
Vasco 0 x 3 Sport
São Paulo 1 x 1 Fluminense
Atlético Goianiense 0 x 2 Corinthians
Palmeiras 2 x 2 Botafogo
Coritiba 1 x 0 Atlético Mineiro
Náutico 3 x 0 Internacional
Portuguesa 0 x 1 Bahia

ARTILHARIA
17 Gols – Fred (Fluminense)
16 Gols – Luís Fabiano (São Paulo)
14 Gols – Bruno Mineiro (Portuguesa)

São Paulo 1 x 1 Fluminense – Morumbi, São Paulo (SP)

Goleadores do Brasileirão, Fred e “Fabuloso” recebem presente de natal antecipado dos zagueiros rivais e confronto entre Fluminense e São Paulo, os dois melhores times do 2º turno, termina empatado. Para o Fluzão levantar o caneco, só falta o passar dos dias.

Para dar sequência à arrancada que não só o colocou no G4 mas o deixa lá com certa tranquilidade, o São Paulo foi para o duelo de tricolores sem o contundido lateral-direito Paulo Miranda e organizado no 4-2-3-1 com: Rogério Ceni; Douglas, Rafael Tolói, Rhodolfo e Cortez; Wellington e Denílson; Lucas, Jadson e Osvaldo; Luís Fabiano. Com Rafael Sóbis no lugar do lesionado “Mago” Deco e o retorno do zagueiro Leandro Euzébio, Abel Braga escalou o Fluminense, dono de um aproveitamento de mais de 70% como visitante, no 4-3-3 com: Diego Cavalieri; Bruno, Gum, Leandro Euzébio e Carlinhos; Edinho, Jean e Thiago Neves; Wellington Nem, Rafael Sóbis e Fred.

Sinceridade pura: com a vantagem que apresentam na tabela em relação aos concorrentes diretos para os seus respectivos objetivos – o título, no caso carioca, e a vaga na Libertadores, no paulista – nem o Fluminense precisou ser o guerreiro que sua torcida tanto canta nem o Sampa necessitou mostrar o espírito de Jason – se é que o protagonista da série Sexta-Feira 13 o tem. Em outras palavras, buscar a vitória não era urgência. E assim transcorreu toda a partida. Na 1ª etapa, o São Paulo se manteve mais presente no campo ofensivo, sem ser incisivo, enquanto o Fluminense tentou escapar em alguns contra-ataques, sem êxito pelos excessivos erros de passes e dribles.  Donos de atuações incríveis no Brasileirão, Rogério Ceni e Diego Cavalieri sequer tiveram a aderência de suas luvas testada.

 O jogo voltou do intervalo com um tempero especial. Se os camisas 10, Thiago Neves e Jádson, eram de uma falta de inspiração só e não conseguiam colocar os finalizadores em boas condições, os zagueiros se encarregaram das assistências. Mas para o lado errado! Primeiro, aos 4 minutos, Gum, que talvez viva o seu melhor momento nas Laranjeiras, entregou a gorducha nos pés de Luís Fabiano. Saco e um a zero Sampa. Depois, aos 22 minutos, Rafael Tolói retribui a gentileza e Samuel rolou a bola para Fred, que já havia obrigado Ceni a ótima defesa, igualar. A partir daí, o Flu viveria os seus melhores minutos, mas, aos 36, Abel Braga – sabe-se lá por qual motivo – trocou Wellington Nem por Diguinho e o time murchou. Nos acréscimos, só para manter a tradição de sempre realizar defesas difíceis, Cavalieri foi no cantinho buscar um arremate do Ademílson.

Como, dos sete primeiros colocados, só o Grêmio, que não briga por título e já se garantiu na Liberta, saiu de campo com os três pontos, o empate entre tricolores cariocas e paulistas foi de bom tamanho para ambos.

CURTINHAS PELO BRASILEIRÃO!

- Para os comprometidos, é muito difícil convencer as “patroas” de que sábado à noite é dia de ver futebol. Elas querem um teatro, um cineminha, um show musical... A estes amigos, um conselho: experimentem convidá-las para assistir a um jogo do Neymar. A diversão é 100% garantida.

- “Péssimo” ainda é uma palavra leve para adjetivar o quão ruim foi, para o Palmeiras, o empate contra o Botafogo. Agora, resultado à parte, assistir o Barcos é uma verdadeira vídeo aula de como ser um centroavante. Vídeo aula com um capítulo especial para os embates contra o Fogo, no qual o “Pirata” já marcou seis gols neste ano.

- O Vasco não ficaria nem um pouco triste se o Campeonato terminasse agora. A sensação é a de que nenhum cruz-maltino, seja jogador, torcedor ou diretor, tem o que tirar das últimas rodadas do Brasileiro.  

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

UMA IMAGEM














Didi Mocó e Pelé no filme “Os Trapalhões e o Rei do Futebol”. Juntos, um gênio da comédia e outro do esporte.

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

FUTEBOL É ARTE


Esta obra selecionada pela seção “Futebol é Arte” chama-se “O jogador” e foi pintada, no ano de 1953, pelo artista carioca Ivan Serpa. “O jogador” é resultado das tendências abstrato-geométricas de Serpa, criador e líder do Grupo Frente, que durante a segunda metade dos anos 50 foi uma das referências brasileiras no assunto abstração-geométrica. Serpa foi protagonista de momentos históricos da arte brasileira, como a I Bienal de São Pauloe a I Exposição Nacional de Arte Concreta, além de ser o fundador, ao lado de Bruno Tausz, do Centro de Pesquisa e Arte no Rio de Janeiro. 


CAMPEONATO BRASILEIRO 2012 - 33ª RODADA - ATLÉTICO MINEIRO X FLAMENGO



Atlético Mineiro 1 x 1 Flamengo – Independência, Belo Horizonte (MG)

Com 10 em campo durante toda a etapa final, Fla segura a pressão do Independência, empata com o “Galo” e coloca o Fluminense mais perto do caneco.

Quase completo – o desfalque era Junior Cesar, emprestado pelo adversário da noite – o Atlético Mineiro foi para mais uma das várias decisões que enfrentou no Brasileiro organizado pelo Cuca no 4-2-3-1 com: Victor; Marcos Rocha, Leonardo Silva, Réver e Richarlyson; Leandro Donizete e Pierre; Guilherme, Ronaldinho e Bernard; Jô. Ainda na briga para fugir da degola e, mesmo que involuntariamente, jogando para ajudar o rival Fluminense, o Flamengo, sem poder contar com os contundidos Cáceres e Léo Moura, foi esquematizado pelo Dorival Júnior no 4-3-1-2 com: Felipe; Wellington Silva, Renato Santos, González e Ramón; Amaral, Íbson e Renato; Cléber Santana; Liedson e Vagner Love.

Uma correria só. Atlético Mineiro e Flamengo fizeram um duelo tão rápido, tenso, agitado, nervoso, discutido, batido, debatido, que faltou tranquilidade para que tramas ofensivas mais refinadas fossem criadas por ambas as partes. Em uma linguagem mais poética, pode-se dizer que o jogo não respirou fundo sequer uma vez. No 1º tempo, o “Galo” atacou muito e com muitos, enquanto o Flamengo atacou pouco e com poucos. Porém, a presença alvinegra no campo ofensivo não foi nem sombra daquele tsunami que os atleticanos aprontaram contra o Fluminense há alguns dias. Chance concreta de gol mesmo foi um chute longo do Jô que, aos 20, beijou a trave. Por outro lado, o Flamengo, que pouco se aventurava, levantou o véu da noiva com uma patada do Renato “Atômico”, aos 27.

Um pouquinho antes do intervalo, Wellington Silva, que terá pesadelos com o “Capeta em Forma de Guri” Bernard, recebeu o segundo amarelo e deixou seu time com 10 em campo. As alterações no break – Welinton no lugar de Liedson, no Fla, e Leonardo no de Guilherme, no “Galo” – eram um prenúncio de como seria a etapa final. O Atlético, sem preocupações, se lançou com tudo. Que nos diga o Marcos Rocha, que voltou voando baixo pela direita. O empate mineiro não tardaria: Leonardo, de cabeça, aos 11, após milimétrico cruzamento de Bernard. Com o Independência a tremer, parecia que o “Galo” ficaria mais forte e vingador do que nunca, mas o “Urubu” que vibra e é fibra suou litros e mais litros, mostrou uma segurança defensiva incomum – que partida da dupla Renato Santos / González! – viu Ronaldinho carimbar a forquilha em bola parada e segurou o empate.

Agora, neste exato segundinho, o Atlético se encontra a oito pontos do líder, Fluminense. Mesma distância que o Flamengo abriu do Sport, o primeiro da zona de rebaixamento. Com cinco rodadas por jogar, os números levam a crer que o “Galo” não será Campeão nem o “Urubu” rebaixado. Mas já estamos carecas de saber que o futebol não tira notas boas em matemática.